Os Estranhos Casos de Evernood e Blindwar
Décimo Caso: Ex-Espiões Não Existem – Parte 3
Texto: Carolina Bivard
Revisão: Naty Souza e Nefer
Ilustração: Táttah Nascimento
Parte 3 —
O sol aquecia as primeiras horas da manhã e, às sete horas, Evernood arrumava tudo para partirem. Estava preocupada. A informação de que tinham da intenção de matarem Durga Quazi, durante o próximo assalto, mudava seus planos. Edwin se aproximou, auxiliando a detetive particular a guardar a bagagem dela.
— Você dormiu pouco, Edwin. Não tive a intenção de lhe acordar.
— Dormi o suficiente, não se preocupe. Meg está preparando o desjejum, não devemos demorar muito para sair. Precisamos conversar para traçar uma estratégia.
Entraram e Margareth havia colocado sobre a mesa pães, butelo, chorrizo, queijo de cabra, um suco de uva e um bule de café – bica, como chamavam os portugueses . O olhar dos dois sobre as iguarias pareceu despertar a fome matinal, pois sentaram-se à mesa sem cerimônias.
— Esperem. Trarei ovos quentes que estou aprontando. Creio que não pararemos no caminho até o Porto, ou estou enganada?
— Não está enganada, Meg. Não devemos parar até chegar na cidade. Temos que nos adiantar o máximo que pudermos. Tinha ovos na despensa?
Elizabeth perguntou diante de tanta fartura, visto que o esconderijo fora arranjado de última hora.
— Não, mas tem um galinheiro nos fundos. Peguei os ovos lá. Não sei como os contatos de vocês conseguem esses lugares…
— Para falar a verdade, Meg, nós também não. Nunca me importei, pois esse é o trabalho deles. Pagamos e somos atendidos.
— Espero que o acordo com a Agência tenha sido lucrativo, Beth, senão, chegará em casa sem lucro nessa missão.
— Ah, Meg, tenha certeza que nunca cobro pouco da Agência.
O tom jocoso das palavras de Evernood fizeram Edwin rir. Ele pegava um pedaço de queijo e outro de butelo para colocar em seu prato. Margareth retornou e pousou a terrina com os ovos quentes sobre a mesa, começando a se servir, como os outros faziam.
— Qual o plano? Acho que devemos chegar ao Porto e nos instalar em um hotel. A Agência não está mais em nosso encalço; e teríamos mais liberdade para circular pela cidade como turistas comuns.
Elizabeth analisou o que Margareth havia falado. Era um bom começo, visto que a alta temporada de férias já começara e teriam mobilidade na cidade.
— Gostei da ideia, Meg.
— Eu também. – Edwin falou. – Posso deixar meu carro aqui e ser o motorista de vocês. Assim não desperdiçamos tempo. Chegamos juntos ao Porto e nos instalamos no mesmo local, sem levantar suspeitas.
— Duas moças aristocratas passeando pela cidade… – Evernood conjecturou. – Nos esconder debaixo do olhar de todos. Perfeito!
Instalaram-se no coração da cidade do Porto, onde havia a maioria dos hotéis e muitos caminhos para visitar museus, praças, jardins, mercados e a famosa livraria, que inaugurara a nova sede cerca de duas décadas antes. Elizabeth nunca estivera naquela cidade e pensava que gostaria de retornar, para realmente apreciar sem a responsabilidade de uma missão. Porém, no momento, deveria se focar no que a levara até a lá.
As duas detetives estavam na famosa livraria Lello, em frente a estante de “Literatura Nacional”. Apenas folheavam livros a esmo, enquanto esperavam o contato. Um homem baixo de cabelos castanhos e terno em linho bem talhado se aproximou, pegando um livro na estante.
— Não gosto desses encontros, pessoalmente.
O homem falou baixo, sem tirar o olhar do livro.
— Também não gosto, senhor Fernandes, entretanto a situação é de suma urgência.
— O que quer?
— Quero o White Power. É urgente e que… – Elizabeth deu uma pausa, antes de continuar – …e que conheça a minha sócia.
O homem olhou de esguelha, todavia logo voltou o olhar ao livro de sua mão.
— Volte ao hotel. Logo saberá o que tenho.
Ele respondeu sem preâmbulos e caminhou em direção à escada, subindo para o outro piso. Elas saíram e, enquanto andavam pela rua na direção do hotel, Margareth perguntou intrigada:
— É só isso? Como ele saberá o que queremos do White Power? E como terei ele como contato se nem o conheço?
— Você saberá quem é ele, porque eu passarei para você essas informações, Meg. Sempre pesquisei meus contatos. Ele saberá quem é você, porque eu a apresentei a ele. Tenha certeza de que ele levantará todo o seu histórico. Quanto ao White Power, até a noite teremos tudo o que ele sabe, será entregue no hotel, mas nunca confio em apenas uma informação. Por isso que Edwin…
— … Saiu logo em seguida de nós. Ele fará a investigação dele.
— Exato!
Evernood se alegrava que, finalmente, podia partilhar a vida dela com alguém que amava e confiava. Blindwar não fazia ideia do quanto era importante para a ex-espiã. Ainda havia algumas coisas do passado que assombravam Elizabeth e vinham à sua mente em momentos impróprios, dos quais não poderia parar para conversar com Margareth. O tempo urgia. Tinham que focar no resgate da filha do pacifista.
Chegaram ao hotel após passearem um pouco e, quando foram pegar as chaves, o recepcionista entregou-lhes uma mensagem. Evernood abriu o recado e o leu, voltou-se para Blindwar.
— Fernandes nos arranjou um telefone de contato.
Elizabeth estendeu o recado para que Margareth lesse e se apressaram para chegar ao quarto.
— Ele só deu o número do telefone e disse para entrar em contato com um tal de Ferreira, Beth.
A expressão de interrogação no rosto da detetive de polícia indicava desconfiança e incredulidade, afinal, elas mal haviam falado com o tal Fernandes. Evernood fechou a porta do quarto atrás delas. As cortinas e janelas estavam abertas e a suíte estava arejada. A primeira ação de Elizabeth foi fechar as cortinas, antes de travar uma conversa com a namorada.
— Preste atenção.
Elizabeth pediu, segurando as mãos de Margareth, encarando-a intensamente.
— Sei que para você, que lida com normas do departamento é difícil entender, mas no meu modo de vida antigo, tinha que agir conforme me era dada a oportunidade. Aos poucos, vou colocando você em contato com essas pessoas e, também, lhe darei tudo que investiguei sobre elas.
Foi até o telefone e pediu uma linha para a recepção, todavia desistiu.
— Não vai ligar?
Margareth perguntou, confusa.
— Vou, mas não daqui. Calculamos mal nossa ação. Se ligo do quarto, a ligação passará pela telefonista do hotel e pela telefonista da central da cidade. Vou ao saguão fazer a ligação.
— Entendi. Desta maneira, só passará pela telefonista da central e ela não saberá a identidade de quem está ligando.
— Exato!
A detetive de polícia estava nervosa, no quarto, esperando a namorada. Elizabeth já tinha saído para fazer a ligação havia mais de meia hora. Escutou a chave girar na porta pelo lado de fora e, como tinha aprendido com Evernood e Edwin, sacou a pistola. Ambos falavam que “nunca sabemos quem está do outro lado da porta”. Elizabeth entrou.
— Sou eu. Desculpe-me a demora. Encontrei com Edwin no saguão. Ele foi para seu quarto e depois virá para cá.
Evernood relatou, aproximando-se de Margareth, dando-lhe um beijo. Era uma forma de acalmar a namorada e esconder a própria tensão.
— Espero que Edwin tenha conseguido algo mais com os contatos dele, pois Ferreira me falou que os White Power costumam vir para a cidade se esconder. Eles têm feito aliados aqui, que são gente poderosa, mas não sabe onde é o esconderijo deles.
— Então, não temos nada! – Margareth falou, desolada. – Se não descobrirmos onde estão, como iremos salvar essa garota?
— Veremos o que Edwin apurou. Se não descobrirmos o esconderijo, teremos que resgatá-la no assalto. Descobri onde pretendem fazer e o horário.
— Seria perigoso, ainda mais que a “força-tarefa de Dashwood e Reynold” estará lá. Ou não avisaremos para eles? O combinado foi avisá-los.
— Vamos esperar por Edwin. Se ele não tiver a resposta do esconderijo, não teremos opções. Avisaremos para Dashwood e Reynold e teremos que montar um plano para resgatar Durga Quazi, antes do grupo White Power entrar no banco.
Batidas soaram na porta e sabiam que era Edwin pela ritmo das batidas. Evernood abriu a porta e o amigo entrou rapidamente. Ele nem esperou que as detetives perguntassem.
— Descobri o esconderijo e vocês não vão gostar. É numa vinícola do outro lado do rio e é famosa. A princípio, não acreditei no que me falaram e fui até lá para averiguar. Eles têm muitos seguranças armados na vigilância, o que não condiz com um local de produção de vinho.
— Você acredita que Durga Quazi esteja lá, John?
— Não só acredito, como a vi, Meg. Após olhar o local, tentei conseguir a planta arquitetônica do lugar com um contato meu. Retornei e pude entrar nas instalações, escondido. Os armamentos deles são pesados e não é somente um punhado de assaltantes. Quase não consegui sair sem ser detectado. Deve ter, pelo menos, uns vinte homens lá dentro.
Evernood olhou diretamente para Edwin. O relato dele embora preocupante, ao mesmo tempo a aliviava.
— Temos certeza de que o roubo só acontecerá depois de amanhã? – Elizabeth perguntou.
— Temos, sim. Escutei o chefe do grupo planejar parte do assalto com um outro homem. Entretanto, não consegui ouvir toda a ação. Eles chegarão em dois automóveis, precisamente às quinze horas que é quando o gerente abre o cofre para guardar o dinheiro das transações diárias. Os motoristas sairão com os automóveis, para dar uma volta no quarteirão. Levarão a garota no assalto com eles, mas infelizmente não sei mais nada à partir daí.
— Não pretendo deixar que levem a garota, Edwin. Quero resgatá-la antes do assalto.
— Se a resgatarmos antes, Beth, pode ser que desistam do assalto e nossa denúncia anônima para os “Federais”, não terá o menor efeito. Não conseguirão prendê-los.
— Esse não é um problema nosso, Meg. – Evernood rebateu. – Me preocupo com a segurança da garota e tirá-la dessa confusão. Além do que, estragaremos os planos do White Power e a força tarefa da polícia internacional estará um passo mais próximo de pegá-los.
— Certo, eu compreendo. Mas ainda não sei como conseguiremos resgatá-la, num local tão bem protegido e escaparmos disso.
Blindwar estava cética e, quando falou, alternava seu olhar entre os dois ex-espiões.
— Bem… Teremos um dia inteiro para elaborar os planos.
— Os planos? Quantos planos pretende elaborar para o resgate, Beth?
A detetive de polícia estava intrigada, recebendo sorrisos dos dois ex-espiões. Parecia que tinha feito a pergunta mais ingênua do mundo. Elizabeth resolveu explicar para que a namorada não se constrangesse.
— Nas missões, normalmente, não temos muito tempo para elaborar planos. Os planejamentos sempre são feitos de última hora, pois quando descobrimos o que temos que fazer, falta pouco tempo para atuarmos. Porém, na nossa atual condição, temos mais de vinte e quatro horas para traçar um plano para o resgate de Durga Quazi, e outros planos de contingência, caso não consigamos resgatá-la com o planejamento inicial.
— Beth, quando você fala de plano de contingência, você quer dizer uma saída segura do covil dos assassinos e, depois, novo plano de resgate?
— Exato, Meg! Planejaremos o resgate, planejaremos uma saída, caso nos peguem, e planejaremos nova investida.
— Não gosto de pensar na parte de nos pegarem, mas eu concordo. Odeio mais ainda pensar em balas vindo na minha direção. – Margareth fixou o olhar em Edwin. – Então, vamos começar. John, você tem as plantas arquitetônicas do lugar. Conseguiu mapear a posição dos homens que ficam de guarda?
Evernood e Edwin riram.
— A grande maioria, Meg. Vou pegar em meu quarto a planta arquitetônica das estruturas. Mas, antes disso, irei ao saguão telefonar para o seu departamento de polícia, senão Dashwood e Reynold não terão tempo de agir no caso do assalto ao banco.
Margareth se sentia um pouco cansada, pois passaram a tarde inteira e parte da noite do dia anterior, elaborando os planos. Dormiram pouco mais de cinco horas, para retomarem ao planejamento.
Era madrugada e estavam à espreita, encobertos pelas sombras da rua. Observavam as três construções que compunham a vinícola. Uma delas era a parte de negócios, a outra, ao lado, era onde haviam os equipamentos para a feitura do vinho e a terceira construção que ficava na parte detrás era a cave, onde os tonéis eram guardados. Lá era o foco dos detetives, visto que Durga Quazi estava presa nessa parte.
O resgate não seria fácil, pois os guardas estavam espalhados pelo pátio e, para chegarem à construção, não poderiam utilizar os telhados. A arquitetura portuguesa fazia com seus telhados em declive, fossem difíceis de se caminhar.
Descartaram as entradas para invadirem, pois todas tinham segurança e optaram por pular a murada dos fundos, onde não havia entradas próximas e, portanto, menos vigilância. Um ou outro vigilante passava por ali.
Edwin, no início da noite, havia levado uma escada em madeira, escondendo-a no beco que fazia esquina com a murada. Ele a pegou, colocando apoiada na parede de pedras e subiu para observar do lado de dentro. Um homem se aproximava com uma espingarda na mão. O ex-espião se encolheu, escondendo-se na proteção do muro. Uns segundos se passaram e ele voltou a observar, com cautela.
— Vamos rápido. – Sussurrou. – Demorarão a retornar para essa área.
Ele se posicionou sentado no muro, auxiliando as duas mulheres a subir na escada e pular para o outro lado. Os três tinham vestes escuras e se confundiam com as sombras das parreiras ornamentais do jardim. Edwin puxou a escada e a escondeu, colada ao muro pelo lado de dentro.
Agacharam-se para observar o caminho, antes de correrem para a construção. Evernood retirou do cinto um bastão em madeira que havia levado para proteção. Tentariam não utilizar as armas. Ela indicaria o caminho, pois havia se encarregado de estudar cada porção daquele local. Embora todos também soubessem, cada um tinha sua tarefa.
Evernood começou a seguir pela lateral mais escura do prédio, em direção a um local específico. Embora em toda a construção houvesse pequenos arcos de abertura de ventilação na parte de baixo da parede, uma específica os levaria para uma ala da cave próximo, onde Edwin tinha visto que prendiam a garota.
— Não vamos conseguir passar. Todos têm grades de ferro.
— Então, vamos ao segundo plano, sem demora, Meg.
Mal Evernood respondeu e já se dirigia à porta lateral da construção. Se posicionou de um lado da porta e Margareth do outro. Edwin já havia sumido na escuridão e elas se espremiam na proteção do arco da porta. Pouco depois, o ex-espião retornava, conduzindo um homem numa posição de estrangulamento, amordaçado. Falou próximo ao ouvido dele:
— Sabemos que tem códigos para que abram a porta para você. Bata o código na porta.
O olho do homem revirava de raiva e, cada vez que tentava se soltar, Edwin apertava mais o pescoço. Evernood perdeu a paciência. O extremista não lhes daria o que queriam e estavam se colocando em perigo. A qualquer momento, outro vigilante poderia aparecer.
Sacou a sua pistola e colocou o cano diretamente na testa do bandido. Ele parou de se debater nos braços de Edwin, arregalando os olhos. Ela o encarou com uma expressão contrariada.
— Você é leal à sua “causa”. Já que não vai nos ajudar, mato você, antes de fugir. Me faz sentir melhor por falhar na minha missão.
O sorriso que Evernood deu ao falar, tinha uma expressão maquiavélica. Agarrou a franja do homem para que ele parasse de se debater e tentava ajeitar o cano da arma em sua testa.
— Calma, irmã. – Edwin falou. — Ele vai bater na porta, não é, amigo?
Edwin perguntou, apertando um pouco o pescoço e o homem sinalizou afirmativamente com a cabeça. Todos sussurravam e Margareth se mantinha no abrigo da porta, vigiando o perímetro atenta. Edwin se aproximou da porta, ainda mantendo o criminoso seguro, sob seu agarro. Deixou que ele estendesse o braço para que batesse no ritmo do sinal que daria ao grupo do lado de dentro que um dos membros do grupo queria entrar.
Ele bateu e todos ficaram alertas para a abertura da porta. Ouviram passos se aproximarem e, antes que abrissem, o prisioneiro chutou forte a madeira maciça da porta. Não houve tempo para outra ação, a não ser fugirem, pois conversas agitadas começaram a ser escutadas pelos três detetives.
Evernood não precisou pensar muito; bateu forte com o bastão que carregava na cabeça do cativo, para desacordá-lo e correu em direção ao muro, sendo seguida por Margareth e Edwin. Os três detetives empunharam as suas pistolas e gritos e passos apressados eram ouvidos atrás deles.
Os tiros começaram; entretanto, Edwin já havia escalado o muro e dava cobertura para as duas mulheres, atirando em quem aparecesse na sua linha de tiro. Evernood auxiliou Margareth a subir no muro e depois, Blindwar e Edwin auxiliaram a detetive particular a escalá-lo. Tudo aconteceu muito rápido. Os três pularam para o outro lado e correram pela rua, sumindo na escuridão da noite.
Entraram em um terreno onde havia uma construção abandonada em ruínas. Tinham mapeado a fuga anteriormente, caso fossem descobertos. Ficaram em silêncio, durante algum tempo, para saber se alguém os havia seguido. Uma hora se passou e souberam que estavam seguros.
— A escada foi um erro. – Blindwar falou. – Eles poderiam tê-la utilizado para nos perseguirem.
— Já discutimos isso, Meg. A escada era para se acaso conseguíssemos resgatar Durga. Ela poderia não conseguir pular o muro como nós.
— Vamos para o hotel, meninas. – Edwin interrompeu a discussão. – Agora vamos para o próximo plano.
Nota: Hoje o capítulo foi um pouco menor, mas prometo que compensarei no próximo! 😉
Um belo fim de semana e cuidem-se! Não façam nada que eu não faria! rsrs
Beijos
E agora? Acabei de ler os três capítulos e estou sem palavras diante desse enredo tão bem escrito. E chego ao fim deste preocupada… Os meliantes irão redobrar a guarda ou quem sabe até mesmo levar a menina para outro lugar e dificultar ainda mais o resgate… será?
E algo nesta fala me intrigou, “Ainda havia algumas coisas do passado que assombravam Elizabeth e vinham à sua mente em momentos impróprios,..” Beth ainda tem coisas de seu passado a revelar a sua amada?
Esperando ansiosa pelo próximo capítulo.
Beijo, Carol
Tenso! Como irão resolver? Ansiosa pelo próximo capítulo Parabéns!
CARAAACAAA! QUER MATAR A GENTE PELO SUSPENSE E EMOÇÃO!?
Uau, Carol,
Cada capitulo mais nervoso q o anterior, estou sem respirar
da tensão gerada.
Guriaaaaa…
Tá mto bom, ??