Sinopse:
Tatiana e Soraya trilharam caminhos diferentes e sinuosos para se encontrarem. As coisas só acontecem no momento predestinado.
Algum tempo depois…
-Volta aqui, Enzo. – Tatiana tentava alcançar o menino de oito anos que ria enquanto corria pelas areias da praia de buraquinho.
Por ser no meio da semana, o local estava quase deserto. Uma ou duas pessoas estavam sentadas nas mesas apreciando a paisagem. Um pouco afastada da beira da água, Soraya passava protetor em Sofia. Uma linda garotinha de seis anos e um sorriso sapeca que deixavam duas covinhas em evidência.
-Já posso ir com a tia Tati, mamãe? – A pequena aguardava autorização para entrar na bagunça.
-Pode, mas lembre-se…
-“Não entre na água sem um adulto.” – Ao ver o irmão passar correndo, a menina seguiu em sua direção. – Enzo, espera eu.
Soraya observava de longe e com alegria suas três crianças correrem e se embolarem na areia. Depois daquele acidente, que por pouco não tirou sua vida, ficou internada cerca de quinze dias para observação do seu quadro clínico devido a gravidade do seu estado quando deu entrada no prédio.
Tatiana não saiu do hospital enquanto não deram alta à outra. Nesse interim, foi apresentada ao ex da mulher, já que o mesmo ia a cada três dias vê-la e dava noticias sobre os filhos. O homem foi compreensivo e sincero. Desejou que a ex-companheira fosse feliz e do relacionamento de alguns anos, ficou a amizade que começava a ser cultivada.
Já em casa e um pouco mais recuperada,houve o jantar para que Tati e os meninos se conhecessem. Aos poucos, Soraya explicava para os filhos sobre seu relacionamento. O trio se deu tão bem que após o jantar foram para a sala de TV maratonar animações. Ali, entre duas crianças dormindo abraçadas a ela, Tati descobriu que queria ser mãe.
O casal tinha planos de mais uma criança e dessa vez seria Tati a gerar. Por hora, Soraya acompanhava o pôr do sol abraçada à mulher que redimensionou seu mundo e olhava as crianças na parte rasa do mar.
-“Hoje eu entendo que lar não é uma casa e sim onde seu coração está.” Você é o meu lar e sou muito grata por me aceitar.
-“O amor tudo crê. Tudo suporta.”
“Ohana quer dizer Família, nunca abandonar ou esquecer.” Família é aquele lugar para onde sempre poderemos voltar, independente do que aconteça.