Valência

Capítulo 7 – O que vem de dentro

– Não. – Falou entre soluços. –  Eu quero esperar ele acordar…

– Ele acordará, independente de você estar aqui.

Não a deixei retrucar. Peguei meu celular e disquei para Lito.

– Chame Pepa, quero falar com ela.

– Para quem está ligando?

Ela tinha desalojado de meu ombro, e senti um vácuo incômodo. Acariciei sua cabeça e voltei a coloca-la apoiada em mim.

– Shiii! Me deixa cuidar de você, agora.

– Olívia! Aconteceu alguma coisa? – Pepa respondeu do outro lado da ligação.

– Não. Não aconteceu nada. Estou no hospital com sua mãe; ela está cansada e vou leva-la para casa. Preciso que venha ao hospital por algumas horas, para que ela descanse tranquila. Pode fazer isso, Pepa?

– Claro, claro! Eu me prontifiquei, mas ela não quis. – Se justificou.

– Eu entendo, mas agora ela precisará. Tudo bem para você?

Sim. Estou indo agora.

Senti a respiração resfolegar no meu pescoço.

– O que foi? – Perguntei para Eva.

 – Ela não fala mansa, assim, comigo.

Eu sorri, pois não era uma reprimenda que sentia na voz de Eva. Ela falava com um leve ciúme.

– Eu não sou a mãe dela e ela é adolescente. O que queria? Que lhe tratasse como amiguinha? – Sacaneei e ela sorriu, ainda aninhada. – Por isso não tive filhos. – Sorri.

Ela desaninhou, olhando-me diretamente.

– Foi por isso que não teve filhos? – Perguntou em um tom sacana.

Bufei e arrastei-a segura em meus braços. Quando passamos pela recepção, reparei no olhar inquisitivo da atendente. Eva se retesou e ia se desvencilhar. Travei sua ação e me dirigi a atendente, segura do que falava.

– Estou levando a senhora Gallardo para casa. Está extenuada. Precisa descansar. Sua filha, Pepa Gallardo, chegará em minutos. Pode orientá-la?

– Sim, claro, senhora…

– Senhorita Ávila.

– Sim, sim. O que devo falar à senhorita Pepa Gallardo?

– Diga para me contatar se algo de novo ocorrer no quadro do senhor Gallardo. – Desprendi, por segundos, dos braços de Eva. Vasculhei minha pequenina mochila e retirei um cartão. – Pegue e dê a Pepa. Estarei administrando esta situação por hoje, entendido?

– Sim, senhorita.

“Vale”.1

– Que experiência em situações como essa!

Eva falou baixo, como uma constatação. Falava ao meu ouvido e um arrepio percorreu minha coluna. Sorri. Eva Gallardo não me conhecia. As pessoas não me conheciam muito bem, na verdade. Passei por muitas nessa vida. Se acham que não entendo o constrangimento de Eva naquela hora, estão enganados. Vivi em culturas, cujo menor atrevimento de uma mulher, poderia ser interpretado mal e ser punido. Eu, uma mulher de cultura ocidental, tive que compreender e me valer dos artifícios que aprendi com essas maravilhosas mulheres orientais. Será que a cultura ocidental era tão diferente assim? Acho que não, pois engambelei direitinho a tal recepcionista escrutinadora da vida alheia.

Chegando a granja Tierra Roja, quando saímos do carro, o administrador veio ao nosso encontro.

– Dona Eva, que bom que está aqui! Como vai o senhor Gallardo?

– Bem, bem. Na verdade, na mesma, Ramirez.

Senti a impaciência de Eva. Algo me dizia que ela estava à beira de uma estafa. Queria protegê-la. Era só nisso que eu pensava. Aliás, eu não andava pensando com a cabeça no lugar, desde que cheguei, diga-se de passagem.

– Senhor Ramirez, nos conhecemos da tienda “Frescor de los grelos”2. Trouxe dona Eva para descansar, pois os dias foram tensos para ela. Poderia pedir para mandarem algo para comer no quarto dela? Pepa está no hospital, para que a senhora Gallardo descanse um pouco.

Falei de forma impositiva para que o homem não estranhasse a minha presença ali. Normalmente, as pessoas desviavam os pensamentos para o assunto que expúnhamos, deixando as especulações de lado. Principalmente, em se tratando de situações tensas, como o estado de saúde do senhor Gallardo.

– Sim, sim, senhorita Ávila. Mandarei fazer algo para ela.

– “Gracias”.

Caminhei, acompanhando Eva até seu quarto. Quando entramos, ela desabou na cama.

– Você sabe como lidar com as pessoas.

– Se você passasse dois dias inteiros com meu avô, saberia lidar também… – Falei quase introspectiva.

– Passei a vida inteira com meu pai, Olívia. Ele é de matar e tem situações que eu ainda não consigo.

Olhei-a. Ela parecia que ia dormir ali mesmo, tamanho o cansaço que vi em seu rosto.

– Vamos deixar de conversa. Desde quando está no hospital?

– Ontem à tarde? É, acho que foi ontem à tarde.

– Então, já para o banho. Onde é seu guarda roupa? Pegarei algo para você se vestir.

Ela se virou na cama de frente para mim e me olhou, inquisitiva.

– Por que está fazendo isso por mim, Olívia? Sei que fiz um inferno na sua vida desde que começou no clube e confesso que me arrependo, mas…

Eu não sabia nem mais porque estava em Valência. Como eu iria responder à essa pergunta? Agora, eu tinha dinheiro. Meu avô estava morto e uma lacuna tinha se instalado em minha alma. Apenas olhava para ela e algo dizia para mim que era o que tinha que fazer. O que responder?

– Quer saber a verdade ou que eu diga algo para preencher sua pergunta? – Perguntei a mesma coisa que ela havia perguntado a mim no hospital.

– A verdade.

– Não sei. Essa é a verdade. Cheguei hoje e quando encontrei sua filha e ela falou o que aconteceu, não pensei. Peguei um táxi e fui para o hospital. Pode falar que sou maluca. – Gargalhei.

Eva se jogou, novamente, na cama, se virou de barriga para cima e permaneceu mirando o teto, durante um tempo.

– Aquela porta é um closet. – Apontou. – Na segunda gaveta, à direita, tem roupas de dormir.

Ela levantou e entrou por uma porta lateral, que entendi ser o banheiro de seu quarto.

Estava há dez minutos escutando a água caindo lá dentro. Depois de passar a adrenalina, ou a agitação do sangue, sei lá, comecei a pensar o que estava fazendo ali, pensando na pergunta dela. Tinha sido loucura o que fiz. Estava em um quarto estranho, de uma mulher que vivia me massacrando e, tomei as rédeas da vida dela, por algumas horas e, o pior, ela deixou.

– Olívia.

Escutei meu nome sendo chamado. A porta entreaberta abafava o som, mas ouvi, claro como a água que escutava caindo do chuveiro.

– Sim?! Quer alguma coisa?

– Você pegou algo para eu vestir?

Engoli em seco. Eu tinha pegado uma camisola preta de seda, mas agora, pensando racionalmente, não sabia se queria vê-la vestida deste jeito. Fechei meus olhos, fortemente. “Meu Deus! O que eu tô fazendo?”.  Deixei escapar por meus lábios, e minha respiração se tornava pesada. “O que eu vou fazer agora?”

– Sim, peguei.

Falei rápido e alto, esperando para ver o que ela iria dizer e me dar um pouco mais de tempo para pensar.

– Traga para mim, por favor.

Gelei.

““Caralho”! Eu entro lá e viro a cara, ou eu entro lá e tento dar uma de natural? Fodeu!”

Entrei no “modo carioca desbocado” nos meus pensamentos. Quando ficava nervosa tinha a tendência a pensar e falar palavrões.

– Tá. – Gritei estridente.

Engoli novamente, tomei ar e fui. “Seja o que Deus quiser! ”

Abri a porta devagar, minha perna tremia e eu parecia uma virgem assustada da Ordem das Carmelitas. Ela ainda estava no box. A água escorria por seu corpo e o vidro embaçado pelo vapor, deixava-o em nuances. Minha mente vagueou pelas curvas difusas, mostradas através das gotas que escorriam no vidro.

– Tá aqui.

Coloquei a roupa em cima da bancada e falei, virando-me apressada para sair.

– Olívia.

Ela me chamou. Olhei.

– Obrigada. – Sorriu.

“Filha de uma… Que safada! Me sacaneou, novamente. ”

Pensei ao ver o sorriso em sua boca, pois eu dei uma secada daquelas e foi nesse momento que ela agradeceu.

– Tá. – Respondi.

Saí dali correndo. Essa mulher queria me sacanear, ou me enlouquecer. Quando ela saiu, eu estava sentada numa poltrona, zapeando pela televisão, com o controle na mão. Ia dar uma desculpa qualquer e ir embora. Meu corpo pegava fogo e minha mente dava avisos constantes de perigo.

– Janta comigo?

Ela perguntou tranquila, mas eu não estava tranquila. Olhei-a naquela camisola e baixei o olhar. “Meu Deus! Ela mexe comigo no “último”! Eu não sou tarada. Eu não sou tarada. Eu não sou tarada!” – Ficava repetindo mentalmente, como um mantra.

– Acho que já vou. Você tem que descansar.

Falei engasgada, como se tivesse um ovo na minha boca. Ridículo. Mas creiam, a partir dali eu não tive culpa nenhuma. Ela se postou a minha frente, e eu, sentada estática. Juro que antes dela ficar ali, estava vendo a televisão.

– Ai, Olívia, chega! – Ela se aproximou e encaixou no meu colo. – Eu estou tão cansada de tudo… mas preciso ser feliz, ao menos uma vez.

Assaltou meus lábios e vamos combinar que, do jeito que estava com essa mulher, foi o mesmo que acender churrasqueira com um litro inteiro de álcool. Não entendi nada, mas segurei seus quadris e puxei para sentir o sexo, emanando calor, encaixado em mim. Pena que eu ainda estava vestida.

Pior foi que, ela se acomodou no meu colo, direitinho e, enquanto me beijava, tentava abrir desesperada, o botão e o zíper de minha calça. Alucinei. Só podia estar sonhando. Eva Gallardo me atacando, daquele jeito? “Que se dane! Eu não fiz nada, dessa vez.” – Pensei enquanto movia minhas mãos por baixo de sua camisola, chegando aos seios. Nossas bocas não se separavam nem um segundo e sentia a língua brincar, ávida, junto com a minha.

Não sabia se eu tinha gemido com ela se movendo em cima de mim, ou ela, quando segurei o bico de um de seus seios e o apertei, de leve, entre meus dedos.

– Me leva pra cama. Me come. Faz amor comigo, Olívia…

Ela sussurrou, quando desprendeu seus lábios dos meus e segurou o lóbulo de minha orelha. Mordeu, levemente, e lambeu meu pescoço. Levantei com ela agarrada à minha cintura. Carreguei-a e joguei na cama, me colocando por cima, mexendo minha pelve, tentando de alguma forma fazer o contato maior. Minhas mãos seguravam seus seios e a boca sugava o pescoço. A artéria latejante pulsava em meus lábios. Os desprendi, procurando novamente o sabor de sua boca, enquanto minha mão descia para se alojar em seu sexo. Ao tatear seus pelos, ela gemeu, sôfrega. Elevou o corpo e me empurrou, derrubando-me de costas. Eu caí na cama, enquanto ela se encaixava novamente em minha pelve.

Tudo foi muito louco, pois eu podia facilmente imobilizá-la e fazer do jeito que eu quisesse, mas as ações dela eram tão gostosas, que queria ver até onde ela iria. Eu estava morrendo de cansaço por conta da viagem e o que menos imaginei foi que meu dia terminaria assim. Não me importava nem um pouco com esse arranjo. Estava gostoso demais!

Ela retirou sua camisola, mostrando todo seu corpo. A tarde caía e a luz refletida através da janela no quarto, que já entrava na penumbra, fazia a pele dela parecer seda. Ela se apressou, me ajudando a retirar minha roupa. A avidez que vi em seu olhar, produziu uma contração em meu ventre e uma forte dor no meu sexo. Ela tinha fogo, força nos sentidos e sentimentos. Era como se fazer amor comigo fosse essencial ao seu ser. Quando eliminei a última peça de roupa de meu corpo, novamente se encaixou, pegando minha mão e conduzindo para seu núcleo, em desespero. Curvou-se para me beijar com loucura e esfregou minha mão em seu centro.

– Entra em mim… Me faz gozar, Olívia!

As palavras pronunciadas entre nossos lábios e a condução, por ela, de meus dedos entrelaçados aos dela, me fez perder completamente a delicadeza com que queria conduzir nosso amor. Penetrei-a com dois dedos, gemendo pelo tesão que senti. Ela estava muito molhada e eu entrei fácil me levando a outro gemido, pela constatação do estado excitado que Eva se encontrava comigo. Ela urrou de prazer, jogando seu corpo para trás e começou a mover, cavalgando em mim. Eu simplesmente reagia. Elevei meu corpo e, enquanto ela se deliciava com meus dedos, eu sugava um de seus seios, de aréola rosada e rija. O gosto da pele dela era algo diferente, algo que me excitava, além do que a minha mente pudesse entender. O perfume cítrico-amadeirado gravou no meu olfato, como um aroma fresco da manhã. Ela me abraçou, segurando minha orelha entre seus dentes e entrelaçando seus dedos em meus cabelos. A respiração descompassada e os gemidos constantes, me deixavam com um tesão louco. Afastei um pouco minhas pernas, segurei-a e a encaixei em uma delas, fazendo com que uma de suas coxas entrasse em contato com meu clitóris, sem me retirar de seu interior. Queria que Eva gozasse, mas queria gozar junto e, muito. Ela entendeu bem o meu gesto, pois, enquanto seguia se mexendo em meus dedos, se esforçou para deslizar sua coxa por meu sexo pulsante. Pelos céus! O que foi aquele líquido todo que senti escorrer por minha mão? Ela gritou, tremendo em meu colo e eu segui junto, molhando sua perna, enquanto via seu rosto transfigurar em um enorme prazer. Amparei-a e trouxe seu corpo junto ao meu para deitar sobre os lençóis macios, que foram testemunhas do nosso momento louco.

Eva Gallardo ofegava e seu coração batia forte, colado em meu peito. Nosso suor se misturava na pele quente, em que nossos corpos teimavam em se agarrar e estremecer, mesmo depois do orgasmo. Ela escondeu seu rosto no travesseiro macio, me dando a oportunidade de olha-la, refestelada sobre mim. Linda! Relaxada e, completamente, entregue. Meu coração acelerou, pensando que era a visão mais bonita que um dia tive, depois do ato do amor.

– Eva…

– Hum… – ronronou, sem sair de seu refúgio.

– Estou com fome. Não comi o dia inteiro.

Falei sorrindo, brincando com ela para tentar fazer com que ela me olhasse e eu visse seu lindo rosto. Mas quando ela me olhou, não gostei do que vi. Seu olhar transmitia uma grande tristeza. Ela estendeu sua mão, para retirar de meus olhos uma mecha solta de minha franja, que caia sobre meu rosto. Eva suspirou e senti um peso nesse ato. Era como se o simples olhar e gestos, me falassem que ela sentia uma grande desolação. Beijou meus lábios com calma e suspirou, novamente.

– Eu vou ligar para a cozinha. Já devem ter feito alguma coisa, mas costumam esperar que eu ligue e peça para trazerem.

Estendeu a mão e pegou um telefone em sua cabeceira. O cenário era como se aquele quarto fosse de um hotel cinco estrelas, de traços medievais, com alguns equipamentos da era digital. As paredes feitas em pedra, davam um ar austero ao ambiente, ao mesmo tempo, um romantismo longínquo de tempos ancestrais. Ela pediu para que enviassem o jantar e desligou. Ficou reticente para me encarar e voltar ao seu abrigo. Pousei minha mão sobre a dela e acariciei.

– Temos mais dez minutos até que se vista e encare seus empregados, ou temos que nos vestir?

Perguntei suavemente para que não achasse que eu não compreendia sua aflição. Olhou, desolada. Parecia que seus olhos enchiam de água, porém depois me pareceu que foi só impressão, pois segurou meu rosto e me deu outro beijo calmo e gostoso. Levantou-se, a seguir, se dirigindo para o closet. Voltou vestida em um traje leve e me pediu que ficasse no quarto, saindo logo depois. Fiquei impaciente. Senti um desconforto, como se estivesse exposta, nua na cama.

Alguns minutos mais tarde, ela retornou empurrando um carrinho de transporte de bandejas com algumas travessas e todo o resto para nossa refeição. Ela preferiu buscar o jantar, do que esperar que entregassem, talvez para que não precisássemos nos vestir apressadas e ter que elaborar alguma explicação.  Estava mais séria do que quando saiu. Fiquei olhando, sem nada perguntar, enquanto ela arrumava na mesa o nosso jantar. Ela me olhou na cama, e me senti exposta, outra vez. Puxei o lençol no automático. Percebi que seus olhos brilharam. Era um misto de desejo e de divertimento.

– Embora ache que seu corpo é muito bonito para que se cubra, se acaso quiser um roupão, tem no terceiro “cabideiro” do closet. Pode pegar. – Sorriu, descarada.

“Por Deus! Quem é essa mulher?” – Pensei.

Não iria me intimidar, pois ela continuava olhando e apenas sorri de volta, balançando a cabeça em negativa.

– Você não perde a oportunidade de me sacanear, não é?

– De mexer com você? Talvez deixe passar uma hora ou outra, mas de te ver nua, enquanto puder… Acho difícil. – Abriu mais o sorriso.

Se ela queria me ver nua, que ela visse, então. Saí dos lençóis e da cama e, caminhei tranquila em direção ao closet, mas antes de entrar, virei-me para vê-la e ela estava parada, me olhando. Gargalhei, pois ela estava estática com os talheres na mão, olhando para mim numa expressão engraçada. Parecia que tinha se perdido por alguns segundos.

Entrei para o closet e procurei onde ela tinha indicado. A mulher tinha uma coleção e tanto de roupas ali dentro. Fiquei reparando as roupas penduradas, separadas por classes. Vestidos de um lado, pouco depois camisas de seda, à seguir as de algodão e assim continuava o arranjo. Tudo muito bem passado e arrumado. O aroma era inconfundível. Era o que eu sentia na pele dela, toda vez que me aproximava. Meu ventre contraiu imediatamente, ao me dar conta daquele perfume, que me lembrou momentos antes, quando beijei seu pescoço e seios. Sacudi minha cabeça para ear aquela sensação. Peguei um robe negro em algodão atoalhado. Havia alguns em seda, mas não ia abusar. Era estranho, pois tinha acabado de transar com Eva, mas ela era uma completa desconhecida para mim, embora trouxesse em meu peito um incrível sentimento de aconchego, ao lado dela. Eu não conseguia identificar do que se tratava isto que sentia.

 



Notas:

1 – Vale – Uma expressão muito utilizada na Eha que pode significar: Ok, Tudo bem, ou entendido.

2 – Frescor de los grelos – Sugestivo, não? Mas grelos, na Espanha, são brotos de um tipo de vegetal que é comestível. Como couves ou outra verdura tenra. Tudo bem que eu fiz um trocadilho para nossa língua, mas não tenham as mentes tão, tão… rs




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