Apenas mais uma de amor
Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim, ficar
Subentendido
Como uma ideia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
Eu acho tão bonito isso
De ser abstrato, baby
A beleza é mesmo tão fugaz
É uma ideia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber
Que eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma ideia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
E eu vou sobreviver
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber
Compositores: Luiz Pragana / Lulu Santos
É uma sensação de se deixar pertencer e sentir a
sua entrega. Depois de tanto medo, tantas
recusas e nãos que ouvi e ainda assim insisti.
Como se eu tivesse que escalar a Muralha da
China para provar o quão sinceros são meus
sentimentos, ainda depois me fez atravessar a
nado o rio São Francisco. Confesso que muitas
vezes pensei em desistir, deixar você trancada
na gaveta só que dessa vez passaria a chave para
nunca mais sair! Só que não deu, não consegui,
até fiz drama, gritei, te exclui e disse pra você
sumir. Dias depois estava eu atrás, pedindo
desculpas e assumindo que não era possível, ao
menos não agora.
Se me perguntam o porquê disso tudo apenas
dou um sorriso e digo: paixão, amor, sei lá o
nome, só sei que é bom e me preenche. Algumas
vezes quando eu demonstrava traços de
desistência, você vinha e dizia: não desista,
insista! Quando eu me chateava porque você
sumia, na hora mais estranha vinha você dar um
olá, mandava fotos, puxava papo, parece que
sentia que eu estava desanimando ou triste. Mas
o que ninguém sabe foram as vezes que você se
abriu, contou das coisas da sua vida, suas
conquistas, fotos das roupas, artes e comidas
que tem tanto orgulho de mostrar por saber que
fez com amor e alguém apreciou. Fui eu que ouvi
você pedir para que eu desse boa noite antes de
dormir, me mandando comer direito, dando
apoio em horas que eu não estava tão bem, até
seu silêncio me doou.
Lembro quando me perguntou se teria chance
comigo um dia e eu ri, falei que sempre teria e
que sempre foi você. E foi me deixando entrar
devagar, aos poucos me mostrando o que queria,
quem era e o que esperava. E esse amor / paixão
/ encantamento foi tomando corpo e nos
abraçando.
Mas ele é abstrato, não há presença física, toque,
olhos nos olhos, ouvir a respiração enquanto
fala, saber como mexe no cabelo, qual o som ao
vivo da voz, do riso, será que tem algum tique?
Nada disso existe. Há imaginação sobre tudo
isso, mas nenhuma certeza.
Há quem diga que é carência elevada a máxima
potência, que é doença, ou ao menos covardia.
Cada um sabe das dores e delícias de se ser
quem se é e, de todos os ônus e bônus do que
sente e se permite.
Não quero rótulos, não somo produtos em
prateleira concorda? Apenas me permiti e ainda
me permito viver isso. Até quando? Não faço
ideia.