Ia ao ginecologista regularmente e fazia todos os exames necessários, minha gestação estava tranquila e o bebê se desenvolvia normalmente, sem maiores intercorrências. Dessa vez já estava no início do quinto mês gestacional e minha barriga já estava bastante visível, iria dessa vez realizar uma Ultrassom para descobrir o sexo do bebê.
Estava na recepção esperando ser chamada para realizar o exame quando apareceu uma pessoa que não via há cerca de dois meses. Confesso que fiquei surpresa. A DJ estava linda com os cabelos pretos compridos, mas com o mesmo visual bad girl que conheci na boate há muitos anos atrás.
–Como é que vai a mãe e a criança mais linda desse mundo? –Pietra perguntou se aproximando de mim e me cumprimentando com um beijo no rosto.
–Eu tô bem, mas esse serzinho anda mais agitado do que nunca. Só vive chutando a minha barriga. Parece que quer sair daqui o mais rápido possível. –respondi brincalhona.
–Tenho certeza que esse meninão não irá nos pregar uma peça e continuará aí dentro até chegar o momento certo. A propósito, é menino mesmo? Ou será que tô errando nos pronomes? –Pietra perguntou coçando a cabeça e me fazendo rir.
–É o que pretendo descobrir hoje na Ultrassom, daqui a pouco saberei se é menino ou menina. –respondi sorrindo.
–E o que você quer que seja? –perguntou sentando ao meu lado.
–Pra mim o sexo não importa, só quero que essa criança venha com muita saúde. –fui verdadeira no que falei. –E você? O que tá fazendo em um hospital? Tá tudo bem? –indaguei preocupada.
–Estou bem, só que resolvi adiantar a minha viagem, aí vim fazer uns exames de rotina. Não quero parecer intrometida, mas… Você vai realizar o exame sozinha? Cadê os seus pais? A Ágatha não veio te acompanhar? –ao ouvir esse nome meu coração acelerou, mas fingi que nada tinha acontecido.
–Pietra, relaxa! Eu tô grávida, mas não tô doente. Meus pais precisaram trabalhar, não quero que parem a vida deles por minha causa. Ágatha e eu não estamos mais juntas, ela é página virada na minha vida. Todo mundo sempre soube que a maternidade nunca foi o sonho dela, não podia esconder minha gravidez pra vida toda, ela soube da minha gestação e terminamos. –falei a verdade.
–Juro que pensei que a burrice dela iria chegar ao fim, mas uma vez burra, sempre burra. –Pietra comentou com uma certa raiva.
–Mas tá tudo bem. Não serei a primeira e nem a última mãe solteira desse mundo. Meus pais também me ajudarão nesse processo complicado da maternidade. Agora preciso ir. Foi bom te reencontrar. –disse finalizando a conversa quando a recepcionista chamou o meu nome para que eu fosse realizar o exame.
–Espera! –Pietra disse tocando meu braço. –Agora que já não tem a Ágatha ou qualquer outra pessoa para perturbar, posso entrar com você na sala de exames? Tô doida pra saber se é menino, menina ou os dois.
–Está bem! Vamos! –disse assentindo para a sua felicidade.
O médico examinava minha barriga pacientemente, parecia não ter pressa, ao contrário da Pietra.
–E aí doutor? Tá tudo bem com a criança? É menino ou menina? Por que a demora pra responder? –a morena parecia mais nervosa do que eu.
–Moça, não há motivos para preocupação. Sua esposa está muito bem, a filha de vocês está se desenvolvendo como o esperado, será uma criança saudável. Apenas solicitarei que a Giovanna realize o ecocardiograma fetal, mas está tudo ótimo, não poderia estar melhor. –o obstetra falou radiante.
–Desculpa doutor, ela não é minha esposa, somos apenas amigas. –Pietra falou morrendo de vergonha.
–Eu é que peço desculpas por ter sido inconveniente. –o médico respondeu de maneira embaraçosa.
–Espera doutor! O Sr. falou filha? Quer dizer que estou esperando uma menina? –perguntei radiante. O objetivo era mudar o foco da conversa, mas também despistar o embaraço anterior.
–Isso mesmo Giovanna! Parabéns mamãe! Com licença. –o médico disse nos deixando a sós.
–Caraca, você tá esperando uma menina! Que legal, Gi! –Pietra disse me abraçando sem querer me soltar mais. –Já pensou em algum nome? –a DJ estava toda empolgada e isso me arrancava risadas. Parece até que era ela que estava grávida.
–Tenho vários nomes em mente, mas queria ter certeza do sexo da criança pra optar por algum. –falei acariciando minha barriga.
–Vamos almoçar! No caminho quero que me diga em quais nomes pensou. –Pietra disse sem querer me largar.
–Pietra, você não tem outras coisas pra fazer? Hoje estou de folga, mas não quero que largue seus afazeres por minha causa. –não queria me reaproximar muito da DJ e nem que minha ex-namorada confundisse as coisas.
–Só preciso resolver algumas pendências do meu passaporte, mas posso fazer isso amanhã. Aceita almoçar na minha casa? Ainda sei preparar aquele risoto de camarão que você adora, depois preparo umas pipocas ou sorvete. –pensei em negar o convite da DJ, mas ela estava tão radiante que seria incapaz de recusar.
–Tudo bem. Só adianto que não vou comer muito. Já estou bastante gorda. –disse rindo.
–Pra mim você está ótima e também precisa alimentar essa bebezinha. –disse dando um beijo na minha barriga.
Apesar da boa vontade da Pietra, confesso que o clima ficou um pouco estranho. Durante o almoço minha mente indagava por que não poderia ser a Ágatha no lugar da Pietra? Ou então por que meu coração não podia amar a Pietra? Rapidamente tratei de afastar esses pensamentos, jurei para mim mesma que não ia mais pensar na advogada.
–Tá tudo bem? Quer comer mais? –a DJ perguntou quando notou que meus pensamentos estavam longe.
–Já estamos cheias. Muito obrigada pelo almoço. Acho que agora é melhor eu ir. –respondi meio sem graça. –Pietra, desculpa pelo que vou dizer, mas preciso ser verdadeira. Acho que você está criando falsas expectativas. Não estou mais com a Ágatha, mas isso não me impede de amá-la. –a DJ pareceu um pouco chateada com a minha fala, mas logo voltou ao seu jeito calmo e autoconfiante de sempre.
–Gi, não vamos falar da sua ex. Não precisa lembrar de algo que já sei, sou bem grandinha pra saber que tô pisando em ovos, mas adoro um bom desafio. –pelo menos a morena estava avisada e depois não iria poder me chamar de egoísta e mentirosa. –Você não disse que está de folga? Acho que todo mundo na sua casa deve estar trabalhando. Vai ficar por lá sozinha sem fazer nada? Vamos assistir um filme. –Pietra tentava de todo jeito prolongar minha estadia.
–Tá bom. Aceito ficar desde que seja filme de terror. É pegar ou largar! –minha ex-namorada tinha pavor de filme de terror, e eu sabia disso.
–Acho que não é uma boa ideia, Gi. Você está grávida. Assistir filmes dessa natureza pode ser desagradável no seu estado. –Pietra tentava esconder o seu medo.
–Desde cedo vou ensinar minha filha a ser corajosa. Mas se você estiver se borrando de medo e não quiser assistir o filme vou entender e… –nem terminei de falar e já fui cortada.
–Eu não estou com medo. Vamos assistir a droga desse filme. Qual vai querer? –não aguentei e dei um sorriso tímido.
–A profecia. É um filme de terror antigo, mas muito bom.
Enquanto Pietra fazia a pipoca, eu tentava encontrar o filme. Tudo ocorreu como o esperado… O filme era longo, não havia ainda nem uma hora de filme e minha ex-namorada já estava apavorada. O desespero ia consumindo a DJ aos poucos, da metade do filme para o final, a morena já estava praticamente deitada no meu colo e estava com as mãos geladas.
–Até que você foi muito corajosa. –disse desligando a TV quando o filme acabou. –Pensava que desmaiaria a qualquer momento.
–Eu não sou medrosa. –disse mostrando a língua em uma atitude infantil.
–Depois dessa demonstração de coragem merece até um beijo. –falei rindo, mas depois me arrependi quando percebi a gravidade do assunto.
–Não brinca com um assunto tão sério. Se você promete beijo é capaz que eu exija. –falou rindo. Com certeza ela achou que era brincadeira.
–Então pode exigir, é seu direito. Desde que você tenha ciência de não misturar as coisas. –falei em um tom sério.
–Tipo uma amizade colorida?! Não tem problema, eu topo, é o que mais quero… –respondeu alegre. –Mas ainda acho que é brincadeira que você quer me beijar. –disse timidamente.
–Eu tô falando sério, mas você acha que estou brincando, então é melhor eu provar na prática.
Percebendo a perplexidade no seu olhar, me levantei e sentei no seu colo, de frente para ela. Com uma mão acariciei a nuca da morena e com a outra mão acariciei o seu rosto enquanto aproximava nossos lábios. A princípio foi apenas um roçar dos nossos lábios, mas aos poucos nossas línguas foram ganhando vida, pareciam não querer se desgrudarem mais. A pegada da minha ex-namorada continuava melhor do que antes. O beijo foi interrompido quando já estávamos sem ar.
–Que beijaço! Simplesmente amei e tô com vontade de pedir bis. –respondeu passando as mãos pelos lábios.
–Pode ter mais beijos como esse e muito mais… Desde que seja no quarto de hóspedes. –falei tentando parecer segura. Não iria transar no nosso quarto antigo lembrando de quantas mulheres a Pietra já não deve ter levado para lá.
–Giovanna, tem certeza de que é isso o que você quer? Ainda não consigo acreditar. –a DJ falava desconcertada.
–É a única certeza que tenho no momento, mas vou entender se você não estiver a fim e…
Mal pude terminar minha fala e senti meus pés serem suspensos do chão. Mesmo me beijando desesperadamente, Pietra teve todo cuidado comigo e com a minha barriga enquanto nos conduzia para um dos quartos da casa. Suavemente me deitou na cama e se pôs a beijar ardentemente minha boca e eu correspondia a altura. Não era nada difícil beijar a DJ, ela era extremamente gata com aqueles olhos azuis sedutores, educada, as tatuagens e os piercings só melhoravam a sensação do beijo. A Pietra tinha alguns piecings na língua, e ela sabia aproveitar essa habilidade na hora do beijo e no sexo…
–Sei que já perguntei, mas Giovanna…Tem certeza de que você quer ter relação depois de tudo o que aconteceu? –perguntou temerosa.
–Você podia falar menos e agir mais. –falei um pouco impaciente. Estava com muito desejo. –Se você não vai fazer nada deixa comigo.
Rapidamente tratei de tirar a blusa da Pietra e seu sutiã. Ela tinha os seios médios de mamilos marrons e tatuagens por todo tórax e abdômen. Não foi sacrifício nenhum começar a beijar e chupar aqueles seios de maneira voraz lhe arrancando alguns gemidos.
–Ei! Parece que você esqueceu quem é a dominadora. –a morena disse retomando o controle da situação e olhando no fundo dos meus olhos enquanto arrancava meu sutiã.
–Uau! Essa é a Pietra que eu conheço. –respondi com um sorriso safado.
Após uma rápida troca de olhares senti meu short e minha calcinha serem jogados para bem longe enquanto a morena terminava de tirar o restante de suas roupas.
Pietra se pôs a beijar carinhosamente todo o meu corpo, beijando demoradamente meu pescoço e chegando rapidamente nos meus seios, de onde não queria mais sair.
–Incrível que grávida você está mais bonita do que nunca, até seus seios estão mais apetitosos. –sussurrava passando a língua no biquinho de um dos meus peitos me fazendo gemer de maneira surreal.
–Só que esses movimentos tão me deixando muito molhada. Olha só como você tá me deixando molhada! –disse levando a sua mão até o meu sexo fazendo a morena sentir minha lubrificação.
–Ai que gostoso! –Pietra gemeu ainda acariciando meu clitóris.
A estonteante morena apenas retirou a mão do meu sexo para substituir por sua língua gostosa, a qual devorava cada parte da minha buceta. Pietra parece que ainda era capaz de lembrar do quanto eu era louca por sexo oral e lembrava em qual ponto do meu sexo era capaz de sentir mais prazer, não demorou para que eu puxasse seus cabelos e gozasse abundantemente na sua boca.
–Você não tem noção do quanto senti saudades do seu gosto na minha boca. –Pietra disse me beijando ardentemente, ainda pude sentir o que restava do meu gosto na sua boca, o que só aumentava minha excitação.
–E eu sinto falta das vezes em que você rebolava em cima de mim. Anda! Rebola! –disse lhe dando um tapa certeiro na sua bunda.
Começamos a rebolar sensualmente, nossos sexos ficavam completamente encharcados com o atrito e nossa lubrificação aumentava. Agora imaginem a seguinte cena: Uma morena clara com olhos azuis maravilhosos, dominadora, com cara de safada, rebolando contra a sua buceta, seria impossível não gozar duas vezes seguidas.
–O seu desempenho continua melhor do que nunca. –comentei trazendo Pietra para perto de mim.
–Meu jeito dominante ainda te encanta? –a morena perguntou com um sorriso lindo.
–Não tenha dúvidas disso. Só que agora… Deixa eu te chupar? –perguntei mordendo o ombro da morena.
–Giovanna, você sabe que não curto receber sexo oral. Sou ativa. Meu prazer é proporcionar prazer. –a morena disse sem querer ceder.
–Por favor, vai! Só hoje. Prometo que paro se você não gostar. –disse acariciando os seios da DJ e sentindo seus pelinhos eriçarem.
–Tá bom. Só hoje, mas não vai se acostumando.
Mais do que satisfeita com essa resposta, dei um sorriso safado e beijei todo o corpo da Pietra demoradamente. Minha felicidade maior foi chegar ao seu sexo e constatar que aquela vagina linda, completamente depilada, estava abundantemente molhada, do jeito que gosto.
Era raridade a Pietra receber sexo oral, então aproveitei para chupar muito aquela buceta ao mesmo tempo em que lhe penetrava com dois dedos, por incrível que pareça, a morena dizia não gostar de sexo oral e de ser penetrada, mas rapidamente encharcou minha boca e meus dedos com seu líquido. Continuei chupando a morena, mesmo sentindo câimbras na minha língua, pouco me importava. Pietra gozou uma, duas, três, quatro vezes… Foi ela que afastou minha boca do seu sexo e me puxou para me beijar, nossas línguas se encontravam em uma sincronia perfeita.
–Porra Giovanna… O que você pensa que tá fazendo? Quer acabar comigo? –perguntou morta de cansaço.
–Só estou te provando o quanto é maravilhoso dar prazer e o seu corpo gostou da sensação. –disse acariciando seus cabelos pretos.
–Não posso mesmo negar que a partir de hoje começarei a rever meus conceitos, mas vou continuar a ser dominadora. –respondeu retribuindo meu carinho.
–Acho que a dominadora agora está cansada. –disse dando um leve sorriso. –Queria tomar um banho, mas não tenho roupa. –falei me levantando da cama.
–Digamos que isso não será problema, guardei algumas roupas suas. –a DJ falou enquanto me observava atentamente. –Mas com a gravidez não sei se vai caber.
–Tá bom, depois vejo isso… Espera enquanto tomo meu banho?! –perguntei maliciosamente enquanto andava nua pelo quarto.
–Tenho planos melhor. Vou tomar banho com você e te pegar de jeito novamente. –Pietra falou com um olhar sacana.
–DJ, acho que você não aguenta. Ainda está se recuperando dos orgasmos anteriores. –falei descaradamente.
–Vou te mostrar quem não vai aguentar quando te pegar de jeito na banheira. –Pietra disse começando a correr atrás de mim no quarto enquanto íamos para o banheiro.
Ainda transamos no banheiro por horas até que finalmente tomamos nosso banho. Não pude notar o quanto Pietra estava linda enquanto se vestia, até o corpo estava mais sexy.
–Acho que ainda não te falei, mas atualmente você está uma completa gata. Seu cabelo está mais comprido, abaixo dos ombros. Nunca imaginei que iria te ver colocando maquiagem, usando minissaia, deixando essas coxas a mostra, trocando a cueca boxer por calcinha. –disse sem controlar minha baba, admito. –Você está mais…
–Estou mais feminina, né? Antes eu era feia porque me vestia de forma mais largada, não sei se esse fato teve alguma interferência para que nosso relacionamento esfriasse de vez. No momento estou linda. Prepare-se que de hoje em diante pretendo deixar meu cabelo crescer e não vou voltar ao meu estilo de antes. –Pietra comentou como se lesse meus pensamentos.
–Desculpa, não foi bem isso que quis dizer, me expressei mal. –estava completamente sem graça. –Você sempre foi linda, maravilhosa. As vezes me perguntava como você me escolheu pra ser sua namorada com tanta menina bonita naquela boate.
–Porque você foi a única capaz de tocar meu coração, aliás é capaz de tocar meu coração até hoje e creio que esse fato não vai mudar tão cedo. Talvez nunca consiga seu perdão pelas traições e pela humilhação que te fiz passar na boate. Meu corpo foi fraco, agi pela raiva e pela impulsividade, mas meus sentimentos por você nunca mudaram. –Pietra dizia enquanto passava o batom, reconheci a sinceridade naqueles olhos azuis.
–Fui completamente sincera quando disse naquela vez que te perdoei. Eu também tive meus erros. Consegui um emprego melhor, passei a ganhar relativamente bem, mas passava mais tempo na rua do que em casa. Levava o estresse da rua e descontava no nosso namoro. Várias vezes você me procurava, sendo carinhosa, querendo conversar, mas simplesmente fingia que estava dormindo ou então era completamente grosseira. A culpa pelo nosso namoro não ter dado certo foi minha também. –disse colocando um vestido que por ser largo ainda cabia perfeitamente em mim.
–Nós duas erramos, não adianta tentar vermos quem errou mais ou quem errou menos. –Pietra comentou e eu simplesmente concordei. –Agora que você está solteira, será que a vida não está nos dando uma segunda oportunidade para reatarmos e sermos felizes? –a morena indagou se aproximando de mim.
–Definitivamente não sei Pietra, mas asseguro que não. Você está de viagem marcada, vai morar em outro país. Eu vou me tornar mãe em breve. Relacionamento a distância seria muita loucura. –falei sentando no sofá, mas sabia que a verdade era outra. A verdade era que eu amava a Ágatha com todas as minhas forças e não tinha certeza se a ruiva sairia tão cedo da minha cabeça, com certeza não.
–Eu tô pensando em abrir uma boate junto com o Dilson, poderíamos trabalhar juntas e você ser a responsável pela administração do estabelecimento. A sua gestação é o de menos. Eu já me sinto mãe dessa criança, desde quando soube da sua gravidez comecei a amar muito esse serzinho, me sinto como mãe dela, e quero ser mãe junto com você se me der a oportunidade. –confesso que me emocionei quando Pietra ficou de joelhos e não parava de beijar minha barriga e fazer carinho. Minha filha parece que era capaz de sentir todo o amor, pois começou a chutar bastante.
–Parece que você tem respostas pra tudo, mas sinceramente não sei se é uma boa ideia. Pietra, eu ainda sou completamente apaixonada pela Ágatha, eu amo ela, acho que esse amor nunca vai morrer. Não seria justo te iludir… Você me amar enquanto meu coração pertence a outra. –notei o olhar um pouco decepcionado da DJ, mas logo ela retomou o seu semblante tranquilo de antes.
–Prometo que terei toda a paciência do mundo. Tenho certeza de que morando longe do Brasil, com todo amor e felicidade que prometo te dar, em pouquíssimo tempo você será capaz de esquecer da existência dessa mulher. Apenas preciso de uma oportunidade. Namoramos por cinco anos, vamos retomar de onde paramos. –Pietra respondeu me abraçando. Ela tinha completa convicção de que eu esqueceria a Ágatha, uma certeza que eu não possuía, mas iria arriscar.
–Você conseguiu me convencer. Vou para Nova York desde que você prometa que não vai mais me trair, mentir. Preciso saber. Você tem mesmo certeza dessa decisão? Se tiver, precisamos pensar quando será a nossa viagem e se a nossa filha nascerá no Brasil ou nos Estados Unidos. –respondi um pouco mais feliz tentando esquecer da ruiva que se fazia presente nos meus pensamentos.
–Prometo, juro pela minha vida que nunca mais vou te trair, e você não vai se arrepender de me dar uma segunda chance. Se você concordar quero que a bebê nasça em território americano. Agora você pode repetir o que falou anteriormente? –eu estava sem entender o que Pietra queria dizer.
–Disse que me convenceu e que eu vou pra Nova York, perguntei se você tinha certeza da decisão…
–Não Giovanna, não é nada disso. O que você falou depois? –Pietra perguntou feliz da vida e só então me dei conta sobre o que ela queria dizer.
–Ah tá! Nossa filha, Pietra. Concordo que nossa filha nasça longe do Brasil. –disse enquanto lhe dava um beijo delicado nos lábios. –Quero que ela nasça no mesmo país da mãe. –depois dessa revelação a DJ ficou ainda mais emocionada e não conseguiu esconder as lágrimas.
A Pietra era naturalizada brasileira, mas nasceu em Atlanta, mesmo lugar para onde seria meu novo lar. Marcela, mãe da morena é brasileira, mas seu ex-marido Damon é americano, assim como Bianca. Quando os pais da morena se separaram, ela e Bianca se mudaram de vez para o Brasil, a DJ tinha apenas onze anos nessa época.
–Eu ainda não estou acreditando que você vai voltar a ser minha namorada. Você não tem noção da alegria que está me proporcionando, Gi. –nunca tinha visto a Pietra tão emocionada na vida e posso dizer que esse fato era muito novo para mim.
–Quem disse que serei sua namorada, Pietra? Eu não falei na palavra namoro. –disse para tirar uma onda com a cara dela.
–O que? Como assim? Eu… –parecia perdida nas palavras.
–Já passamos dessa fase de namoro, quero ser mais do que sua namorada, quero ser sua esposa Pietra, entendeu? Não quero um bando de vadias se jogando pra cima de você. Quero ser a Sra. Gonçalves. –disse tentando retribuir a altura todo carinho que ela me dava.
–Boba! Quase que me faz ter um ataque cardíaco. Acho que não consigo te transformar na Sra. Gonçalves porque é meu sobrenome materno, mas posso te transformar na Sra. Farley. É o sobrenome que constaria na certidão de casamento e na certidão de nascimento da nossa filha.
–Você entendeu o que quis dizer. Espera aí! Você tá querendo registrar essa criança no seu nome também? Não precisa fazer isso se não quiser. –era mais uma atitude de amor que a Pietra demonstrava.
–Claro que quero que a nossa filha tenha o sobrenome de nós duas. Ela vai crescer como uma legítima Farley. Te amo, Giovanna! –Pietra disse me puxando para os seus braços. –Se tudo der certo estaremos casadas antes do nascimento da nossa filha.
–Não vejo a hora de estarmos casadas. –disse tentando esboçar uma felicidade que estava longe de sentir. –Também precisamos escolher o nome da nossa filha. Ela não pode nascer sem nome.
–É verdade. Não te falei nada, mas comprei um livro com nomes de bebês e circulei alguns que acho que você vai adorar. –disse tentando disfarçar um pouco da tristeza que ainda sentia. Iria começar uma nova vida e que a Ágatha ficasse no passado onde era o lugar dela.
Não faz sentido a Giovanna reatar o relacionamento com Pietra após ter sido traída e humilhada, principalmente quando o coração dela já está ocupado por um outro amor que no caso é a Ágatha.
Tem muita coisa que a Giovanna ainda não sabe. Ágatha em uma de suas falas deixou claro isso.
É óbvio que depende da Agatha para ela e Giovanna voltarem. Uma pena que Agatha possui pensamentos divergentes em relação às maternidade.
Espero que Giovanna fique sabendo o porquê do Renan não gostar da Ágatha, do segredo de Agatha e o da Pietra. Ela merece saber de tudo, principalmente para que tome decisões estando ciente dos fatos.
Pra fechar aqui meu comentário…Achei demasiadamente cedo a Giovanna se envolver com a Pietra após o término com a Ágatha. Mais uma decisão tomada sem pensar nas consequências futuras.
Alô autora, vamos dar celeridade no esclarecimentos das coisas, até mesmo para que a leitura fique mais atrativa.
Boa tarde moça!
Concordo completamente que a decisão da Gi de se casar foi completamente impensado, mais uma decisão fruto de muita impulsividade.
Há sim muitos segredos que não foram revelados, mas sinto informar que alguns pontos não poderão ser esclarecidos, cada coisa ocorrerá no momento certo.
A Gi está tomando decisões erradas, mas algumas escolhas serão colhidas lá na frente…
Beijos 🙂
Pietra muito melhor que a Ágatha cara , sem duvidas , ótima escolha escritora…
Será que a Pietra é mesmo melhor que a Ágatha rs?
Beijos 🙂
Aaaahh tomara que Gi e a Pietra fiquem juntas definitivamente , depois que a DJ mudou comecei a torcer pelo casal , Pietra se tornou outra pessoa espero sinceramente que não aconteça traição , Agatha seguiu em frente depois de tudo que elas passaram juntas acho que e um recomeço para Giovanna e Pietra junto com o bebê
As duas tiveram essa ideia do casamento, agora saber se nesse ponto chegou na história dos felizes para sempre é diferente.
Com o passar dos capítulos veremos se essa decisão foi algo acertado ou não.
Beijos.