Capítulo 17
Clara não resistiu e continuamos o que estávamos fazendo. Chegamos ao escritório já eram quase 9h e com o sorriso mais do que escroto fomos recebidas pela Bruna e pelo Carlos. A reunião para acertarmos alguns detalhes do projeto transcorreu tranquilamente, só meu joelho que incomodava ainda e continuava inchando e eu não estava mais aguentando apoiar o pé esquerdo no chão. Quando estávamos saindo para o almoço, segurei levemente no braço da Clara:
– Preciso da sua ajuda, a dor piorou.
Minha namorada me olhava de uma forma como que queria dizer: “Está vendo? Bem que eu te avisei”.
Ela concordou balançando levemente a cabeça e avisou a Bruna que talvez demorássemos um pouco para retornar e explicou o motivo.
Quando chegamos ao hospital, o médico pediu para tirar a calça e vestir aquela roupa ridícula, olhei com cara feia para ele, mas tive que fazer conforme mandou. Recebi bronca por ter demorado três dias para ir cuidar do joelho e ainda disse que se eu demorasse mais um ou dois dias, a fratura ia calcificar e não teria mais jeito. Ele mandou imobilizar minha perna e pediu para retornar para revisão em quatro dias e claro que passou medicação. O médico explicou para mim e para a Clara – que entrou comigo no consultório – tudo isso e ainda por cima precisaria ficar em repouso. Se minha cara não era boa, imagina quando recebi essa notícia. Meu bom humor foi para o espaço. Percebi que não estávamos voltando para a empresa:
– Para onde a gente está indo?
– Para casa. Você precisa de repouso, esqueceu? E vai ficar lá em casa esses dias porque sei que vai inventar de fazer traquinagem – sorriu.
– Poxa am… Poxa, linda! Eu concordei em ir ao hospital, a tomar remédio e ainda a imobilizar minha perna, agora não me peça para ficar em casa durante quatro dias sem fazer nada, por favor – disparei para que ela não percebesse que por pouco a chamei de amor.
Acho que minha situação é grave, já disse que a gente fez amor, agora estava a chamando carinhosamente de amor. Ela sorriu lindamente.
– Tudo bem, então façamos o seguinte: vamos passar na farmácia para comprar seus remédios, passamos no escritório para terminar o que começamos e vamos sair mais cedo, certo? E você fica lá em casa.
– Sim, senhora.
A Clara ficou me observando silenciosamente enquanto o sinal não abria, seu sorriso era lindo, um dos mais belos que ela já me lançou. A tarde transcorreu conforme combinado. Quando saímos do escritório, passamos em meu AP e peguei mais algumas roupas, já que ficaria esses dias fora. A noite acertamos algumas coisas do trabalho, jantamos e namoramos muito, mas para poupar meu joelho, a Clara não me deixou fazer muito esforço, ou seja, houve muito mais carinho do que o sexo propriamente dito.
Assim passou toda a semana e na sexta-feira voltamos ao hospital para a bendita revisão. O médico liberou a imobilização, mas disse para continuar com a medicação até a segunda-feira. Fomos para casa, eu queria comemorar minha liberdade em grande estilo e enquanto a Clara dirigia, é obvio que eu a provocava e muito beijando seu pescoço, desabotoando sua blusa, beijava, sugava, lambia seus seios.
Minhas mãos já estavam entre suas pernas e para nossa sorte, pegamos um congestionamento por causa de um acidente, os carros não andavam, então não fiz cerimônia, penetrei-a com dois dedos e como resposta ouvi um delicioso gemido:
– Du…
Não deixei a Clara falar nada, calei-a com um beijo sufocante. Humm que saudade que eu estava de tocá-la da forma que eu gostava, da forma que eu queria, sem precisar me preocupar com meu joelho.
Reclinei um pouco seu banco, tirei seu sinto de segurança, tudo sem tirar meus dedos de dentro dela.
Minha namorada mexia o quadril exigindo um contato maior, mais intenso e como não queria desapontá-la, aumentei o ritmo das estocadas. Colei meus lábios com os seus até sentir seu líquido quente escorrer entre meus dedos.
Parei os movimentos, retirei meus dedos daquele paraíso e lambi os dois demoradamente enquanto Clara me olhava, percebi que seu desejo estava voltando e sorri. Ela me puxou pela blusa para mais um ardente beijo, mas tivemos que parar porque escutamos buzinas dos carros querendo nos ultrapassar. Esse foi o momento o que percebemos que o transito já estava liberado.
Clara acelerou o carro o máximo que pôde, queríamos chegar logo em casa para darmos continuidade ao que iniciamos no carro. Duas pessoas entraram conosco no elevador e como era pequeno, a minha namorada ficou colada ao meu lado. Paramos no primeiro andar, mais uma pessoa entrou, puxei a Clara para ficar na minha frente de costas para mim, estávamos no fundo do meio de transporte mais seguro que existe.
Quando a puxei para ficar nessa posição, minha mente poluída teve uma brilhante ideia: provocá-la. Antes de sair do carro, a minha namorada tentou vestir a calcinha, mas não deixei com o argumento que logo teria o trabalho de retirar mais uma vez, ela sorriu maliciosamente e não vestiu, ela estava de saia. Com a mão que estava escondida pela parede, subi um pouco a sua saia e passei a acariciar suas pernas e indo em direção ao seu sexo, a Clara estremeceu com o inesperado toque e levantou a pasta que continha seu notebook para tentar esconder minha traquinagem. Sorri baixinho no seu ouvido. Percebi que ela queria falar alguma coisa, mas a situação não deixava e isso só aumentava o tesão que eu estava sentindo.
Cheguei ao ponto que eu queria e olhei para cima: terceiro andar. Para minha sorte, o elevador estava parando em todos os andares e sempre tinha alguém para entrar ou sair, nós íamos para o último. Comecei a estimular o clitóris da minha namorada e ela começava a ficar inquieta: quinto andar. Aumentei o ritmo do estímulo, olhei para os lados e ninguém nos olhava, mordi a ponta da sua orelha, percebi que ela se segurou para não gemer: sétimo andar, todos saíram e assim que a porta se fechou, a Clara se virou para mim e a penetrei de uma só vez, enfim ela pôde gemer como queria.
As estocadas foram poucas, mas fortes o suficiente para ela estremecer ainda mais com o contado e contorcer seu corpo apoiada ao meu. A porta do elevador se abre: nono andar. Saímos dali na mesma posição e tivemos muita sorte de não ter ninguém no corredor. O complicado foi abrir a porta, a chave não queria entrar e eu estava entrando em desespero tentando me concentrar nas duas coisas ao mesmo tempo porque ela me pediu para abrir a porta e ainda não podia parar o que estava fazendo com ela.
Enfim conseguimos entrar. Empurrei a porta atrás de mim com o pé, nos jogamos no sofá, empurrei sua saia ainda mais para cima e me encaixei entre suas pernas aumentando o ritmo e a força das estocadas conforme o pedido entre gemidos da minha Clara. Em questão de segundos ela arranhava minhas costas que chegou a doer, bagunçou todo o meu cabelo, apertou meu corpo com suas pernas e senti mais uma vez seu líquido delicioso escorrer entre meus dedos.
– Eduarda, você é louca! – disse ainda com a respiração falha.
– Eu sei, várias pessoas já me disseram isso – sorri e beijei-lhe levemente seus lábios.
– Será que alguém percebeu?
– Duvido muito, caso contrário, teriam dito alguma coisa. E além do mais, faço as coisas muito bem feitas – sorri.
– Mas, é convencida, viu?
– Não sou convencida, linda, sou realista.
– Além de nada modesta – sorriu.
Ficamos mais algum tempo ali conversando abraçadas curtindo o nosso momento até que a Clara disse que ia tomar banho e prontamente disse que ia junto. Ela não aceitou com o argumento que meu joelho ainda não estava 100% bom. Tentei protestar, mas aquela mulher estava irredutível. Mas, três minutos depois não resisti e abri a porta do box, dessa vez quando entrei no banheiro, ela estava de frente para mim:
– Por que você é tão desobediente?
– Porque você é muito gostosa – segurei sua cintura trazendo-a para mais próximo a mim e beijei seu pescoço.
– Você é uma ninfomaníaca – passou os braços ao redor do meu pescoço.
– E você adora – mordi a ponta da sua orelha.
– Você sabe o quanto – derreteu-se em meus braços.
Ficamos namorando e mais uma vez o clima esquentou. A Clara tem o poder de me excitar assim, tão rápido e não consigo ficar no mesmo lugar que ela sem ao menos provocá-la.
Em um determinado momento, ela pegou minha mão e direcionou até seu sexo, fiquei só estimulando e olhando sua fisionomia. Quando ela abriu os olhos e fez menção em reclamar que não era aquilo que queria, sorri, beijei-lhe ardentemente e passei a explorar seu corpo com a língua.
Ao chegar em seus seios, não resisti e perdi noção do tempo naqueles montes gêmeos tão lindos, mordi levemente e escutei um delicioso gemido.
Chupei, lambi, a Clara segurou os meus cabelos e me puxou de volta para nos beijarmos novamente, mas não fiquei muito tempo ali. Continuei a excursão pelo seu corpo e cheguei a sua barriga sem parar de provocar seu sexo, dei leves mordidas por toda a extensão, passei a língua em seu umbigo, brinquei por um tempo e desci para onde tanto queria.
Não aguentava mais tentar pirraçar a minha namorada, tanto ela quando eu, queríamos e não me fiz de rogada, levantei uma de suas pernas para apoiar em meu ombro e passei a explorar toda a extensão do seu gostoso sexo.
Brincava com seu clitóris, descia até onde meu dedo estava tirando-o de lá para dar passagem a minha língua e para pouco tempo depois ser presenteada com o mais delicioso liquido que já experimentei em minha curta vida gay.
Levantei para ajudar a Clara a ficar em pé, apoiei-a contra a parede com meu corpo e fiquei distribuindo muitos beijos em seu rosto e boca. Ela abriu os olhos e sorriu um lindo sorriso, pedi para ela ficar ali e peguei sua toalha, sequei-a e a mim também e deitei-a na cama:
– Quer comer alguma coisa?
– Quero sim, mas não agora. Vamos sair para jantar, mas antes quero ficar aqui sentindo o cheiro desse pescoço que tanto gosto – disse aconchegando-se em meu corpo e enterrando o nariz onde ela queria.
– Assim quem não vai querer levantar sou eu.
– Vai sim, mas só daqui a pouco.
Ficamos ali trocando caricias até que peguei no sono. Só acordei as 20h com Clara também dormindo e meu estômago reclamando que não comi nada desde as 12h. Fiz um carinho no rosto e nas costas da minha namorada tentando acordá-la, mas ela só resmungou alguma coisa que não compreendi. Levantei, tomei mais um banho e voltei para a cama e dessa vez consegui acordá-la.
– Acredita que eu estava sonhando com você mesmo estando aqui comigo?
– Sério? E o que você sonhou? – beijei-lhe os lábios levemente.
– Não lembro direito, mas sei que além de você, a Dani também estava e eu não me via. Era como se eu estivesse olhando vocês fazendo alguma coisa e vocês não sabiam de minha presença.
– Que tipo de coisa?
– Não sei direito Du, mas sei que não era nada grave – fez um carinho em meu rosto.
Aproximei meu corpo do dela e ficamos nos beijando carinhosamente.
– Vamos comer? – sorri.
– Onde?
– Lembra da Casa Rosada?
– Como esquecer? – sorriu lembrando-se do dia que nos conhecemos.
– Então, lá tem um pirão de aipim com carne do sol que é muito bom, se quiser pode optar por carne de fumêro.
– Humm, meu estômago se pronunciou e aprovou a idéia.
Fiquei pronta rapidamente, mas a Clara… eu já estava angustiada pela espera, andava de um lado para o outro da sala e nada dela aparecer, cheguei na porta do quarto e entrei. Quase cai com a visão que eu tive:
– Tudo isso é para comer um simples pirão na Casa Rosada?
Clara virou-se em minha direção e sorriu lindamente, fui até ela:
– Não só por isso, linda. Mas porque você estará lá comigo.
Beijei-a apaixonadamente e quando minhas mãos ameaçavam tirar o vestido da minha namorada, fui interrompida:
– Nada disso, vamos sair, esqueceu?
– Tudo bem, só vou porque tenho certeza que quando voltar serei recompensada – sorri.
– E muito bem recompensada.