Capa: Tattah Nascimento>
Revisão: Isie Lobo e Nefer>
Texto: Carolina Bivard>
– Vamos.>
– Para onde, senhora?>
A comandante, assim que atracou em Virgo, procurou a engenheira e a chamou para acompanha-la. Dispensara Oton, com a desculpa de que a tripulação precisava espairecer e que ele fizesse o mesmo. Não lhe falara sobre a conversa com Kara, dizendo apenas que a elegeu, temporariamente, chefe da engenharia. Disse-lhe que sairia com ela para comprar peças de reposição para a nave. A freyniana, por sua vez, estava tensa. Haviam discutido e a comandante não lhe falara mais nada, pedindo apenas que a acompanhasse. Por fim, depois de alguns passos em direção à saída da nave, Bridget explicou.>
– Você está substituindo o meu engenheiro chefe. Sairemos para comprar peças de reposição e preciso de seus conhecimentos técnicos.>
Adiantou-se no passo, sendo seguida pela engenheira. Desembarcaram e chegaram ao posto alfandegário. Segurou Kara pelo braço e colocou-a na sua frente. A fila era pequena e quando o policial da alfandega estendeu o tablet para validar a identidade, Kara não estendeu a mão.>
– Eu não tenho identidade válida, sou freyniana.>
Falou com o tom de voz baixo, se explicando, sabendo que não necessitava. Suas características físicas denunciavam a sua origem. No entanto, já passara, muitas vezes, por aquela situação. Alguns policiais alfandegários costumavam fazer este tipo de abordagem, só para se divertirem. Bastava que eles pedissem o contrato de trabalho, para deixa-la entrar na estação.>
– Então, não posso deixa-la passar. – O guarda retrucou, com um sorriso sardônico no rosto.>
– Ah, você pode sim.>
Afirmou Bridget, logo atrás de Kara. Estendeu a mão e posicionou no tablet, sem que o homem pedisse, e logo apareceu a identidade da comandante. Ela tinha passe livre em qualquer estação e em todos os planetas da República. Um privilégio concedido pelos serviços prestados.>
– Enquanto a República não resolver este “assunto”, ela pode entrar em todas as estações, se tiver empregada legalmente.>
O sorriso do policial morreu no rosto, que assumiu um tom avermelhado. Engoliu a outra “gracinha” que falaria para a freyniana e perguntou arrogante.>
– Tem o contrato de trabalho?>
Kara colocou a mão no bolso e retirou um pequeno “plate” e entregou ao homem. Ele fez a leitura e observou os termos do contrato. Ela estava legal.>
– A senhorita Lucrétia será sua responsabilidade, enquanto estiver na estação, comandante.>
– Estamos liberadas? – Perguntou ao homem, petulante.>
– Estão.>
Depois que entraram, caminharam na direção da área comercial.>
– Você sabe fazer amigos.>
– Não diga que não gostou de vê-lo morder a língua, porque sei que gostou.>
Kara baixou a cabeça e sorriu de leve. Sim, ela tinha gostado muito e mais ainda por ter se surpreendido, positivamente, com a reação da comandante.>
Bridget era uma mulher que havia percorrido muitos lugares. No entanto, a proximidade da freyniana deu-lhe vontade de reparar, com detalhes, as feições daquele povo. Eram harmônicas e delicadas, de uma forma diferente. Os traços, um tanto quanto andróginos, conferiam um aspecto quase angelical. As orelhas, levemente longilíneas, casavam perfeitamente com o rosto ligeiramente afilado. Sentiu-se secretamente satisfeita por ter proporcionado um sorriso àquela mulher.>
– Venha por aqui. – Bridget a chamou, virando em um corredor.>
– Eu conheço esta estação. A venda de peças é na direção norte.>
– Eu disse que precisava de seus conhecimentos técnicos, mas não vamos comprar apenas peças de reposição.>
Bridget se adiantou no passo, fechando o cenho e dando o assunto por encerrado. Kara pensou que os minutos de paz foram prazerosos, porém breves.>
***>
Retornaram à nave e depois que guardaram os equipamentos na sala que Bridget havia indicado no setor de carga, Kara saiu sem se despedir e ganhou o corredor da ala dos alojamentos. Estava furiosa e irritada. Sentia-se usada. Digitou a senha e a porta de seu quarto abriu. Viu que a comandante a seguira e se aproximava. Tentou entrar rápido, mas não conseguiu a tempo.>
– O que há agora? Eu pedi a sua discrição e você prometeu que o faria. O que há de errado?>
Perguntou Bridget, segurando a porta para que não fechasse, entrando logo atrás da engenheira. Soltou a porta, permitindo que ela trancasse.>
– Você me usou, comandante. Isto é o que há de errado. Eu prometi porque já estávamos praticamente de frente para os contrabandistas. Posso ser uma proscrita, mas não sou delinquente. Nunca fiz nada fora da lei em minha vida!>
– Você acha que sou idiota? Eu fui oficial da República e sei muito bem que Freya utilizava estas armas de defesa. A maior tecnologia de ampolas negativas veio de Freya.>
– Ah, então é isso? Pois se foi uma oficial da República, deveria saber que Freya tinha sua própria lei, por ser independente, só que o planeta não existe mais. Estamos sob a lei da República, senhora. E aqui, essas armas são ilegais!>
Kara falava enfática. Tinha consciência que aquela atitude poderia fazer com que perdesse o emprego, porém odiava ser usada, principalmente para algo contra a lei.>
– Eu não te usei. – Bridget encarou os olhos furiosos da engenheira. – Eu as compraria com ou sem você, mas poderia errar na compra. Demoraria a estudar sobre elas e, talvez, só as comprasse na próxima parada que fizesse. Só que aqueles piratas poderão nos abordar, novamente. Não quero que mais ninguém desta nave morra, por ter aceitado um trabalho que julguei ser comum.>
– Como assim, um trabalho que julgou ser comum? Estamos fazendo um transporte de ensaios, como já fizemos outras vezes.>
– Esse é o problema. Pensei que fossem ensaios comuns de laboratório. Mas diante do que sofremos, não sei mais…>
– Está querendo dizer que o contratante enganou você?>
– Não sei se enganou, mas certamente existem informantes de onde veio o contrato. Acha que mercenários abordam uma nave-cargueiro, sem saber o que estão transportando? Eu poderia ter palha para cavalo, dentro do meu depósito de carga, destinada às fazendas de Tóra. Raramente vemos piratas por aqui. Há uma vigilância grande da segurança da República e eles só arriscam quando sabem que a carga é valiosa.>
Um silêncio desconfortável se fez entre as duas. Ambas avaliavam o que a outra pensava, até que Kara se pronunciou.>
– Mesmo assim, você me usou. Entendo as suas razões, mas não aceito ter servido de “mula” para você, sem saber o que estava acontecendo. A idiota aqui… – lançou os braços para o alto e deixou cair ao lado do corpo. – uma mulher sem identidade que se fosse presa, ninguém se incomodaria.>
– Acha que eu te levei por isso? Jamal trabalhava comigo há quatro anos e Oton há seis e, também vem de um planeta que foi destruído na guerra. Você, pelo que soube… – riu debochada. – … trabalha para mim há dois anos e só não lhe conheço porque você se escondeu. Isso me enfurece também, mas nem por isso faria algo assim. Você deve me conhecer melhor do que eu a você. Deve ter analisado um pouco de mim, nesse tempo.>
– Eu não me importava em conhecer ninguém. Aprendi com os anos que, quanto mais me fizer invisível, melhor para minha sobrevivência. Não queira comparar o oficial Oton comigo. Ele tem uma identidade, não tem? Por que acha que a República nunca nos concedeu esse benefício?>
– Eu não sei! Por que vocês se espalharam e não se fixaram? Etnia diferenciada não é motivo.>
Kara soltou uma gargalhada, balançando a cabeça. Chegou à conclusão de que Bridget não tivera a intenção de lhe usar no sentido que pensara.>
– Tudo bem, comandante. Eu acredito em você. Não vamos mais discutir isso. O que quer fazer com essas armas? Quer que eu as instale?>
– Ei! Eu perdi alguma coisa? Por que a mudança de assunto? Por que a República não identificou vocês?>
Kara fechou os olhos. Tudo que fez para fugir dessas perguntas estava escoando ralo abaixo. Sabia que havia perdido a razão, no momento em que virou as costas para a comandante e a deixou falando sozinha. Mas ela vivera tanto tempo só, que perdera um pouco do tato social. O que falaria? Estava cansada desses jogos de esconde. Não tinha mais contato estreito com alguém de sua espécie e quiçá, um dia voltaria a ter.>
– Você me viu na sala da engenharia consertando o núcleo, não viu? Viu com que trajes eu trabalhava?>
– Sim, eu vi. Um macacão de manutenção comum, e daí? Muitos planetas fazem modificação genética para a população suportar níveis altos de radiação.>
– Eu não fiz modificação genética, comandante. Nós freynianos somos uma espécie diferente de vocês.>
– Diferente? Diferente, como?>
– Temos compatibilidade. Podemos até nos casar e nos reproduzir com vocês, mas nosso código genético é diferente. A República não consegue fazer um mapeamento do nosso DNA. Por isso não fomos identificados. Pronto. – Kara apoiou as mãos nos quadris, impaciente. – Agora já sabe. Se quiser, pode me deixar no próximo planeta de fronteira aberta.>
– Do que está falando? Olha, – a comandante sacudiu a cabeça para ear o eto do rosto – eu posso ter sido pega desprevenida, mas isso não influencia, em nada, a minha opinião e minha posição. Você poderia ser uma “panthinea” e em nada mudaria, a não ser que fosse desleal a essa nave. Eu quero que se dane, se você é de uma espécie diferente. Entendeu, bem?>
Kara inspirou e deixou seu corpo cair na cama, sentada. Ficara aliviada por ter contado seu segredo e gostara da reação da comandante, mas isso não lhe tirava o peso dos ombros.>
– Eu agradeço, com sinceridade, comandante…>
– … Brid. Pode me chamar de Brid… quer dizer, quando estivermos conversando sozinhas, afinal, você agora é minha oficial da engenharia. – Bridget retrucou, um pouco constrangida.>
– Então, Brid, – a freyniana abriu um pequeno e sincero sorriso – você pode não se importar, mas não é o que todos pensam. As pessoas têm medo.>
– O que quer fazer?>
– Agradeceria se não contasse a ninguém, já que vou permanecer na nave. Apesar da aparência ser bem similar, só o fato das pessoas saberem que somos de outra espécie, cria conflitos.>
– Tudo bem. Mas o novo médico terá que saber. Aliás, não sei como passou dois anos sem periódicos, o que me faz irritar novamente. Meus tripulantes escondiam coisas de mim.>
– Não. Não escondiam. Eu trazia meus periódicos de médicos das estações, quando desembarcava… na verdade, só trazia os laudos.>
– Mesmo assim, se algo acontecer com você embarcada…>
– … Eu sou médica.>
– Impossível. Se você é engenheira espacial, levou…>
– … Tínhamos uma tecnologia de implante para aprendizagem. – Kara interrompeu, novamente, a comandante para se explicar. – Implantávamos nano condutores com informações técnicas e fazíamos a faculdade apenas para estimular as transições e o raciocínio, com base nas informações implantadas. Precisei de dois anos para estimular as conexões dos conhecimentos na área da engenharia e mais dois para a medicina. Com vinte anos eu já era formada em engenharia, trabalhava e fazia a faculdade de medicina. Enfim. Olha, comandante…>
– …. Tudo bem.>
Foi a vez de Bridget a interromper, vendo o constrangimento aparente na postura de Kara. Percebia que ela estava se expondo mais do que gostaria.>
– Só não entendo porque deixaram que a Corporação acabasse com o seu planeta. Por que não revidaram?>
– Filosofia, talvez. – Kara sorriu, desalentada. – Tínhamos uma conduta séria com relação a armamentos. Nós desenvolvemos armas como as “Ampolas” em uma época em que nossa espécie acreditava ser o único meio para subsistir. Só que o que aconteceu conosco, há alguns séculos, e o que fizemos com outros planetas… – Kara encolheu os ombros, se retraindo.>
– A destruição de Aldebarã e Menisis.>
– Isso. Este fato mudou a nossa história e nossa forma de viver.>
– Mas vocês poderiam ter se defendido de Cursaz e seu planeta não seria destruído. – Bridget falou inconformada.>
– E todos se voltariam contra nós, por tomarem conhecimento da nossa capacidade bélica. A República, a Corporação… Seríamos destruídos de qualquer forma. A diferença é que seríamos os vilões e mataríamos por nada. Aprendemos isso a duras penas e há muito tempo atrás. Se tivéssemos contra-atacado, todos nos perseguiriam. Só não esperávamos que a Corporação tivesse aquela ação, impedindo a liberação do povo civil. Não achávamos que eles fariam o que fizeram. Erramos em acreditar nos acordos e em uma suposta ética.>
Bridget silenciou durante uns segundos, pensando em toda a conversa com aquela estranha mulher. Havia estudado a cultura de muitos povos, na faculdade e no curso de oficiais da República, mas existia pouca informação sobre Freya. Uma coisa era certa; eram considerados como um povo evoluído e que se esforçavam ao máximo para evitar conflitos. A guerra contra os planetas independentes foi instigada pela Corporação e isto todos sabiam. Mesmo que a Corporação Cursaz tenha armado para parecer o contrário, as evidências apontavam para eles.>
– Faremos o seguinte: Você será a minha oficial engenheira, se quiser. É um convite e não uma imposição. Não quero que ninguém permaneça aqui por obrigação.>
– E Max e Dagne?>
– Foram levados para o hospital da estação, não estão nada bem. Avisei seus familiares, que estão vindo para busca-los. Quando se recuperarem, eles poderão voltar, se quiserem. Prove a sua competência e depois veremos quem assume a engenharia definitivamente.>
– Não acha que está se arriscando comigo? Ter assumido numa situação em que todos estavam em risco é uma coisa, mas não sei se me aceitarão depois que tudo estiver estabilizado.>
– Disso, eu cuido. Talvez não tenha percebido, porque não interagia com o restante da tripulação, mas se é uma coisa que abomino, é discriminação e retaliação sem fundamento. Você conhece Caeté?>
– Não. Desculpa…>
– Como disse, você se apartou tanto, que não conhece, nem mesmo, os oficiais desta nave. Ela e a voz que escuta, eventualmente, em transmissões. É minha engenheira e operadora de comunicação. Caeté é Lithiana.>
Kara sorriu, embaraçada, abaixando a cabeça. Compreendeu, na mesma hora, o ponto de vista da comandante. Lithinus era um planeta conhecido por “exportar” prostitutas para bordeis de estações em toda a República. Boatos falavam que os homens Lithianos usavam mulheres como “reprodutoras” para gerar filhas e vende-las aos bordeis. Embora todos soubessem que a República não permitia a venda e o tráfico de humanos e, os bordeis utilizassem, na maioria, androides construídos especificamente para o prazer, esta lenda se mantinha. Mulheres também trabalhavam em bordeis e muitas vinham de Lithinus.>
– Entendi seu ponto de vista. Mesmo assim gostaria de ir com calma.>
– Certo. Faremos aos poucos.>
– E os equipamentos que compramos? Os escudos de diamante, podemos instalá-los imediatamente. Preciso de uma equipe com dez técnicos no hangar, caso queira viajar ainda hoje. Mas as Ampolas não poderemos instalá-las aqui. Se nos virem instalando armas, teríamos que registrá-las.>
– Não faremos a instalação delas aqui. Não tenho pressa e ninguém mais saberá sobre elas. Apenas eu e você.>
– Espere aí? Você quer que eu as instale sozinha? Isso levaria pelo menos uns três dias e…>
– Eu não quero que ninguém tenha a responsabilidade sobre isso. Como você disse, estou fazendo algo ilegal. O acionamento ficará em meu alojamento, num módulo à parte do sistema. Ela não será utilizada, a não ser numa situação extrema.>
– Mas eu saberei.>
– E eu faço um juramento de que nunca revelarei quem executou a instalação, nem sob tortura. Dou a minha palavra.>
– Tudo bem. Mesmo assim, teremos cerca de três dias e não poderemos executar na estação. Como vou instalar sem que ninguém desconfie?>
– Sobre isso, não se preocupe. Faremos a entrega de nossa encomenda, primeiro. Depois atracaremos em Anglada, onde é a nossa base. Eu dispensarei a tripulação, pois nosso próximo trabalho será em quinze dias. Depois veremos o que podemos fazer. Posso contar com você?>
Kara parou por instantes, antes de responder. Encarou a comandante, pensando que sua vida pacata estava a um passo de modificar. “E o que eu ganhei, até agora, com minha vida pacata?”>
– Aceito, mas eu cobrarei a sua promessa, comandante. – Estendeu a mão para selar o acordo.>
Bridget apertou a mão da freyniana, sorrindo. Encarou-a, e pode extrair um pouco mais daquele olhar tranquilo. Sentia uma estranha confiança, que não sabia de onde vinha.>
– Bom, então vamos convocar os técnicos e terminar o conserto de Decrux. Quero entregar a carga até amanhã.>
A comandante saiu do alojamento da engenheira, sentindo-se mais leve.>
Olá! Carolina! Amando sua nova história ansiosa pelos próximos capítulos! Bj!
Olá Carolina! Amando sua nova história ansiosa pelos próximos capítulos! Bjs!
Oi, Ale!
Legal, gosta de ficção-científica também? rs Bom, terá romance interespacial e aventuras rsrs
Obrigadão pelo comentário! Venha sempre que quiser deixar uma opinião a respeito da história!
Beijão
Olá curiosíssima com a história! Um dos gêneros que mais amo. Anciosa pela continuação!
Abrs ?
Oi, Lins! Tudo bem?
Então, eu adoro gênero de ficção-científica e também fantasia. Nem sempre escrevo, mas quando surge algo na minha cabeça que dá um caldo nessa área, quero logo colocar pra fora! Espero que a história te empolgue! Vou postar outro capítulo amanhã. rs Tenho tentado escrever para entrar toda terça-feira, ok? Se acaso conseguir adiantar mais, soltarei um capítulo extra. O problema é eu escrever e não voltar milhões de vezes para refazer uma parte ou outra. rsrs
Um beijão e Obrigada!
“As orelhas, levemente longilíneas, casavam perfeitamente com o rosto ligeiramente afilado.” >>> hummm essa Kara tá me lembrando uma certa fada, de nome Elora… *emoticon pensativo*
Que capítulo cheio de revelações, Carol. A história está cada vez mais instigante e eu só tenho uma queixa: uma atualização por semana é muito pouco, Bivard! Libera Freya com mais frequência, pôxa 🙁
Você pegou direitinho o sentido, Rocco. rsrs Imaginei o povo de Freya com a aparência parecida com os “elfos”, mas com as características mais suaves, não tão acentuada. As orelhas, longilíneas, mas não exatamente pontiagudas, rosto afiliado, entretanto suaves também. Passam por um humano típico se não forem observados diretamente.
Bom, quanto a questão da postagem de uma vez por semana, não prometo sempre, mas quem sabe não soltou um capítulo extra, de vez em quando. rsrs Pode deixar que vou dar um gás pra ver se na semana que vem solto dois caps. rsrs
Beijão, minha amiga! Brigadão!