Adriana passou o fim de semana inteiro no hospital esperando noticias do seu pai, acompanhando os médicos e os exames que foram feitos, e no domingo foi para o seu apartamento descansar para trabalhar na segunda-feira, deixou seu irmão em seu lugar.
Estava exausta, tomou um banho esquentou uma lasanha congelada no micro ondas e depois de jantar e lavar a louça se jogou no sofá para tentar descansar. Depois de ver um pouco de televisão acabou adormecendo ali mesmo com sua cachorrinha deitada em sua barriga.
Quando acordou já passava da meia noite, e ela resolveu ir deitar-se em sua cama, pois já estava sentindo o efeito do sofá na coluna.
Percebeu que deixara seu notebook ligado na mesa, pois ela iria olhar os e-mails, mas como adormeceu não tinha feito nada do que planejara.
Sentou-se para desligar o notebook e viu que no MSN havia uma solicitação de amizade, ela leu o e-mail, mas não se lembrou de ter dado o endereço para ninguém, lembrou-se que tinha passado esse e-mail para Isadora, e pensou que poderia ser a moça para falar sobre algo do trabalho.
Aceitou o convite e para sua surpresa a pessoa estava on line ainda, quando leu o nome que apareceu na tela ela quase teve um infarto, as mãos suaram e o coração acelerou, quando ouviu o barulho tão comum da janelinha de conversa tocando no note, indicando que ela queria conversar, Adriana quase caiu da cadeira com o susto, ainda estava meio sonolenta, na mesma hora foi até a cozinha e pegou um copo de água gelada, a garganta ficou seca.
Do outro lado da tela, Ana Paula que trabalhava em uma defesa para a audiência que teria na manhã seguinte, viu o nome de Adriana subir na janelinha do MSN, ela sentiu um arrepio subir pela nuca, Adriana aceitou o seu convite. Ela ficou parada olhando a tela do computador, pensando se seria bem recebida caso chamasse Adriana para uma conversa. Ana tinha medo de Adriana estar zangada e não falar com ela.
Depois de pensar por um minuto, decidiu arriscar, o máximo que poderia acontecer era Adriana dizer que não queria saber de nada, e ela pôs-se a escrever.
Quando Adriana voltou e olhou a tela Ana Paula já havia escrito mais algumas coisas e ela resolveu ler o que a loira escrevia.
— Oi Adriana, boa noite. Desculpe a intromissão, mas eu precisava falar com você.
Ainda sem resposta, Ana insistiu.
— Adriana, você está ai?
— Eu sei que você deve estar pensando que eu sou uma cafajeste, mas eu precisava conversar com você, eu espero que algum dia possa conversar frente a frente, pois eu não quero te magoar, eu mal te conheço, mas eu não sei explicar o porquê dessa preocupação.
Adriana lia sem entender direito o que estava acontecendo, ela queria se explicar pela cena que ela presenciou na saída da boate? Quando pensou em responder mais uma vez Ana Paula pôs-se a escrever e ela resolveu esperar.
— Eu preciso te explicar o que aconteceu naquela sexta-feira, eu sinto muito por ter te magoado, eu não tinha essa intenção.
Adriana não aguentou e respondeu.
— Oi Ana, boa noite.
— Adriana, que bom que você respondeu, eu achei que você não queria falar comigo.
— Não era isso, eu só achei estranho você no meu msn, onde você conseguiu o meu e-mail?
— Foi a Alessandra que me deu.
— Alessandra? De onde você a conhece?
— Longa história, eu posso contar depois?
— Não sei mais se quero saber.
— Não fala assim, e o seu pai, como está?
— Como você sabe do meu pai?
— Bom, vou te adiantar, eu estive com suas amigas na boate na sexta-feira passada e foi assim que eu soube sobre o seu pai e consegui o seu e-mail.
— Você reconheceu as meninas?
— Sim, na verdade eu sou amiga da Isadora e Nathalia, que é amiga da Alessandra.
— Ah eu sei, então espera um pouco, você era a amiga que elas queriam me apresentar?
— Isso mesmo.
— Minha nossa, que coincidência.
— É mesmo, eu fiquei boba quando percebi que eram elas. O que foi ótimo porque eu estava louca pra conversar com você sobre o dia que nos conhecemos.
— Mesmo? E o que você quer conversar?
— Eu preciso pedir desculpas, eu te agarrei no banheiro, fiquei com você naquela noite e depois você me viu passando de mãos dadas com outra mulher, eu fiquei atordoada, eu não queria que você pensasse que eu te tratei como uma conquista.
— E como você me tratou Ana? Eu fui a conquista da noite, ainda mais porque eu achei que você falava sério quando pediu para eu ficar, se eu ficasse o que iria acontecer? E outra, de onde aquela mulher surgiu?
Ana Paula sentiu uma pontinha de mágoa nas palavras de Adriana, e ficou com remorso por ter beijado a morena na boate, mas ao mesmo tempo sentia vontade de vê-la novamente e tê-la em seus braços.
— Eu sinto muito se eu te magoei. Eu não estava esperando que ela aparecesse naquela hora ainda mais lá na boate, eu não disse onde eu estava.
— Quem é aquela mulher?
— O nome dela é Gisele, ela é minha namorada.
Adriana gelou dos pés à cabeça, ler aquela palavra na tela do computador a deixou atordoada, ela não conseguia acreditar que se deixou envolver por uma mulher e ainda por cima comprometida, e não acreditava que Ana Paula estava contando pra ela com tanta naturalidade que traíra a namorada naquela noite.
— Adriana, você ainda está ai?
— Ana, por que você está fazendo isso comigo?
— Fazendo o que?
— Contando que você traiu sua namorada comigo, você não acha que eu merecia um pouco mais de consideração?
— Mas é por isso que eu estou te contando, porque eu penso que você merece todo o meu respeito, eu precisava explicar pra você como a minha vida está complicada, ela é minha namorada intitulada mas não age como tal.
— Eu não estou entendendo.
— Ela é casada com um homem, e nos conhecemos em uma sala de bate-papo, ela era curiosa e eu aceitei encontrar com ela para conversar, começar uma amizade, mas acabamos nos atraindo e eu aceitei sair com ela para um encontro amoroso.
— Hum.
— Depois disso a coisa ficou séria, e nós nos envolvemos demais, eu me apaixonei e hoje eu tento de tudo para terminar essa relação, mas eu não consigo. É um sentimento mais forte que a minha razão.
— Por que você quer terminar a relação de vocês?
— Porque eu não aguento mais ser um estepe pra ela, só nos vemos quando ela quer, quando ela pode, ou quando o marido não está junto, isso está acabando comigo.
— Entendo.
— Adriana, eu sei que você não tem nada haver com isso tudo, mas eu precisava te explicar, eu não sei o porquê, mas algo me dizia que eu precisava conversar com você.
— Obrigada pela consideração Ana, eu realmente fiquei chateada com o que aconteceu, na verdade eu sabia que você não me devia explicações, na balada acontecem coisas que ficam só na balada, mas eu realmente fiquei revoltada na hora que eu te vi passando com aquela mulher.
— Você pode me desculpar?
— Claro, eu não tenho nada para te cobrar, foi um beijo, uma noite, infelizmente nos conhecemos em uma fase ruim pra nós duas.
— É verdade, então eu já estou mais tranquila, sinto muito por tudo Adriana, mas eu prometo me comportar da próxima vez.
Adriana pensou consigo mesma que não era bem isso que ela queria, sua vontade era que Ana não se comportasse de maneira nenhuma.
— Tudo bem, não se preocupe com isso.
— Nossa. Olha a hora, nem percebi que já passara tanto tempo, eu preciso acordar cedo, pois eu tenho uma audiência de manhã, foi ótimo falar com você, Adriana.
— Eu também gostei de conversar com você, nos falamos depois, boa sorte na audiência.
— Obrigada. Boa noite. Beijos.
— Boa noite, beijos.
Adriana desligou o notebook e olhou no relógio de parede da cozinha, este marcava duas horas da manhã, sua cadela Pitty dormia no sofá. Ela ainda sentia a adrenalina de conversar com Ana Paula e conhecer um pouco da loira que mexeu com o seu coração, resolveu deitar, pois teria que acordar cedo para trabalhar, mas não conseguiu dormir facilmente, quando finalmente pegou no sono, o despertador tocou deixando a morena de mau humor.
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Ana Paula Estava radiante por ter se explicado para Adriana e a morena não estar mais chateada com ela, na verdade ela gostaria de estar livre para viver um romance com Drica, mas não conseguia se livrar daquele relacionamento vicioso.
Aninha teve dificuldades para dormir, ansiosa pela conversa com Drica, como houve uma boa recepção ela esperava ganhar terreno e conquistar a confiança da morena, Ana Paula sentia que Adriana mudaria sua vida de alguma maneira, seja como amiga, ou como namorada.
De manhã a loira estava animada, o brilho do seu olhar estava diferente, e não foi despercebido pelas meninas do escritório.
— Bom dia meninas!
— Bom dia.
— Está tudo preparado para a audiência?
— Está sim Ana, o processo está separado, só falta a defesa que você ficou de trazer.
— Está aqui, é só anexar.
— Ana, você está mais animada hoje, ou é impressão minha?
— Por quê?
— Sei lá, eu estou achando você diferente, mais sorridente.
— É que eu tirei um peso das costas essa noite, ai hoje eu estou muito mais leve.
— Ah logo vi que tinha acontecido alguma coisa.
— Eu espero que aconteçam muitas outras coisas que me deixem assim. – risos-
Ana Paula ignorou uma ligação já cedo de Gisele e dirigiu-se para o fórum com a estagiária para a audiência.
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Adriana também foi trabalhar com um ar diferente, apesar do mau humor por não ter dormido bem, sua cabeça estava mais leve, mas ao mesmo tempo confusa com a situação de Ana Paula.
Chegando ao escritório ela não se conteve e contou às amigas que conversara com Ana Paula.
— Bom dia.
— Bom dia Drica, como está o seu pai?
— Ai Paulinha está no CTI ainda, está sedado, os médicos estão esperando a pressão abaixar para retirar algumas medicações e tirar o coma induzido, só depois que ele acordar que saberemos quais as sequelas que o AVC deixou.
— Drica vai pra casa, fica com sua mãe, nós seguramos as pontas aqui no escritório.
— Obrigada meninas, mas o meu irmão está lá, e mente vazia é oficina do mal, então é melhor eu me manter ocupada.
— Você quem sabe, se quiser sair mais cedo, pode ir, nós damos um jeito aqui.
— Tá certo. Agora deixa perguntar uma coisa, quem deixou vocês darem meu e-mail pra loira da boate?
Adriana cruzou os braços e fez cara de quem não gostou da atitude de Alessandra, apenas para dar uma lição nas amigas, mas no fundo ela adorou ter o contato de Ana Paula para conhecer melhor a loira que estava tirando o seu sono.
As duas ficaram pálidas, se entreolharam sem saber o que dizer.
— Poxa Drica, fui eu quem deu o e-mail, ela queria muito conversar com você, ela te mandou alguma mensagem?
— Ela me adicionou no MSN e nós conversamos essa madrugada.
Paula ficou empolgada e logo perguntou detalhes.
— E ai amiga, ficou tudo esclarecido entre vocês?
— Paula, porque esse interesse?
— Por nada, mas é que parecia que ela estava muito preocupada com o que você estava pensando sobre ela, nós achamos que ela merecia uma chance de se explicar.
— Entendi.
— Mas e ai, está tudo bem?
— É, posso dizer que sim, mas a historia dela é muito complicada, minha nossa, isso é chave de cadeia, eu estou fora.
— Ai amiga, ninguém está dizendo pra você casar com ela.
— Eu nem posso, né, ela contou pra vocês a confusão que é o relacionamento dela?
— Adriana, quem sabe você não é a pessoa que irá mudar o rumo da vida dela?
— Ai Paula, até você.
— Drica, honestamente, no inicio eu achei que ela era uma cafajeste quando você me contou o que aconteceu naquela noite, mas depois vendo a menina contar a aflição que ela estava em querer falar com você pra te explicar, eu não sei, algo nela fez minha opinião mudar.
— É Drica, os olhos dela brilhavam quando ela falava de você.
— Eu não sei não.
— Drica é muito cedo pra qualquer coisa, vocês só ficaram uma noite, dê uma chance pelo menos pra vocês se conhecerem, mesmo que você não mude e continue gostando de homens, dá uma chance para a amizade, ela parece uma mulher de caráter.
— Pode ser, eu vou deixar o tempo se encarregar de tudo.
As amigas falaram ainda de algumas amenidades e concentraram-se nos seus trabalhos. Adriana estava pensativa, preocupada com a saúde de seu pai e também não saia da sua cabeça a entrada de Ana Paula em sua vida.
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Passava das duas da tarde quando Ana Paula saiu do fórum com Claudinha, a estagiária do escritório, não houve acordo entre as partes e o juiz marcou uma nova audiência para o caso, Aninha teria que trabalhar uma nova linha de defesa para não perder a causa do cliente.
Chegando ao escritório, Bianca, a secretária, estendeu pelo menos cinco papeis com o numero de Gisele anotado, ela havia ligado o dia inteiro para o escritório da loira.
— Ana, essa mulher já ligou pra cá pelo menos vinte vezes, e eu cansei de dizer a ela que você estava em audiência, mas ela fez várias grosserias comigo, dizendo que eu estava mentindo pra te acobertar, que você não queria atende-la e tudo o mais.
— Puxa vida, desculpe pelo destempero dela Bianca, ela já está passando dos limites.
— Chefe, eu não tenho nada com isso, mas é melhor você dar um jeito nela, senão quando vocês casarem vai ser um Deus nos acuda.
As meninas sabiam que Ana é homossexual assumida, e sabiam que Gisele era sua namorada, só não sabiam as condições dessa relação.
Ana não falou nada, ela sabia que no fundo Bianca tinha razão, não no casamento, mas na situação que já estava insustentável.
Ela entrou na sua sala e sentou-se em sua mesa, colocou o processo de lado e ligou o celular, como sempre, tinham várias ligações da Gisele, sms, e então ela resolveu retornar a ligação.
— Oi Gi.
— Oi Gi? Que oi que nada, onde você estava?
— Eu estava em audiência.
— Até agora? Eu não acredito, você estava com alguém.
— Gisele não viaja, você só pode estar brincando, eu estava no fórum, o caso é complicado, demorou mais do que eu planejei. Foi só isso.
— Ana Paula, eu espero que você esteja falando a verdade.
— Por que, Gisele? O que você vai fazer? Vai mandar o seu marido vir aqui me bater? Você não tem direito nenhum de me controlar desse jeito, você já falou com o Bruno sobre nós?
— O assunto não é esse.
— Mas agora vai ser, você já contou pro Bruno? Não contou, eu sabia, você não falou com ele, você nunca vai deixa-lo pra ficar comigo.
— Eu só preciso de tempo.
— Você tem uma semana, e nada mais.
Desligou o telefone sem deixar a outra se despedir.
Passou o dia ignorando as ligações de Gisele, até que no final do expediente, para sua surpresa, Bianca anunciava a chegada da sua namorada.
— Ana, a Gisele está aqui.
— Gisele aqui?
— Sim.
— Mande-a entrar.
— Oi meu amor.
— Que historia é essa de meu amor Gisele? Mais cedo você estava me arrasando no telefone.
— Eu estava nervosa, eu não quero te perder meu amor, desculpa o meu gênio, você sabe que eu sou uma pessoa difícil.
— Poxa Gisele, ser difícil não é ser impossível, e você está ficando impossível de aturar.
— Perdoa meu amor. Eu vim aqui só pra me desculpar com você.
— Cadê o Bruno?
— Ficou em casa, eu falei que viria te ajudar com um processo e ele não reclamou.
— Ele continua sendo enganado.
— É só por um tempo, até eu me estabelecer financeiramente.
— Gi, eu estou bem financeiramente, podemos viver bem, você não precisa se matar agora, podemos seguir nossas vidas e aos poucos você se ajeita.
— É podemos conversar a respeito, mas agora eu vim até aqui pra ficar com você, então que tal aproveitarmos o nosso momento?
Gisele foi se aproximando de Ana lentamente, deixando-a derretida, falava carinhos ao pé do ouvido, dizia que sentia saudades, e sem mudar o discurso ou fazer nenhuma promessa, conseguiu que Ana se rendesse ao seu charme novamente. Ela sempre manipulava a situação para que tudo favorecesse o seu lado. Ana sempre se rendia aos encantos da namorada e cedia todas as vezes que elas estavam juntas, ela se esquecia de todos os problemas que ela enfrentava ao lado de Gisele e se entregava ao amor bandido da mulher que ela tanto ama.
Ana Paula levou Gisele para um motel onde passaram a noite juntas, a saudade era tanta, que Aninha não podia conter a alegria de estar ao lado da mulher amada.
Ana beijava Gisele com urgência, mal fechou a porta do quarto e já abraçou a namorada, a saudade transbordava do seu corpo, como a água de uma cachoeira, ela não conseguia conter a ansiedade de ter o corpo da outra em seus braços.
Seus corpos já aparentavam os sinais da excitação, ela deitou-se na cama jogando seu peso pra que ela ficasse por cima de Gisele, e suas mãos já percorriam seu corpo quase desnudo, seus cabelos caiam sobre seu rosto, exalando o perfume que a deixava louca. Passou a beijar seu pescoço, ombro, descendo até seu colo, tirou a camiseta deixando os seios pequenos à mostra, parou por um minuto pra admirá-los, lançou lhe um sorriso de aprovação e provou do gosto da pele dela, ela chupava, lambia, alternava entre um e outro, de uma maneira sublime, tudo muito delicado mas ao mesmo tempo muito decidido. Desceu os beijos pela barriga, e foi chegando ao sexo de Gisele que já estava encharcado de tanto desejo, por cima da calcinha ela a provocou, beijando toda a extensão da lingerie. Ela gemia e movimentava o quadril, oferecendo o seu sexo para o seu deleite, ela entendeu a suplica da outra e retirou a ultima peça de roupa que restava em seu corpo, passou os dedos pelo seu clitóris e sentiu toda a umidade denunciando o seu estado de desejo, sem demora entrou em seu sexo com sua língua, se deliciando com o gosto da namorada, fazia movimentos circulares a levando a loucura, ela gemia e falava coisas sem sentido.
— Vem linda, entra em mim…
Ela sorriu pra Gisele e colocou dois dedos no seu sexo já pulsante de tanto prazer. Num vai e vem constante, e sua língua a estimulando não foi difícil chegar ao clímax, numa explosão de prazer, Gi gozou em sua boca, ela retirou os dedos e se deliciou com o resultado do prazer que havia proporcionado.
A noite inteira foi assim, amaram-se como duas adolescentes, como se o mundo lá fora fosse de brinquedo, e não houvesse problemas, maridos, ou processos, como se nada pudesse tomar a felicidade das mãos de Ana Paula.
Tomaram café juntas e cada uma seguiu o seu caminho, Ana foi pra casa, trocar de roupas para trabalhar e Gisele foi embora, de volta para o seu marido.
Por mais que a noite tenha sido ótima, toda vez que Gisele vai embora fica o vazio no peito de Ana, pois ela sabe que não tem previsão de quando terá uma nova noite de amor como essa, ou até mesmo se as promessas de Gisele serão cumpridas. Ela sabe que será outra semana incerta.