Amores de Sofia

16. TERRITÓRIO DESCONHECIDO

Simone ficou parada olhando para Flora, achou a pergunta dela bastante indiscreta dada as circunstâncias em que as duas se encontraram: estavam em um ambiente de negócios. Analisou por meio minuto, que pareceu uma hora, bebeu um gole do whisky servido por ela e resolveu falar.

– Eu achei a pergunta um pouco invasiva, Dra. Flora, ainda mais porque estamos tratando de negócios e até onde ouvi falar, disseram-me que a Dra. era extremamente profissional.

Flora sabia que a batalha não seria fácil, além de experiente, Simone se mostrou irônica, pela demora da resposta, ela já sabia o que seria, sentiu uma coisa dentro de si, sabia que Ida não iria se guardar, também soube que não teve nenhum relacionamento amoroso sério ao longo dos anos em que ficaram separadas, a fonte era mais do que confiável, talvez fosse o momento de retornar a ela com toda a cautela do mundo.

– Tudo bem, Simone, me desculpe pela invasão e se fui deselegante, a intenção não era essa.

– A intenção não era essa, mas foi exatamente o que você fez.  Eu sei da história de vocês, Ida me contou num momento de muita tristeza e até hoje eu não compreendo o que houve, acredito que ninguém compreendeu o que aconteceu.

– Nem eu mesma compreendi, mas eu tenho os meus motivos e eles eram bem sérios, eu quero que você saiba que sou muito profissional e me desculpe mais uma vez. Estou feliz em termos assinado dois contratos, tenho plena convicção que a Fazenda Cariri terá um êxito fora do normal, eu quero agradecer a confiança e dizer que eu e o escritório estamos à disposição.

Simone bebeu o resto o whisky em apenas um gole e levantou-se, foi em direção à ponta da mesa onde Flora estava, a advogada era realmente muito bonita, a claridade que vinha da janela iluminava seu rosto e Simone pôde observar as nuances de um rosto mais velho, mas incrível.

– Acredito que nem todos os motivos do mundo poderiam justificar o feito, mas isso não cabe a mim, acho que esse peso você carregará para o resto da vida. Em relação aos negócios, não tenho dúvida da sua competência, se tivesse não teria me dado ao trabalho de vir até aqui, tenho certeza que teremos ótimos resultados. E você está certa, eu fui pra cama com ela, mas ela nunca esteve na minha cama, acho que Ida nunca esteve na cama de ninguém além da sua, o que é uma pena.

Depois que Simone saiu, Flora chorou, mandou mensagem para a secretária e pediu que desmarcasse todas as reuniões daquele dia, tinha problemas pessoais para resolver.

No Aquarela, o bar já estava a mil, os dias de alto movimento já tinham chegado e na sexta Sofia iria receber as duas novas amigas que tinham lhe dado apoio, tinha recebido a mensagem que confirmava a ida ao bar.

Tratava com a sua chefe uma possível mudança no menu executivo,quando Carlão entrou no escritório e disse que teria que sair para resolver um problema, mas que depois de duas horas, no máximo, estaria de volta.

Sofia estranhou a cara de preocupação, perguntou se estava tudo bem, ele disse que sim e saiu. Havia algo no ar, ela só não sabia o que era.

Quando Carlão recebeu a mensagem no aplicativo, sentiu um frio na espinha, nunca imaginou que aquele encontro poderia ocorrer, até mesmo, porque não recebia mais dinheiro da pessoa que o havia contratado, anos de distância os separavam e o acordo e o contrato assinado eram muito claros: o contato só poderá ocorrer, caso a protegida tivesse sido presa ou estivesse correndo risco de vida, o que , claramente, não aconteceu e nem podia mais acontecer. A mensagem reta e direta, assim como quem a enviou: “Precisamos nos ver urgente. No mesmo local, daqui a uma hora.

Carlão ponderou, não havia mais contrato, mas sabia que aquele pedido tinha a ver com outra pessoa e, portanto, decidiu ir.

Quando chegou à padaria, 10 minutos antes do prazo de uma hora, já sabia que a encontraria à sua espera, a mesa escolhida ficava ao fundo, à mesa, apenas um café e uma garrafa de água com gás, quando se aproximou viu que o tempo tinha sido generoso.

– Boa tarde, Dra. Flora!

Flora se levantou e abraçou Carlão, chorou e foi mantida dentro do abraço que já tinha sido tantas vezes, no passado, palco para as lágrimas, sempre forte, de corpo e de alma, Carlão era os olhos de Flora que guardaram Ida durante um longo período de tempo, ninguém sabia do trato e do contrato e aquele pedido de encontro era quase um pedido de licença para que algumas informações começassem a ser reveladas, ele sabia que era um pedido de ajuda também.

Abraço desfeito, Flora chamou a garçonete e fez um pedido mais pomposo, incluindo a comida predileta de Carlão, ela nunca esquecia o que valei a pena ser lembrado.

– Eu nunca imaginei que nos encontraríamos um dia novamente, Flora, Ida tinha razão.

– Razão?

– Ela me disse que o tempo seria sempre muito generoso com você, que você sempre ficaria mais bonita.

– Ela deixou de me amar, Carlão?

– Nunca. Acho que por isso ela não quis manter contato com você e recusou atender seus telefonemas, ela sabia que se atendesse, baixaria a guarda, ela morreu lhe amando , mas nunca conseguiu lhe perdoar por tê-la deixado. Eu sempre quis contar tudo e acho que se tivesse contato, vocês duas poderiam estar juntas.

– Ida foi e continuará sendo o grande amor da minha vida, eu jamais poderia imaginar que algo pudesse acontecer com ela por minha causa, eu não me perdoaria, tudo que foi feito, foi feito para que ela ficasse viva, você sabe de tudo isso e eu sei que você me entende, senão não teria aceitado ficar calado durante anos, como ficou. Contratar você para protegê-la foi a melhor coisa que eu fiz, você foi muito bem recomendado e eu sabia que não iria deixar que algo acontecesse com ela.

A lembrança de Flora voltou pelo menos trinta anos e a colocou dentro do escritório da casa dos pais:

“- Eu estava esperando você e espero que sua cabeça já tenha voltado para o lugar, Flora, eu não criei você para se esfregar com mulher revolucionário e nem para envergonhar a mim e a sua família, você tem até amanhã para largar aquela mulher e voltar para casa, eu arranjei um casamento para você e espero que você não arranje problemas.

– Casamento?! O senhor só pode estar louco, eu não vou casar de jeito nenhum, se existe possibilidade de casamento, ela é única e exclusivamente com Ida que é a pessoa que eu amo e que quero passar o resto da minha vida, eu só vim aqui para dizer isso ao senhor e deixar claro que eu não admito mais essa intromissão na minha vida, nunca mais. Não quero mais o seu dinheiro, não preciso mais dele. Vou avisar a minha mãe da minha decisão, se o senhor quer esquecer que tem filha, eu realmente não posso fazer nada, só volte à minha casa se for para nos tratar com respeito.

Flora ia saindo e já estava pronta para bater a porta, quando o pai começou a ameaça.

– Você já ouviu falar do Coronel Armando?

Flora parou de costas com a maçaneta na mão. Não virou, porque começou a chorar e não queria que o pai a visse fraquejando.

– Coronel Armando é um grande amigo meu e um grande amigo de Leopoldo, seu futuro sogro, ele comando o Dops, tenho certeza que você já ouviu falar no Dops, não é, meu amor. Seus amiguinhos de faculdade já devem ter feito várias visitas por lá. Eu vou ser claro com você, basta apenas uma ligação minha para ele. Sua namorada será conduzida ao prédio com alegações de vários crimes, e você deve saber o que acontece com mulheres que frequentam as celas do Dops não é? Dizem que nunca mais a pessoa será normal, não sei por que. Seu amor, essa mulher aí que você tanto ama, sofrerá tanto que ela nem sequer lembrará mais de você, pode ter certeza que pedirei um tratamento especial para ela e se você insistir nisso, vou pedir para que você também seja conduzida até aquele prédio e que seja testemunha do que ela viverá, ao assistir tudo que pode ser feito num corpo de uma mulher, você saberá que tudo aquilo pelo qual ela estará passando será apenas porque você não quis ouvir seu pai. Não quis escutar aquele que quer só o seu bem. Você tem 24 horas, amanhã a noite esteja aqui que vamos anunciar seu noivado, depois do casamento, vocês irão para a França e terminará os estudos lá. José Leopoldo sabe de toda a história e aceitou se casar com você, esse homem é maravilhoso, não desperdice essa oportunidade e me dê muitos netos, tenho certeza que você será muito feliz com ele e com a família linda que você formará.

Quase que Flora desmaiava, sentiu seu mundo rodando, depois que o pai saiu do escritório, sentou no chão e chorou copiosamente, a mãe não estava em casa. Depois de duas horas deitada no chão, precisava garantir a segurança de Ida, antes de qualquer coisa e, naquele momento, sabia a quem deveria procurar. Se recompôs e foi em direção da resolução dos problemas. Pediu um táxi e foi bater na porta de um velho amigo. Raul era o cara que sempre estava pronto para ajudá-la, combatia a ditadura da forma mais inteligente que se podia imaginar, por baixo dos panos, ele saberia como resolver isso.

Flora chegou ao prédio luxuoso do amigo e pediu para ser anunciada, prontamente foi liberado o seu acesso, ela subiu para o apartamento do amigo como quem sobre para a salvação.

– Mas veja quem veio ver um mortal, Flora Holanda!

A cara de Flora não escondia o desespero, junto a Raul um homem muito bonito, provavelmente, mais um de seus casos, Raul era tão gay quanto Flora e Ida, mas vivia uma dupla vida, ele dizia que as armas as quais enfrentamos uma guerra, define nossa inteligência e a nossa capacidade de ganhar ou não.

Flora entrou rapidamente no apartamento, estava chorosa, angustiada, sentou-se no sofá e pediu uma bebida, o que foi prontamente atendida.

– O que você tem , Flora?

– Raul, preciso de ajuda e quero que me prometa que nunca você falará sobre essa nossa conversa para ninguém inclusive para a Ida, me prometa?

Vendo que se tratava de algo sério, Raul prometeu prontamente e Flora começou a contar tudo que vivera naquele dia.

Durante um determinado momento da história, quando o nome do Coronel Armando foi citado, ele levantou e começou a andar de um lado para o outro, não imagina que ouviria algo do tipo vindo de um pai. Depois que Flora acabou de contar tudo, ele disse:

– Eu consigo tirar vocês do país em 48 horas, Flora, você só precisa me dar esse tempo para que eu organize tudo com segurança extrema, não quero dar um passo em falso, você acha que consegue segurar seu pai por 48 horas?

– Eu não vou arriscar, Raul, eu vou me casar como meu pai quer, eu vim aqui para outra coisa, preciso que me arranje uma pessoa especializada em segurança, quero um homem que pode me garantir que vai proteger Ida , você deve conhecer alguém assim.

– Flora, não faça isso, nós estamos prevendo que esse período vai passar, alguma articulação política já começou, o amor de vocês merece essa chance, tenha paciência, eu consigo proteger vocês, por que você não me dá esse voto de confiança?

– Não vou colocar a Ida em risco, Raul, você ouviu tudo que eu disse pra você? Você acha que meu pai está blefando? Ele está falando tão sério que sinto um embrulho no estômago só de imaginar que isso pode acontecer, eu não vim aqui para negociar uma decisão, eu vim aqui para você me arranjar esta pessoa, você consegue isso ou não?

Raul fez um telefonema, Flora continuava parada olhando pela janela e percebeu um carro que dava voltas pelo quarteirão, nesse momento chamou Raul para ver pela janela, ele achou estranho e interfonou ao porteiro:

– Seu José, boa noite, Raul falando.

– Boa noite, Seu Raul, posso ajudar o senhor em quê?

– Seu José, um grande amigo está vindo, o nome dele é Carlos, quando ele chegar não precisa ser anunciado, você pode deixá-lo subir imediatamente, certo?

– Tudo bem, Seu Raul.

– Mais uma coisa, tem um carro parado na frente do prédio, o senhor sabe se eles estão esperando alguém?

– Eles chegaram junto com a moça que subiu para o seu apartamento e estão aqui até agora.

– Obrigada, Seu José.

Raul desligou o telefone e disse a Flora que ela estava sendo seguida pela polícia, se ainda havia dúvidas sobre a decisão tomada, ela acabou de sumir depois dessa informação.

Carlão demorou menos de uma hora para chegar e como havia pedido, subiu sem ser anunciado, a campanhia tocou.

– Seu Raul, boa noite, em que posso ajudá-lo?

– Uma amiga-irmã precisa de seus serviços, Carlão, vamos à sala, ela está à sua espera.

Depois das devidas apresentações, Flora contou tudo a Carlão, havia gostado dele de cara, apesar do enorme corpo, Carlão era bom, tinha aquela coisa que sua avó sempre lhe dizia: “Pessoas boas e íntegras têm energia diferente, Flora, você saberá identificá-las assim que você encontrar uma.” Hoje, Flora entendia a implicância da avó materna com seu pai, ele não tinha nada de integridade, se estava fazendo isso com a filha, imagine o que faria com outras pessoas.

– Compreendi perfeitamente, senhora Flora. Por quanto tempo a senhora quer o serviço?

– O tempo em que ela estiver viva. Você deverá se tornar amigo dela e depois protetor, Raul vai apresentar vocês dois, inventará uma história, Ida será relutante no começo, mas cederá, também por causa dos pais que Raul falará, será um questão de segurança, mas depois , tenho certeza, vocês serão excelentes amigos, nossa comunicação termina aqui, ninguém jamais poderá saber dessa história, qualquer problema, você deve se reportar a Raul, seu dinheiro e o bônus que eu lhe prometi serão depositados na sua conta todo dia 10, nós nunca nos vimos, caso eu precise entrar em contato com você, farei isso por meio do Raul, posteriormente, ele achará uma forma de nos falarmos. Há alguma dúvida?

– Não, senhora.

Flora se levantou e o abraçou, se despediu do amigo e foi embora como uma bala, o choro preso na garganta e uma pedra sobre o coração. Saiu do prédio e foi em direção ao apartamento que morava com Ida, tinha outra batalha pela frente, a mais difícil de todos os tempos.”

As lembranças fizeram Flora chorar, esqueceu que estava em um lugar público, foi consolada por Carlão que tinha a mão estendida e segurava a sua.

– Ela sofreu muito?

– Você precisa tirar esse peso que carrega, Flora, tudo que você fez teve um motivo, talvez se você estivesse escutado Raul, Ida teria sofrido consequências graves e que não possibilitariam vocês ficarem juntas de qualquer forma, acalme seu coração, o tempo não acalmou o amor, isso quer dizer que ele era verdadeiro, acho que ainda é, o que está feito, está feito.

– Tudo que eu fiz foi para protegê-la , eu também sofri muito, eu precisei ir para cama com um homem que eu odiava, apesar de, aparentemente, ele ser bom, não bom o bastante, porque aceitou fazer parte dessa coisa nojenta e sustentou isso durante anos, quando o Brasil saiu desse sistema de governo nefasto que acabou com quase tudo de bom que nós tínhamos, fiquei com muita vontade de largar tudo e voltar para Ida, mas ela não teria me recebido, eu fui covarde nesse momento, fiquei com medo de tentar e este , talvez, tenha sido o meu maior erro.

– Posso fazer uma pergunta indiscreta se me permite?

– Claro.

– Você chegou a ir para cama com outra mulher?

– Quando finalmente pedi o divórcio, me envolvi rapidamente com uma colega de trabalho, eu sabia que ela sempre estivera disponível para mim, ela sempre deixou isso muito claro, Sofie era e é uma mulher brilhante, muito bonita, educada e sexy, mas não era Ida, ninguém é Ida, o amor da minha vida, ir para cama com Sofie foi uma necessidade do corpo, ser tocada por uma mulher é diferente, as mulheres são especiais, não posso dizer que não foi bom, que não senti prazer, mas me permiti isso apenas uma vez e eu deixei claro para ela, eu quis assumir uma responsabilidade afetiva, ela foi maravilhosa. Depois disso, resolvi voltar para o Brasil e entrei em contato com Ida, fui ignorada todas as vezes, como você deve saber.

– Ida morreu lhe amando, mas o orgulho, num determinado momento da vida, foi muito maior do que o amor que ela sentia por você, isso também foi um erro da parte dela, poderia ter vivido com você, ter recuperado o tempo perdido, talvez se a verdade viesse à tona, as coisas que ela não entendia pudessem ser explicadas. Em vários momentos, eu quis revelar tudo, sabia que seria um choque, eu também fui egoísta Dra. Flora, se revelasse toda a história, ela não me perdoaria também, eu perderia minha família, porque ela se tornou família para mim e eu para ela, ainda mais depois que revelei minha orientação sexual, se há culpados nessa história, somos todos.

– Preciso me conformar, talvez, quando isso acontecer, eu consiga viver verdadeiramente, porque deixei de viver quando a deixei naquele apartamento. As únicas coisas que me mantiveram de pé foram meus filhos, eles são incríveis, você precisa conhecê-los. São gentis, educados, bons, meus filhos são extremamente bons, acho que foi um bônus que Deus me deu pra compensar a perda do meu grande amor.

– Eu conheço uma e acredito que este contato seja por causa dela.

– Então, você sabe que Marina é minha filha?

– Sei, além da semelhança física, eu fiz uma pequena investigação, não foi difícil juntas as peças.

– Então, Sofia também sabe?

– Ela soube não por mim, soube porque viu uma  foto sua na casa de Dom, depois daquele dia, ela vive um dilema, entre continuar a viver esse possível amor com Marina ou punir você por ter abandonado a tia dela.

– Marina não sabe de nada, Carlão. Meu único filho que sabe de tudo é Dom, um dia em Paris, enquanto eu e o pai dele discutíamos eu joguei toda a conversa na cara de Leopoldo, ele ouviu tudo, arrombou a porta do escritório e deu uma surra no pai, ele ficou tão revoltado, chorou tanto, me pediu tantas desculpas que fiquei tão arrasada que resolvi colocar essa história embaixo do tapete.

– Dra. Flora, existem coisas na nossa vida que só se resolvem depois que o sol ilumina, mentiras são obscuras, escurecem a nossa vida, impedem a luz de entrar, o amor é sempre luz, se há mentira, ele não brilha. O tempo, o senhor de todas as coisas, é imperioso e fatal, ele cobra e cobra caro, está na hora da mentira vir para a luz, não há mais tempo.

– Eu não sei o que fazer, como devo proceder e a quem devo me reportar, eu quero tanto ter um pouco de paz, tirar parte desse peso de dentro de mim, eu estou tão perdida.

– Acho que a senhora deveria falar com a Sofia, ela sofreu muito também, depois contar tudo a Marina, ela está lutando por um amor com as armas erradas e pelo que vi, existe um forte amor, um amor verdadeiro que precisa de luz para se fortalecer.

– Como você acha que consigo falar com Sofia? Ela me receberia?

– Provavelmente não, mas posso levar você até ela agora, o que você acha?

– Eu acho que vou infartar.

Sofia estava tão imersa na papelada do Aquarela que não viu o tempo passar, quando se deu conta, percebeu que o horário já estava adiantado e que não daria tempo de passar em casa como havia planejado, estava desligando o notebook, quando ouviu a batida na porta.

– Pode entrar!

– Sofia, uma pessoa quer ver você, acredito que vocês precisam conversar e é uma conversa séria.

Sofia achou estranho, pensou a princípio que seria Marina, mas quando o resto da porta foi aberta, viu uma mulher que nunca na vida pensou que encontraria: Flora Holanda, o grande amor da vida de sua tia Ida.



Notas:

 

 




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3 Respostas para 16. TERRITÓRIO DESCONHECIDO

  1. Olá autora!!!!
    Fico feliz que os bons ventos a trouxeram de volta e com mais um capítulo incrível.
    Realmente Flora teve bons motivos, mais Ida também não ficou atrás, orgulho é foda……
    Na verdade ambas deveriam ter tentado o famoso dialogo que falta em muito relacionamentos.
    Enfim, espero que Sofia de uma chance a Flora e possam conversar…..
    Marina e Sofia, tem uma relação linda……
    Autora, não demore a voltar a nos presentear com a sua escrita
    Parabéns pela história linda…….

    • Oi Branca, orgulho é um problema na vida de muita gente.
      Falar sempre é muito importante, mas algumas pessoas engolem a vida e acabam não vivendo.
      Obrigada por acompanhar a história, o próximo capítulo já foi enviado e está lindo, cheio de afeto.

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