O Coração de Freya

Capítulo 42 – Confusão no paraíso

Capa: Tattah Nascimento

Revisão: Isie Lobo e Nefer

Texto: Carolina Bivard


Capítulo 42 – Confusão no paraíso

Aquele planeta era um paraíso fiscal e não estava dentro do espaço delimitado. A nave auxiliar conseguiu atracar no hangar-espaçoporto sem problemas, pois naves da República não eram mapeadas naquele lugar. Helga e Bridget passaram pela alfândega com “plates” falsos de identificação. A Olaf já estava transmutada na imagem de Andros e a comandante assumira o rosto com uma máscara polarizada de uma mulher chamada Trícia, que sempre acompanhava Andros, quando ia ao planeta. Alugaram um esquife flutuante. Este transporte era perfeito para chegarem ao destino. Eles se deslocavam em corredores que cruzavam toda a cidade.

Pararam em frente ao banco e colocaram o esquife em um corredor alternativo que levava a um estacionamento público. Saíram do transporte e caminharam até a entrada. Helga, transmutada de Andros, abriu a porta do banco, deixando Bridget passar. Esperavam que apenas o rosto, peruca e roupas parecidas com a tal de Trícia, não levantassem suspeitas.

– Não exagera, Helga. Andros não é nem um pouquinho cavalheiro.

Bridget sussurrou num tom, quase inaudível e recebeu um olhar de desculpas da Olaf.

– Aqui a gente se separa. Vou espera-la naquelas poltronas dali no saguão. – Apontou a direção. – Fique calma, pois o fato de trocarem o cofre particular dos clientes de lugar constantemente, foi uma coisa boa para nós.

– Eu sei. Por isso estou com meu nervosismo mais controlado. Só quando fizerem a minha identificação é que saberei onde é o cofre. Meu problema é com o mapeamento do perfil de movimento de corpo.

– Acho que a placa de carbono para reestruturação óssea na sua perna, conseguirá burlar isso. Insira o dado na segurança. E… Sinto muito pela medida extrema. Vocês estão chateadas comigo, contudo fiz para que nada grave pudesse acontecer a você.

Bridget se desculpava com a Olaf, que estava com raiva da comandante, por feri-la daquela forma. Algumas horas antes de descerem no planeta, fizeram testes de reconhecimento de movimento com o andar da Olaf, como se fosse o Andros e todos foram rejeitados pelo sistema de simulação. Faltavam poucos minutos para descerem e Bridget, sem pensar muito, e no desespero, sacou a arma e atirou na perna da Olaf. Correram com ela para o centro médico, para reconstrução do tecido e colocar uma placa de carbono no osso da perna, que havia fraturado em vários pedaços. Kara, Decrux e Helga, não estavam falando com a comandante pela atitude que ela teve.

– É, mas podia me avisar para que eu pudesse me preparar. De qualquer forma, você não pensou na minha capacidade regenerativa.

– Pensei sim. Sei que quando está transmutada não regenera na mesma velocidade. Agora vá. Podemos levantar suspeitas paradas aqui, conversando.

A Olaf se virou, sem se despedir da comandante. Ainda estava com muita raiva. Foi até a tela e inseriu dados de Andros. Um comando para que aproximasse o rosto da tela surgiu e a “Olaf-Andros” aproximou o rosto, permitindo o escaneamento da íris. O painel liberou para outras funções e ela “setou” parâmetros da lesão da perna no controle de segurança. O painel avisou para que ela esperasse a equipe de segurança.

Helga não contava com essa diretriz. A pulsação acelerou e ela tentou se acalmar. Escutou um “click” em seu ponto de transmissão, que fora implantado no canal auditivo, com um material coloidal de difícil detecção.

– Fica calma, amor. Eles devem verificar a informação. Escanearão você e, se a lesão estiver aí, liberarão sua entrada.

Decrux falou com segurança e a Olaf, quando a escutou falar, acalmou-se um pouco. A voz da IA parecia estar em sua mente e saber que Decrux estava lhe monitorando, deu-lhe a tranquilidade de que precisava. A equipe de segurança chegou e, além de escanear a perna dela, alguns agentes abordaram Bridget-Trícia.

– Identidade, por favor?

Um dos agentes falou diretamente para ela, estendendo a mão para que ela desse seu plate de identificação. Bridget levantou da poltrona, numa postura largada e com um gingado do quadril, mascando um chiclete, os encarou debochada. Colocou a mão na bolsa que estava pendurada no ombro, pegou o plate e colocou sobre a mão do homem, displicente.

– Por que essa palhaçada, hoje? Andros não vai gostar disso. Vai tirar tudo que tem daqui, só por causa dessa porcaria que estão fazendo. Vai encerrar a conta dele!

Provocou, com uma voz irritante e um gingado malandro no tom. Vestira-se de acordo com vestimentas no estilo que a acompanhante de Andros usava. Uma calça apertada de aparência barata, uma blusa vermelha colada, com avantajado decote que deixava ver parte dos seios. A máscara polarizada com a fisionomia da mulher, que costumeiramente acompanhava o mercenário, foi adornada com uma maquiagem pesada, fechando a caracterização de seu personagem.

– É o procedimento, senhora.

O homem respondeu, sem lhe dar muita importância. Depois de verificar a identificação, devolveu o plate e saíram, sem dirigirem qualquer palavra a mais para a mulher. Ela pegou o objeto, colocou na bolsa e se jogou de forma largada sobre a poltrona.

Apesar da encenação, Bridget não deixara de observar Helga pela sua visão periférica. Viu a equipe se juntar a outra, que permanecera com ela e imediatamente ordenou a Decrux, falando baixo.

– Abra o canal para eu escutar o que estão falando com ela, Decrux.

– Não acho que seja…

– … Faça, Decrux.

– É perigoso.

– É perigoso para ela, se não soubermos o que está ocorrendo. Quer deixa-la vulnerável e sozinha?

Bridget sabia que a IA estava com raiva e sabia, também, que poderia ordená-la e ela não poderia contestar, pelas suas diretrizes de segurança. No entanto, não queria exercer este tipo de poder sobre a IA. Não mais. Ela era uma pessoa importante para a comandante. Apelou para o discernimento analítico que sabia que a IA faria; comparações estatísticas e analise em percentuais. Decrux abriu o canal.

“- … são procedimentos, senhor.

– Como posso me assegurar? Vocês me acompanharão e verão onde tenho meu cofre. Eu escolhi este banco, exatamente, por não existir qualquer contato de humanos com a localização do meu cofre.

– Deve nos desculpar, mas são os procedimentos de segurança da guarda de seus valores. Não podemos analisar seus movimentos com a lesão que tem na perna e devemos acompanhar a abertura do cofre, pelo escaneamento de digitais, retina e análise de DNA.”

Helga se deixou ser conduzida por uma porta, e sumiu.

– Por favor, Brid, diga que tem alguma ideia! Sabe que se ela fizer análise de DNA não passará. Apesar de assumir características do DNA do “espelho”, ainda assim há diferenças no DNA dela.

Kara suplicou, através do comunicador.

– Helga, se estiver me ouvindo, pigarreie.

Bridget pediu e todas escutaram um pigarro rouco.

– Ela está com medo, Brid. A frequência cardíaca está acelerada.

Decrux informou para Bridget, fechando seu canal de comunicação para que a Olaf não escutasse.

– Helga, assim que escanearem sua íris e suas digitais, pouco antes de perfurarem seu dedo, desmaie. Não me questione. Apenas simule um desmaio e quando a socorrerem e voltar à consciência, diga que tem síncope vasovagal. Demonstre irritação pelo constrangimento que fizeram você passar. – Bridget deu uma pequena pausa, raciocinando os acontecimentos. – Debata-se e grite. Demonstre muita contrariedade e não deixe que extraiam seu sangue. Eles terão duas saídas: a primeira é conceder a você que pegue os pertences e a outra, recusarem e liberarem você. Pigarreie uma vez se está de acordo. Se não estiver de acordo, pigarreie duas vezes e vou até aí tirá-la.

Houve um longo silêncio. Decrux entrou na transmissão, tentando acalmá-la.

– Amor, você não tem que se colocar em perigo. Essa sugestão de Brid tem 62,7% de chances deles permitirem seu acesso, contra 37,2% deles liberarem você sem permitirem a retirada dos pertences. Apenas 0,1% de você ser presa. Se não quiser, mesmo assim, eu sei que Bridget arrebentaria tudo e tiraria você. Qualquer escolha que fizer, você sairá. Se nenhuma delas te satisfizer, não faça nada e permita que tirem seu sangue e a prendam. Tenha certeza que eu irei onde a levarem e a resgatarei.

Escutaram um pigarro. Bridget inspirou fundo e relaxou na poltrona, novamente. Escutaram toda a movimentação e quando foram retirar o sangue, escutaram um baque surdo e várias pessoas falando ao redor. Alguém comandou para que chamassem a equipe médica. Um tempo depois, escutaram a voz de “Andros” reclamando com indignação e acusando o banco de constrangimento. Falando da sua síncope e dizendo que o banco pagaria caro pelo que ele estava passando.

O nervosismo não deixava que elas relaxassem, embora Bridget simulasse muito bem, os gestos e as expressões de uma mulher entediada à espera de seu parceiro. Tempos depois, “Andros-Helga” saía escoltado e ainda reclamando pelo tratamento dado a ele. Bridget se levantou e foi em direção ao “homem” e se jogou nos braços “dele”.

– O que esses idiotas fizeram, meu amor?

Bridget falou com a voz languida e beijou os lábios do suposto mercenário.

– Vamos embora! Já estou cheio disso!

Reclamou e saíram. Pegaram o esquife, ainda abraçados, demonstrando contrariedade em seus rostos. A maleta estava segura na mão de Helga. Chegaram ao aeroporto e passaram pela alfândega. Entraram na nave auxiliar, esperando liberação e assim que alçaram voo, finalmente Helga falou.

– Obrigada por me orientar, eu estava apavorada. – Passou as mãos pelo pescoço. – Mas não precisava me beijar.

Bridget riu de lado, mas retrucou.

– Desculpa, Helga, mas precisava sim. Também não gostei de beijar essa boca parecida com o asqueroso do Andros. Se você pensar direitinho, eu estava mais em desvantagem do que você.

– E por que precisava me beijar?

– Porque, se não reparou, todos os vídeos que vimos de Andros quando foi naquele banco, tinha esta mesma mulher e, antes de saírem do banco, ela o enlaçava pelo pescoço e o beijava.

– Está querendo dizer que esta era mais uma senha de segurança para a saída do banco?

– Eu não tenho certeza, mas acredito que sim, senão Andros não viria acompanhado sempre com aquela mulher e, ela não o agarrava e beijava sempre, antes de saírem do banco. Ele não tem uma mulher fixa. Sabemos que ele prefere sair com prostitutas. Fui treinada para perceber detalhes. Até nos formarmos oficiais e assumir um posto na área que a gente faz nossa graduação, somos treinados para segurança e táticas militares.

Chegaram à nave e Decrux se jogou nos braços da Olaf, assim que elas saíram da área de embarque. Desta vez a IA não a beijou e ficou ali, abraçada e calada. Kara observava de longe. Não se aproximou e olhava a tudo com o semblante pesado. Não se dirigiu a Bridget. A comandante tomou um alento e começou a caminhar em direção ao seu alojamento. Sabia que a decisão que tomara, antes de descerem para o planeta, faria aquela bagunça entre elas.

Helga desalojou-se dos braços de Decrux e olhou a comandante desaparecer no corredor. Encarou a ex-cunhada e amiga.

– Ela, às vezes, tem atitudes extremadas, mas agora eu agradeço pelo que fez. Eu não teria chances se passasse pela análise de movimentos. Eu não estaria aqui.

– Não a desculpe, Helga. – Kara respondeu irritada. – Ela sacou a arma, do nada, e atirou em você sem falar para nós.

– Pense, Kara. Se ela falasse, nós aceitaríamos que ela fizesse? – Decrux intercedeu. – Eu posso amar a Helga, ter meus protocolos de segurança para não desobedecer Brid e tenho minhas diretrizes de IA desta nave, também. Não pense que não é conflituoso, pois eu posso me arrebentar de raiva, por ver Helga ferida e sangrando, daquele jeito que vimos, e mesmo assim posso parametrizar a ação de Brid e dizer que ela estava correta em 89,4% do que ela executou. Quer algo mais angustiante do que isso?

– A verdade, Kara, é que, apesar de me sentir usada e ultrajada, por ela ter atirado em mim, entendi perfeitamente a atitude e decisão dela. – Helga riu, desconcertada. – Quer dizer, entendi depois que estava lá dentro. Eu poderia estar presa a esta hora, ou então, nós poderíamos ter desistido de tudo e não teríamos como provar nada. Mesmo que conseguíssemos nos afastar dessa confusão toda e tentar unir os freynianos naquele planeta, não teríamos respaldo legal e nem apoio de governos para convocar nosso povo, que hoje habita o espaço delimitado da República e Cursaz.

Kara suspirou, fechando os olhos fortemente, deixando uma lágrima escorrer por seus olhos.

– Ela tomou uma decisão por nós. Foi arbitrária.

A engenheira-médica falou engolindo a saliva, pelo tanto que segurava do choro. A imagem da namorada sacando a arma, sem mais nem menos, atirando na perna da Olaf e depois, a fala seca, dizendo que essa era a saída e que fez porque não havia outra alternativa, não saía da mente de Kara.

– Ela foi fria. Não hesitou um minuto e a expressão dela era… era… Droga! Ela não parecia ser ela!

– Ela tomou uma decisão que sabia que não tínhamos condições de fazer. E tem mais, se você tomasse uma decisão como essa, não acha que tentaria se proteger dos próprios sentimentos? – Helga retrucou. – Estou viva, regenerando, não ficarão sequelas e temos tudo de Andros. Podemos seguir em frente pela decisão louca que ela tomou. Isso é um fato.

– A gente vai ter que conversar sobre isso.

Quando Kara falou, trazia na face desconsolo e sofrimento.

– Você só vai arrumar mais briga com ela se for confrontá-la agora. Ela tentará se proteger e, quando ela faz isso, bem, ela responde com agressividade. – Completou, Decrux.

Kara passou a mão pelos cabelos e engoliu em seco.

– Então acho que não é hora para a gente se encontrar. Eu tô muito puta com ela e não só pela atitude que ela tomou. Eu também tô puta pela frieza que ela mostrou. Parece que para ela foi nada, aquilo que fez. Eu vou para o meu alojamento.

– Kara…

A engenheira-médica fez um gesto com a mão e saiu, deixando a IA e a Olaf sozinhas.

***

– Permissão para me aglutinar.   

Bridget estava lendo em sua poltrona, quando escutou a voz da amiga pelo comunicador de seu quarto.

– Como se você pedisse sempre para fazer isso.

Falou com um tom cansado, vendo a IA se aglutinar na frente dela. Retornou os olhos para o tablet, mantendo-os baixos, sem encará-la e, por fim, perguntou:

– Você não devia desaglutinar. Não foi isso que Kara falou para você?

– Eu não estava desaglutinada. Só fiz para entrar no quarto e eu conheço você. Se eu chamasse pelo receptor de entrada, você não abriria a boca, nem pra autorizar a minha entrada no quarto.

– Eu abri a minha boca para autorizar você se aglutinar?

A IA sacudiu a cabeça impaciente. Não estava com humor para discussões. Ela conhecia Bridget, mais do que ninguém, e sabia que a comandante estava arrasada com tudo que aconteceu, mas não daria o braço a torcer. Decrux ainda estava chateada com ela, por conta do que fizera com a sua namorada, no entanto, não podia negar que ela fizera para proteger Helga, mesmo que a ação tivesse sido radical para os padrões de todas. Sentou-se numa poltrona.

– Brid, eu já superei e Helga também. Tudo bem que você poderia ter falado conosco sobre o que faria, mas sei também que talvez não concordássemos colocando tudo a perder. De qualquer forma, você precisa confiar nas pessoas que estão com você.

– Helga seria presa se insistisse em ir ao banco daquele jeito e você sabe que ela não desistiria. Estaria enormemente fodida a essa hora. A gente não sabe se conseguiria tirá-la de onde quer que a levassem.

– Olha, eu sei disso. Agora eu sei, mas não esqueça que estou me adaptando ainda a essa revolução de emoções que tem dentro de mim. Helga também sabe, mas você assustou Kara como o inferno. Ela tá lá confinada no alojamento dela, você aqui e estamos há horas paradas.

– O que quer que eu faça? Vá lá e me desculpe por algo que livrou a amada Olaf dela da cadeia? Desculpa, Decrux, mas não farei isso por algo que foi o certo a se fazer. Eu assumo as consequências.

– Porra! Vocês são duas idiotas! E não fale de Helga assim, com esse desprezo. Você tá falando de uma pessoa maravilhosa e que eu amo!

Decrux gritou, levando Bridget a olhá-la etada. Estreitou o olhar e de repente, começou a rir.

– Do que você está rindo?

– Tô rindo porque sempre me irritei com você, quando a gente discutia e eu perdia a cabeça, e você, retrucava num tom calmo e seguro. Eu detestava isso e olha só agora! Você gritou comigo.

Voltou a rir com mais intensidade, levando a IA se acalmar e sentar na poltrona novamente, juntando-se ao riso da outra.

– Você é uma babaca, Brid. – Sorriu e logo emendou. – Você desejou que eu fosse mais passional, agora vai ter que aguentar.

– Pode deixar, eu aguento. – Bridget devolveu o sorriso para a amiga.

– Eu não vou insistir para você falar com Kara. Isso é uma coisa de vocês.  Só que a gente tem que se reunir e traçar nossa rota e planos, então vou esperar vocês na sala de reuniões daqui a meia hora.

Bridget, apesar de querer se largar na cama pelas próximas horas, meneou a cabeça em aceitação. Fechou os olhos, momentaneamente, pensando se falaria para Decrux outra coisa que a incomodava e que estava balançando a relação dela com Kara.

– A chateação de Kara não é apenas pelo que ocorreu com Helga.

– Do que está falando?

– A gente já estava com um certo probleminha, aí.

– Olha, desde que vocês começaram, eu bloqueio meu acesso em relação às conversas de vocês, então se não me disser o que é, não tenho como ajudar.

– Digamos que ela tem “mudado” todas as vezes que a gente transa. Não é por nada, mas vamos combinar que eu gosto de mulher com tudo que tem direito. Comecei a me relacionar com ela, sabendo que ela tinha essa questão, ou diferença, que seja, mas tanto você, como ela e até Helga, me asseguraram que a mudança era algo que não ocorria sempre. Só que está acontecendo toda a hora.

Decrux avaliou o que Bridget falara e por fim, colocou a mão na perna da comandante e amiga, falando:

– Estamos passando por momentos de tensão e isso é um fator que também altera a fisiologia freyniana. Certamente, as coisas voltarão ao normal, depois que resolvermos isso.

– Helga tem mudado sempre?

– Brid, você não pode comparar a sua apreciação sexual com a minha. Eu nunca tinha tido um relacionamento sexual antes e não esqueça que eu tenho várias culturas assimiladas por conta do que sou. Quando me relacionei com Helga, foi uma descoberta e gostei de tudo que veio com ela. Independente se Helga muda ou não, eu gosto. Vocês brigaram por isso?

– Não. Não nos falamos, mas acho que da última vez, ela sentiu que esfriei, lá na hora.

– Entendo. Vocês têm mania de não falar o que incomoda.

– Não sou de “DR”, falou!

– Não é uma questão de “DR”, mas a coisa fica no ar. De qualquer jeito, agora tudo vai acontecer muito rápido e acho que isso vai ficar para vocês resolverem mais tarde.

– É, está certa. Vou tomar um banho e vou para a sala de reunião.

– Então já vou. Helga está falando com Kara e marcando com ela também.


Nota: Em dia pessoal! Agora o bicho vai pegar e não demorará muito. Mais algumas semanas e chegaremos ao final dessa aventura!

 



Notas:



O que achou deste história?

12 Respostas para Capítulo 42 – Confusão no paraíso

  1. Depois de tudo oq passaram achei que a Brid levaria mais em conta a galera que ta com ela. Mesmo tudo dando certo no fim, não esperava uma atitude dessas.

  2. Armaria quanta tensao. É… Nem tudo sao flores , situações extremes pedem medidas desesperadas, Brid foi foda nos dois sentido.
    Cara Brid estar sendo uma babaca com orelhinha, em vez de conversar sobre o que incomoda , até para entender a fisiologia dos freyanos prefere ficar com a teimosia dela , comandante cabeçao.
    Muito foda o capítulo Bivard, ansiosa pra ler o próximo.
    Xero bem grande
    PS: sobre sua tpm sei bem como é kkkk sou do mesmo jeito hahaha minha bela sofre comigo Nessa fase hahahaha

    • Oi, Flavinha! Como você está?
      Na vida dessas mulheres as flores são raras! rsrs Mas quando florescem são lindas também. rsrs
      É, a Brid é meio teimosa mesmo, e a personalidade dela leva a uma objetividade que às vezes não ajuda no lado pessoal.
      Soltarei um extra para compensar vocês pelo atraso. rs
      Obrigada, Flavinha!
      Um beijo e um xero pra ti!

  3. Brid deu um tiro em Helga?? ??
    Atitude extrema. Nao deve ter sido facil para ela tomar essa decisão. Mas, pelo menos agora elas estão com as provas, e que bom que Helga e Decrux compreenderam o motivo que levou Brid cometer tal ato. E que tenso o momento delas naquele banco, ufa!
    Kara é um serzinho lindo e sensível. Ficou assustada em ver a mulher a qual nutre sentimentos agir de forma tão cruel e ainda mais com alguem a qual ela tem carinho. Isso juntando ao fato de talvez estar se sentindo culpada por transmutar com frequência e com isso deixar Brid desconfortável na relação.
    Situação complicada, que requer muito diálogo. Tudo bem que aguentar um ? em toda relação não deve ser muito agradável, cá entre nós, mas… Brid está precisando pegar umas aulas de compreensão com Decrux.

    Ah não, Carol! Que negócio é esse de dizer que daqui a pouco a historia chega em seu final? Gostei não!

    Beijo, e que tal um extra? Ein? ?

    • Oi, Fabi!
      Sim, a Brid deu um tiro na Helga na perna. rsrsr
      A Helga ficou chateada também, assim como Decrux, mas pelo que passaram no banco, elas acabaram compreendendo. A Kara que não encarou muito de boa, pois ela viu uma personalidade fria e calculista de sua namorada que ainda não havia se deparado. E é verdade o que você falou. Kara está começando a desestabilizar com tudo que sofreu e com a situação que elas passam.
      Veremos como a coisa desenrolará.
      Infelizmente as coisas estão chegando no ponto em que tudo se movimentou para acontecer…
      Demorei um pouco a postar, mas virá um capítulo extra pra compensar, ok? rs
      Um grande beijo para você e Obrigada, Fabi!

  4. Caramba quanta tensão, todas nervosas. Vários problemas para serem resolvidos. Que bom que conseguiram as provas. Já quero o próximo! ?

    Abrs ?

  5. Nossa muita confusão e ainda vem mais por aí né?! Rssssssssss
    Bom espero que a Brid e Kara façam as pazes logo, Brid fez o certo ela é a melhor comandante que uma tripulação pode querer ❤.
    Bjinhos Carol e ansiosa pelo próximo capítulo, pena que já tá chegando no final…

    • Tudo bem, Marcela?
      Você gosta de uma ação, não gosta? rsrsr
      A Brid é boa no que faz mesmo, mas nem sempre agrada todo mundo. (Principalmente que leva um tiro, ou quem é amiga de quem levou o tiro he he he).
      Essa semana solto um extra para compensar o atraso, ok?!
      Um beijo grande!

    • AMO ação rssssssssss.
      Ansiosa para o próximo capítulo, mas não quero que acabe a história ainda ?. Abraços.

  6. Que monte de confusão, meu Deus! Loucura total! Nem sei o que dizer, pois assim com elas, eu também não esperava a atitude da Brid…
    É, na urgência, atitudes extremas acabam sendo tomadas.
    Espero que ela e a Kara fiquem bem. E que elas consigam sair dessa enrascada!
    Obrigada, Carol! Adorando a saga!

    • Oi, Naty!
      Como você disse; na urgência, medidas desesperadas! rsrs
      A Brid é prática e tem experiência nas tramoias. rs Já participou de guerra e conviveu intensamente na nave dos pais dela, que atuavam pela Republica e tinham seus segredinhos. rs Muitas vezes não parece, mas ela vê as possibilidades do que dá certo, ou não.
      Obrigada, Naty!
      Um beijão para você!

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