20
Amor e mais amor: “Love is in the air”
“- … fica comigo? Seja minha namorada?!”
Sophie lançou o sorriso mais sincero e feliz que tinha para ofertar a Jenny, que instantaneamente recordou-se da primeira vez em a viu. Era o mesmo sorriso; gentil e apaixonante. Era o mesmo mesmo brilho no olhar. Jenny sabia que poderia passar a vida admirando aquelas expressões, apaixonando-se cada vez mais por aquela garota.
Beijaram-se, precisavam usar mais que palavras para demonstrar o amor que lhes habitavam. Beijaram-se, um beijo intenso e ousado, mas sem perder a delicadeza. Sophie tratou de puxar o corpo de Jenny para que ficassem mais próximas, inverteu a posição e a colocou contra a porta. Beijou-a como se sua vida dependesse daquele beijo, haviam tantos sentimentos, segredos e confissões. Tanto querer guardado. Naquele beijo Jenny sentiu como se seu corpo tivesse recebido uma descarga elétrica, estava atônita, o beijo de sua amada a enlouquecia, fosse pela boca macia, pelos toques suaves dos dedos que começavam a ganhar vida e lhe acariciar o corpo, ou pelo momento que as envolvia. Ela sabia o que estava prestes a acontecer, e por Deus, como ela desejou, e até mesmo imaginou aquela situação… tantas e tantas vezes.
– Aah… Sophie, você não res… respondeu minha pergunta.
– Hum, deixa eu pensar…
Mas, a verdade é que Sophie nada disse. Olhou para Jenny, como se lesse todos os seus pensamentos, dos mais óbvios aos mais íntimos. Aproximou-se outra vez e a beijou. E enquanto o beijo ganhava formas, Jenny se surpreendia ao sentir uma necessidade quase que urgente de tocar, acariciar e afagar o corpo daquela mulher. Sorriu ao perceber que toda vez que apertava a nuca de Sophie, seu beijo ganhava mais força, mais desejo. E quanto mais seus corpos entravam em contato, ondas de arrepios aconteciam. Sophie descansou as mãos na cintura de Jenny e a puxou para si, acabando de vez com qualquer distancia que ainda poderia existir, fazendo seus corpos se completarem, tornando-se um a extensão do outro. Movimentos leves e involuntários surgiram, as respirações pularam de calmas para ofegantes. Sentiam o sangue ferver, assustavam-se com a intensidade de todas aquelas sensações, mas permitiam que o desejo as guiassem.
Para Sophie foi impossível conter o gemido ao sentir as unhas de Jenny percorrer suas costas por dentro da blusa a fazer desenhos aleatórios. Beijou o pescoço da amada e ao ouvir um gemido lhe saltar a boca, sentiu o coração disparar. Jenny desvencilhou-se da prisão feita por Sophie e a empurrou contra parede. De parede em parede, beijo a beijo, quando deram por si, as roupas já estavam espalhadas pelo caminho que levava até o quarto de Jenny.
Sophie aproximou-se a passos leves mergulhando naqueles olhos que ela sempre julgou ser impossíveis de esquecer, posou as mãos no rosto de Jenny e o acariciou. Sorriram, e sem pressa os lábios estavam tão próximos um do outro, levando-as a um beijo diferente dos beijos anteriores, esse começou calmo e até tímido, pareciam querer desvendar os mistérios. Conforme as mãos ganhavam vida e exploravam cada pedacinho dos corpos, o beijo ganhava intensidade. Foi preciso encerrar o beijo com selinhos para que pudessem respirar novamente.
– Eu sempre vou estar contigo.
– Jura?
– Eu quero. Quero ser sua namorada! Eu amo tanto você, que esse sentimento parece que vai explodir dentro de mim.
A chuva começou a cair e um vento úmido e gelado invadiu o quarto fazendo com que os corpos arrepiassem e fossem um de encontro ao outro, como quem busca abrigo. Ali, naquele abraço ao lado da cama, retomaram o beijo. Jenny envolvida por toda emoção que causara aquela declaração, Sophie envolvida pela descoberta de sentimentos que acreditou jamais poder sentir, com cuidado e toda delicadeza que poderia ter, deitou Jenny na cama de frente para si, sentou sobre sua cintura e a beijou longamente. O beijo foi se tornando cada vez mais intenso e as respirações mais ofegantes e rápidas. Foi então que parou o beijo e deitou-se ao lado da amada, pedindo aos sussurros para que ela fechasse os olhos. Jenny obedeceu e sentiu a mão de Sophie percorrer todo o seu corpo, sentiu o coração acelerar, Sophie percebeu, parou a mão sobre o peito como se tentasse acalmar o coração da sua amada. Não houve muito sucesso, então ela apenas sorriu e continuou sua exploração. Jenny não queria sentir mais apenas a mão de Sophie, precisa sentir o calor do seu corpo, a leve pressão que ele poderia causar, sentia necessidade de fundir seu corpo ao corpo de Sophie, por isso a puxou para si. Seu sorriso não era mais tímido e sim safado.
Sophie começou uma lenta distribuição de beijos pelo corpo de sua amada arrancando-lhe gemidos e suspiros. Desceu do queixo para o pescoço, do pescoço para o colo, do colo para os seios e por ali ficou por deliciosos minutos. Jenny estremecia de prazer, sentia seu corpo ganhar movimentos que ela não conseguia controlar, nem mesmo se quisesse. Sophie continuou com a lenta distribuição de beijos, dos seios para o ventre, ali depositou algumas mordidinhas… acomodou-se entre as pernas de sua amada, passou as unhas pelas pernas subindo para as coxas, Jenny abriu um pouco mais as pernas e arqueou de leve o quadril. Sophie distribuiu alguns beijos pela virilha e a olhou como quem pede permissão…
– Por favor…
Não precisava pedir outra vez, não precisava de mais nenhuma palavra. Sophie caiu, literalmente, de boca no sexo de sua amada, sorvendo todo o néctar que dele saia. Iniciou uma excitante exploração, arrancando gemidos e palavras sem nexo de Jenny que ficava cada vez mais entregue, quase que não conseguiu se conter quando sentiu os dedos de Sophie a invadirem-na. Seu quadril arqueou e ficou no ar, os movimentos ganharam mais intensidade, os gemidos aumentaram… e tudo era uma crescente. O corpo contraiu-se, tremeu, as mãos agarravam-se aos lençóis e Jenny sabia que já não tinha mais domínio sobre ele. Um gritou ecoou pelo quarto, um orgasmo forte, gostoso e devastador deixou Jenny quase que sem sentidos.
Sophie subiu pelo corpo de sua amada ainda distribuindo alguns beijos. Deitou ao seu lado e a encheu de carinho, cuidando e aguardando sua amada recuperar o folego. Jenny permanecia de olhos fechados ainda sentindo alguns efeitos que tudo aquilo lhe causara, e um sorriso estampado em sua face. Ao abrir os olhos, encontrou os olhos apaixonados de Sophie, ganhou um selinho e se aninhou nos braços da amada.
– Sophie… o que você fez comigo?
– Hum?
– Essas sensações… nossa! Nunca senti algo tão bom assim! Tão bom que nem dá para acreditar…
– Jenny… podemos repetir. E repetir, repetir… até você acreditar.
– Uhum… podemos, mas.
– Mas?
– Agora é minha vez de te causar sensações, minha namorada!