O Coração de Freya

Capítulo 44 – Manobras e guerra

Capa: Tattah Nascimento

Revisão: Isie Lobo e Nefer

Texto: Carolina Bivard


Capítulo 44 – Manobras e guerra

Saiu sem preâmbulos, sendo seguida pela amiga. Atravessaram o corredor entrando na ponte de comando. Bridget se sentou em sua cadeira e Decrux sentou ao lado dela, na cadeira que normalmente era ocupada por Oton, em dias normais de trabalho daquela nave.

– Verifique a distância máxima que podemos percorrer com segurança em um único salto. – Bridget ordenou.

– Avaliado. – Decrux respondeu com presteza.

– Verifique as probabilidades de rotas da frota estelar da República e de Cursaz.

– Avaliado com uma variação de erro menor que 3%.

– Mediar distância entre o objetivo final e nossa localização.

Decrux enrugou a testa, não entendendo a intenção de Bridget, mas fez o cálculo e deu a distância e, intrigada, perguntou.

– Por que mediar a distância?

O sorriso de Bridget era debochado, quando respondeu.

– Se quer ser uma boa comandante, tem que ficar esperta, Decrux. Esse é o preço pela sua recente inserção na vida como uma humana completa. Você escutou o que discutimos e um salto numa longa distância, parecia ser o correto a se fazer, a princípio. Por que não avaliou outras possibilidades?

– Ai, droga! Mas é lógico! Calculando o tempo para fazermos a dobra estática, esperar para fazermos a dobra normal e depois, saltar novamente, demoraríamos um pouco mais. Pelo tempo de percurso na dobra normal, o tempo de espera da dobra estática seria maior. Isso faz com que possamos aguardar num local mais seguro, no meio do caminho, sem que tenhamos qualquer probabilidade de esbarrarem conosco. Como não vi isso?

– Por um simples motivo. Hoje você tem emoções envolvidas e com isso, tem se deixado levar por elas. Eu observei você e hoje, está interagindo naturalmente, como qualquer um faria. Achei delicioso ver isso em você. Agora é ajustar a sua personalidade aos seus conhecimentos e garanto, nunca vou querer entrar numa briga contigo.

Bridget gargalhou, vendo a IA corar envergonhada.  

– Eu pensei nessa alternativa quando estávamos vindo para a ponte. – Bridget completou. – Eu só não sabia se era pertinente. Esta informação você me deu agora.

– Pensando friamente, tem mais uma vantagem nessa estratégia.

– Temos que contatar com o comando de Ugor para que permitam nossa entrada no planeta. – Bridget finalizou o pensamento de Decrux.

– Exato. Posso fazer o primeiro salto? Já calculei a rota. Os parâmetros são para um sistema solar intermediário, onde os planetas são completamente estéreis. Menor probabilidade de rotas comerciais e também, de rotas ilícitas de piratas ou traficantes, já que não existe alternativas de recursos.

– Perfeito. Avise a elas que vamos fazer a dobra normal. Salto autorizado.

– Por que avisá-las?

Decrux fez a pergunta debochadamente, realizando o procedimento sem qualquer anuncio, até mesmo para Bridget.

– Droga, Decrux!

A voz de Kara, reclamando pelo sistema de comunicação preencheu a ponte, fazendo Decrux rir. Quando ela olhou para a comandante, recebeu um olhar divertido. Bridget estava inteira.

– Você tá ficando sem graça, Brid.

– Achou mesmo que eu cairia nessa de novo?

– Para falar a verdade, não achava que iria cair. – A IA sorriu.

– E depois, para quem está acostumada a dobra estática, passar pelo corredor temporal é belezinha, Decrux.

As duas mulheres gargalharam.

– Brid… – Decrux chamou a comandante, insegura. – Pega leve com a orelhinha.

– Não tô muito a fim de falar disso.

– Olha, não vou me meter. Por todos os anos que tenho convivido aqui na nave e pelo que conheço de você, sei que não devo me meter, mas queria que me escutasse numa coisa, pode ser? É uma opinião como amiga e não como IA.

– Merda! Você tá ficando um saco. Fala.

– Ela é uma boa mulher e isso que aconteceu foi o primeiro problema que vocês tiveram. Ficaram juntas há pouco tempo e, ainda por cima, dentro dessa merda toda. Tá todo mundo estressado e sei que você morre de tesão por ela.

– Não é só tesão, Decrux.

– É disso que tô falando. Disse tesão para te acordar. Se fosse só isso, você nem tinha ido para cama com ela a primeira vez. Lembra do que me falou quando contei a você como freynianos eram quando tinham relações sexuais?

– Poderia ter sido pelo tesão naquela época, sim. Por que não iria para cama com ela só pelo tesão? Poderia querer alguma coisa diferente. Por que não?

– Você me disse naquele dia que esfriou, mas a verdade é que seguiu em frente e pagou para ver. Isso não é uma coisa de alguém que tá só com tesão em outra pessoa. Não me enrola.

– E o que quer que eu faça?

Bridget perguntou irritada pela confrontação da amiga.

– Que pegue leve. Ela não está irritada com você pelo que aconteceu com Helga. Ela nem está mais irritada com nada. Dá para ver que está sofrendo com essa distância de vocês.

– Para, tá! Já tenho coisas demais na cabeça. Vê se tem vaga na esquina e me esquece!

Bridget explodiu, levantando-se da cadeira, saindo da ponte de rompante. Ela não viu o sorriso abrir no rosto da IA. Decrux tinha plantado a dúvida que queria no coração da comandante. Quando Bridget entrou no corredor, falou pelo comunicador geral:

– A rota foi alterada para adequar as condições de abordagem junto ao governo de Ugor. Decrux esclarecerá tudo. Qualquer problema estarei no meu alojamento, descansando.

Encerrou a comunicação.

Decrux foi para o quarto da Olaf, depois de explicar a nova rota para as tripulantes através do sistema. Entrou sorrindo e deu um beijo estalado na namorada, que estava sentada na mesa de trabalho, estudando arquivos que pedira para a IA baixar de diversos dirigentes da Liga e de Cursaz. Helga pegou na cintura da namorada, trazendo-a para seu colo.

– O que aprontou? Sua cara não mente, De.

– Estava dando um jeito nos egos fodidamente inflamados daquelas duas.

A Olaf apenas elevou uma das sobrancelhas, avaliando o que a namorada falou.

– Não quero nem saber o que fez. Sei a versão de Kara da história delas e já está de bom tamanho.

– Ai! É drama demais, né amor?!

Helga riu da namorada, vendo a simplicidade com que ela enxergava a vida e as relações. Beijou-a, levantando-se com a amante no colo e a jogando sobre a cama. 

****

Kara digitou os números da senha do alojamento de Bridget, e embora a apreensão que sentia, jogou os medos de lado, entrando no quarto sem culpas. O tempo era curto e não deixaria este problema entre elas para depois. Viu Bridget largada sobre a cama, ainda vestida. Estilo pouco convencional da comandante.

Bridget escutou o alerta da porta ao se abrir. Sabia quem era, pois apenas Kara tinha sua senha. Se Decrux quisesse entrar descaradamente, bastava se aglutinar no meio do quarto. Proferiu um insulto mental, permanecendo alguns momentos em silencio, como se estivesse dormindo e depois elevou a cabeça para encará-la. Arregalou os olhos assustada com o que viu e paralisou. Não sabia o que pensar ou fazer e apenas observava, como um espectador assiste a uma peça de teatro. Saiu da catatonia e conseguiu perguntar numa voz vacilante.

– O que você está fazendo?

Kara parou na borda da cama, colocando um dos joelhos sobre ela. Não conseguiu segurar o sorriso que apareceu, quando viu a expectativa e o nervosismo de Bridget, ao encara-la. A engenheira-médica não era de se encolher e não o faria, mesmo que a situação não lhe favorecesse. Nunca agira assim na sua vida anterior, há muito sepultada em Freya. Bridget era dela!

– Nada além do que eu quero.

A afirmação falada com segurança como um comando, fez Bridget calar, engolindo em seco. O corpo da freyniana completamente nu e as roupas jogadas na entrada do quarto, deram a Bridget, nitidamente, a intenção da engenheira-médica.

Kara subiu na cama, ficando de joelhos entre o quadril da comandante e a puxou pela mão, para que levantasse o tronco. Bridget deixou-se levar no automático, pelo comando seguro da loira.

– Kara, a gente tem que conversar…

Tentou debilmente frear os atos da freyniana.

– Shhh! Cala a boca, Brid e me pega logo. Eu sei que me quer assim e é assim que eu a quero. Quero você dentro de mim e me amando gostoso, agora.

Beijou Bridget, não dando tempo ou espaço a qualquer pensamento de dúvidas, pegando a mão dela, emaranhando entre as próprias dobras. Gemeu rouco, arfando na boca, voltando a beijá-la faminta. Sentiu os dedos entrarem e abafou o gemido, outra vez, no beijo guloso. Nada mais importava. Teriam tempo até o próximo salto.

***

– Por que querem uma audiência com o presidente Barbien? Desculpe-me, Olaf, mas estamos num momento tenso e preparando todos os esquadrões para a defesa do sistema solar de Ugor. Todos os portos aeroespaciais estão fechados. É uma questão de segurança.

A Olaf iria replicar, quando foi interrompida por Bridget. Ela entendia muito bem, este tipo de manobra que a Tenente-brigadeiro Edith expunha e falaria a linguagem militar.

– Edith, sabemos o que isso representa para a segurança do planeta, mas acredito que Ugor prefere evitar este confronto e temos elementos que poderão fazer isso. Sei também que é um assunto que foge do alcance militar. Devemos levar ao presidente, o mais rápido possível, para que ele possa discutir com os ministérios, antes que seja tarde. Não interferiremos nas manobras militares para conter a guerra e atenderemos a todas as exigências de segurança que nos submeterem, mas o tempo está se esgotando, rapidamente. O que diz?

A tenente-brigadeiro se calou durante algum tempo. A imagem refletida na tela central da ponte na nave Decrux, traduzia um olhar avaliador no rosto da militar. Ela inspirou levemente, relaxando da postura rígida que normalmente a acompanhava.

– Vocês se tornaram um espinho na minha vida, sabia? – Calou-se durante mais uns segundos e voltou a falar. – Enviem a localização exata de vocês, baixem os escudos e desativem todas as armas. Faremos uma sondagem para ver se não há mais ninguém a bordo além de vocês. Se estiver tudo correto, mandarei as coordenadas para onde executarão a dobra. A nave de vocês deverá atracar unicamente neste local, onde as coordenadas as levarão. Não se engane, comandante Nícolas; estamos em estado de guerra. Se sair dessas coordenadas, meu staff receberá ordens para destruir sua nave imediatamente.

– Compreendo perfeitamente, Tenente-Brigadeiro. – Bridget falou, voltando-se para Decrux. – Realize os procedimentos requisitados.

– Feito.

Bridget olhou a tela e Edith estava escutando um oficial falar com ela, mas o áudio havia sido cortado. A tenente-brigadeiro voltou a encarar a tela e falou.

– As coordenadas já foram enviadas. O hangar de atracação para a nave de vocês, está sendo preparado. Poderão fazer a dobra em dez minutos e enquanto isso, podem levantar os escudos para proteção e ativar as armas, mas quando fizerem a dobra, deverão baixar novamente os escudos e desativa-las.

– Entendido.

– Aguardarei vocês. Encerrando transmissão.

A tela se apagou e as quatro mulheres permaneceram mudas por instantes. O silêncio foi quebrado pela Olaf.

– Devemos nos trocar. Chegar com o uniforme da nave, para estas recepções militares, iguala um pouco as posições, ou não?

– É de bom tom, Helga. Você tem razão. Embora seja uma bobagem, dá um caráter mais sério. Vamos nos arrumar.

– Eu tô pronta.

Decrux provocou, rearranjando a roupa no corpo.

– Engraçadinha. Comece a tomar banho também. Tá ficando rançosa.

– Ei! Eu tomo banho! Quer dizer, antes com menos frequência, mas agora tomo banho sempre!

Decrux respondeu indignada, vendo a comandante sair da ponte, rindo. Ela olhou Kara e Helga, segurando o riso e ficou mais irritada ainda.

– Até você, Helga? Não acredito!

– Ih! Te chamou de Helga. – Kara atiçou. – Quebrou pro seu lado.

A engenheira saiu da ponte em direção ao corredor, mas não antes de escutar a Olaf, ainda rindo, se desculpar com a namorada.

***

Desembarcaram e na plataforma, a tenente-brigadeiro Edith, marechal Hermes e Aloá, as esperavam perfilados. Vários soldados circulavam e muitos carregamentos eram feitos para abastecer naves destroieres. Era uma base militar.

– Obrigada por nos receberem.

Bridget agradeceu, assim que desembarcaram, estendendo a mão para o marechal e logo depois para Edith. Todos se cumprimentaram.

– A última vez que nos encontramos, nos trouxe problemas, Brid. Espero que agora seja uma solução, como falou.

– Você e Edith já sabiam que se eu retornasse seria com notícias para acabar com a guerra ou começa-la. Não nos liberaram à toa. Deixem de conversa.

– Estávamos muito ferradas para deixar frouxo. Sabiam que correríamos atrás. – Helga entrou no jogo, com a mesma linguagem de Bridget.

– Vejo que a convivência com a comandante Nícolas está lhe afetando, Olaf.

Rebateu a tenente-brigadeiro, erguendo uma sobrancelha, diante da reprimenda da estadista.

– A convivência com Brid me deu a exata noção do que devo esperar sempre, quando se trata de guerra. Talvez se eu a tivesse conhecido antes, Freya ainda existisse.

Edith sorriu de lado. Não contestaria, já que os ânimos não eram de bom-humor. 

– Vamos, Olaf. O presidente aguarda sua chegada. Não terá muito tempo. Ele se reunirá com os outros representantes dos planetas do sistema solar de Ugor em algumas horas. Você irá sozinha. O restante da tripulação de Decrux esperará aqui. Poderão circular pela base, acompanhadas. É procedimento padrão.

– Eu retornarei para a nave. Não posso me afastar dela. – Rebateu Decrux.

– Nada a impede, Decrux. Na varredura, vimos que seu sistema fisiológico está completo. A única coisa que ocorrerá, será a perda da conexão com a nave, enquanto está distante. – Pontuou Aloá.

– Por isso que está aqui?

– Desculpa, mas acima de tudo sou uma cientista, Decrux, e acompanhei, mesmo que parcialmente, a sua…

– …Construção. Pode falar. Não me incomoda mais.

– Se importa de conversarmos um pouco?

– Não. Não me importo. Talvez eu mesma entenda algumas coisas.

As duas mulheres se afastavam, enquanto conversavam. Helga saiu, acompanhando o marechal Hermes e Kara, Bridget e Edith observaram a movimentação dos outros, mas não se moveram do lugar.

– Não se incomode conosco, Edith. Sabemos que está à frente da coordenação da defesa. Pode deixar que o máximo que faremos é olhar por aí.

– Não há mais nada o que fazer, a não ser que recebamos outras ordens. As naves estão sendo preparadas para, a qualquer momento, fazer a frente de combate onde a frota de Cursaz e da República despontarem. Vamos até minha sala no comando. Mostrarei a vocês nossa estratégia.

– Nossa! Quanta confiança em nós de uma hora para outra.

Bridget falou debochadamente, fazendo a tenente-brigadeiro, pela primeira vez, rir abertamente. Kara apenas observava. Sabia que a provocação era uma forma de Bridget obter respostas sobre o que esperar do comando de Ugor.

– A verdade é que escutei Barbien e Hermes demais, nestes últimos dias. Talvez tenha me amolecido. – Edith retrucou.

Enquanto conversavam, subiram por um elevador, desembarcando num corredor extenso. Caminharam até chegar a uma porta, que a tenente-brigadeiro abriu e deu passagem às duas mulheres. Era uma antessala onde um cadete levantou de sua mesa se perfilando. Edith dispensou o rapaz da formalidade, conduzindo as duas até outra sala. Tinha uma mesa que ficava de costas para uma vidraça. Todo hangar podia ser visto dali. Havia uma pequena mesa de reuniões e também, algumas poltronas.

– Aceitam alguma coisa?

– A não ser que tenha uma bebida bem forte para amortecer o cagaço que estou, acho que nada.

Edith gargalhou, desta vez. A tenente-brigadeiro não tinha nada contra a comandante. Ela até admirava a postura da terráquea. Naqueles últimos dias que antecederam a guerra, ela estudou todos os arquivos que pôde sobre a vida dela e achou-os fascinantes, compartilhando, finalmente, da mesma opinião do seu superior.

– Tenho um whisky vagabundo de “Tremora” e cachaça de Brasilis.

– Cachaça!

As duas outras mulheres falaram ao mesmo tempo, fazendo Edith sorrir novamente. Abriu um compartimento, pegou a garrafa e derramou em três copos. Entregou para as convidadas.

– Também prefiro uma boa cachaça do que um whisky ruim. – Elevou o copo para brindar. – Mas vamos cortar a conversinha e me digam o que tem.

Passou a mão num painel e apareceu uma projeção holográfica com todo sistema tático de Ugor.

– Isso é para vocês saberem que não esconderei nada. Só quero saber o que a Olaf está conversando com Barbien para ver o que me espera.

***


Nota: Como prometido pessoal! Capítulo extra em dia.

Beijão 



Notas:



O que achou deste história?

6 Respostas para Capítulo 44 – Manobras e guerra

  1. U.U adorei o capítulo extra , Brid e a orelhinha são umas taradas kkkkk perto de uma guerra e elas foram furunfar ?? fãs delas. Humm a tenente achou Brid fascinante hein ??? hahaha Se fosse a orelhinha ficava de olho.
    Ansiosa para o que vai acontecer nessa reunião tão esperada . Muito foda o capítulo Bivard. Um xero bem grande. ?

    • Oi, Flavinha! rsrs
      Fiquei feliz de postar também.
      Sabe como é. Tinham que esperar, mais nada para fazer… Poderiam ler um livro, eu sei, mas nada melhor do que resolver seus problemas relaxando, né? rsrsr
      Olha, essa tenente-brigadeiro ugoriana tem umas coisinhas para revelar. rsrsrs Só digo isso. rsr
      Obrigadão, Flavinha!
      Um beijo grande e um xero pra ti!

  2. Capítulo extra!!??

    Carol sua linda ???

    Estão chegando perto, será que vai ter guerra mesmo?? A Decrux cada vez mais esperta né? Rsrsrr

    Estou em cólicas aqui, cada dia mais e mais curiosa rsrss
    Quero só ver o que vai dá essa reunião da Helga com o presidente de Ugor

    Abrs ?

    • Oi Lins!
      Se vai ter guerra? Olha, acho que a panela de pressão tá apitando. rsrs
      Calma que essa curiosidade em breve vai ser assassinada. rsrs
      Obrigadão, Lins! Capouco entra outro! rs
      Um beijo grande para você!

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