Os Estranhos Casos de Evernood e Blindwar
Quinto Caso: Os Prazeres da Carne – Parte: 3
Texto: Carolina Bivard
Ilustrações: Táttah Nascimento
Revisão: Naty Souza e Nefer
No Episódio anterior….
— Entendo. Se estivermos certos, eu seria a pessoa que teria contatado o senhor e o comissário Harry, por conta do desaparecimento de Sarah Booth e, se estivermos errados, seria uma ação policial comum, por eu tê-los contatado pelo mesmo motivo. Muito esperto, Greendwish.
Elizabeth tratava o comissário como alguém que mantinha relações estreitas com ela. Era a forma dela o provocar.
— Está bem. Aceito, contanto que eu tenha todos os detalhes sobre o desaparecimento de Sarah Booth, afinal, este é o meu caso.
Evernood respondeu, piscando para o comissário, irritando-o. Greendwish fingiu enfado, revirando os olhos. Todavia, ele sabia da competência dela e mais, de sua integridade. Ela cumpriria qualquer acordo firmado entre eles.
— Acredito que o comandante Harry não se incomodará em dar os detalhes do desaparecimento da senhorita Booth a você, certo, Harry?
Continua…
♣♣♣
Parte 3 —
Margareth chegou ao departamento juntamente com Reynold e Spencer. Tomaram os assentos em suas mesas, e como o previsto, em menos de dois minutos o detetive Stain entrou na sala. A detetive Blindwar não se dignou a elevar os olhos para recepcioná-lo, fazendo-o parar em frente à sua mesa. Como ela não reagiu, continuando a executar as suas tarefas, ele interpelou.
— Alguém aqui tem competência para falar o que descobriram sobre o caso?
Blindwar permaneceu muda e se divertia com isso. Sabia que o estava irritando e que Reynold a acompanharia na brincadeira. Diante do silêncio de todos, Stain se voltou para o policial Spencer e o inquiriu.
— E você, policial? Também não sabe de nada?
— Sou só um policial, senhor. Faço o que me pedem, mas não tenho conhecimento das investigações.
O detetive da Crimes Gerais extravasou sua raiva.
— Como é, Reynold? Vai me responder ou precisarei reportar o mau comportamento de vocês para o comissário Lewis?
O detetive Reynold o encarou indiferente e lhe respondeu.
— Vai reportar o seu mau comportamento, também, ao nos abordar grosseiramente? E por que você se reportaria ao comissário Lewis? Por acaso, o comissário Harry não é mais seu chefe?
Stain ficou sem chão. Seu relacionamento com o comissário Lewis não deveria aparecer, antes de conseguir seu intento. Não conseguira avançar no caso dos “Ossos”, que era seu passaporte para a chefia do departamento de Crimes Gerais e, também, não podia mostrar as cartas que tinha para a equipe da Crimes Graves. Recuou na sua tática.
— Desculpem-me. Eu ando nervoso com este caso. Todo dia aparecem mais vítimas e como o caso é meu, o comissário Lewis veio me cobrar pessoalmente.
Stain saiu sem fazer mais perguntas e Blindwar o acompanhou com o olhar. Ela comentou para os seus companheiros de trabalho:
— Parece que você o assustou. Somente ele acredita que consegue esconder as intenções que tem em relação à comissaria de Crimes Gerais.
— Você está o irritando demais, Blindwar. Tome cuidado, pois se ele conseguir o que quer, será seu inferno aqui no departamento.
— Será o inferno para todos nós. Greendwish não permitiria.
— E o que acha que ele faria?
A detetive pousou uma pasta que estava lendo sobre a mesa e fitou Reynold, suspirando.
— Acha mesmo que Greendwish não tem poder político? – Ajeitou-se na cadeira de frente para o colega. – Nosso comissário só não quer fazer parecer que está ascendendo, politicamente. Quer formar uma base sólida para quando for nomeado secretário de polícia, ou outro cargo maior, não parecer favoritismo. Entretanto, tenho certeza de que se Lewis tentar indicar Stain para o cargo do Harry, em um instante ele aciona seus conhecidos políticos para impedir.
— Entendi. Ele quer que tudo pareça natural, para que não respingue nele depois. Esperto. – Reynold calou-se por instantes. – Vocês fazem parte da mesma roda e deve saber de coisas que nós não sabemos.
— Não tire conclusões apressadas. Em minha roda social, não sou muito bem vista, assim como aqui. À esta altura de minha vida, eu teria o dever de estar casada e com um punhado de filhos. Creia-me Reynold, há muito tempo me esquivo de festas, quando posso, para não me aborrecer com olhares atravessados dos meus pares.
— Difícil. Aqui você luta para provar seu valor, lá lhe querem casada e com filhos. Por que insiste, então? Não seria mais fácil se casar com um homem rico? Oh, desculpe-me. Não é de minha conta.
Reynold corou, sabendo que havia passado dos limites, todavia, pela primeira vez Blindwar se sentiu à vontade para esclarecer algo para os seus companheiros de trabalho.
— Não se preocupe. Não me ofendi e vou devolver a sua pergunta com outra: Se dissessem a você que deveria casar com uma moça específica, da qual nunca sentiu o menor apreço e, falassem que deveria trabalhar de estivador para sustentá-la, e não dessem outra opção para você, mesmo sabendo que teria a capacidade para ser um policial respeitado, gostaria dessa realidade?
O detetive pensou um pouco e mesmo não entendendo como uma moça, bem-nascida como ela, preferiria trabalhar em um departamento de polícia, imaginou aquela situação hipotética que a colega lhe colocara.
— Não. Não gostaria.
— A única diferença entre nós, além sermos de sexos opostos, é que nunca lhe obrigariam a isso. Eu, infelizmente, tenho que sofrer algumas perdas para fazer o que eu gosto. Não quero me casar por imposição e é isso que me resta, ficar bordando em casa, junto a minha mãe. Quero amar e ser amada, para poder me casar. Conheço minhas capacidades e limitações e sei que sou boa trabalhando aqui.
O detetive, embora ainda confuso, compreendeu o que ela falava. Acenou afirmativamente, retornando aos documentos de sua mesa. Esperaram a conclusão da investida, impacientes.
♣
Os dois chefes de polícia subiam o rio, próximos à margem, com um barco que pegaram no cais. Harry havia pedido para que dois policiais do departamento dele os acompanhassem, como havia combinado com os membros da Crimes Graves. Mais dois policiais acompanhavam a senhorita Evernood e Dashwood por terra, porém, o barco chegou antes que eles até a beira do rio que ladeava a fazenda Talbot. Viram um homem cavando um buraco mais afastado da margem. Era estranho diante do tanto de frio que fazia.
— Afaste-nos da margem, marujo. Consegue?
— Sim, senhor. Mais para o meio do rio é até mais seguro para nós.
Greendwish acenou para o homem que controlava o leme. Haviam pedido para que a guarda-costeira os auxiliassem, no que foram prontamente atendidos, visto que eram dois comissários de polícia.
— Consegue ver alguma coisa?
Greendwish perguntou para o colega comissário, que estava de binóculo.
— Sim. Parece que a margem desmoronou e aparentemente tem muitas carcaças de animais sendo tragadas pelo rio.
— Não entendo por que desmoronou. – Greendwish falou. – A margem está congelada.
— Na certa começou a desmoronar antes do inverno, além do que, pelo que observo, a quantidade de carcaças que enterraram nessa margem é bem grande.
— Por que os ossos humanos foram parar no cais e essas carcaças não?
Um dos policiais perguntou.
— Porque ossos humanos são mais leves. Pegam correntes diferentes. Havia ossos de animais pequenos no cais também. – Greendwish respondeu ao policial. – O que está vendo agora?
— Aquele homem, que presumo ser John Talbot, ou um empregado da fazenda, está cavando um buraco mais afastado da beirada e pelo visto, bem largo.
— Consegue avistar nosso pessoal que está seguindo a pé?
— Ainda não.
Inquieto com a situação, Greendwish foi até o policial da guarda costeira.
— Tem algum outro binóculo aí?
— Sim, senhor. Dentro daquela caixa ali. – Apontou.
O comissário da Crimes Graves se apossou do binóculo da guarda costeira e pôde acompanhar a movimentação, juntamente com o comissário Harry. Viu quando os policiais de terra chegaram. Estavam fora do foco de visão do homem, porém, em breve estariam à vista.
— Temos que apoiá-los. Aquele homem tem uma espingarda próxima e se for ele quem está assassinando as pessoas, poderá ferir alguém da nossa força policial.
Comissário Harry falou, voltando-se para o policial-marujo.
— Dê a volta e se aproxime da margem novamente, antes daquela elevação. – Apontou uma elevação de terra, anterior do desmoronamento de terra. – Ela nos encobrirá.
Greendwish acenou, concordando e o barco tomou a direção apontada pelo comissário da Crimes Gerais.
♣
— Dashwood, olhe!
Evernood apontou para o desmoronamento de terra na margem e puderam visualizar várias carcaças expostas. O cheiro desagradável de couro decomposto chegava às narinas de todos. Os policiais estavam escondidos por uma elevação de terra e arbustos, todavia chegariam à área descampada em breve. A detetive particular segurou o braço do detetive de polícia.
— Vamos seguir com calma. Se é uma área de descarte da fazenda, pode haver funcionários por perto.
O velho detetive concordou, ordenando para que os policiais parassem. Retirou sua arma que carregava no coldre dentro do paletó.
— Vou me aproximar com cautela e verei se há alguém. Se não houver, poderemos nos aproximar para averiguar os dejetos. Quem sabe o que encontraremos? – Sorriu.
Cautelosamente, o detetive caminhou agachado até a virada da elevação e retornou rápido. Virou-se para o grupo e sussurrou.
— Tem um homem cavando além da borda.
— Veja se está armado. – Evernood pediu.
Dashwood cuidadosamente espiou, além dos arbustos que o encobriam. Retornou o corpo rapidamente para a segurança do esconderijo.
— Ele tem uma espingarda de repetição.
— Retorne, detetive.
Evernood pediu e Dashwood voltou.
— Ele parece que está cavando uma enorme cova. Talvez a reclamação dos vizinhos tenha surtido efeito.
— É suficiente para colocar todas as carcaças que foram expostas com o desmoronamento, detetive?
— Não, senhorita Evernood. É grande, mas nem tanto. Não caberiam três carcaças de bois. Está pensando o mesmo que eu?
— Quando eu e a detetive Blindwar viemos aqui saber da senhorita Booth, o alertamos, detetive Dashwood.
— Exato. Está querendo encobrir. Vamos vigiá-lo até que ele termine e quando remover os ossos humanos para enterrá-los, o pegaremos de surpresa.
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— Diga o que vê, Harry?
— Nossos policiais de terra estão à espreita. Conseguiram ver aquele homem.
— Dashwood é esperto e a senhorita Evernood também. Estão esperando uma oportunidade para atuar.
Os comissários não tiravam os olhos do binóculo. Acompanhavam todos os passos da equipe de terra. Pretendiam se aproximar da margem, o máximo possível, e se juntar ao grupo de terra.
Algo ocorreu. Viram o grupo de terra se movimentar com armas em punho.
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— Vai, vai! Ele não pode fugir!
Comandou Dashwood para os policiais, mas John Talbot corria pelo descampado, atirando em direção a orla com uma arma que sacou do cós da calça. Os policiais tentavam se esquivar e quando acabaram as balas do revólver do fazendeiro, o jogou fora. Levava a espingarda na outra mão e se protegeu atrás de uma carroça. Fez mais um disparo em direção aos policiais. Eles se espalharam procurando abrigos entre arbustos e montes de terra. Evernood havia se jogado dentro do buraco em que o fazendeiro acabara de jogar um corpo humano. Olhou com repulsa.
— Tanto lugar para me enfiar vim parar logo com você.
A frase não era de desdém. Olhou em torno, tentando se situar em relação ao fazendeiro-assassino. Um policial da Crimes Gerais saiu de seu refúgio para disparar a arma e recebeu um tiro em troca, atingindo-o no ombro. Caído, viu outro policial se adiantar para puxá-lo. Dashwood disparou na direção de John Talbot e a detetive particular juntou-se a ele. Tinham que distraí-lo para auxiliar os policiais.
O barulho do tiroteio ensurdecia Elizabeth, todavia, tentava de sua posição privilegiada, não atirar a esmo. Se ela conseguisse acertar um único tiro, tudo acabaria. O buraco que o fazendeiro cavara era praticamente uma trincheira e ela pôde observar com apuro através de uma fresta na carroça, a movimentação de Talbot. Ela conseguiria acertá-lo. Bastava estabilizar a mira.
Todos pararam de atirar, inclusive os comissários que disparavam do barco atracado na orla do rio. Um lenço branco balançava em rendição e de repente, Evernood viu a cabeça de seu mordomo. Sorriu.
O senhor Edwin se aproveitara da distração do fazendeiro, que se empenhava em se defender dos tiros da polícia, para se aproximar por trás. O mordomo munido de um pedaço de madeira, acertou-o em cheio na cabeça, desacordando-o. Os policiais se aproximaram para prender o homem e Elizabeth Evernood tomou a dianteira para falar com seu empregado.
— Você tira toda a minha diversão, Edwin.
Elizabeth falou sorrindo, jocosamente.
— Sim, senhorita.
O mordomo lhe respondeu, devolvendo-lhe o sorriso. Sabia que sua patroa estava brincando e gostara de sua ação.
— Vamos pegar o garoto Gregor Talbot.
O comissário Harry alertou os policiais. Ele havia se familiarizado com toda a história que antecedeu àquela ação de emboscada e sabia que a detetive Blindwar e a senhorita Evernood haviam conversado com a família. Pela perspectiva do comissário, aquele garoto poderia muito bem ser o assassino e o primo poderia, simplesmente, estar encobrindo-o.
— Ele está no quarto dele. Está muito assustado, senhor. Não acredito que o menino saiba de muita coisa. – Edwin falou com segurança. – É um garoto doce e que não entende por que a irmã dele estava morta nos braços do primo. Quando cheguei, não parava de falar que o “John” estava fazendo mal à irmã. Perguntava por que ele “fez aquilo”.
Elizabeth se lembrou do corpo dentro da cova em que havia se abrigado.
— Agora sabemos quem é Norah Talbot. Aquele corpo que o vimos jogar no buraco, é dela. Estava com roupas e se bem me lembro dos momentos que passei junto a ela, estava intacta. Não havia sido descarnada.
— Acha que John a matou e não teve tempo de destrinchar a sua musculatura?
— Acho que não era a intenção dele matá-la. Entretanto, Norah Talbot descobriu seu segredo, juntamente com Sarah Booth. Ele se livrou de Sarah e Norah deve tê-lo enfrentado.
— De qualquer forma, temos que conversar com esse garoto. Devemos descobrir tudo, antes de apresentarmos o caso.
♣
O departamento de polícia estava em reboliço. Greendwish havia chegado com um cativo, juntamente com alguns policiais da Crimes Gerais.
— Agora entendi porque chegaram mais cedo.
Blindwar falou para Dashwood e o policial Spencer.
— Não queria que chegássemos juntos com Harry e os policiais da Gerais, não é?
— Esperto. A esta hora, o comissário Harry deve estar conversando com o comissário Lewis, enquanto Greendwish interroga John Talbot. – Ela olhou através da vidraça. – Stain está agitado, sem saber o que está acontecendo. Nunca imaginei que sentiria prazer em ver alguém se dando mal.
Os colegas de trabalho riram.
— Evernood foi para casa? – Blindwar perguntou.
— Não. Ela foi até a universidade, acompanhando o senhor Gregor Talbot. Parece que lá tem um médico psiquiatra que o atende de graça e pode entender melhor o que ele fala. O rapaz é meio abobado e quando perguntamos para ele sobre os corpos, contou tudo de forma atabalhoada, entretanto, deu para saber que John Talbot já matava pessoas antes do tio morrer e o velho encobria as atividades assassinas do sobrinho.
— Então, quando John se viu sem as amarras do tio, resolveu dar vazão à sua perversão?
— Parece que sim, Blindwar. – Dashwood respondeu. – E pior; na loucura dele, usava a musculatura retirada dos corpos para “enriquecer” o rocambole de carne que fazia para as lojas. Depois jogava os ossos destrinchados juntamente com os dos animais que utilizavam na feitura delas.
Blindwar arregalou os olhos e todos viram a palidez que assumiu o seu rosto.
— Algum problema, detetive?
Dashwood perguntou para Margareth
— Estou enjoada. Com licença.
Viram a detetive sair correndo em direção ao banheiro. Ele riu.
— O que aconteceu com ela?
O policial Spencer perguntou assustado, observando que os detetives riam diante da situação.
— Você é terrível, Dashwood.
Reynold repreendeu o colega, no entanto não parava de rir.
— Ela não disse que queria que nós a tratássemos como um de nós? Se você tivesse comido aquele rocambole de carne na loja dos Booth, eu faria a mesma brincadeira.
Dashwood gargalhou; Spencer e Smith fizeram expressão de asco.
— Ela comeu o rocambole com carne humana? Que nojo!
Spencer falou. Apesar de compadecidos, os policiais se juntaram no riso dos detetives.
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Já era tarde quando Evernood e Blindwar deixaram a cafeteria e empório dos Booth. Fora uma conversa difícil que precipitou no senhor Booth derrubar todos os rocamboles defumados de carne no chão e a senhora Booth cair num choro convulsivo.
Elas não sabiam o que seria da família, todavia, tinham certeza de que não ficariam com aquela loja. Evernood pensava que se acontecesse algo parecido com ela, tentaria se livrar de todas as lembranças. Externou esse pensamento na conversa que travava com Margareth à caminho de casa.
— Não acredito. – Blindwar respondeu. – Você não se desfez da casa e retornou para cá. Se pensasse assim, teria vendido tudo ligado a seus pais.
— É diferente, Meg. Eu tinha um objetivo e era obsessiva nisto. Eu tinha que pegar o assassino deles. Os Booth já sabem o que ocorreu com a filha e está intimamente ligado com o que eles vendem na loja.
— E você ainda me fez comer aquele rocambole de carne.
Margareth falou, sentindo-se momentaneamente enjoada.
— Nem me lembre. – Evernood acompanhou a expressão de nojo da amiga. – Temos que esquecer isso, senão nunca mais comeremos carne na vida.
Evernood deu uma pausa para conter a própria náusea.
— Vamos mudar de assunto. Me conte a cara que Stain fez, ao ser chamado pelo comissário geral Lewis. Ou melhor, me conte tudo!
— Você é uma mulher má, Elizabeth Evernood!
A detetive de polícia respondeu rindo, rememorando o dia anterior, após Stain tomar conhecimento do que ocorria.
— Contarei nos mínimos detalhes, prepare-se.
— Saborearei todas as letras, Margareth Blindwar.
Evernood retrucou e as duas riram.
♣
— O que está acontecendo aqui?
Após Stain tomar conhecimento de que o homem levado ao departamento era um suspeito do crime dos “Ossos”, o detetive destemperou e invadiu a sala da Crimes Graves. Questionava aos berros para a equipe.
— Do que está falando, Stain? Como ousa entrar aqui deste jeito?
O detetive Dashwood o inquiriu, levantando-se da cadeira e se aproximando. Da forma como o colega da Crimes Gerais entrou, encarando Blindwar, era capaz dele saltar sobre a mesa dela e estrangulá-la com as próprias mãos. Estava muito alterado e Dashwood sendo tão antigo quanto ele no departamento, sentiu-se compelido a interceder.
— Vocês armaram para mim!
Stain berrou a centímetros do rosto do velho detetive.
— Acalme-se homem! – Dashwood exigiu no mesmo tom de voz. – Isso aqui não é o mercado central, para que grite desta forma. Simplesmente diga sobre o que está falando!
— O comissário de vocês está interrogando um suspeito do crime dos “Ossos”, nesse exato momento. Vão me falar que não sabiam disso? – Apontou para Blindwar. – Esta mulher deve estar por dentro de tudo. Desde o início quer mostrar para todo mundo que é melhor do que nós! Será que não vê o mau que isso está causando na força policial?
— Em primeiro lugar, Stain, esta mulher é uma detetive como nós; em segundo lugar, ela é melhor que muitos que conheço aqui dentro; em terceiro lugar, ela contribui para a força policial, a partir do momento em que desvenda crimes e por último, nosso comissário é superior a nós. Se ele quis esconder de nós coisas as quais investigou, não nos cabe questionar. Melhor para a gente que teve um caso solucionado.
— Pode ser melhor para vocês, mas eu ficarei taxado como incompetente!
Stain continuava histérico.
— Eu vejo diferente do que você. Penso que Greendwish e o comissário Harry quiseram sair um pouco da monotonia de papeis e voltar a ação. Também penso que eles são bons no que sempre fizeram e que conquistaram o lugar que estão, por conta disto.
— O comissário Harry? O que ele tem a ver com isso?
— Não sabe?
Dashwood perguntou, como se fosse algo que todo o departamento já soubesse.
— Ele está conversando com o comissário Lewis nesse exato momento. Recebeu uma ligação anônima e não quis alardear para não comprometer as investigações e causar distrações com informações inúteis. Foi ele quem contatou Greendwish e eles resolveram investigar por conta própria para checarem. Assim, nós não perderíamos tempo averiguando bobagens. Tiveram a sorte de cruzar com a detetive Evernood, que investigava o sumiço de uma moça. Os pais a contrataram e o telefonema entrelaçou com a investigação dela. Parece que tudo ocorreu rápido e pegaram o sujeito com “a boca na botija”.
— Está mentindo!
— Está vendo o que eu disse?
Blindwar falou, chamando a atenção do detetive da Crimes Graves. Antes que Stain se revoltasse contra a detetive, novamente, Reynold interveio.
— Quando soubemos de tudo por nosso comissário, assim que ele chegou, a detetive Blindwar nos alertou para o fato de que você nos acusaria de termos armado. Ela acertou. Veja como você está. – Reynold apontou para ele. – Vou dar-lhe um aviso como colega de trabalho: Tome cuidado, Stain. Greendwish e Harry não são como a detetive Blindwar, ou mesmo nós, para aturar seus impulsos. Eles podem demiti-lo por insubordinação.
Stain olhou para Blindwar, estreitando os olhos, como se estivesse avaliando a situação.
— Sei que me odeia e não vou dizer que morro de amores, depois de tudo que me fez, mas, por que acha que me importaria? Não lido mais com você, Stain. Se é inteligente, como já presenciei quando era meu orientador, aceitará o conselho de Reynold.
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— Você não falou isso para ele!
Evernood questionou, rindo da pilhéria da amiga.
— Ah, eu falei sim! Acha que deixaria aquele pulha nos acusar, sem causar dúvidas naquela mente estreita? Amaciar o ego dele, não causará estragos a mim. Fará somente com que a comissaria permaneça intacta e ele como o detetive canalha que sempre foi, sentado em sua mesinha.
Evernood gargalhou.
— Conte o resto, Meg. – Beth Pediu.
— Bom, não há muito mais o que contar, mas vamos lá.
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Stain a olhou com olhar estreito. Não sabia o que pensar sobre tudo aquilo e estava numa situação difícil com o comissário Harry, afinal, ele estava conversando diretamente com Lewis e não sabia se o comissário geral revelaria a ele do acordo que haviam firmado. Com sorte, nada seria dito pelo comissário Lewis naquela conversa e poderia seguir no departamento. Forçou a calma.
— Me garantem que foi uma ação de Harry e Greendwish e nada mais?
Stain perguntou mais calmo e diretamente para a detetive Blindwar.
— E por qual razão não seria? Se tivéssemos descoberto algo, seria excelente para nós. Mais um caso desvendado pela Crimes Graves, mesmo que estivesse sob seu comando.
Stain saiu da sala e pôde ver o comissário Harry caminhando, lado a lado, com o comissário geral em direção à sala de interrogatório. Os dois riam satisfeitos e o comissário da Crimes Gerais recebia tapinhas nas costas de Lewis. Todos imaginavam o que viria depois. O comissário Lewis e Harry, juntos dando entrevista para os jornais locais, na frente do prédio do departamento.
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— Concluindo: Stain voltou para a mesinha medíocre dele.
Elizabeth falou gargalhando. Adorava quando homens inescrupulosos não iam bem nas articulações que faziam.
— Acredita que receberá o pagamento pelo seu serviço, junto aos Booth?
— Eles me pagaram, antecipadamente. De qualquer forma, não importa. Não sobrevivo deste trabalho. Não cobro exorbitantemente, pois sei que muitos não tem dinheiro para pagar à “justiça”.
— Está dizendo que o povo tem que pagar por justiça? Está me ofendendo.
— Você foi uma das pessoas boas que entraram na polícia, Meg. Não se iluda. Se a Crimes Gerais fizesse bem o seu trabalho, famílias como os Booth não precisariam me pagar. Greendwish é um divisor de águas. Ele quer galgar o cenário político, todavia, ninguém garante que ele continuará tão empenhado quando alcançar o cargo que quer.
— O departamento está lhe pagando bem, quando é requisitada. Não reclame.
— Reclamar, eu?! Claro que não! Adoro quando o departamento me paga por algo que já faria. – Gargalhou. – As minhas minas de carvão me dão o suficiente para uma vida abastada. Embora a eletricidade esteja suprindo parte da demanda, ainda tenho alguns anos pela frente, com caldeiras de fábricas e transporte. De qualquer forma, tenho planos para diversificar meus ganhos, com minhas terras. Não esperarei a decadência das minas.
Chegaram à mansão Evernood e foram recebidas na porta por Edwin que, gentilmente, pegou os sobretudos para guardar.
— Vamos almoçar?
Margareth fez espremeu os lábios.
— O que será que a senhora Blister fez para o almoço?
— Não se preocupe, Meg. Também estou um pouco avessa a carne de boi. Ela fez uma caçarola de coelho com legumes.
— Ótimo! Acho que levarei um tempo até voltar a comer rocambole de carne, ou mesmo, qualquer carne que me lembre dele.
Almoçaram e, como sempre, foram para a sala de visitas tomar um chá ou licor digestivo. Edwin entrou depositando a bandeja com as taças de licor sobre a mesinha.
— Obrigada, Edwin.
Evernood o dispensou e ele fez uma reverência antes de sair. Blindwar observava o comportamento do mordomo e guarda-costas.
— Você o trata com deferência, mas ele representa muito mais que um empregado para você. Por que o trata assim?
— Ainda não entendeu que não sou eu e, sim, ele? Edwin tem um código de conduta particular. Desisti de quebrar esse gelo. Ele é muito mais insistente nas coisas que quer do que aparenta e, essa, é uma delas.
— Beth…
Margareth a chamou um tanto constrangida. A situação do tipo de relacionamento que queria com Evernood não saía de sua cabeça, após o caso ser resolvido. Era como se, quando estivesse empenhada em resolver um crime, se distanciasse e só o trabalho importava, fazendo seus dramas pessoais desaparecerem. Todavia, depois de tudo solucionado, sua mente retornava à vida pessoal com insistência, não permitindo que seguisse adiante.
Evernood voltou a atenção para ela com olhar sereno e amoroso.
Ela não me facilita mesmo.
Pensou, visto que aquele olhar derretia o coração dela. Cada vez mais enxergava uma mulher que, além de notável, era delicada e ardorosa ao mesmo tempo. Contrapontos que chamavam o âmago de Margareth como mariposas em torno da luz.
— Não aguento mais nossa situação.
— Como?!
Evernood enrijeceu o corpo no encosto do sofá. Naquele instante, imaginou que Blindwar queria se afastar dela novamente. Doía-lhe pensar que o amor que tinham, não seria suficiente para quebrar as barreiras construídas através das arcaicas normas sociais.
— Não quero mais resistir. Não quero mais me esquivar do que desejo. E que toda a sociedade se exploda. Quero você, inteiramente. Que Deus me ajude!
Embora fosse a personalidade resoluta que chamara a atenção de Evernood para com a senhorita Blindwar, não imaginava aquela ação. Paralisou por segundos, tornando o momento de Margareth apreensivo. Elizabeth se emocionou, aproximando-se dela.
— Vem aqui. – Evernood a abraçou. – Não tenha medo. Arranjaremos um jeito de nos amarmos.
Beijou o topo da cabeça da detetive de polícia e, aos poucos, dentro do abraço, foi acariciando com beijos, seus cabelos. Margareth deixou os temores e se desvencilhou dos braços da detetive particular, fitando-a.
— Não estou com medo agora. Quando estou com você, sempre acredito ser possível.
Beijou Elizabeth suavemente, selando o seu querer.
— Venha. Aqui não é o melhor lugar, se quisermos discrição. Embora confie em Edwin e na senhora Blister, Tristan é um tanto curioso.
Evernood declarou, segurando a mão da mulher que amava, conduzindo-a com calma para a escadaria que levava aos aposentos. Caminhavam devagar, pois as emoções estavam afloradas. Estavam felizes, o que não apagava o lastro de ansiedade e apreensão.
Entraram no quarto principal e Elizabeth não segurou a ânsia que tinha em ter Margareth, definitivamente, em seus braços. Era a oportunidade de mostrar para a detetive particular o quanto a amava e, também, não a deixar escapar, consumida em dúvidas.
Abraçou-a forte e escondeu o rosto na intercepção do pescoço e ombro, depositando pequenos beijos. Sentiu o corpo em seus braços relaxar aos poucos, até que um pequeno gemido escapou dos lábios da senhorita Blindwar.
Mantendo os carinhos, Elizabeth foi conduzindo a amada, lentamente, até a borda da cama. A lareira crepitava a madeira em fogo e o quarto estava agradável. Elizabeth separou, a custo, seus lábios da pele sedosa de Margareth e fitou-a. Os olhos embaçados da namorada e o peito arfante, traduziam o tanto de desejo que o corpo experimentava.
Sem perguntas ou palavras, Elizabeth emaranhou seus dedos nos botões da camisa de seda da detetive de polícia e aos poucos foi desnudando o dorso alvo, que descortinou o corpete íntimo de Margareth. A detetive de polícia, embora almejasse aquele momento, segurou momentaneamente as mãos de Evernood. Enrubesceu.
— Seja delicada. Eu não…
Embargou a voz.
Elizabeth colocou dois dedos sobre os lábios da namorada.
— A única coisa que tem que fazer é deixar seu amor falar através de seu corpo e tudo ficará bem. – Beijou-a.
Margareth sentia-se inibida, apesar da vontade que tinha de ser tocada pela namorada. Desvencilhou-se, recebendo um olhar inquisitivo de Elizabeth. Virou-se para a cama, afastando as mantas e lençóis. Despiu-se, deixando somente as roupas íntimas cobrindo seu corpo. Deitou-se na cama e se cobriu.
Elizabeth compreendeu. Embora Margareth fosse uma moça com atitudes firmes nas decisões que tomava, ainda assim, fazer amor pela primeira vez a encabulava. Espelhou os gestos da amada, retirando suas roupas e deitando-se sob as cobertas, ainda vestida com as roupas íntimas. Abraçou-a, trazendo o corpo de Margareth para colar-se ao dela. Uma de suas mãos acarinhava a cintura, enquanto a outra dedilhava delicadamente a pele da nuca.
— Não precisamos fazer nada, Meg. Ter você aqui, aconchegada a mim, já me traz grande felicidade.
Margareth desalojou a cabeça do ombro, fitando a namorada bem próxima. Encantava-se com aquele rosto gentil de tez macia, tentando acalmá-la. Aproximou os lábios e beijou-a, relaxadamente, aceitando o conselho anterior de Elizabeth, deixou que seu corpo ditasse seus atos e seu querer.
Aquele toque suave em sua pele e os lábios macios explorando os seus, começaram a conectá-la com sensações nunca sentidas. Arrepios prazerosos a acometeram e teve seu sexo embebido pelo líquido quente que só na intimidade protegida de seu próprio quarto, experimentara.
O corpo de Margareth começou a ganhar vida própria, embalada por carícias cada vez mais insistentes de Elizabeth. Por outro lado, a detetive particular tentava refrear a volúpia que se avolumava, para não assustar a amada com seu desejo. Porém, Meg não a auxiliava, ondulando o corpo sobre o dela. Ajeitou-se na cama, posicionando Margareth de forma que pudesse apreciar com seus lábios a pele suave, iniciando um caminho de beijos. Um de seus maiores desejos era ver a detetive de polícia por inteiro, sem que as incômodas vestes atrapalhassem.
Os dedos de Elizabeth emaranharam nos colchetes do corpete, desabotoando-os sem pressa e, por fim, liberou os seios de auréola rosa das garras da vestimenta. O olhar se acomodou na direção daqueles pequenos montes, apreciando-os numa adoração contemplativa, levando a amada a enrubescer diante do escrutínio. As mãos de Margareth subiram, posando sobre seus seios, despertando Evernood para inibição que a amada sentia.
— Não tenha vergonha de seu corpo. – Falou calma. – Você é linda.
A detetive particular segurou as mãos de Margareth, retirando-as calmamente e, à medida que o fazia, beijava a pele na interseção dos seios, despertando tímidos gemidos na amante. A boca chegou ao cume de um deles e a língua aguada pelo amor, atiçou o mais profundo desejo da detetive de polícia, arriando as barreiras que ainda existiam. Deixou que Elizabeth a consumisse em prazer, apreciando cada movimento da boca rubra da amante em sucções.
Evernood apreciou cada arrepio, gemido e contorção acanhada, que levou Margareth ao ápice de deleite, quando finalmente chegou ao cerne da paixão.
Pousou delicadamente a língua entre as gretas do fruto proibido da detetive de polícia, arrancando-lhe um suspiro maior, bem como fazendo-a se contrair de prazer.
Há muito que as vestes íntimas tinham sido despojadas das amantes.
Elizabeth não se atreveu a invadi-la. Não queria. Seu maior desejo era dar à mulher que amava, a satisfação plena, sem assustá-la ou causar dor, além de ter em seus lábios e mente, o sabor do deleite derramado com amor.
O quarto foi invadido com o cheiro e sons, no instante em que Elizabeth burilou o cimo delicioso da amante com sua língua. A partir dali, não houve controle que pudesse a amparar e nem a amada. Gemidos tórridos se misturavam, tanto de uma, quanto da outra mulher, até que na plenitude da perdição, Elizabeth recebeu na boca o seu presente e, Margareth, seu amor derramado.
Não houve palavras para depois. Somente apreciar sensações e o amor absoluto das almas apaixonadas.
Fim!
Nota: Mais uma aventura de Evernood e Blindwar que chega ao fim.
Até a próxima!
Beijos
Que delicadeza! Beth foi incrível. Quanta sensibilidade…quanta ternura…(suspiros)
Depois desse amor, com certeza Meg perdoou Beth por ter feito ela comer os “quitutes” nada comuns. Bom, foi o que ela disse:
“ E você ainda me fez comer aquele rocambole de carne.” Mas se me lembro bem, ela foi chegando e devorando tudo, Beth quase teve é que pedir para ela parar. A parte onde ela dizia estar delicioso não sai de minhas lembranças ?.
Beijo, Carol
Demora muito não.
Oi Fabi!
Tô respondendo esse comentário atrasada, mas é que normalmente deixo para responder no dia que posto o próximo capítulo, só que com Evernood e Blindwar, acho que não dá muito certo. rs
Quis escrever uma cena delicada mesmo. Tipo: A Margareth ainda está entrando no maravilhoso mundo lésbico. rsrs Quanto a ela comer a tal carne, lembro que quis fazer uma sacanagenzinha, mas quando escrevi, achei meio nojento, mesmo sendo engraçado. kkkkkk
Estou sentindo falta de você. Está tudo bem contigo?
Bem, vou lá. Um beijão e veremos se gosta do novo caso. rs
Oi Carol! Está tudo bem sim. Obrigada por se preocupar. Apenas estou envolvida com muito trabalho extra por conta do período de declarações de Imposto de renda. Não está sobrando tempo para lazer ?. Mas logo passa esse período e estarei de volta.
Beijão!!
Oie Carolzinha!!
Finalmente descobriram quem causou as mortes de Sarah e Nora. Bem que desconfiava do primo! O garoto era sensível e estava desnorteado, evidentemente tinha um trastorno psicológico ou de antes ou pelas mortes desde da época do pai… ótimo caso! Ainda q achei que teria outra parte e que tava torcendo pra Blind levar um tiro pra deixar Beth desesperada! Kkkkk. Adoro um drama ,já sabe!!
Um belo nomento de amor! Beth foi muito delicado,gentil e amorosa! Esteve muito atenta em não proporcionar dor na primeira vez dela! Finalmente Meg soltou as amarras que a prendia e se jogou! Muito lindo! Doce momento de amor!Nem precisou de palavras dps pq ficou perfeito! A mensagem ficou no ar!!
Até o próximo caso!! Vou te encher o saco até que pense seriamente em Blind levando um tiro e Beth desesperada..agora se consumou o amor através da conexão carnal,fica melhor ainda…??
Enfim.. até segunda!! O celular caiu na minha cara ?. Nada ver c nada isso..rs
Beijão e lindo finde!
Sim lailicha! Todo mundo pensa no garoto, mas ele era apenas um rapaz com um transtorno e muito sensível.
A primeira noite delas tinha que ter uma emoção e carinho maior, não acha? afinal, Margareth ainda está se acostumando com esse novo mundo. rsrs
Vou colocar um draminha no próximo rsrsrs Não sei se tiro, mas dramas sempre podem aparecer. rs
Um beijão, Lailicha e já está postado o novo caso delas. rsrs
Um beijão para você e Mocita. Dê um abraço pelo aniversário dela.
Ps.: Facebook é fofoqueiro. Eu vi lá o aniver. rsrs
Arrasou na solução do caso. Mais ainda em: — Concluindo: Stain voltou para a mesinha medíocre dele. k k k Perfeito… e agora todos sabem de como é invejoso e mal caráter.
Aiiiinnnn… O namoro… a 1ª noite… fofo, mega fofo… vendo coraçõezinhos até agora.
Carol, me promete q deu final deste caso… mas q elas voltarão em breve.
Mais uma x, mto obrigada pelo presente q nos proporcionou.
Bjs, espero te ler em breve.
Gostou da “raquetada” que Stain levou na cara, né? rsrs Amei escrever isso também! he he he
O amor delas quis fazer bem carinhoso e romântico. rs
Elas acabaram de voltar, Nádia. Já tá postado! 😉
Obrigadão pelo carinho e Beijão!
Muito show a resolução do caso.E linda a noite de amor!!
Essa noite de amor, quis dar um tom bem romântico. 😉
Beijão, Carla e Obrigada!
Aquele momento em que a pessoa dá uma enrolada no trabalho pra ler essa delicinha de texto.
Vou nem dizer que tá show, Carol. Tu sabe bem o que penso sobre teus escritos.
Que venham mais aventuras dessas duas!
Beijos!
Oi, Maga!
Respondendo aos coments anteriores bem atrasadinha. rs
Cara, postei o novo delas. Espero que goste do final! rsrsrs
Essas duas ainda vão aprontar muito.
Tattah minha maga, você pensa que temos que voltar a escrever MMD? rsrsrs Me too. rsrsrsr
Um beijão e valeu, maga!