Porto seguro se apresentava para Adriana e Mariana com lindas praias e paisagens memoráveis, a morena tirava fotos para registrar a viagem, Mariana estava curtindo os momentos de férias para relaxar.

Mariana estava deitada em uma espreguiçadeira tomando sol na praia de Taperapuan, usava um biquíni branco que realçava em sua pele morena, os óculos escuros protegiam os olhos e na cabeça um chapéu praiano, Drica passeava pelo mar de caiaque, de biquíni azul com estampa floral, também de óculos escuros, aproveitava o contato direto com o mar.

A morena saiu da água feliz como uma criança, os pés na areia quente, ela saiu correndo para sentar ao lado da namorada.

— Ai, Mari, a água está uma delícia. – chegou ajeitando os cabelos –

— Eu imagino. Daqui a pouco eu vou lá. – continuou na mesma posição –

— Ai, essa viagem está maravilhosa, perfeita, eu precisava mesmo descansar e relaxar a mente. – deitou na espreguiçadeira ao lado de Mariana –

— Mais tarde vai começar a micareta do Axé Moi, você quer ir?

— Ah, eu quero, tem comprar os abadás não é?

— Tem sim, na hora vende, nós compramos quando chegarmos lá. – retirou os óculos – Eu vou na água.

— Vai lá. – mandou um beijo no ar –

À tarde, as duas foram para o Axé Moi, uma tenda que faz apresentações de lambaeróbica, e shows de axé. As duas namoravam enquanto os grupos se apresentavam, dançaram e se divertiram com as danças sensuais e coreografias ditadas pelos dançarinos.

Mariana já estava querendo voltar para o hotel e Adriana estava muito empolgada ainda, dançava e acompanhava as coreografias, a arquiteta encostou em um canto enquanto via Adriana dançar. De braços cruzados ela olhava o ambiente.

Uma mulher chegou ao seu lado e tentou se apresentar, Mariana não deu bola, mas a mulher insistiu e Adriana acabou vendo a cena quando virou para procurar Mariana. A morena saiu da pista e caminhou a passos firmes em direção da namorada, Mariana arregalou os olhos ao ver a postura da morena, achou que iria receber uma chamada.

— Oi meu amor, quem é sua amiga? – beijou a boca da arquiteta –

— Na verdade eu não sei, ela acabou de chegar aqui. – abraçou a cintura de Adriana –

A contadora encarou a entranha esperando por uma resposta mas a mulher ficou sem graça e acabou saindo sem falar mais nada.

Adriana beijou Mariana e olhou para a namorada.

— Estava em apuros? – abraçou o pescoço da arquiteta –

— Muito, eu pensei que você ia brigar comigo.

— Eu vi que ela estava te azarando. Vim te resgatar. – riu –

— Obrigada minha salvadora. – beijou a boca da namorada –

Adriana não saiu mais de perto de Mariana. Ficou observando a mulher que abordou a arquiteta de longe.

Em um momento que Mariana foi ao banheiro, Adriana não percebeu que a mesma mulher foi atrás de sua namorada. Mariana demorou a voltar, e Adriana achou estranho, resolveu ir atrás para procurar a arquiteta.

Já perto do banheiro, Adriana viu a mulher de antes segurando Mariana pelo braço e tentando beijá-la, ela sentiu uma ira sem tamanho e começou a correr na direção das duas, a mulher percebeu que Adriana chegava e largou Mariana para correr para o outro lado.

Mariana viu Drica correndo em sua direção e foi ao encontro da namorada com o rosto transformado.

— O que houve Mariana? O que essa mulher fez com você? – colocou as mãos na cintura –

— Drica, não briga comigo. – estava aflita –

— O que houve Mari? Eu vou atrás dela.

Mariana olhou assustada para a namorada e não sabia o que dizer.

— Não Drica, deixa ela ir embora.

— Essa abusada! – Adriana estava vermelha, irritada —

— Drica, meu amor, me escuta, eu juro que eu não fiz nada. – tentava se aproximar de Drica –

— Eu vi Mariana. – estava exaltada — Eu vi. – andava de um lado pra outro —

— Adriana, por favor, olha para mim, ela me agarrou no banheiro, e tentou me beijar, eu tentei sair mas ela conseguiu arrancar um beijo. Eu sai e ela veio atrás de mim de novo, foi na hora que você chegou.

— Eu vou matar essa sem vergonha. Onde ela foi Mariana? – olhava em volta —

— Adriana, vamos embora, eu não sei onde ela foi. Vamos voltar para o hotel, eu não quero confusão.

Adriana estava irada, concordou em voltar para o hotel para esfriar a cabeça.

No quarto, Mariana estava chateada, Adriana não falou muito no caminho, a morena queria bater na mulher que agarrou sua namorada.

— Drica, você está chateada comigo? – Mariana lavava o rosto no banheiro –

Adriana estava atrás dela no banheiro. – Não Mari, eu não estou chateada com você. Mas eu estou louca para pegar aquela aprendiz de dançarina de axé de porrada.

Mariana enxugou o rosto e virou para Adriana, a morena olhava para a namorada.

— Desculpa meu amor.

— Mari, eu vi que você não deu bola pra ela, eu sei que não foi culpa sua, não se preocupe. – fez um carinho –

Mariana beijou Drica e as duas se abraçaram.

— Já passou. – estava aninhada nos cabelos da morena –

— Vamos tomar um banho? Eu estou cheia de areia.

Mariana se afastou e olhou a morena, concordou com a cabeça e as duas começaram a se despir.

Depois do banho as duas deitaram para descansar, Adriana estava incomodada, a viagem estava boa e a companhia de Mariana era maravilhosa, mas sentia a índia distante, ela sabia que Mariana estava diferente, ela sentia que algo estava fora do lugar, mas mesmo perguntando a namorada dizia que não tinha nenhum problema.

Mariana estava com os olhos fechados, mas não estava dormindo, as duas estavam de costas uma para a outra, diferente de outras vezes que dormiam abraçadas. Mariana não conseguia acreditar que Adriana tinha esquecido Ana Paula, ela sabia que isso não tinha acontecido, mesmo a morena estando afastada da advogada.

Pensava se valia a pena levar esse relacionamento adiante, ela previa que esse momento ia chegar. Mas não queria acreditar que ele fosse necessário.

****************

Ana chegava para trabalhar e encontrou um recado de Duda em sua mesa, a promotora estava tentando conquistar a loira de qualquer maneira.

— Acho que eu me meti em uma enrascada. – falava sozinha –

Começou a trabalhar e na hora do almoço a porta do escritório abriu e Eduarda surgiu linda como sempre. Ana sorriu sem graça e recebeu de volta o mais sedutor olhar que já vira em uma mulher.

— Oi linda! – Duda saudou –

— Oi. Tudo bem? – continuou escrevendo –

— Sim, tudo ótimo! Principalmente depois desse sábado! – dizia se insinuando –

Ana ficou vermelha. Eduarda sentou na frente da mesa da loira e debruçou sobre alguns papeis.

— Então, vamos almoçar?

— Sim, eu só preciso terminar isso aqui. – Ana escrevia –

Ana não sabia como sair dessa saia justa, Eduarda estava investindo pesado nessa conquista, mas Ana não queria se envolver com ninguém ainda, sentia que não estava preparada.

Durante o almoço pouco se falou do fim de semana. Até que Duda resolveu chamar Ana para sair.

— Ana, eu quero te levar para conhecer um lugar incrível, você vai adorar! – terminava o seu almoço –

— Duda, eu não sei se é uma boa ideia. – limpou a boca com um guardanapo – Eu não quero te decepcionar, mas eu não quero me envolver com ninguém por enquanto.

— Por que meu anjo? – depositou os talheres sobre o prato –

Ana lembrou que Lívia usava muito essa expressão com ela, e por um momento se perguntou como estaria a professora.

— Duda, eu amo outra pessoa, e ela ainda está muito viva no meu coração, o que aconteceu no sábado foi um momento de fraqueza, carência, eu não consegui controlar. Desculpe se eu te dei esperanças.

— Ah Ana, não se preocupe, eu também estou sem pretensão nenhuma de engatar um namoro, mas eu adorei você na cama! – mordeu o lábio inferior –

— Como assim? Eu não entendi.

— Ah minha cara, eu não sou mulher de namoros, mas adoro sexo! Eu não consigo me adaptar muito bem com esse lance de monogamia, eu sou de todas. Então não se preocupe, é até melhor assim.

Ana estava atônita, não estava acreditando no que estava ouvindo.

— Podemos fazer um acordo: sexo casual e sem compromisso, assim nós não ficamos nem carentes e nem na seca, o que acha? – riu—

— Eu não imaginei que você fosse assim, Duda. Eu não gosto dessa ideia, eu não sou mulher de fazer sexo por fazer. – chamou o garçom—É melhor irmos embora.

— Ana, desculpe se eu fui muito prática, é que eu sou assim meio louca mesmo. – segurou a mão de Ana sobre a mesa–

— Eu já tinha percebido isso. – puxou retirando a mão do contato —

— Vai pensar na minha proposta?

— Duda, essa sua proposta não está nos meus planos, desculpe.

*************

À noite… no apartamento da promotora…
— Nossa, Ana você é maravilhosa! – Duda dizia ofegante –

— Eu não estou acreditando que você me convenceu a sair com você de novo. – Ana estava de barriga para cima com a mão no rosto –

Eduarda levantou o tronco e se apoiou em uma das mãos, olhou para Ana que estava de olhos fechados e sorriu.

— Mas bem que a senhorita gostou. – brincou com o indicador no nariz da advogada –

Ana sorriu e abriu os olhos.

— Mas isso não está certo Duda, não me agrada ser apenas um estepe, ser só uma opção para você não dormir sozinha. Eu não quero isso pra mim. – Ana levantou e caminhou até a janela, estava nua –

Eduarda não sabia o que dizer. Levantou também e parou atrás da loira que olhava a cidade daquela janela. Abraçou Ana por trás e pousou seu queixo no ombro da advogada.

— Ana, eu não posso te prometer nada, eu nunca fui de namorar, nunca fui de ninguém, não me prendo, mas uma pessoa pode mudar, quem sabe não foi porque eu não tinha encontrado a mulher da minha vida? Quem sabe essa mulher não é você?

Ana virou e ficou de frente para Duda.
— Duda, não faz isso, eu não estou pronta pra isso, eu tenho meus problemas também, eu tenho muita bagagem, eu não queria um relacionamento por enquanto. Eu sou ótima em estraçalhar corações.

A promotora segurou os braços de Ana que estavam cruzados e os levou para abraçar o seu pescoço, deslizou sobre a pele da loira até chegar em sua cintura e a puxou para si. Deu um beijo na loira e voltou a falar.

— Olha, por que você não tenta? Não custa nada, vamos devagar, saímos algumas vezes, almoçamos juntas, vamos nos conhecer melhor, quem sabe esse desejo não vira algo bom? Não precisa firmar compromisso, ficamos casualmente.

— Mas eu não quero ser só uma opção Duda.

— Não será, eu prometo.

Beijou a loira novamente e o desejo ressurgiu como uma centelha em um palheiro, o beijo evoluiu e Ana caminhou com Eduarda até a cama, fazendo com que a promotora deitasse por baixo dela, Ana explorava aquele corpo quente, que exalava sexo por todos os poros, Eduarda era fogosa, adorava inovar, sempre inventava uma brincadeira nova. Com certeza testaria alguns de seus fetiches com Ana.

Ana Paula estimulava seus seios com as mãos enquanto beijava a outra. Em um movimento rápido, Eduarda ficou por cima da loira, Ana olhou para o semblante safado da amante e ficou imaginando o que ela estava pensando.

Duda segurou uma das pernas da amante e levantou colocando em seu ombro, Ana exalava desejo, a promotora passou uma de suas pernas sobre Ana Paula e colou seus sexos, Ana gemeu, Duda começou a se mover, esfregava o clitóris no de Ana Paula que gemeu alto, Duda aumentou o ritmo levando Ana à loucura.

Ana se perguntava como nunca tinha feito aquilo antes, estava encharcada de tesão, o que ajudava no movimento. Duda estava de olhos fechados recebendo um prazer tão intenso quanto Ana Paula.

— Goza comigo, gostosa! Eu quero você bem safadinha!

Ana perdeu o pouco controle que ainda tinha sobreo corpo ao ouvir aquelas palavras, e explodiu em um orgasmo intenso, ao ver a amante chegando ao clímax, Duda também se entregou ao prazer. As duas sentiam os espasmos causados pelo gozo que veio forte e devastador.

Duda foi soltando a perda de Ana lentamente, e se jogou ao lado da loira ofegante, suada, molhada de prazer, assim como Ana também estava.
Ana ainda tinha os olhos fechados, se recuperava desse prazer tão intenso, tão saboroso, quanto tempo ficou sem o toque de uma mulher! E agora está confusa, se deve deixar que esses encontros continuem, será que alguém vai se machucar?

Duda cortou seu pensamento ao quebrar o silencio.

— Você é deliciosa. – disse ao pé do ouvido –

— Você que é incrível! – beijou a parceira –

Ana dormiu com Duda, e estava inclinada a tentar essa experiência, afinal de contas Adriana está namorando e aparentemente está feliz, ela sentia que merecia uma nova chance de encontrar o amor. E estava mais que na hora de abrir a guarda novamente.

*******************

Adriana e Mariana voltaram de viagem, Paula foi busca-las no aeroporto, Drica estava cansada do voo, Paula as deixou no apartamento de Mariana e foi para casa.

— Meu amor, você viu meu brinco que eu comprei lá naquela feirinha de artesanato? – Mariana perguntava –

— Servem esses que estão na sua orelha? – apontou –

— Ai, eu estou maluca, deve ser o cansaço da viagem, puxa vida, voo atrasado, que canseira que deram na gente hein!

— Pois é, mas pelo menos estamos em casa, o pior de tudo é a falta de informação, eles nunca sabem de nada, ai eu vou tomar um banho para descansar com você, não quer vir comigo?

— Hum, tentador o convite, mas eu vou desarrumar as malas antes de deitar, senão não vou fazer nada e vou ficar tropeçando nesse trambolho a semana inteira. – riu –

As duas já não faziam amor com tanta frequência, a rotina se estabeleceu entre as namoradas, mesmo na viagem não houve clima de lua de mel, Adriana já pensava que seu relacionamento estava desgastado, pensava no que fazer para tentar resgatar o que as duas tinham no inicio.

— Tudo bem, se mudar de ideia, sabe onde me encontrar, — piscou –

Mariana ficou no quarto desfazendo suas malas e Adriana tomou um banho demorado para relaxar, essa viagem só trouxe estresse ao invés de diversão. Voo atrasado, mulheres dando em cima das duas descaradamente, conta errada no hotel. Foi um verdadeiro desastre.

Drica saiu do banho enrolada na toalha e entrou no quarto, viu Mariana cochilando sobre a cama a índia não resistiu ao cansaço e se entregou ao mundo de Morpheu. Parou e ficou admirando a beleza da mulher que tinha como namorada, mas ainda não se via casada com Mariana, ainda existia um vazio dentro de seu peito que não era preenchido. Faltava algo.

Desistiu de pensar na vida e colocou uma roupa leve que pegou da mala, deitou ao lado na namorada e a acompanhou naquele sono tranquilo e sereno para recarregar as energias depois de tantos problemas.

Já era noite quando Adriana abriu os olhos, espreguiçou-se e percebeu que estava sozinha na cama, alisou o colchão atrás de algum pedacinho de Mariana, mas não encontrou. Levantou devagar, no seu ritmo. Foi para fora do quarto e encontrou Marcos na sala assistindo a um jogo de futebol e o cumprimentou.

— Oi Marcos.

— Olá, olha quem ressuscitou! Tudo certo cunhada?

— Tudo bem. Onde está a Mari? – esfregou os olhos –

— Ah ela estava aqui agora mesmo, deve ter ido na portaria pegar pizza, ou algo desse tipo.

— Ah tá.

— Senta aqui, o seu time está jogando.

— Está ganhando ou perdendo?

— Empatando.

— Então ainda está no lucro, eu vou ao banheiro e volto pra ver o resto com você.

Adriana sentou com Marcos e assistiram ao segundo tempo do jogo e Mariana não apareceu.

— Mas sua irmã foi pegar pizza aonde? Na Itália? – bateu com as mãos no sofá e levantou —

— Sei lá, liga pra ela.

Adriana foi até o quarto e pegou o celular, ligou para Mariana e o aparelho tocou na cozinha, ela seguiu o som e viu que a índia tinha deixado o celular no apartamento. Drica começou a ficar irritada, onde a arquiteta estava?

Horas depois Mariana entrava no apartamento sorrindo com uma pizza em uma das mãos e um refrigerante na outra. Encontrou um Marcos esfomeado e uma Adriana irritada.

— Oi meu amor, que cara é essa? – beijou a testa da contadora –

— É a cara de bunda que eu fico quando você some sem dizer aonde vai e deixa o celular em casa pra ninguém te achar. – cruzou os braços –

— Calma ai. Eu fui pegar a pizza. – colocou a caixa sobre a mesa –

— Ela foi fabricada aonde? Na Itália? – Adriana ainda reclamava –

Enquanto as duas brigavam, Marcos sentou e começou a comer.

— Ué, você está com ciúmes?

–E quem não ficaria? Eu espero que exista uma explicação muito boa para isso Mari, onde você estava ate essa hora?

— Eu encontrei uma amiga que não via há muito tempo e fiquei conversando com ela.

— Amiga dentro do condomínio? – cruzou os braços –

— É Drica, uma amiga que mora no outro bloco, é impressão minha ou você está com ciúmes? – colocou as mãos na cintura –

— Eu estou sim, afinal, deu pra ver o jogo inteiro do Fluminense e você não aparecia.

Mariana olhou para Marcos e perguntou sobre o jogo.

— O Fluminense perdeu?

O rapaz só balançou a cabeça positivamente com a boca cheia de pizza.

— Hoje vai ser uma noite daquelas! – Mariana foi pegar refrigerante –

— Ah, quer saber, eu vou dormir. – Drica saiu chateada –

— Espera ai, você não vai comer? – segurava um guardanapo –

— Não, eu perdi a fome. – caminhava contrariada pelo corredor –

Marcos olhou para a irmã e Mariana deu de ombros e fez cara de desentendida.

— Você não estava conversando com ninguém, estava? – Marcos perguntou –

— Estava sim, com o sindico, a pizza demorou a chegar. – deu de ombros –

— Porra, demorou pra caramba mesmo, tem duas horas que você desceu, — bebeu refrigerante — que tanto papo você teve com o sindico?

— Arranharam o meu carro na garagem. – sentou para comer –

— E por que você disse pra Drica que era uma amiga? Você vai deixa-la dormir com fome? – mordeu mais um pedaço –

— Não, eu vou levar pra ela no quarto. – pegou um pedaço de pizza –Ela está precisando pensar que eu não estou jogada fora, deixa Drica ter um pouquinho de ciúmes.

— Mariana, eu não acho uma boa ideia provocar algo que não existe, Drica é tão tranquila, — colocava maionese na pizza — nunca mais aconteceu nada pra você achar que ela te trai, por que fazer isso?

— Sei lá Marcos, Adriana não é minha, sabe. Ela cuida de mim, me trata bem, me dá carinho, mas eu sinto que ela não é totalmente minha.

— Mariana, você está em uma via de mão única, por mais que ela se esforce, e ela está se esforçando, — olhou para a irmã– ela não consegue se entregar totalmente, você tem que pensar se vale a pena forçar esse relacionamento.

Mariana ficou pensando no que Marcos disse, em muito tempo alguém falou algo sensato para ela sobre o relacionamento com Adriana.

— Até que você falou algo certo fedelho! – mordeu o pedaço de pizza –

— Eu não sou só um corpinho bonito dando mole por ai. – riu e levantou para lavar o copo – Mari, presta atenção, e pensa direito no que você está fazendo com seu relacionamento, provocar a Drica não vai mudar o sentimento dela, só vai provocar brigas e problemas para vocês.

Mariana riu e continuou comendo, pensativa começou a ponderar se o caminho que tomou foi o correto, aceitou a traição de Adriana, achou que tinha perdoado, mas no seu íntimo o que ela fez foi apenas não abrir mão da contadora para deixa-la livre para Ana Paula, foi puro orgulho.

— O que eu faço Marcos? – mordeu outro pedaço –

— Você que tem que decidir minha irmã. Mas as vezes é necessário deixar que ela vá, pra saber se era aqui que ela quer mesmo ficar.

Sentia amor por Adriana, mas a morena não sentia amor por ela, Adriana pode ter se apaixonado, mas não a amava. As crises de ciúmes diminuíram, e a convivência estava controlada, mas não existe amor.

O relacionamento não era o mesmo que elas viveram em Boston, tinha sempre o fantasma da traição da Drica que povoava sua cabeça. Mariana se viu em uma situação que não queria acreditar, talvez realmente fosse a hora de se libertar e deixar Adriana livre.

Mariana terminou de comer e colocou dois pedaços de pizza e um copo de refrigerante para a namorada e foi para o quarto, chegando lá, encontrou a morena adormecida no seu travesseiro, o rosto vermelho denunciava que ela havia chorado. Isso cortou o coração da arquiteta, não queria fazer Adriana sofrer, ela estava sendo exemplar como sempre foi, mas acabou chateando a contadora.

Colocou a comida na mesa de desenho e sentou em um pufe que fica no canto do quarto, ficou olhando a contadora dormir enquanto pensava na vida.

Quase uma hora depois, Adriana despertou, meio sonolenta, ao abrir os olhos encontrou a namorada deitada ao seu lado velando o seu sono.

Mariana sorriu e Drica acabou sorrindo também. Espreguiçou-se e ajeitou os cabelos que estavam caídos sobre o seu rosto. Sentiu que Mariana não falava nada, achou estranho, mas imaginou que fosse pelo problema que tiveram mais cedo.

— Oi. – disse a contadora –

— Oi. – sorriu –

— Estou dormindo há quanto tempo? – se acomodou de frente para Mariana –

— Acho que ha uma hora. – sussurrava –

— Dormi muito. – fechou os olhos –

— Drica você me ama? – falou baixinho –

Adriana se assustou, não esperava esse tipo de conversa depois da viagem que fizeram. Abriu os olhos e olhou para Mariana.

— Por que Mari?

— Eu preciso saber.

As duas ficaram se olhando, Adriana se apaixonou por ela, mas não ama Mariana, ela sabia que isso poderia acontecer, e sabia que em algum momento essa conversa iria surgir.

— Eu serei sincera como sempre fui com você Mari, eu me apaixonei por você, mas essa paixão ainda não virou o amor que você merece. – sua voz embargou –

Mariana fechou os olhos, ela sabia que essa seria a resposta, e não esperava que Drica mentisse.

— Eu sabia que essa seria a resposta. Não esperava que você mentisse para me agradar.

— Eu não faria isso.

— Adriana me desculpe por hoje, eu menti pra você, não estava conversando com uma mulher lá embaixo, eu estava falando com o síndico, a pizza demorou mesmo. – baixou os olhos –

Adriana não entendeu. – Por que você fez isso? – tocou o rosto da namorada –

— Eu queria te deixar com ciúmes. – ficou envergonhada –

— Poxa Mari, eu sei que não estou totalmente entregue, mas eu respeito nossa relação, infelizmente eu errei lá em Boston, e coloquei uma interrogação entre nós, mas eu juro que nunca mais te dei motivos para você duvidar de mim. Inclusive do meu comprometimento com você.

— Eu sei, mas eu me perdi Drica, eu perdi o controle e esqueci quem eu sou, eu acho que eu errei em tentar levar essa relação à frente, nós não deveríamos ter começado esse namoro.

— O que você quer dizer com isso? – Adriana teve lágrimas nos olhos –

— Que é melhor a gente terminar. – sua voz embargou –

Adriana recebeu um balde de água fria, as duas acabaram de voltar de uma viagem de férias, Adriana pensava que estava tudo bem.https://www.youtube.com/embed/OpQFFLBMEPI?feature=oembed&wmode=transparent

Just Give Me A Reason (Pink Feat. Nate Ruess)

Right from the start
You were a thief, you stole my heart
And I, your willing victim
I let you see the parts of me
That weren’t all that pretty
And with every touch
You fixed them

Now you’ve been talking in your sleep oh oh
Things you never say to me oh oh
Tell me that you’ve had enough
Of our love
Our love

Just give me a reason
Just a little bit’s enough
Just a second we’re not broken just bent
And we can learn to love again
It’s in the stars
It’s been written in the scars on our hearts
We’re not broken just bent
And we can learn to love again

I’m sorry I don’t understand
Where all of this is coming from
I thought that we were fine (oh we had everything)
Your head is running wild again
My dear we still have everythin’
And it’s all in your mind (Yeah, but this is happenin’)

You’ve been havin’ real bad dreams oh oh
You used to lie so close to me oh oh
There’s nothing more than empty sheets
Between our love, our love
Oh, our love, our love

Just give me a reason
Just a little bit’s enough
Just a second we’re not broken just bent
And we can learn to love again
I never stopped
You’re still written in the scars on my heart
You’re not broken just bent
And we can learn to love again

Oh tear ducts and rust
I’ll fix it for us
We’re collecting dust
But our love’s enough
You’re holding it in
You’re pouring a drink
No nothing is as bad as it seems
We’ll come clean

Just give me a reason
Just a little bit’s enough
Just a second we’re not broken just bent
And we can learn to love again
It’s in the stars
It’s been written in the scars on our hearts
We’re not broken just bent
And we can learn to love again

Just give me a reason
Just a little bit’s enough
Just a second we’re not broken just bent
And we can learn to love again
It’s in the stars
It’s been written in the scars on our hearts
We’re not broken just bent
And we can learn to love again

Oh, we can learn to love again
Oh, we can learn to love again
Oh, that we’re not broken just bent
And we can learn to love again

Dê-me apenas um motivo

Bem desde o começo
Você foi um ladrão, você roubou meu coração
E eu, sua vítima condescendente
Deixei que você visse partes de mim
Que não eram tão bonitas
E, a cada toque
Você as consertou

Agora, você tem falado durante o sono, oh oh
Coisas que nunca diz para mim, oh oh
Diga-me que você já teve o bastante
Do nosso amor
Nosso amor

Dê-me apenas um motivo
Só um pouquinho já basta
Só um segundo, não estamos quebrados, apenas curvados
E podemos aprender a amar novamente
Está nas estrelas
Foi escrito nas cicatrizes dos nossos corações
Não estamos quebrados, apenas curvados
E podemos aprender a amar novamente

Desculpe-me se não entendo
De onde é que tudo isto está vindo
Pensei que estivéssemos bem (oh, tínhamos tudo)
Sua cabeça está perdendo o controle novamente
Minha querida, ainda temos tudo
E está tudo na sua mente (Sim, mas isto está acontecendo)

Você tem tido sonhos muito ruins, oh, oh
Você costumava deitar-se tão perto de mim, oh, oh
Não há nada além de lençóis vazios
Entre o nosso amor, nosso amor
Oh, o nosso amor, o nosso amor

Dê-me apenas um motivo
Só um pouquinho já basta
Só um segundo, não estamos quebrados, apenas curvados
E podemos aprender a amar novamente
Nunca parei
Você ainda está escrito nas cicatrizes no meu coração
Você não está quebrado, apenas curvado
E podemos aprender a amar novamente

Oh, canais lacrimais e ferrugem
Vou consertar isso para nós
Estamos recolhendo poeira
Mas o nosso amor é o bastante
Você o está segurando
Você está servindo um drinque
Não, nada é tão ruim quanto parece
Diremos a verdade

Dê-me apenas um motivo
Só um pouquinho já basta
Só um segundo, não estamos quebrados, apenas curvados
E podemos aprender a amar novamente
Está nas estrelas
Foi escrito nas cicatrizes dos nossos corações
Não estamos quebrados, apenas curvados
E podemos aprender a amar novamente

Dê-me apenas um motivo
Só um pouquinho já basta
Só um segundo, não estamos quebrados, apenas curvados
E podemos aprender a amar novamente
Está nas estrelas
Foi escrito nas cicatrizes dos nossos corações
Não estamos quebrados, apenas curvados
E podemos aprender a amar novamente

Oh, podemos aprender a amar novamente
Oh, podemos aprender a amar novamente
Oh, que não estamos quebrados, apenas curvados
E podemos aprender a amar novamente
— Mari, você tem certeza do que está falando? – já sentia as lágrimas escorrerem pelo rosto –

— Sim, mais do que nunca. – também chorava –

As duas permaneceram em silêncio, um silêncio que gritava naquele quarto, Mariana abria mão do que ela idealizou de um amor, e deixava Adriana que por mais que ela tenha se esforçado, não conseguiu se entregar totalmente, era hora de ficar sozinha para juntar os cacos e se recompor para seguir em frente.

— Por que? – Drica não conseguia falar –

— Por que você não está inteira, você está sofrendo que eu sei, levando uma relação comigo porque eu quero assim, você quer estar nos braços de outra pessoa. – falava devagar –

— Mari, não é assim, eu estou com você porque eu quero estar, você é linda, maravilhosa, me faz bem, esteve comigo quando eu precisei. – foi interrompida –

— Você está comigo por gratidão, e isso não tem como dar certo. Eu não posso te prender desse jeito. Você precisa juntar os pedaços que estão faltando para completar o seu quebra cabeças e depois com tudo no lugar escolher o seu caminho Drica.

— Por que você pensou nisso agora Mari? Nós acabamos de voltar de viagem, eu achei que estávamos bem.

— Nós estamos bem, mas até quando? Eu não te sinto comigo Drica, você sente ciumes, mas não é por amor, é por posse, porque eu sou sua namorada. E eu estou só esperando o dia que você vai acordar e perceber que fez uma grande burrada e vai sair atrás do seu amor.

— Não fala isso Mari, eu não estou usando você, se é o que parece.

— Eu nao pensei nisso. Eu sei que você tentou, mas tem quase um ano Drica, e você ainda continua presa ao seu passado, se não aconteceu nada até agora, não vai mais acontecer.

As duas permaneciam deitadas, se olhando, choravam contidas, doía, mas era uma dor anunciada, as duas sabiam que esse dia chegaria, Adriana lembrou –se da conversa que teve com Paula:

“ — Drica, você quer ficar com Mariana?

— Eu quero, eu sinto que ela pode me libertar desse amor que fica rondando meu peito, a lembrança de Ana que insiste em povoar minha mente, se Mariana não conseguir eu não sei mais quem poderia.

— Só a Ana, Drica, ela pode te dar essa redenção, se você está mesmo disposta a esquecer esse amor, tudo bem, você está seguindo o caminho certo, caso contrário, vocês vão chegar daqui a alguns anos e vão perceber que foi lindo mas foi tudo em vão.”
O sentimento era de perda, ambas perdiam a esperança de um dia serem felizes no amor. Cada uma com suas frustrações, seus medos, e inseguranças.

— Mari como isso aconteceu? – fez um carinho na arquiteta –

— O que?

— Por que não deu certo?

— Porque você pertence a outra pessoa. – uma lágrima escorreu –

Mariana levantou e caminhou até a janela. Olhou o movimento dos carros. Estava de costas para a cama. Adriana sentou-se e limpou o rosto com as mãos. Pensava no que fazer.

Levantou e caminhou até Mariana, parou atrás da namorada e ameaçou fazer-lhe um carinho nas costas, mas hesitou. Recolheu a mão e abraçou o próprio corpo. Sentia o mundo rodar ao contrário novamente, sua vida voltava a sair de suas mãos. Sentia-se segura com Mariana, e essa segurança estava deixando a morena.

— Mari, eu não vou te forçar a ficar comigo, não posso fazer isso. – encostou ao lado da arquiteta na janela — Eu sinto muito por não conseguir ser a mulher perfeita para você. Eu juro que eu tentei.

— Não se preocupe Drica, — olhou para a contadora – Foi maravilhoso enquanto durou.

A dor era visível, o olhar triste da arquiteta se misturava com o de Drica, era uma dor aguda no coração da índia, que não conseguia segurar a vontade de abraçar Adriana e voltar atrás em tudo o que havia dito, mas já tinha chegado até ali, não voltaria mais.

— Mari, não precisa ser assim. – Drica chorava –

— Precisa sim, meu amor, precisa sim. Nosso relacionamento é legal, mas é superficial, você não consegue se entregar, e eu não consigo me sentir segura ao ponto de não ter mais ciúmes. Eu preciso deixar você ir, se for para você voltar, nós nos encontraremos por ai. – fez um carinho no rosto de Adriana –

A morena aos poucos foi chegando perto da arquiteta que a abraçou, as duas choraram e entre carinhos e silêncio, o pacto foi quebrado. Cada uma seguirá o seu próprio caminho dali em diante.

Adriana se afastou da índia e olhou mais uma vez para a mulher que se fez presente em sua vida, se fez seu porto seguro enquanto ela estava em pedaços, teria que juntar novamente todos os cacos para seguir em frente.

— Eu vou embora Mari. – limpou o rosto –

— Não, é tarde Drica, dorme ai, eu te levo amanhã. – segurou o braço da morena –

— É melhor eu ir, eu pego um taxi, não se preocupe. – se afastou –

Adriana foi até a mala que estava no canto do quarto e começou a trocar de roupas, Mariana olhava os movimentos da morena e pensava se tinha tomado a decisão certa, ela queria que esse relacionamento desse certo e investiu nisso, ela sabia que Adriana não estava inteira e se propôs a ajuda-la a se recompor, mas tanto aconteceu que ela não conseguiu cumprir esse papel, depois de um tempo, percebeu que ela não havia perdoado a morena por completo, ainda se sentia mal pela traição, não era para ficarem juntas.

— Drica, por favor, não vai, já está muito tarde. Eu te levo amanhã.

Adriana derramava lágrimas sentidas, mas continuava arrumando suas coisas na mala, olhou para Mariana e não respondeu, só balançou a cabeça, ela estava triste e magoada. Não com Mariana, mas consigo mesma por não ter conseguido entregar seu amor para aquela mulher maravilhosa que estava em sua frente.

— Então eu vou pedir pro Marcos te levar. – Mariana caminhou para a porta –

— Não Mari. Não precisa. Eu vou pegar um taxi. – limpou o rosto com as costas da mão –

— Drica por favor, não seja teimosa, eu quero cuidar de você.

— Você já fez tudo o que podia. Agora é comigo. – fechou o último zíper –

— Por favor. – sua voz sumiu –

Adriana tinha os olhos tristes, e saiu do quarto deixando Mariana para trás, foi no banheiro e ajeitou os cabelos, escovou os dentes e recolheu seus pertences, voltou ao quarto e encontrou Mariana sentada na cama chorando.

Adriana respirou fundo e caminhou até a índia, abaixou em sua frente e olhou em seus olhos. Limpou uma lágrima que escorria no rosto da arquiteta.

— Mari, obrigada por tudo, você merece alguém melhor.

— Você seria suficiente, e não tem o que agradecer, eu faria tudo de novo. – segurou a mão de Drica –

As duas levantaram e se abraçaram, ambas tentavam controlar a dor que sentiam por se perder. Mariana segurou o rosto de Drica nas mãos, os olhos negros estavam tristonhos, vermelhos de chorar, fitavam o choro da morena, ela beijou a boca de Drica uma última vez e voltaram a se abraçar.

Adriana se soltou da índia e pegou a mala, saiu levando para a sala, Marcos assistia televisão e usava o notebook, viu a cunhada passando com a mala e a bolsa no ombro e se assustou, levantou na mesma hora e foi até Drica.

— Adriana, o que houve? Aonde você vai?

— Eu vou pra casa Marcos, — lágrimas caíam em seu rosto – Mariana terminou comigo.

— Poxa Drica, eu sinto muito. – Pensou que seu conselho foi seguido pela irmã – Como você vai? Seu carro está ai?

— Não, eu vou pegar um taxi.

— Eu te levo.

— Não Marcos, obrigada, não precisa.

— Claro que precisa, você não sai daqui sozinha não. Já é muito tarde. – pegou a camisa que estava no sofá—Vamos.

Marcos pegou sua carteira e a chave do carro e desceu com Adriana, Mariana estava no quarto, chorava com mais intensidade agora, ela sabia que Marcos não deixaria Drica sair sozinha, não foi acompanha-la até a porta, seu coração doía demais.

No carro, durante o percurso, Adriana se mantinha calada, chorava contida, e Marcos respeitou seu momento.

Quando chegaram ao apartamento de Drica, a morena recebeu ajuda para pegar a mala e se despediu do rapaz.

— Obrigada Marcos, desculpe te dar esse trabalho. – fungava –

— Não foi trabalho nenhum cunhada, não se preocupe.

Adriana caminhava para a portaria mas voltou e olhou para o rapaz.

— Marcos, cuida dela pra mim.

— Eu cuido. Pode deixar.

Os dois se abraçaram e se despediram, o rapaz voltou para casa e Adriana subiu para o seu apartamento.

Drica estava sofrendo, tinha o coração dolorido, magoado, tantas mágoas, tantos abandonos, muitas decepções. Queria gritar, queria sumir, queria se sentir uma pessoa completa novamente.

Ainda teria alguns dias de folga, mesmo sendo madrugada, ela não hesitou, reorganizou a mala que veio de Porto Seguro e voltou para a estrada, pegou o seu carro e viajou para Arraial do Cabo, na Região dos Lagos.

Chorava em alguns momentos, enquanto escutava melodias tristes no rádio. Chegou a uma pousada e fez o check in. Não avisou a ninguém, queria ficar sozinha. Desligou o celular e apenas adormeceu.



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