Adriana abriu caminho para a loira que entrou devagar no apartamento que tanto frequentou.

As duas voltaram a se olhar.

— O que faz aqui Ana?

— Eu vim por você Drica.

— Por mim? –seu olhar não tinha brilho –

— Sim, eu estou cansada de brincar de gato e rato com você Drica, eu te amo, eu quero ficar com você, deixa eu cuidar de você.

— Ana, aconteceu muita coisa entre nós. – uma pausa — Cadê sua namorada? – olhou irônica —

— Ela não é minha namorada Drica, ela trabalha comigo, nós saímos algumas vezes e foi só.

— Só? O que é só para você? Quando você brincou comigo eu era só uma transa não é mesmo?

— Não fala assim Drica, eu sinto muito por tudo o que aconteceu, eu me arrependo de cada passo em falso que eu dei com você, e eu sei que não foram poucos. – deixou a bolsa no sofá —

— Ana eu fiquei muito magoada com você, todas as vezes eu sempre fiquei em segundo plano. – Drica sentia o peito arder –

— Eu reconheço os meus erros, mas eu procurei ajuda e tentei corrigi-los, eu juro que nunca mais eu vou deixar você sofrer.

Adriana olhava para a loira e sentia-se perdida, perdida em seus pensamentos, em seu íntimo, perdida em seus sentimentos em suas dúvidas.

— Como você sabia que eu estava em casa?

— Isadora me falou. Desculpe, mas eu precisava conversar com você.

— Ana, você ainda acha que existe alguma condição de ficarmos juntas? Eu já perdi as esperanças. – caminhou pela sala cruzando os braços – Nós estamos mudadas.

— Não, você não pode perder as esperanças Drica. – foi até a morena – Eu estou aqui, do jeito que você sempre sonhou, te amando, te desejando, — segurou o queixo de Adriana e puxou seu rosto para olhar pra si – te esperando.

Lágrimas surgiram nos olhos das duas, como de costume, azuis e castanhos se enfrentavam silenciosamente.

— A não ser que você não me ame mais. Você me ama Adriana? – falava baixinho – Diz se você me ama.

Adriana olhava para aqueles olhos brilhando e sentiu seu peito inflar, seu coração bateu acelerado novamente e sentiu o amor reviver, o sentimento tão bonito e puro que habitava em seu coração, sim, ela a amava.

— Eu te amo Ana. – fechou os olhos e lágrimas escorriam teimosas pelo seu rosto — Como nunca amei ninguém, como eu nunca poderei amar, eu magoei uma pessoa por causa desse amor que eu não consigo esquecer. – balançou a cabeça negativamente —

— Adriana eu vim te cobrar o que você me disse no hospital.

— O que foi? – Adriana não se lembrava do que Ana estava falando –

— Que você só pode ser feliz comigo. Eu vim para te fazer feliz. – sorriu –

Adriana resolveu quebrar suas barreiras e finalmente se entregar ao amor que ela tanto buscou.

Calmamente Ana se aproximou e segurou o rosto da morena entre suas mãos, sua respiração era sentida por Adriana, as duas estavam ansiosas por esse reencontro por muito tempo.

As bocas finalmente se encontraram, lábios trêmulos e línguas astutas, bailavam em uma sinfonia melancólica. Olhos fechados para sentir o amor ressurgindo dentro do peito, para olhar para dentro de si.

O abraço era como um acalanto, firme, mostrando que nenhuma das duas queria sair dali. O beijo era de amor, de saudade, de desejo, de felicidade. Os corações batiam acelerados, quase na boca.

Quando se separaram colaram as testas, Ana sorriu aberto, ainda tinha os olhos fechados, mas ter Adriana em seus braços era como um sonho que ela não queria acordar.

— Me diz que isso não é um sonho, e que eu não vou acordar dele. – Ana disse ainda de olhos fechados –

Adriana beliscou a bunda da loira. – Ai. Isso doeu. – Ana deu um pulo e esfregava a mão no lugar –

— Foi só para garantir que não estamos sonhando. – riu—

— Danadinha.

Ana abraçou a morena e voltou a beijá-la. A saudade era tanta que não tinha vontade de soltar Drica. Mas ainda tinha muito a ser dito.

Olhou para a morena e Adriana estava calada admirando a beleza de sua mulher.

— Drica, eu não quero errar dessa vez, eu quero te fazer feliz e que você seja minha mulher. – fazia carinho em seu rosto –

— Nós não vamos errar, nós erramos quando insistimos em ficar separadas, minha vida é ao seu lado Ana, não existe outra opção.

— Eu quero que você repita a pergunta que você me fez naquele carnaval.

Adriana lembrava-se perfeitamente daquele diálogo. E perguntou novamente o que sempre soube que era a verdade.

— Você me ama?

Ana sorriu e respondeu com o amor mais puro que já sentiu em toda sua vida.

— Eu te amo, com toda força do meu coração, eu te amo tanto, que não posso mais viver sem você comigo. Eu quero te abraçar quando você estiver triste, eu quero enxugar suas lágrimas quando você chorar, eu quero ouvir sobre o seu dia. – Ana fazia carinho no rosto de Drica — Eu quero te beijar quando você sorrir.

Adriana chorava, era um choro de emoção, não de tristeza como há muito tempo acontecia.

— Eu quero ser sua mulher, eu quero ser sua amiga, eu quero ser sua parceira, eu vou cuidar de você, — enxugou o rosto de Drica com as mãos – eu quero te fazer feliz, eu quero trazer o seu sorriso de volta.

Adriana sorriu.

— Viu. Eu já consegui um sorriso tímido. – passou o polegar sobre os lábios da morena –

— Ana, eu esperei tanto tempo por isso, eu te amo tanto que às vezes dói.

— Não vai mais doer. Eu te amo e não canso de dizer, eu te amo.

— Eu te amo.

Ana segurou as mãos de Drica e levou até o seu peito, olhou para a morena e perguntou:

— Adriana, eu te amo e quero ser sua mulher, você quer me namorar? – olhava nos olhos da contadora –

Drica sorriu. – É o que eu mais quero.

— Diz que sim. – Ana sorria –

— Sim.
No som de Adriana, Nando Reis cantava o amor, em sua forma mais sublime, a música embalou o momento das duas.https://www.youtube.com/embed/KRa8ahToBbw?feature=oembed&wmode=transparent
De janeiro a Janeiro (Nando Reis e Roberta Campos)
Não consigo olhar no fundo dos seus olhos
E enxergar as coisas que me deixam no ar, deixam no ar
As várias fases, estações que me levam com o vento
E o pensamento bem devagar

Outra vez, eu tive que fugir
Eu tive que correr, pra não me entregar
As loucuras que me levam até você
Me fazem esquecer, que eu não posso chorar

Olhe bem no fundo dos meus olhos
E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar
O universo conspira a nosso favor
A consequência do destino é o amor, pra sempre vou te amar

Mas talvez, você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor, não será passageiro
Te amarei de janeiro a janeiro
Até o mundo acabar

As duas se olhavam, era mágico, era o momento delas, era o tempo delas, o mundo parou de girar, as horas pararam de correr, era a realização de um sonho, de um ideal, era o amor.

Adriana segurou o rosto da loira e se aproximou de sua boca, roçou os lábios levemente, não existia pressa, não existiam cobranças, as duas se descobriam novamente, ambas estavam diferentes seria um novo relacionamento de um velho amor.

O beijo aconteceu leve, tranquilo, sentidos afloravam, as respirações se misturavam, era um lindo bailado de línguas se redescobrindo, olhos fechados e corações abertos.

Mãos percorriam os corpos quentes, suados pelo calor de dezembro, pelo calor do desejo, corpos colados, corações batendo acelerados, a ponto de ambas sentirem.

O beijo cessou e os olhos não se desgrudavam, era encantamento, paixão, amor, era carinho, cuidado e desejo, um misto de sentimentos e sensações, não existia nada além daquele momento.

Adriana se afastou de Ana Paula e segurou suas mãos, sem palavras, não havia o que ser dito, ela levou sua amada para o quarto, elas caminhavam lado a lado, em cumplicidade, Adriana fechou a porta atrás de si, e o ambiente refrigerado pelo aparelho de ar condicionado deixou o clima mais ameno.

Ana beijou Drica mais uma vez, e aos poucos retirava sua blusa, Adriana sentia as pontas dos dedos da promotora escorregando suavemente pela sua pele, despertava suas lembranças desse toque tão peculiar. Drica retirou a camiseta da amada, os olhos azuis da promotora brilhavam.

As duas mulheres se estudavam, como se fosse a primeira vez, carícias e beijos ditavam o ritmo, os shorts caíram ao chão, cada peça íntima foi retirada bem devagar e jogada em algum canto do quarto.

Nuas, Ana e Adriana se admiravam, a contadora fez um carinho no rosto da loira que fechou os olhos, um beijo aconteceu e Ana envolveu a cintura da morena, trazendo-a para seu corpo, Adriana enlaçou o pescoço da promotora e parecia sentir o chão sair de seus pés.

Ana carregou Drica até a cama lentamente, deitou a amada e deitou-se por cima, encaixou entre suas pernas e a beijou novamente. Adriana gemia, sentia o amor correr pelas veias, a excitação por estar nos braços de quem se ama.

Ana beijava seu pescoço descendo pelos seios, Adriana arqueava o corpo para trás, a loira perdeu algum tempo brincando com os mamilos rosados da contadora, Drica arranhava os ombros da amada, Ana continuou seu caminho de beijos, incendiando o corpo da morena, pela barriga, as mãos traçavam um caminho pela lateral do seu corpo, deixando Adriana arrepiada.

Ana passou pela virilha e beijava as coxas da morena. Drica não aguentava mais essa tortura.
A loira passou para a outra coxa e fez o caminho inverso, se deliciando com o gosto da pele de Adriana, até que chegou finalmente ao sexo da mulher amada, constatou que Drica estava completamente molhada, sedenta de desejo, Ana não pensou duas vezes, avançou com sua língua ágil e presenteou Drica com seus lábios quentes lhe massageando o clitóris.

— Aaah! – Drica gemeu alto –

Ana apertava suas coxas e fazia a morena delirar, sentindo que Adriana estava perdendo o controle ela voltou a beijar o corpo da morena que protestou.

— Ai Ana, porque parou? – a loira chegava perto de seu rosto –

— Eu quero olhar você enquanto goza pra mim. – dizia sedutora –

–Eu te amo. – fechou os olhos –

— Eu também. Abre os olhos, deixa-me ver seu olhar.

Adriana obedeceu e abriu os olhos encarando aquele semblante cheio de amor e desejo de sua mulher.

Ana penetrou o sexo da contadora e beijou sua boca. O beijo abafou os gemidos de Drica. A contadora pressionava o sexo da loira com a coxa, podia sentir a umidade que saia do sexo de Ana que estava em êxtase.

Os movimentos ficaram mais intensos, o prazer se aproximava para as duas, Ana observava as expressões de Drica, o prazer estava estampado em seu rosto, e a contadora explodiu em um intenso gemido de prazer, Ana não resistiu e se entregou ao orgasmo junto com sua amada.

Lentamente ela retirava os dedos do sexo de Adriana, e se acomodou ao lado da mais nova. Drica ainda mantinha os olhos fechados, e um sorriso nos lábios.

Ana se acomodou e deitou Adriana em seu peito, a morena abraçou a cintura da namorada e se aconchegou. A Loira fazia um carinho em seus cabelos e Drica relaxava.

A morena olhou para a namorada e sorriu, a felicidade parecia pousar novamente em sua casa.

— Eu não comprei nada para te dar de Natal, — Ana disse – eu não me programei para essa visita.

— Meu presente é você. – passeava os dedos de leve sobre o braço da promotora –

— Você continua linda! Eu morri de saudades esse tempo que não te vi.

— Eu também senti sua falta, queria saber de você, mas ultimamente não podia perguntar a Isadora, Mariana sempre marcava em cima.

— E ela, está bem?

— Eu não sei, Marcos disse que sim, mas eu não falo com ela desde que terminamos. Eu espero que esteja. – baixou os olhos —

— E você está bem?

— Ai Ana, esse não é o tipo de pergunta que eu esperava hoje. – seus olhos marejaram –

— Por que você estava sozinha aqui Drica? Por que não quis ir com as meninas para a casa de Paula? – acariciava o rosto da morena –

— Eu não estou bem Ana, eu estava cansada também, eu não estou com clima para festas.

— Mas você não deve se isolar meu amor. – levantou o rosto de Drica para olhar para si – Eu sei que foram tempos difíceis para você, mas eu estou aqui para te ajudar agora, eu estou com você.

Adriana sorriu e uma lágrima teimou em cair de seus olhos, Ana prontamente a limpou com o polegar. Drica beijou a boca de Ana e se acomodou novamente em seu abraço.

— Sua presença me faz um bem enorme, me traz paz, me deixa ser quem eu sou. – uma pausa – Você tira o melhor de mim. – Drica disse emocionada —

Novamente sentiu paz, uma paz que há muito não sentia, há muito buscava sem encontrar. Estava livre, amava incondicionalmente e se sentia amada, depois de muito tempo, viu Ana Paula entregue nos seus braços, não foi somente sexo, foi simplesmente amor.

Ana estava radiante, sua mulher estava em seus braços, finalmente viveria o amor por Adriana por completo, finalmente se sentiu completa.

Depois de namorar e conversar por horas, as duas adormeceram em meio a juras de amor e carinhos delicados, abraçadas como sempre sonharam, sem medo, sem culpa, apenas duas almas se reencontrando e se redescobrindo.
********************

Paula esperava Adriana para almoçar, Alessandra estava curtindo a ressaca que restou da noite anterior, sentia dor de cabeça e náuseas. Estava deitada no sofá com um pano nos olhos reclamando da claridade.

O interfone tocou e Paula autorizou a entrada da amiga.

— Ale, Drica chegou, levanta daí. – bateu com uma revista no pé da esposa –

— Ai Paula, minha cabeça está explodindo.

— Eu não mandei você beber aquela caipirinha toda, você sabe que te faz mal. – recolhia alguns copos na mesinha de centro –

A campainha tocou e Paula foi abrir a porta. Ficou parada olhando Drica acompanhada da promotora. Paula não entendeu nada, mas sorriu ao ver as duas de mãos dadas.

— Drica! –uma pausa — Ana?

— Oi Paula. – Drica respondeu – Eu espero que não se importe por eu ter trazido minha namorada.

— Ana? – Paula estava sem ação –

— Oi Paula. – Ana sorriu –

— Mas é claro que eu não me importo, entrem.

Paula abriu caminho e as duas entraram na sala, a contadora veio atrás e então abraçou a amiga. Drica retribuiu o abraço apertado.

— Eu senti sua falta ontem, por que você não veio? – reclamou coma amiga —

— Eu estava muito mal minha amiga e muito cansada. – soltaram o abraço –

— E que historia é essa de namorada? – abraçou Ana Paula –

— Pois é Paula, o Papai Noel me mandou esse presente ontem. – Drica apontava para a promotora –

— Eu fui atrás dela. – olhou para a namorada – Já estava na hora.

— Até que enfim vocês se resolveram. Eu não aguentava mais essa cabeça dura aqui sofrendo. – abraçou Adriana novamente—

— Nem eu. – Drica disse sorridente – Cadê Alessandra?

— Ah, — olhou pela sala — ela estava aqui agora mesmo, está curtindo uma ressaca de caipirinha de novo. – revirou os olhos –

Alessandra vem chegando na sala, saía do banheiro e viu a amiga junto com Ana na sala.

— Drica! Por que você não veio ontem? Espera ai, o que ela está fazendo aqui? – apontou para Ana Paula –

— Elas estão namorando Ale, não é ótimo! – Paula explicou –

— Sério? Desde quando? – segurava a cabeça com as mãos –

— Desde ontem. – Drica respondeu –

— Caramba, minha cabeça está explodindo! – caminhou até o sofá –

— Não sei como você aguenta Paula.

— Nem eu amiga. É o amor.

Alessandra deitou no sofá novamente e as amigas ficaram conversando.

— Aqui, eu trouxe os presentes de vocês, você consegue levantar para receber Ale? – Drica ria –

— Presente eu consigo. – levantou e ficou tonta – Ai meu pai, acho que eu não consigo não. – deitou de novo –

Adriana entregou a Paula e o de Alessandra deixou sobre o peito da amiga. Paula também deu o de Drica.

— Viviane vai vir? – Drica perguntou –

— Hoje não, ela ia almoçar na casa de Isadora. – Paula respondeu –

— Vamos almoçar? – Drica chamou –

— Alessandra, você vai comer?

— Não. – resmungou do sofá –

— Então vamos meninas, o pernil já está pronto.

As amigas almoçaram e depois ficaram conversando no apartamento enquanto Alessandra se recuperava do porre.

A noite Adriana dirigia de volta para Niterói com Ana ao seu lado. Felizes, as duas riam, e conversavam com animação. Adriana chegou em casa com Ana, a loira foi buscar o carro para ir para casa.

— Não quer subir? – Adriana colocou a mão na coxa da loira –

— Não meu amor, na verdade eu quero, mas é melhor eu ir, senão eu não vou para casa e minha mãe vai me matar.

— Seus pais voltaram a morar no Rio, eu fiquei muito feliz quando Isadora nos contou. Ela sempre dava um jeito de me atualizar sobre você. – Drica riu –

— Ela também me trazia noticias suas. – segurou a mão da namorada –

— É melhor você ir, senão eu vou fazer você subir e não vou deixar você ir embora.

Adriana beijou Ana ainda no carro e a loira desceu para ir embora. Abaixou na janela de Adriana e a beijou novamente.

— Tchau meu amor. Amanhã eu venho a noite para te namorar. – sorriu –

— Ai de você se não vier. – beijou novamente Ana –

A loira deixou a namorada e foi pegar o carro, saiu dirigindo até em casa, pensando em como sua vida estava completa naquele momento. O que faltava para sua felicidade ser completa não falta mais, Adriana estava em seus braços finalmente, depois de tantos altos e baixos, depois de tantos desencontros.

Adriana entrou no apartamento radiante, feliz, sentia-se livre como nunca antes, sentia que o caminho para a felicidade estava começando a ser trilhado, tomou um banho e deitou para dormir, teria que trabalhar no dia seguinte.

Ana estava de recesso na procuradoria chegava em casa para descansar, Camila estava com Pedro na varanda, os dois namoravam.

— Oi Ana, chegou cedo! – Camila provocava –

— Oi Mila, — mandou uma careta — tudo bem Pedro?

— Tudo certo cunhada. – abraçava a namorada –

— E como foi lá maninha?

— Depois eu te conto, passa no meu quarto antes de dormir. – picou para a irmã –

Camila sorriu e Ana entrou em casa, seu pai estava vendo televisão na sala, e sua mãe estava na cozinha. A loira foi procurar algo para comer e sua mãe a interrogou.

— Oi mamãe. – beijou o rosto da mais velha –

— Oi minha filha, como foi em Veneza? – riu—

— Ah mamãe, finalmente nos entendemos, ela me aceitou de volta, não existem mais inseguranças, ela é minha de uma vez por todas. – abriu um sorriso largo –

— Ah mas isso é ótimo, acabou a choradeira pelos cantos.

— Ai mãe, não me zoa.

— Meu amor, eu estava brincando mesmo. Mas eu estou feliz por você ter se acertado com ela. Traz sua namorada aqui para nós a conhecermos. —fez um carinho no cabelo da filha –

— Eu trago sim, — preparou um sanduiche – vou falar com ela, e eu te aviso. – deu uma mordida no pão –

— Pega suco, tem na geladeira. —recebeu um beijo da filha –

— Eu vou subir mamãe. —jogou um beijo no ar –

Ana foi para o quarto, tomou um banho e deitou para descansar, ligou para Adriana para desejar boa noite.

— Alo.

— Oi Drica, eu estou ligando para desejar uma boa noite. – sorriu –

— Oi meu amor, obrigada, o mesmo para você, eu já estou com saudades.

— Eu também, se você não trabalhasse amanhã eu ia cedo te buscar para passarmos o dia juntas.

— Mas lá no escritório não dá para parar. Eu tenho que preparar o relatório da consultoria que eu fiz nessa ultima viagem, eu não posso ficar em casa. – deitou na cama –

— Eu sei, mas a noite eu estarei ai, te esperando para namorar, te beijar e abraçar todinha.

— Ai eu não vejo a hora de chegar amanhã a noite.

— Durma bem, meu amor.

— Você também. Beijo.

— Beijo.

As duas desligaram e Ana sentou no computador. Entrou no seu perfil em uma rede social e alterou seu perfil para “Relacionamento sério”, olhava algumas fotos de alguns amigos e Eduarda a chamou no chat do site.

— Oi Ana. Tudo bem?

— Oi Duda. Tudo certo, e você?

— Tudo bem. Feliz Natal!

— Feliz Natal.

Ana estava sem saber o que dizer, sabia que Duda a chamou porque viu sua atualização no perfil.

— Ana, desculpe a invasão, mas eu vi sua atualização, você está namorando?

— Sim, Duda, eu comecei a namorar hoje. Eu ia te falar, mas não deu tempo.

— As redes sociais estão saindo na frente.

— É verdade. Enfim, eu finalmente consegui acertar os ponteiros com a mulher que eu amo.

— A morena do bar não é?

— Ela mesma.

— Entendo. Tudo bem, eu espero que vocês sejam felizes. Boa sorte.

— Obrigada Duda.

— Tchau.

— Tchau.

Eduarda saiu do chat e Ana resolveu sair também. Foi deitar e Camila entrou no quarto.

— Ana.

— Oi Mila, entra ai.

Camila entrou e sentou na cama da irmã ao lado dela.

— E ai, me conta tudo.

— Ai Mila, — sentou na cama – foi maravilhoso, ela me aceitou, finalmente ela disse sim.

— Ai minha irmã, que alegria, até que enfim você conseguiu reconquistar Adriana.

— Foi mágico, sentir o beijo dela novamente, é realmente a mulher da minha vida. Eu estou tão feliz Camila, foi meu melhor presente de Natal. – sorria abraçada ao travesseiro –

— Ai minha irmã, eu estou muito feliz por você, eu espero mesmo que dessa vez, você seja feliz.

Camila abraçou Ana Paula e as duas ficaram assim por alguns momentos.

— Camila, agora minha vida está completa. Eu agora estou totalmente realizada.

— Eu sei. Bom, eu vou dormir, amanhã tem trabalho, eu não sou que nem você que tem recesso nesse período, não tenho sua vida mansa.

Camila saiu e deixou Ana rindo, a loira sorriu ao lembrar-se do cheiro de Adriana, ao lembrar-se da noite de amor e que agora essas noites seriam frequentes. Adormeceu com um sorriso no rosto.



Notas:



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