Nosso Estranho Amor

23. Colocando os pingos nos IS

Certa vez minha mãe falou que quando estamos perto de quem amamos, mas estamos brigados, bate uma sensação indescritível de não saber o que falar naquele momento, era exatamente como me sentia. A Ágatha estava perto de mim, mas depois da nossa briga feia, não sabia nem o que dizer, na verdade não esperava que uma pessoa tão orgulhosa quanto a Ágatha me procurasse, estava deveras surpresa. Por sorte a minha namorada tratou de quebrar aquele momento que estava mais do que constrangedor.

–Será que nós poderíamos conversar? –a ruiva indagou com uns olhos suplicantes.

–Sim, mais cedo ou mais tarde teremos que nos resolver, então senta aí. –eu tentava me manter tranquila, mas o nervosismo na minha voz estava latente.

–É melhor irmos para um lugar mais reservado, pode ser? Prometo que não vou surtar e nem fazer nenhuma loucura, só quero conversar e consertar meus erros. –não estava com medo da Ágatha, mas tinha um certo receio das atitudes impulsivas dela.

–Então me segue, meu carro está aqui próximo. –me limitei a dizer e de maneira um pouco fria, não vou negar.

Parece que o destino estava tirando tanta onda com a minha cara que uma das músicas que tocou fazia alusão à situação que eu vivenciava com a minha namorada.

Nobody’s Perfect

“If you look closely, the eye can tell more than you think

A simple blur becomes something

A light becomes a shade

A world becomes colorful

Look into my eyes”

When I’m nervous I have this thing yeah

I talk too much

Sometimes I just can’t shut the hell up

It’s like I need to tell someone anyone who’ll listen

And that’s where I seem to fuck up, yeah

I forget about the consequences,

For a minute there I lose my senses

And in the heat of the moment

My mouth’s starts going the words start flowing

But I never meant to hurt you

I know it’s time that I learnt to

Treat the people I love like I wanna be loved

This is a lesson learnt

I hate that I let you down

And I feel so bad about it

I guess karma comes back around

Cause now I’m the one that’s hurting yeah

And I hate that I made you think

That the trust we had is broken

So don’t tell me you can’t forgive me

Cause nobody’s perfect, no, no, no, no

No, no, no, no, no, no, no

No, no, no, nobody’s perfect

If I could turn back the hands of time

I swear I never would’ve cross that line

I should’ve kept it between us

But I just went and told the whole world how I was feeling

So I sit and I realise

With these tears falling from my eyes

I gotta change if I wanna keep you forever

I promise that I’m gonna try

But I never meant to hurt you

I know it’s time that I learnt to

Treat the people I love like I wanna be loved

This is a lesson learnt

I hate that I let you down

And I feel so bad about it

I guess karma comes back around

Cause now I’m the one that’s hurting yeah

And I hate that I made you think

That the trust we had is broken

So don’t tell me you can’t forgive me

Cause nobody’s perfect, no, no, no, no

No, no, no, no, no, no, no

No, no, no, nobody’s perfect

No, no, no, no, no, no, no

I’m not a saint no not at all

But what I did it wasn’t cool

But I swear that I’ll never do that again to you

I’m not a saint, no not at all

But what I did it wasn’t cool

But I swear that I’ll never do that again to you

And I hate that I let you down

And I feel so bad about it

I guess karma comes back around

Cause now I’m the one that’s hurting yeah

And I hate that I made you think

That the trust we had is broken

So don’t tell me you can’t forgive me

Cause nobody’s perfect, no

No, no, no, no, no, no, no

Nobody’s perfect

Ninguém é perfeito

“Se você olhar de perto, o olho pode dizer mais do que você pensa

Um simples borrão pode se tornar algo

Uma luz vira uma sombra

O mundo fica colorido

Olhe nos meus olhos”

Quando estou nervosa eu tenho essa coisa, é

Eu falo demais

Às vezes eu simplesmente não posso calar a boca

É como se eu precisasse dizer a alguém, qualquer um que escute

E é aí que eu estrago tudo, é

Eu esqueço as consequências

Por um minuto eu perco os meus sentidos

E no calor do momento

A minha boca abre e as palavras começam a fluir

Mas eu nunca quis te machucar

Sei que já está na hora de aprender

A tratar as pessoas que eu amo como quero ser amada

Esta é uma lição aprendida

Odeio ter te decepcionado

E eu me sinto tão mal com isso

Eu acho que o carma volta

Porque agora sou eu quem está sofrendo

E eu odeio ter feito você pensar

Que a confiança que tivemos foi quebrada

Então não me diga que você não pode me perdoar

Porque ninguém é perfeito, não, não, não, não

Não, não, não, não, não, não, não

Não, não, não, ninguém é perfeito

Se eu pudesse voltar no tempo

Juro que eu não ia querer cruzar esse limite

Eu deveria ter mantido isso entre nós, mas não

Eu fui e disse ao mundo inteiro o que eu sinto, oh

Então eu sento e eu percebo

Com essas lágrimas caindo dos meus olhos

Eu preciso mudar se eu quiser mantê-lo para sempre

Prometo que vou tentar

Mas eu nunca quis te machucar

Sei que já está na hora de aprender

A tratar as pessoas que eu amo como quero ser amada

Esta é uma lição aprendida

Odeio ter te decepcionado

E eu me sinto tão mal com isso

Eu acho que o carma volta

Porque agora sou eu quem está sofrendo

E eu odeio ter feito você pensar

Que a confiança que tivemos foi quebrada

Então não me diga que você não pode me perdoar

Porque ninguém é perfeito, não, não, não, não

Não, não, não, não, não, não, não

Não, não, não, ninguém é perfeito

Não, não, não, não, não, não, não

Eu não sou santa, não mesmo

Mas o que eu fiz não foi legal

Mas juro que nunca vou fazer isso com você de novo

Eu não sou santa, não mesmo

Mas o que eu fiz não foi legal

Mas juro que nunca vou fazer isso com você de novo

Odeio ter te decepcionado

E eu me sinto tão mal com isso

Eu acho que o carma volta

Porque agora sou eu quem está sofrendo

E eu odeio ter feito você pensar

Que a confiança que tivemos foi quebrada

Então não me diga que você não pode me perdoar

Porque ninguém é perfeito, não, não, não, não

Não, não, não, não, não, não, não

Ninguém é perfeito

–Poderia jurar que a Jessie J conhece toda nossa história e resolveu nos presentear com essa música. Ela retrata como estou me sentindo. –Ágatha disse para puxar assunto e eu não fazia ideia do que responder.

–Não coloquei essa música propositalmente, o som está ligado no modo aleatório. –respondi um pouco impaciente com receio da minha namorada achar que estava mandando indireta.

–Fica calma… Eu não tô te acusando de nada. Esse trajeto não tá um pouco demorado? Antes chegávamos bem mais rápido ao seu prédio. –a ruivinha comentou mudando estrategicamente de assunto.

–Nessas semanas que estivemos separadas aconteceram algumas coisas… Uma delas é que não estou mais morando com o Renan. Finalmente tomei coragem e aluguei minha própria casa. –disse lhe lançando um olhar apaixonado enquanto estávamos paradas esperando o sinal abrir. Estava magoada é claro, mas era impossível negar quantas saudades sentia da Ágatha.

–Por essa eu não esperava. Essa mudança tem haver com o fato do seu irmão não ir com a minha cara e ser contra a nossa relação? –minha namorada estava curiosa, mas também parecia preocupada só de imaginar a hipótese de ser a responsável pela mudança.

–Digamos que foi a soma de vários fatores. Você sabe perfeitamente que o Renan nunca apoiou o nosso namoro, nem eu mesma sei o porquê… Nossa convivência já estava bastante complicada, quase todo dia brigávamos. Alugar uma casa, ter meu próprio cantinho e minha paz foi a melhor coisa que fiz. –desabafei sem desviar minha atenção do trânsito.

–Giovanna, parece que antes de começarmos a namorar, o seu irmão e você sempre se deram bem, se esse afastamento tem algo haver comigo, me fala, por favor. Eu posso conversar com o Renan, nos entendermos…

–Isso está completamente fora de cogitação. Não sou mais uma criança que inspira cuidados. Sempre morei com os meus pais, depois com a minha ex-namorada e recentemente com o meu irmão… Já estava na hora de eu começar a me virar, isso inclui morar sozinha. Só te peço, não te envolve nessa história e deixa esse assunto como está, sou capaz de resolver meus próprios problemas sem a ajuda de ninguém. –falei um pouco alterada. Esse assunto sempre me dava nos nervos, e eu não estava a fim de me estressar, muito menos com a Ágatha onde o nosso namoro já estava na corda bamba.

–Eu entendo que seja problema de família, respeito sua decisão de não querer me envolver nesse assunto. Só quero que saiba que pode contar comigo para tudo o que precisar.

No restante do trajeto não trocamos mais uma palavra sequer, cada uma de nós estava perdida nos seus próprios pensamentos. A ruivinha parecia indecifrável para mim, daria tudo para poder ler mentes e saber no que a minha namorada tanto pensava com aquele olhar distante.

Em todos os meus relacionamentos nunca havia sentido algo tão profundo como estava vivenciando agora, vou até além… Nos meus namoros anteriores ficava com as pessoas porque as achava bonita, gostava um pouco, me tratavam bem, o sexo era bom e por estar apaixonada como aconteceu no caso da Pietra, mas sabemos que a paixão possui um prazo de validade,  há quem diga que não dure mais do que três anos, se bem que a Pietra ainda não havia saído 100% da minha mente, só que esse isso não vem ao caso… Mas com a Ágatha era tudo diferente do que eu já havia vivenciado, era capaz até de dar a minha vida por essa ruiva se fosse necessário, pela primeira vez na vida amava alguém e estava completamente atordoada com esse sentimento.

Estava lascada e sem saber o que fazer. O meu cérebro dizia que havia sido uma completa irresponsável de ter começado a namorar novamente depois que a minha relação complicada de cinco anos com a Pietra não deu certo, meu lado racional dizia que eu fui completamente imatura por ter me envolvido tão rapidamente e não ter aproveitado o tempo certo para ficar sozinha. Só que o meu coração dizia completamente o oposto. Só de pensar na Ágatha e no sorriso dela já era motivo mais do que suficiente para alegrar todo o meu dia e me fazer esquecer dos problemas.

Enquanto dirigia até a minha casa eu pensava seriamente se não deveria terminar o nosso namoro. Era a primeira relação séria da Ágatha, com o passar do tempo percebi que aquela pose de mulher dominadora , confiante e sexy era apenas uma fachada que ela usava, na verdade a minha namorada era completamente frágil, explosiva, desconfiada, ciumenta, infantil e insegura, esses fatores sem dúvidas seriam uma combinação perfeita para um desastre. Só que ao mesmo tempo eu me culpava por não ter contado toda a verdade para a minha namorada, sempre prometemos ser sinceras a respeito de tudo, por mais que a verdade doesse era melhor do que a mentira obviamente. Se eu tivesse contado sobre o encontro inesperado com a Pietra, as ligações da minha ex-namorada naquele domingo, poderia ter evitado vários problemas e não ter deixado espaço para semear dúvidas na cabeça da minha namorada. Agora a Pietra voltava e dizia que me amava confundindo minha cabeça. Que merda!

Com todos esses pensamentos confusos dentro de mim, segui com a Ágatha rumo á minha casa que ficava em um condomínio de classe média. Sei que ali seria palco para que nós duas tivéssemos uma conversa definitiva. Não vou negar, meu coração se apertava com a possibilidade daquela conversa marcar o término do nosso namoro. Eu não fazia ideia do que o destino nos reservaria, não tinha certeza de mais nada, a única certeza que possuía dentro de mim era do quanto a Ágatha é importante para mim, não tenho dúvidas nenhuma desse sentimento que mesmo com pouquíssimo tempo ganhou proporções gigantescas.

Assim que entramos percebi o olhar curioso da Ágatha percorrer cada cômodo daquela casa, mas o seu olhar parou mesmo na estante da sala de estar, eu havia deixado muitas das nossas fotos espalhadas por todo aquele ambiente.

 –Não repara na bagunça… A minha mudança ocorreu muito depressa e ainda não tive o tempo necessário para mobiliar toda a casa e arrumar tudo. –comentava sobre as várias caixas de papelões que havia por todos os lados, mas apenas estava querendo puxar assunto.

–Isso é o de menos, sabemos que a desorganizada daqui sou eu. –nessa hora foi impossível não trocarmos um sorriso cúmplice. A minha namorada era mesmo a bagunça em pessoa. –Fico feliz em saber que você mantém nossas fotos espalhadas por aqui.

–Apesar de tudo você me faz bem e ainda somos namoradas… Ou não? –perguntei um pouco temerosa com a resposta.

–Claro que somos namoradas. –notei a firmeza no tom de voz da ruiva e isso me aliviou um pouco.

–Ágatha, você tá com muita pressa? Queria saber se dar tempo para eu tomar um banho e me arrumar, prometo não demorar.

–Relaxa! Não estou com pressa e nem vou fugir daqui. Eu te espero.

–Você já almoçou? Quer tomar uma água, um café? Na geladeira tem suco de laranja e sei que é o seu preferido, não é? Quer também uns chicletes? Na segunda prateleira tem alguns…. –fiz essas várias perguntas sem pensar, estava preocupada com o bem-estar dessa cabeça dura.

–Calma Gi! Respira! Não se preocupa comigo, eu já almocei em casa. Aceito o suco de laranja. Posso pegar na geladeira? –perguntou com um sorriso mostrando aqueles dentes brancos perfeitos que sempre me faziam perder o juízo.

–Pode sim. Não vou demorar no banho. Sinta-se em casa. –disse indo em direção ao meu quarto.

Estava mesmo precisando urgentemente de um banho, o calor estava me matando. Não pensem que é fácil usar sandálias salto 15, maquiagem caprichada, cabelo arrumado e roupas chiques o tempo todo, eu era a verdadeira bissexual com cara de hétero e patricinha… Apesar de estar precisando do banho, o usei como desculpa para ficar um pouco longe da Ágatha. Já disse o quanto minha mente estava confusa com vários sentimentos conflitantes dentro de mim, o banho proporcionaria o relaxamento que tanto precisava.

 –Posso tomar banho com você? –fui acordada dos meus devaneios com a voz da ruiva.

–Ágatha, não começa. Eu falei sério quando pedi para que você me esperasse na sala para conversarmos depois. Nós não vamos nos acertar com sexo. –falei aborrecida tentando esconder minha nudez, mas também com água na boca e me controlando para não atacar minha namorada que estava apenas com peças intimas.

–Desculpa, não quis te atrapalhar… –eu até me arrependi do que havia falado, mas a ruivinha já havia saído do banheiro, e acho que no fundo era melhor assim.

Depois do banho, a maior preocupação era com a roupa que iria vestir. Não poderia ser nada muito rebuscado e nem sexy para não chamar a atenção da minha namorada e desviar o foco da nossa conversa, mas também não iria me vestir como mendigo, apesar de que adorava ficar assim quando estava sozinha. Optei por deixar meus cabelos soltos e ficar descalça mesmo. Vesti um conjunto de shorts e blusa que encontrei jogado do Ursinho Pooh, presente que ganhei da minha mãe no meu aniversário de 22 anos, o último que passei ao lado dela, mas não era momento propicio para pensar nisso…

Munindo das últimas gotas de coragem que ainda me restavam fui para a sala onde sabia que minha namorada já me aguardava. Encontrei-a sentada no sofá terminando de beber o suco de laranja. Ela ali sentada no sofá, toda concentradinha no suco, estava muito fofa e maravilhosa. Minha intenção maior era de me jogar no seu colo e lhe encher de beijos, mas sabia que não podia fazer isso, precisávamos nos resolver saber que o que seria do nosso namoro.

Será que ainda teríamos alguma chance ou era o fim de tudo? Amor existia, disso não tinha dúvidas.

–Ágatha, desculpa pela maneira que te tratei no banheiro. Eu queria mesmo apenas tomar um banho e colocar meus pensamentos em ordem. –disse tocando o ombro da ruivinha lhe tirando dos seus pensamentos.

–Tudo bem. Eu também peço desculpas, sei que deveria ter respeitado seu espaço. –ela disse se virando para mim.

–Eu sei que precisamos conversar, mas não sei nem por onde começar. –respondi passando as mãos pelos meus cabelos em uma atitude nervosa.

–Então me deixa começar… Eu gostaria de ter dar uma coisa. –a ruivinha disse indo até a sua bolsa e voltando de lá com um pacote.

–O que é isso, Ágatha? –perguntei ainda sem entender.

–Abra e você saberá. –respondeu simplesmente. Logo fiz o que ela pediu e fiquei meio boba quando vi do que se tratava.

–Ágatha, você nunca deveria ter comprado isso. Esse smartphone deve ter custado o olho da cara. Eu não posso aceitar esse presente. –disse colocando de volta o aparelho na caixa.

–Achei que merecia pelo menos um agradecimento. Nem que fosse pra dizer que não gostou. –minha namorada foi irônica ao extremo.

–A questão não é essa, quero dizer que esse aparelho custou uma fortuna. Eu não vou ter como te pagar todo o valor dele tão cedo, com a minha mudança comprei alguns eletrodomésticos e tô atolada em dividas de cartões. –esperava que ela entendesse o meu ponto de vista.

–Quem aqui tá falando em pagar?! É um presente que estou te dando, não quero que me pague nada em troca. Foi eu que quebrei o seu outro aparelho celular naquela discussão, então quero que aceite esse smartphone como pedido de desculpas.

–Ágatha, você tá querendo me comprar com um presente caro para fazermos as pazes e fazer de conta que nada aconteceu? –perguntei desacreditada.

–Pensei que você me conhecia o suficiente para saber que jamais iria te dar esse presente visando esquecimento de tudo e fingir que as coisas estão bem. Nós ainda nem começamos a conversar e você já está toda armada. Giovanna, se você não tem maturidade suficiente para conversarmos e nos entendermos, então é melhor terminarmos o nosso namoro por aqui, não há motivo para continuarmos juntas. –não acreditei no que ouvi e mais do que rapidamente explodi de raiva.

–O que é Ágatha?! Se você queria tanto terminar o nosso namoro pra se jogar nos braços da primeira vagabunda que aparecesse, que inventasse ao menos uma desculpa plausível para justificar esse término, ou então que esse namoro acabasse por mensagem. –rebati enfurecida.

–Giovanna, eu posso ter tido todos os meus erros, mas pelo menos eu tentei consertar as coisas, só que você não está ajudando em nada, muito pelo contrário… –a ruiva comentou nervosamente. –Eu não vou ficar com esse smartphone, apesar de tudo, o presente ainda é seu. Faz o que quiser com ele, doa, até joga fora se preferir, mas ele vai ficar aqui. –ela disse colocando o aparelho na mesinha do centro.

–Você tá querendo me comprar, só que isso não vai adiantar em absolutamente nada. Será que você ainda não entendeu? –aumentei o meu nível de voz mais do que o necessário.

–A única coisa que entendi é que não faz sentido continuarmos com esse namoro. A esperança que ainda tinha de podermos nos acertar findou hoje. –Ágatha me surpreendeu tirando o nosso anel de compromisso e colocando sobre a mesa.

–Então você vai tirar nosso anel sem mais nem menos?! –estava mais do que exaltada. –Faça o que você quiser, mas some daqui! –também retirei nosso anel banhado em ouro e joguei na cara da Ágatha.

Sem dizer mais nada vi que a ruiva pegou os nossos anéis e foi embora me deixando sozinha com minhas lágrimas, meu sofrimento, minha dor, meu desespero de saber de que tudo havia mesmo chegado ao fim. Chorei litros até minhas lágrimas secarem e dormi no meio daquela sala exausta em posição fetal, apenas querendo que alguém me protegesse e cuidasse de mim.

 

 

Olá meninas, tudo bem? Infelizmente parece que o namoro da Gi e da Ágatha chegou ao fim. Será que esse romance ainda tem volta? Na quarta-feira volto com mais um capítulo.

Abaixo segue o link com a música da Jessie J.

Beijos.



Notas:



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2 Respostas para 23. Colocando os pingos nos IS

  1. Que merda cara ….
    Eu pedi um capitulo extra semana passada e não rolou, vou pedir essa semana de novo !.

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