Mulheres na Literatura – Agatha Christie

Oi, gente!

Durante o mês de março, iniciamos uma série de postagens sobre mulheres na literatura, independentemente de serem autoras LGBTQIA+ ou não. Mas são tantas autoras maravilhosas — nacionais e internacionais — que o espaço de um mês se tornou muito curto para apresentar todas as nossas escolhas. Assim, os posts se estenderão por mais algum tempo.

Então, vamos lá!

Para quem teve a oportunidade de conviver comigo, pessoalmente ou virtualmente, não é surpresa saber que adoro histórias policiais. E essa paixão se reflete em meus textos, embora eles sejam mais voltados para a ação e romance.

Parte desse entusiasmo se deve a Agatha Christie que, certa vez disse: “Os melhores crimes para meus romances ocorreram enquanto lavava pratos. Lavar pratos transforma qualquer pessoa em um maníaco homicida de categoria.”

Bom, eu não me classificaria dessa forma, mas já matei muitos personagens após uma lavagem de louça. Ela sabia do que estava falando!

Famosa como a Dama do Crime,  Agatha Mary Clarissa Miller, mais conhecida como Agatha Christie nasceu na Inglaterra em 1890 e faleceu em 1976. Não à toa, Christie está no Guinness Book pelo conjunto da sua obra ter vendido mais de 4 bilhões de livros. Número que, com certeza, irá aumentar, pois ela é uma das escritoras mais populares e influentes da literatura de mistério e suspense no mundo. Ao longo da carreira escreveu mais de 80 livros, peças teatrais e compilações de pequenas histórias, além de publicar 6 romances sob o pseudônimo de Mary Westmacott. Seus livros são conhecidos por tramas inteligentes e reviravoltas surpreendentes onde, geralmente, ocorre um assassinato misterioso que precisa ser resolvido por um investigador astuto.

Durante a 1ª Guerra Mundial, Agatha foi enfermeira voluntária, o que aguçou seu interesse por medicamentos e venenos, artifícios muito utilizados nos crimes em seus livros. Aliás, o primeiro deles “O Misterioso Caso de Styles”, que foi publicado em 1920, foi escrito durante esse período. A fantástica imaginação de Christie criou personagens icônicos, como:

Hercule Poirot: um detetive belga com um excêntrico bigode, que adora um bom desafio para as suas células cinzentas (como ele costuma chamar sua mente). Poirot é, sem dúvida, um dos maiores detetives da literatura mundial ao lado de Sherlock Holmes. Ele é o protagonista em mais de 40 obras da autora.

Miss Jane Marple: é aquela típica velhinha solteirona e curiosa, que se destaca por ter um coração bondoso e grande poder de observação. Aos meus olhos, ela é uma detetive mais interessante que Poirot. Por ser mulher e idosa, suas opiniões e observações, em vários casos, são rejeitadas pelas autoridades. Mas a velhinha sabe bem como ultrapassar essas barreiras e provar seu valor em mais de 12 livros e cerca de 20 contos.

Há ainda a dupla Tommy e Tuppence Beresford, amigos de infância que se tornam um casal e protagonizam uma série de 5 livros onde, diferentemente de outros personagens, a passagem do tempo para eles é facilmente notada.

Como leitora e fã dos textos da Agatha, acho muito difícil não encontrar um personagem com o qual me identificar, ainda que a maioria das suas histórias se passe no seio da aristocracia inglesa. Ela tem um estilo de escrita que aprecio bastante, pois é direto e objetivo, o que torna seus textos acessíveis e atraentes para pessoas de todas as idades.

Entre suas obras mais famosas estão “Assassinato no Expresso Oriente”, “O Assassinato de Roger Ackroyd” e “E não sobrou nenhum”. Abaixo, deixarei alguns links para quem se interessar em adquirir os livros, cuja maioria foi adaptada para a televisão e cinema. O exemplo mais recente é “Morte no Nilo”, que adapta o livro de mesmo título publicado em 1937 (para quem gosta dela, nesse filme Gal Gadot interpreta uma herdeira milionária).

E quando o cinema não adapta a obra, ao menos se inspira nela para criar um filme divertido e instigante. É o caso do longa, também recentemente lançado no Star+, “Veja como eles correm”, que bebe da fonte do trabalho de Agatha Christie ao tratar da investigação de um assassinato que ocorre durante a apresentação de uma de suas peças mais famosas “A ratoeira”, que é conhecida por ser a peça teatral há mais tempo encenada na história do teatro. Já foram mais de 28 mil apresentações, desde que estreou em 1952, em Londres.

Legal, né?

E para quem já conhece a Agatha Christie e o seu trabalho, deixo as perguntas: Quem é o seu detetive preferido? Qual o seu livro preferido da Dama do Crime?

Para mim, com toda a certeza, Miss Marple e A Maldição do Espelho. Afinal, adoro a perspicácia dessa velhinha.

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Links:

Assassinato no Expresso do Oriente

E Não Sobrou Nenhum

O Assassinato de Roger Ackroyd

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