Vontade Ferrenha.

Capítulo 11

Layse interrompeu o beijo, deslizando a língua pelos lábios provocando-a maliciosamente. Subiu uma das mãos tocando um dos seios, passando a acariciá-lo por cima do vestido.

– Pare já com isto sua abusada…

Layse a puxou sentando-a no seu colo de frente para ela. Valentina caiu desengonçadamente tentando empurrá-la. Layse puxou as pernas dela que ficaram abertas sobre as dela. Enlaçou a cintura ajeitando seu corpo contra o seu, enquanto a beijava sem parar, não falou nem deu mais tempo dela reagir. A boca sedenta buscou a língua que Valentina teimava em esconder no céu da boca, mas Layse conseguiu abocanhá-la passando a sugá-la voluptuosamente. Mexia o corpo roçando-o contra o dela, só para provocá-la intencionalmente. Ergueu os braços livrando-a do casaco, afastando o vestido em seguida até expor os seios. Interrompeu o beijo para passar a língua neles tomada pelo desejo. Chupou os biquinhos rapidamente para não dar tempo para que Valentina pensasse ou tentasse detê-la. Subiu a língua deslizando-a pela pele, parando no pescoço que beijou chupando ardorosamente.

Valentina reagiu sentindo a excitação invadindo suas entranhas como uma golfada. Até tentou empurrá-la novamente porque sentia medo do desejo que Layse despertava pelo seu corpo.

– Já pedi para parar…

– Parar por que se a sua buceta está até escorrendo pelas minhas coxas?

– Eu não vou transar e me solta logo, por favor…

– Não estou te prendendo.

Não estava mesmo. Layse calou sua boca com um novo beijo antes que ela voltasse a reclamar. A mão desceu até o meio das pernas afastando a calcinha. Deslizou os dedos pela buceta sentindo o quanto ela estava ensopada.

– Quero te comer, Valentina.

– Ou… Aiiiii… Ah…

Bastou àqueles gemidos para Layse enlouquecer. Passou a tocá-la com uma fome alucinante. O anseio e o ardor de Layse envolveram Valentina excitando-a de tal maneira que o desejo já dominava todos os seus sentidos. 

Layse metia agora dois dedos que entravam e saiam, enquanto a beijava desvairada. Estava louca e aquela loucura surpreendia e contagiava Valentina que se movia sobre as pernas dela, rebolando os quadris, mexendo a buceta contra os dedos atrevidos que a comiam freneticamente.

– Oooooo… Aiiiiiiii… Safada… Ai, s-a-f-a-d-a… Aiiiiiii… Assim, me come… Enfia mais fundo estes dedos. Me fode mais…

– Está sentindo quem está no cio agora?

Na sua loucura para gozar, Valentina mal assimilou as palavras de Layse. Não imaginou que ela estava provando que aquele desejo era das duas.

Valentina não parava de gemer, subia e descia o corpo sobre o dela cada vez mais rápida, permitindo que Layse a comesse com mais liberdade.

Olhou-a vendo o desejo estampado em seu rosto. Layse era sim já uma mulher, uma mulher ardente que conseguia incendiar seu corpo. O fogo do desejo nos olhos dela parecia estar saltando deles. Nunca viu tanto desejo nos olhos das mulheres com as quais já tinha transado.

– Ai… Vai, faz mais rápido. Aiiii… Fricciona meu clitóris com a sua outra mão agora… Vem logo, estou a ponto de gozar…

Valentina pediu quase chegando ao clímax.

Layse a olhou nos olhos detendo a mão na hora. Valentina levou um susto perguntando sem entender porque ela parou daquele jeito.

– O que está fazendo? Não dá para parar agora. Espera…

Retirando a mão da buceta, Layse a afastou de cima das suas pernas forçando o corpo dela delicadamente para o sofá.

– Ah, você quer vir por cima? Quer me chupar? Então vem e termina o que começou.

– Procura uma fodona que não seja uma menina para te fazer gozar! Você merece coisa melhor do que eu!

 – Oh! Como assim? Deixa de ser ridícula…

Layse ignorou seguindo para a porta. Abriu-a saindo de uma vez.

– Que safada me deixando neste estado. Aff…

Layse caminhou pela rua pensando que não se sentia inferior a ninguém. Sentia-se vitoriosa naquele momento por ter deixado Valentina na mão. Ela que gozasse sozinha para não repetir nunca mais que estava no cio. Estava pensando que ela era o quê? Não se importava nem pelo fato de estar a ponto de explodir, porque quando deitasse em sua cama trataria de gozar. Sentia uma revolta por ter ficado tão excitada justamente naquele dia tão triste em que enterrou o pai. Mas sabia que o desejo que sentia por Valentina era incontrolável. Queria ir para a cama com ela e iria. Antes que ela fosse embora daria um jeito de seduzi-la a tal ponto que Valentina daria o que ela quisesse. Queria jogá-la na cama. Precisava chupar a buceta dela para senti-la gozando na sua boca. E a pegaria de quatro. Como precisava colocá-la de quatro. Sonhava com aquilo. Quebraria a empáfia dela ou não se chamaria mais, Layse Cardoso!

 

                No dia seguinte, Layse estava colocando os caixotes de verduras na camionete, quando ouviu a voz de Celeste a chamando:

– Layse? Venha cá, por favor! A Valentina está aqui para falar com você.

Layse tirou as luvas prendendo um sorriso. Voltou-se falando para Isaque:

– Continue carregando a camionete. Não demoro nada.

– Tudo bem, Layse! Posso chupar um cacho de uvas?

– Pode depois que terminar aqui.

– Obrigado.

Layse entrou na casa, dando de cara com Valentina sentada na sala. Clarice ergueu-se falando:

– Vou deixá-las à vontade. Com licença!

Clarice saiu e Layse fitou Valentina cumprimentando-a.

– Olá, Valentina! Não esperava te ver por aqui.

– Olá, Layse! Ah, não esperava? Pois eu vim saber o que foi aquilo ontem.

– Aquilo?

– É, aquilo! Já se esqueceu do que você fez?

– Não esqueci foi nada. Também não tenho nada para falar sobre o que aconteceu.

– Pois eu tenho. O que você está pensando da vida? Acha que pode me agarrar quando bem entender?

– Só te dei uns beijos. Você não disse que adora beijar muitoooooooooo?

– Seja tudo pelo amor de Deus! Não disse que queria beijar logo você.

– Não estou nem aí.

Layse respondeu orgulhosa.

– Só vim te avisar que o que se passou ontem não vai mais se repetir.

– Pode até ser, mas só porque você vai embora.

– Não é só por isto, é porque realmente eu não quero ter nada com você!

– Grandes coisas você vir aqui me falar essa bestagem. Não foi o que pareceu quando estava te comendo ontem.

– Atrevida!

– Sou nada, só falo a verdade.

– Quem você pensa que é para tomar intimidades comigo? Não se enxerga não?

– Eu sei que você ficou mordida porque não te fiz gozar.

– É mesmo? Hahahahaha, você está se achando. É ruim, hein!

– Eu devia era ter gravado os seus gemidos para te provar o quanto você estava gostando…

– Sua sacana!

Valentina ergueu a mão para bater nela, mas Layse agarrou-lhe o braço falando com o rosto próximo ao dela.

– Não levante essa mão para mim nunca mais. Ninguém bate na minha cara e não vai ser você que irá bater, sua metida! Acha que eu não estou à sua altura? Pois se engana porque sou melhor do que muitas mulheres que você já ficou. Sei muito bem o meu valor. Estamos entendidas agora?

– Me solta!

– Solto nada! Só solto quando se acalmar.

– Quer que eu grite? Se você quer que eu faça um escândalo eu faço.

– Você não vai é dar nem mais um pio.

Valentina sentiu o braço envolvendo sua cintura enquanto a boca caía em cheio sobre a sua. O beijo voraz desnorteou-a na hora. Porque o beijo de Layse não era só intenso, era embriagador também. Havia uma fome nela que fazia Valentina perder a noção de tudo. Não conseguia raciocinar porque os beijos de Layse exigiam respostas. Sentiu a língua dela provocando-a, pedindo para ser chupada. Por mais que quisesse empurrá-la de si, Valentina sugou-lhe a língua sofregamente. O corpo de Layse começou a roçar contra o dela deixando-a mais excitada. Estavam ambas pegando fogo. Ainda assim, Valentina a empurrou falando entre dentes:

– Eu não vim aqui para isto…

– Veio sim senhora, que eu estou sentindo muito bem o cheiro da sua buceta ensopada.

– Ai que nervos!

Valentina bufou saindo feito uma bala casa a fora. Layse caiu no sofá soltando um suspiro.

Clarice apareceu na sala olhando para ela surpreendida.

– Vocês duas pegam fogo juntas. Mas o que foi isto? Não sabia que era assim com vocês.

– A Valentina me tira do sério.

– Você também a tira do sério.

– Sei se tiro tanto assim não, ela não para de se negar.

– Nota-se que tira Layse.

– Ela deve estar é querendo me deixar doida. Nem tinha o que falar comigo. Veio aqui foi para ser beijada de novo que eu percebi muito bem.

– Isto me pareceu óbvio. 

– Eu vou atrás dela hoje. Ela que me aguarde.

– Vai?

– Fui ontem e vou hoje. Preciso aproveitar que ela está na cidade.

– Faz você muito bem. Mas olha, ela tem um gênio difícil pelo que eu percebi.

– Tem mesmo e eu nem ligo. Ela se debate, mas eu não desisto.

– O que eu quis dizer foi justamente que ela não é fácil de lidar. Não sei se você vai conseguir amansar essa mulher.

– Quero amansar não Clarice, gosto dela brava também. Eu quero é quebrar essa crista dela na cama. Na cama que eu quero ver se ela vai me negar o que eu quiser ter dela.

– Ah, gosta? Bom, aí você é quem sabe.

– Os olhos da Valentina ficam tão negros, parecem mais duas turmalinas quando ela fica excitada. E olha que eu tenho é conhecido gente na minha vida. Dá gosto ver a lindeza dos olhos que ela tem.

– O amor que você sente por ela é muito bonito.

– A Valentina é que é mais bonita do que a primavera. Eu já nem sei mais como vou viver sem os beijos dela.

– Vai ter que se aguentar, afinal ela vai embora.

– Vai mesmo, mas quando for, vai levar lembranças que nunca há de esquecer. Agora vou trabalhar.

– Vocês vão sair para fazer as entregas?

– É só o tempo de terminar de carregar a camionete. Aquele motorista é que não está me agradando.

– Sim, já percebi que ele só fica dormindo.

– Eu nunca vi uma coisa destas. O homem só quer dormir. Parece que a preguiça tomou conta do corpo dele. Marmotagem, eu hein! Homem mole para mim não serve para nada. 

– Eu andei pensando no filho do Amâncio. Soube que ele está desempregado. Foi motorista muitos anos na Prefeitura. Posso contratá-lo. O que você acha?

– Acho melhor do que aquele dorminhoco. E se tá desempregado é bom porque assim a senhora acaba ajudando o homem também.

– É isto mesmo. Vou ligar para o pai dele mais tarde. O Isaque já andou atacando as uvas.

– Coitado, ele tem muita fome. É por isto, Clarice. Eu o deixei comer.

– Se você deixou tudo bem. Vão com Deus!

– Amém!

Continua…



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