O Coração de Freya

Capítulo 13 – Descontraindo

Capa: Tattah Nascimento

Revisão: Isie Lobo e Nefer

Texto: Carolina Bivard


 

Capítulo 13 – Descontraindo

– Vamos. – Voltou-se para Jokull. – Se livra dos corpos. Não voltarão aqui e eu não poderei ficar.

– Me perdoa, Brid.

Jokull pediu, envergonhado. Nunca pensou que um dia pudesse trair qualquer de seus amigos, mas quando viu sua família ameaçada, enlouqueceu.

– Perdoo se me prometer que falará comigo se algo mais ocorrer. Entenda que esses caras não têm nada a perder. Não tem moral nenhuma. A moral deles é o dinheiro. Agora temos que ir.

Bridget abraçou Loa e deu um beijo na cabeça de cada criança. Saiu pela porta sem olhar para o amigo. Helga foi em seu encalço e logo viram a nave auxiliar descer na frente da casa.

– Não fique chateada. Ele teve motivos fortes.

– Ele foi um idiota, ao dar ouvidos a essa gente. Por acaso, não sabe que esses caras desprezam tudo?

– Ele é um homem pacato, rural. Não é um homem da guerra e nem da política como nós.

– Eu não sou da política e nem da guerra.

– Ora, Brid, você foi uma oficial e trabalha no espaço fazendo transportes. Ele é um fazendeiro.

– Mas ele já viveu muita coisa comigo e meus pais, para saber do que essa gente é capaz. Foi um idiota. Ainda bem que você assumiu outra forma e ele não sabe que você é uma freyniana. Não quero dar mole para mais ninguém.

A rampa da nave auxiliar estava aberta e quando entraram, viram Kara jogada na poltrona de comando, desacordada. O sangue escorrido pelo rosto, manchava a blusa, dando um aspecto tenebroso, fazendo Bridget se desesperar.

– Kara!

A comandante gritou chocada e correu em socorro da engenheira. Segurou seu rosto, tentando acorda-la. A Olaf se aproximou e pegou o pulso de Kara para verificar os batimentos. 

 – Ela está com o pulso forte.

– Recline a poltrona de trás e me ajude a coloca-la nela.

Deitaram Kara na outra poltrona e ela dava sinais de acordar. Bridget pegou o kit de primeiros socorros num compartimento, abriu e retirou um pequeno pacote. Abriu o pacote rasgando-o e começou a limpar o sangue com uma compressa umedecida. Ela não conseguia ver onde estava o corte e nem o tamanho. Os olhos da freyniana começaram a abrir lentamente. Kara demorou a focar e assim que viu o rosto da comandante, esboçou um pequeno sorriso, mas a dor fez com que fechasse novamente os olhos, fazendo uma pequena careta.

– O que aconteceu, Kara?

Perguntou a comandante num tom baixo e suave, limpando o sangue e verificando o ferimento na cabeça da engenheira.

– Um tempo depois que saíram, um homem entrou no hangar, mas eu estava distraída. Não o vi. A rampa e a porta da nave estavam abertas. Ele me pegou desprevenida e me desacordou, mas não por muito tempo. Eu o vi mexendo no console. Não quis vacilar. Saquei minha arma e atirei nele. Consegui tirá-lo, a custo para fora da nave e, logo depois, você entrou em contato, pedindo para seguirmos com o plano. Consegui alçar voo e bombardear a nave deles, mas assim que pousei, desacordei novamente.

– Ele deve ter batido em você com algum objeto. Tem um hematoma, mas o corte é pequeno. Quando estivermos na nave, cuidamos melhor disso.

– Deixa que eu cuido dela, Brid. Nos tire daqui. – Helga pediu.

Bridget acionou o comunicador.

– Decrux, vou ligar a nave para que você faça o salto.  Nos tire daqui rápido. Kara está ferida.

– Não sei o que aconteceu, Brid, mas perdi o contato com o emulador. Não poderei trazer vocês acionando o módulo de dobra estática da nave auxiliar.

– Que droga!

– Brid, alce voo e a gente faz a dobra regular. Vai demorar um pouco mais do que a dobra estática, mas a gente sai daqui.

– Certo.

Meia hora mais tarde, elas estavam atracando na nave principal e Kara estava se recuperando. Reclamava, dizendo que estava bem, mas Bridget não deixou que ela ficasse na nave auxiliar para ver o defeito do emulador.

– Não precisamos mais do emulador na nave auxiliar, mas você precisa de cuidados.

– É, só que se a gente dependesse dele para sair de lá, a gente tava ferrada. Aquele cara deve ter mexido em alguma coisa.

– Não discute, Kara. Como você é teimosa!

Decrux aglutinou.

–  Kara, vamos para o centro médico. Deixe que eu veja como está. A única coisa que precisarei de você depois, é para desinstalá-lo.

– Desinstalar, por quê? Ele foi de grande ajuda, Decrux.

– Kara, ela está certa. – Pontuou Helga. – Imagina se aquele homem tivesse matado você?

– Não entendi o que uma coisa tem a ver com a outra. Se ele tivesse me matado, provavelmente todas estariam mortas e… Ah, céus! Já entendi, já entendi. A tecnologia de Decrux estaria nas mãos dos piratas à essa hora.

– Quase isso. Provavelmente vocês estariam mortas e eu estaria em um outro módulo de suspensão e, eles ainda ganhariam um pouco mais de dinheiro, vendendo a tecnologia de Decrux.

– Quase isso. – Retrucou Decrux com um sorriso irônico no rosto. – Provavelmente Kara e Bridget estariam mortas, você, Helga, estaria em um outro módulo de suspensão e eu, estaria levando a nave para Ugor, depois que explodisse o emulador na cara dos caras.

As três mulheres se entreolharam e depois encararam a IA. Balançaram a cabeça, e caminharam pelo corredor para chegar ao centro médico.

– O que foi? Falei algo errado?

– O problema é que tem verdades que não precisam ser ditas. Anota porque você precisa aprender isso.

– Senti que peguei pesado. Foi mal, pessoal. Esqueci que vocês não gostam da ideia de morrer.

– Que bom que entendeu. Agora dá uma olhada no estado de Kara. Depois, se tudo tiver legal com ela, me encontrem no refeitório. Ah! Já ia me esquecendo. Tenta contatar com Oton, Decrux. Eu estou preocupada. Todos sabem que ele é meu braço direito e não me etaria se fossem atrás dele.

– Eu não quero fazer sua preocupação aumentar, Brid, mas talvez já tenham feito. Senão, como nos acharam em Pontos?

– Eu não sei como nos acharam, mas não foi por meio do Oton. Ele nunca soube de Pontos, Kara. Nunca soube que eu tinha casa em qualquer lugar.

– Não?

– Eu falei para você que era a primeira pessoa que pisava em minha casa, depois de muito tempo. Não menti sobre isso.

– Podem ir. Deixa eu cuidar de Kara e logo estaremos lá.

– Vamos, Helga. Vou fazer algo para a gente comer.

– Posso dizer, com certeza, que não me lembro quando foi a última vez que comi.

Helga falou com um sorriso desanimado no rosto. Lembrava das tantas vezes que era reanimada, colhiam material e, logo a seguir, retornava para a suspensão. Foi em uma dessas tantas vezes que ela falou com Jordana que, por mais que não precisasse se alimentar com frequência, quando a tiravam de suspensão, seu organismo voltava a funcionar e acumulava-se o desgaste.  Jordana passou a monitorar as horas que Helga ficava ativa e levava alimentação de tempos em tempos.

Elas foram para o refeitório. Estavam tensas, pois começaria uma nova fase de preocupações. Tinham que se livrar da República e de Cursaz. O problema era: como fazer isto sem se tornarem proscritas? O povo de Freya precisava de Helga para uni-los novamente e Bridget, voltar para uma vida normal.

– Senta aí. Deixa que eu vou fazer.

– Sintetiza uma macarronada para mim, então.

– Sintetizar? Você está com pressa para alguma coisa? Porque eu não estou. Nem sei que paulada vão dar na gente agora, mas acho que temos um tempinho. Deixa comigo que vou fazer a macarronada.

– Hum, você é do tipo que gosta de cozinhar?

– Já vi que você não gosta, só pelo jeito que falou.

Bridget sorriu, enquanto ia para trás do balcão. Para ela, era estranho que uma pessoa não gostasse, mas sabia que a maioria não era muito dada a uma cozinha. Cozinhar fazia parte de um ritual que acalmava a comandante. Ela se desprendia de preocupações e, ao mesmo tempo, conseguia pensar com mais clareza, enquanto preparava a comida. O problema é que sempre fez isto sozinha e isso facilitava para que ela conseguisse relaxar e pensar na vida.

– Quem disse? Quando morava em Freya, era eu que cozinhava lá em casa e porque gostava. Meu marido só gostava de comer.

– Mmm.

– O que foi?

– Não, nada. É que… Bom, soube que a esposa e o filho de Kara morreram na guerra.

– Ah, entendo. Não se sinta mal em querer saber o que aconteceu. Muitos de nós perdemos alguém na guerra, mas meu marido morreu antes de tudo acontecer. Ele era corredor de “shifire”.

– Eu não sei o que é “shifire”.

–  Ah, desculpa. Shifire é uma modalidade de corrida que tínhamos em nosso planeta. É como se fosse uma pequena nave individual que plana a um metro do solo. A pista é sinuosa, com um espaço máximo para três shifires emparelhados.

– Ele morreu competindo?

– Sim, num acidente durante uma corrida. Isso aconteceu três anos antes da guerra estourar. Minhas feridas com a morte dele ainda estavam se curando. Quando veio a guerra, acho que deixei de pensar um pouco.

– Como o conheceu?

– Na universidade. Ele também era um alomar. Em Freya, a maioria dos alomares procuravam esta universidade específica, pois lá tínhamos como aprender a controlar nossa capacidade.

– Tiveram filhos?

– Não. Quando casamos pensávamos em ter um filho, mas o Olaf anterior havia morrido e fui convidada pelos ministérios para assumir o cargo. Mesmo assim tentamos, mas não aconteceu.

– Como eles escolhem um Olaf?

– Bem, quando um Olaf morre, eles investigam possíveis pretendentes. Currículo, comportamento e capacidade de controle de sua alomorfia. Fazem uma lista dos que julgam ser os mais competentes por suas características. Nos chamam e passamos por exames.  Desde testes ligados à área de conhecimento de cada indivíduo, até conhecimentos gerais, testes psicológicos, comportamentais e estruturas de nossa capacidade alomorfa. Vão eliminando aos poucos, até que sobra apenas um.

– E aí você governa até morrer?

– É, até morrer, mas se ele for competente. Podemos ser destituídos, dependendo de nossa conduta.

– E se o cara não quiser?

– Bom, se a pessoa que for chamada para fazer os exames não quiser, ela nem aceita fazer os testes. Mas também há os que desistem, mesmo quando são escolhidos, pois acabam pensando se é o que realmente querem para a sua vida. Quanto a governar, não é bem assim que acontece. Eu não governava, exatamente. Eram os ministérios que governavam.

– A Kara me falou alguma coisa sobre isso, mas é difícil entender como alguém que só “aconselha”, – Bridget fez um sinal de aspas com os dedos – tenha tanto prestígio perante o povo.

– É que, para nós, alguém que foi dotado com a genética dos freynianos ancestrais, possuem várias percepções que se perdeu ao longo do tempo. Na verdade, isto começou com um governante que, através de sua capacidade, conseguiu evitar uma catástrofe política e comercial. Isso ocorreu há centenas de anos e esta estrutura permaneceu até então. Deu certo até a guerra começar. Sinto que serei lembrada como a Olaf que permitiu que destruíssem Freya. – Falou com pesar.

– Ei, não é verdade. Você não é uma “deusa onisciente” para saber como Cursaz se comportaria. O seu povo sabe disso e, como você falou, quem governa são os ministérios.

– Mas a minha palavra tem peso, Brid. É bem verdade que quando tudo começou, eu falei que Cursaz planejava algo e, quando recusamos abrir o comércio tecnológico, avisei que eles retaliariam. Eu conversei com o presidente da corporação diretamente. Ele é um egocêntrico, ditador e misógino. A raiva que ele tinha, ao negociar comigo, caminhava sob pele como uma besta furiosa. Eu conseguia perceber, mesmo que ele disfarçasse entre mesuras e elogios e, nem tínhamos começado as rodadas de negociações direito. Eu avisei aos meus ministros, mas todos optaram por seguir um pouco mais, para termos certeza de que estaríamos fazendo o certo, se recusássemos a associação.

– Então pare de se atormentar. Foram decisões de um governo inteiro e não apenas suas. Bom, mas vamos ao que interessa, no momento. Se gosta de cozinhar, vem pra cá e me ajuda. Normalmente cozinho só para dois. Mas a turma aumentou, agora.

– Cozinha para dois? Você tem alguém?

– Não. Só tenho uma IA orgânica que tem papilas gustativas e um sistema digestivo funcional e, apesar de não necessitar se alimentar, gosta da minha comida. – Gargalhou. – Decrux come pra cacete.

Helga acompanhou a gargalhada de Bridget, se dirigindo para trás do balcão.

– Posso pedir uma coisa?

– Claro.

– Você poderia voltar para sua forma real? Estou me sentindo baixinha, perto de um cara com um rosto cinza encrespado e que tem dois metros e vinte de altura.

Helga riu, novamente. Com toda a loucura, tinha esquecido de voltar para sua forma.

– Vamos fazer o seguinte. Vou ao alojamento, volto para o meu estado real e me troco. Aí dá tempo de me recuperar, também. Estou há muitas horas assim e quando retorno, perco minhas forças, momentaneamente. Além do que, vou parecer um etalho dentro desse macacão, quase duas vezes maior que eu.

– Ih! Me ferrei. Já vi que vou fazer tudo sozinha.

Bridget brincou com a Olaf, sorrindo.

– Ah, deixa de moleza. Você só deu um soquinho em um cara. Não fez quase nada hoje.

Helga retrucou, levando a comandante a rir com gosto. Não sabia por que, mas gostou da Olaf, assim que a conheceu. Bridget era uma mulher normalmente desconfiada, mas havia alguma coisa em Helga que a deixava descontraída e à vontade. Talvez fosse a simplicidade e a forma brejeira da outra falar e lidar com as coisas.

– Vai lá. Vou adiantando aqui.

Helga retornou pouco mais de quinze minutos depois e Bridget já fazia o refogado do molho. A Olaf inspirou fundo, captando o aroma prazerosamente. Por alguns segundos se sentiu feliz, esquecendo tudo à volta.

– Já voltou? E o papo de se sentir enfraquecida?

– Se você visse a cena, se assustaria. Quando assumo uma forma muito diferente e fico muito tempo transformada, eu desfaleço, mas não fico assim por muito tempo. Talvez uns dois minutos. O problema é que eu perco os sentidos e caio, literalmente. Em casos como este, costumo me deitar para voltar à minha forma original.

– Que ruim, isso!

Bridget falou, fazendo uma careta e Helga não cansava de rir. Há muito tempo não conversava com alguém que lhe fizesse rir tanto. A época da vida que mais sorriu, foi quando viveu com seu marido, que sempre estava alegre, ou fazendo uma piada para vê-la feliz.

– Deixa eu te ajudar.

– Não precisa. Pode ficar aí sentada. Macarronada é mole e já está no processo.

– Eu passei no centro médico. Decrux está usando um reparador tecidual. Daqui a pouco não vai ficar nem cicatriz no rosto de Kara. Só mais uns quinze minutos e elas vem para cá.

– Quinze minutos? Ei, aquele corte e o hematoma estavam bem feios. Mesmo com reparador tecidual ela vai precisar de mais duas sessões para ficar bom.

– Na verdade, não. Nós temos uma capacidade regenerativa grande. É uma das características da alomorfia. É como se as células se combinassem para reestruturar.

Bridget parou de mexer a panela e olhou a Olaf, diretamente. Ela tinha uma curiosidade, mas era algo tão íntimo que não queria ultrapassar os limites com a freyniana. Voltou a mexer a panela e deixou os pensamentos de lado.

– O que quer saber, Brid? Seu olhar foi muito claro para mim. Alguma coisa te perturba?


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Notas:



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4 Respostas para Capítulo 13 – Descontraindo

  1. #Li_gostei_e_to_opinando

    Haha… Ah, Mestra, o que dizer? Capítulo maravilhoso como todos os outros até agora. Caindo de amores pela Kara e pela Decrux e cada vez mais curiosa pelo o que aguarda nossas heroínas nos capítulos seguintes.

    Estou amando o modo que você está apresentando a condição da Kara e o jeito como Brid que, apesar dos seus receios, está tentando entender o que se passa com a outra. Até que ela está segurando bem as pontas. Acredito que a Olaf, como boa Conselheira, poderá orientá-la ou, pelo menos, sanar algumas de suas dúvidas.

    O diferente costuma assustar, causa estranheza e acaba por nos tornar “monstros” seja na realidade, nossa realidade, ou num futuro hipotético.

    Beijos! Aguardando os próximos com ansiedade! (Meio que estou viciada) Hehe…

    • Hahaha! Gostei do trocadilho! rsrsr
      Oxe, e eu achei que o povo amaria a Brid! rsrs Todo mundo caindo de amores pela freyniana e pela IA. kkkkk
      Ei, você anda lendo minha mente é? rsrs Então, no capítulo de hoje a Brid terá uma conversa muito legal com a Olaf. Vamos ver o que vai falar para a comandante. Mas vai ter mais coisas além disso. rsrs
      Sim, Tattah, você tem razão. O diferente, assusta, principalmente se nós não procuramos entender e, as vezes, nossa reação é exatamente essa: Nos tornamos monstros naquela situação.
      Obrigadão, menina. feliz de ter você aqui! Meu carinho e o maior respeito por ti!
      Beijo grande e xêro!

  2. Boa tarde,Bi!!Tudo bem?

    I`am back!!!

    Nossa, achei sua história maravilhosa,eu li tudo rapidinho, nem senti, fiquei querendo mais!!Ainda bem que comecei onte, assim já peguei capítulo novo!!

    Já que li tudo, irei deixar um comentário geral e dps volto ao normal rs

    Adorei a idéia que teve,tô adorando o foco que vc está dando a história. Abordando o preconceito devido que o outro é diferente, a diferença assusta ,né?! Mas o preconceito é uma construçao social, nao nascemos assim,porém nos ensinam a ser de uma forma,a ter certo tipo de conduta e relaçoes,nos condicionam tanto que acabamos nao tendo opiniao própria e deixamos que nos dite o que devemos ser e fazer,noscontrolam pelo medo,queremos ser aceitos, encaixar e alguns conseguem superar e enfrentar, descontruir esses padroes, mas outros nao e travam uma luta ,mas o medo é tao forte que muitas se reprimem ou se suicidam por nao conseguir transpassar essas barreiras.
    Brid se espantou no começo,ainda esta trabalho essa diferença,mas logo vai se perguntar o que é mais importante, o que pesa mais..seu amor,seu medo,vai descontruir isso aos poucos. Sei que vai levar tempo param terem mais intimidade, por agora,elas vai se conhecer,se beijarem e com o tempo,Brid vai conseguir te desejos sexuais por Kara, mais uma vez!

    Eu penso que qndo gostamos,n importa quem seja,claro que temos inclinaçao por um perfil,mas nao devemos nos limitar a conhecer o outro, devemos nos abrir ao novo..
    Sabe, eu já descofiava como era Kara,mas n sabia que se transformava no momento e sim que já era definitivo, amei isso,ficou massa!

    É isso,tive q escrever rápido pq tenho que ir ao Dabke.

    Um beijos,Bi!!!!

    PS1:Já sabe quem sou…n consegui colocar fotito..rs. Dps faço com calma! E meu nome real tampouco pq ja existia uma ,que deve ser eu,mas n consegui entrar e n sei com que e-mail me cadastrei antes.Busquei em todos..

    PS2: Desculpe qualquer erro, tive que escrever na velocidade da luz..rs

    • Oi, Lailicha!
      Sim, menina, Já sei quem é. rs Depois me diga se quer que eu delete seu perfil anterior para que consiga renomear este novo que fez. Não, não se preocupe com erros. Cara, a gente escreve em cel, escreve na rede e muitas vezes com pressa, erros são o que menos importam nos comentários. O importante é interagir e dar opinião, como você fez. Isso que toda escritora acha legal.
      Lai, não poderia estar mais certa no que falou. A ideia é essa. Levantar a questão do diferente e as implicações disso nas relações. Questionar o que é importante numa relação, talvez fazer com que nós tenhamos outros olhos quando vemos no dia a dia situações perecidas. Lógico que ainda não conhecemos nenhuma espécie humanoide que pode transformar na hora do sexo, mas temos na nossa sociedade muitos tipos de pessoas e perfis e, como nós mesmos lidamos com isso?
      Quanto ao perfil, eu tenho certeza que cada um tem seu perfil para o que lhe atrai. Mas isso não quer dizer que em algum momento, alguém não se depararia com uma atração por outra pessoa, cujo perfil é diferente do que costuma gostar. Como lidar com isso?
      Enfim, estou contente que esteja aqui, Lailicha! Hoje sai outro capítulo.
      Valeu, mesmo bichinha. Saudades!
      Beijo grandão pra ti

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