–Tia, você vai ter que comprar meu milk-shake, tinha certeza de que a Gi viria e acertei. –essa criança estava toda feliz por ter ganhado a aposta.
–Olá Giovanna. Não esperava te vê por aqui. –a ruiva disse levantando bruscamente da espreguiçadeira. Ela estava mais linda do que possam imaginar naquele biquíni preto. Ficamos um dia sem nos vê, mas parecia uma eternidade.
–Disso eu já sei, acho até que interrompi algo importante… –disse fazendo referência à mulher que continuava a nos observar.
–Não me diz que já tá começando a pensar besteiras, você não viu nada demais. Não disse que iria a um aniversário com seus amigos? –nessa hora já esquecíamos da existência do Enzo, da morena e de todo mundo daquela festa.
–Fui ao aniversário que por muita coincidência do destino é o dos seus irmãos, mas eu não fazia ideia. Sei que você não queria me ver por aqui, então não viria estragar o seu momento. –essa era a verdade mesmo.
Sem querer aumentei o meu tom de voz. Eu estava chateada com a mentira, com o fato da Ágatha não ter me convidado e nem eu mesma sabia o motivo, para completar ainda tinha presenciado uma desconhecida muito próxima à minha namorada. No meu lugar vocês estariam irritadíssimas.
–Tias, por que vocês estão brigando? Vocês são duas mulheres bonitas, não entendo porque estão agindo dessa forma. –nossa troca de olhares foi interrompida pela voz de Enzo.
–Enzo, isso não é assunto pra criança. Vá brincar com os seus amigos. –o garotinho não gostou nada do que ouviu, mas foi brincar com outras crianças, mesmo a contragosto.
–E quem é você? Alguma amiga da Ágatha? –a moça morena indagou. Era a primeira vez que ela se posicionava.
–Não Tainá. A Giovanna é mais do que amiga, é minha namorada. Portanto, pode ir tirando o olho de cima dela. –sim, a ruiva estava com cara de poucos amigos.
–Eu nem sabia que você tinha namorada. Você não me falou nada. –a morena respondeu surpresa.
–Pois ficou sabendo agora. –minha namorada disse voltando a sentar na espreguiçadeira.
–Que bicho te mordeu? Você tá esquisita! –eu continuava a assistir aquele diálogo de camarote e em silêncio.
–Nada que seja da sua conta! –a ruiva rebateu. Ela estava de TPM e eu acho que estava sobrando ali.
–Depois conversamos Ágatha, vou entregar os presentes para os meus cunhados.
–Vai entregar presentes ou tá inventando desculpas para ir atrás do Tiago? –minha impressão ou o meu sogro havia comentado algo?!
–Como é que é? –estava pasma
–Entre briga de namoradas ninguém mete a colher. Ágatha, quando você e sua namorada se resolverem, então você me chama e me apresenta a moça. –nessa hora Tainá simplesmente pegou a limonada e se mandou dali.
–Giovanna, sei muito bem que o Tiago é seu ex-namorado. Por que aceitou sair com ele? –sim, a ruiva estava enfurecida.
–Pelo visto seu pai andou falando certas coisas antes de mim. –murmurei entre dentes.
–Se quer saber, meu pai não falou absolutamente nada. Eu vi você chegando com esse cara e a Daniela, você é tão avoada que não viu quando me escondi e escutei toda a conversa. –agora era Ágatha que alterava o tom de voz e atraia a atenção para nós.
–Não aceitei sair com ele, você mesma viu que a Dani estava presente, e nós somos amigas há muitíssimo tempo, então aquieta esses seus ataques de ciúmes.
–Agora eu sou a ciumenta?! –eu amava a Ágatha, mas nesse dia ela estava impossível… –Queria saber se fosse o contrário…
–Ágatha, você não queria que eu viesse nessa festa, isso é fato. Mas nem por isso tô criando um escândalo por causa disso. –respondi também alterada.
–Então você resolveu sair com seu ex-namorado a fim de fazer uma vingança barata, é isso?
–Eu não tô fazendo nada. Você que tá insuportável e parece que tá inventando qualquer motivo para brigarmos. Só que eu não vou brigar com você. Sua missão fracassou. –respondi bem mais calma.
–Giovanna, você tá falando coisas que não fazem o menor sentido…
–Eu não sei de mais nada! –disse prendendo a vontade de chorar. Minha vontade era de abraçar a ruiva e pôr um fim naquela confusão ali mesmo, mas estava um pouco magoada para isso. –Agora vou indo! –disse já me afastando.
–Espera! –minha namorada apenas tocou meu braço e foi o suficiente para os meus pelinhos se eriçarem. –Posso saber para onde você vai?
–Por hora vou entregar os presentes do Arthur e do Alex. Não serei empecilho para você se divertir e pagar de solteira.
Aproveitei de um momento de distração da Ágatha onde ela estava conversando com a minha sogra e me afastei. Fui parabenizar meus cunhados, fiquei ali conversando com eles durante um tempo. Não conhecia ninguém dali quase, e nem estava a fim de ir atrás da minha namorada. Se ela não queria a minha presença por ali, então tudo bem.
Por sorte Enzo me encontrou e propôs uma brincadeira.
–Tia, quer participar de um campeonato de mergulho? É uma competição de adultos X crianças. Meus amigos já tem um par adulto, mas ninguém quer ser meu par. –ele dizia me abraçando.
–Lindo, isso não será problema. Sou ótima com mergulhos, será fácil nós ganharmos. –disse sorrindo. Finalmente teria alguma distração.
Rapidamente fomos para uma das piscinas onde estava sendo realizado o tal campeonato. Essa criança linda fez questão de me apresentar para os amiguinhos.
–Gente, gente, essa é a tia Gi e ela vai jogar com a gente. Tia Gi, esses são os meus amigos Lucas, Vicente, Ewerlyn, Késsia e Rafael.
Simpaticamente cumprimentei cada uma das crianças e os responsáveis dela que participariam na brincadeira. No inicio era apenas para distrair a minha cabeça, mas eu acabei gostando e me divertir muito. Algumas horas depois percebi que eu tinha razão no que falei, no final das contas, Enzo e eu ganhamos o campeonato de mergulho.
–Parabéns Giovanna! A vitória foi merecida. –o pai de Kessia disse se aproximando de mim. Um homem de uns 35 anos, relativamente simpático, alto e em forma.
–Obrigada, mas foi até fácil. –disse tentando apenas ser educada, mas dar esse assunto por encerrado.
–Além de linda, é modesta. Boa combinação em uma mulher. –melhor eu me livrar desse homem.
–Agradeço novamente, mas preciso ir andando. –disse quando já estava fora da piscina.
–Não gostaria de dar uma volta? –esse homem ainda insistia. Então seria o jeito ter que ser um pouco grossa.
–Olha eu sei muito bem quais são suas intenções comigo. Sou namorada da Ágatha, você deve saber quem é… Então é melhor poupar suas investidas. –respondi tranquilamente.
–Claro, entendo. Desculpa a insistência, não quis parecer inconveniente. –o homem estava sem graça.
–Está desculpado. Com licença.
Assim, fui caminhando toda molhada, apenas de biquíni, procurando pela minha namorada que parecia ter evaporado do nada, não queria mais ficar brigada, pisaria no meu orgulho.
Reparei também que a suposta amiga da minha namorada, a formosa Tainá, havia sumido. Não vou mentir, cogitei a hipótese delas estarem juntas e me traindo, isso doeu muito. Uma dor que durou pouco quando vi Tainá bebendo sozinha.
–Oi. Você sabe por onde anda a Ágatha? –perguntei, mas sem me aproximar muito… Não sei explicar a razão, mas não havia simpatizado com essa mulher.
–Não sei. Da última vez que vi, ela estava conversando com a Alana, mas tem um pouco de tempo.
–Se encontrar com ela, diga que estou procurando, por favor.
–Vejo que você gosta muito da minha amiga. Não quero te desanimar, mas a Ágatha nunca foi de namorar. Conheço essa ruiva há muito tempo, ela apenas está fascinada com essa vida de namoro e ter alguém por perto, mas uma hora ela cansa. –essa mulher parecia saber o que estava falando, mas não me deixei afetar.
–Como você tem tanta certeza disso?! Pelo que saiba você não está na pele da minha namorada para saber o que passa na mente e no coração dela. –disse controlada esperando por uma resposta.
–Você conhece a Ágatha há pouquíssimo tempo. Mesmo que ela escolhesse alguém para namorar sério, isso seria comigo que já estamos conectadas, ou com a Débora, não com você loira. –juro que nessa hora minha vontade era de meter a mão na cara dessa Tainá, mas por nada perderia a elegância. Ainda fiquei me perguntando quem seria a tal Débora.
–Para mim o nome disso é dor de cotovelo. Foi por mim que a Ágatha se apaixonou e ama, não por você. A realidade é bem diferente do que você gostaria que fosse. –percebi uma fúria no seu olhar.
Dei-me por satisfeita e continuei a busca pelo meu amor. Agora mais do que nunca não queria ficar brigada.
Em determinado momento fui obrigada a parar minhas buscas, precisava ir ao banheiro urgentemente. Quando estava entrando no local alguém me empurrou e entrou em seguida. Claro que eu gritei muito alto, foi um susto tremendo.
–Giovanna! Será que não dá pra você fazer menos barulho? –só mesmo essa voz conhecida para disparar meu coração, além do susto é claro.
–Ágatha, tá ficando doida?! Quer me matar?! O que tá fazendo por aqui? –meu coração ainda continuava descompassado.
–Gostaria de conversar, pedir desculpas pelo meu comportamento infantil. Não sei lidar com algumas emoções novas, o ciúme é uma delas. –liguei a luz e percebi seu olhar arrependido.
–Precisamos ter essa conversa dentro do banheiro?! Me espera lá fora e conversamos depois do aniversário.
–Ainda vai demorar muito tempo pra essa festa acabar… E você com esse biquíni branco, não tá dando pra resistir.
Ágatha foi se aproximando de mim. Ela continuava com o mesmo biquíni preto e os cabelos molhados. Ali naquele espaço minúsculo começaríamos a fazer as pazes.
Não nos víamos há dois dias, mas parece que já era uma eternidade. Nossas bocas se encontraram com fúria, nossas línguas brigavam furiosas. Havia muito desejo e saudade reprimida. Ágatha estava mais sedenta do que o normal.
Com um pouco de força, minha namorada me pegou no colo e me pôs sentada sobre a pia. Ela desceu beijando meu pescoço e rapidamente arrancou todo meu biquíni, me deixando completamente nua, a sua disposição.
–Que saudade de você minha loirinha! Saudade desse seu cheiro inebriante e desses gemidos ecoando. –meu amor dizia enquanto sugava, chupava meus peitinhos e se inebriava com meus gemidos.
Posteriormente Ágatha desceu beijando e mordendo todo meu abdômen e minhas coxas.
–Você vai me chupar?! –perguntei trazendo minha namorada para cima de mim, lhe beijando ardentemente.
–Vou fazer tudo o que você quiser. –respondeu mordendo o lóbulo da minha orelha.
–Então me chupa, amor. Por favor, dá essa língua pra mim.
Sentindo meu desespero e minha entrega, minha namorada fez exatamente o que pedi. Ela abriu minhas pernas o máximo que pôde e se pôs a chupar sem parar. Chupava toda minha vagina com uma vontade imensurável, não demorou para encher sua boca com meu mel.
–Te amo, Ágatha! –respondi gemendo após atingir o ápice.
Trouxe-lhe para perto de mim, recomeçamos a nos beijar. Percorri o caminho que eu tanto conhecia e já amava. Aquele pescoço, o colo… Tudo nela era minha perdição.
–Sabe Ágatha?! Mesmo você sendo meio infantil as vezes, muito impulsiva e ciumenta, não consigo esconder mais para ninguém o quanto te amo. –respondi enquanto acariciava seus fartos seios.
Fiz questão de puxar aqueles cabelos fogos, minha namorada retribuía arranhando minhas costas enquanto lhe chupava ardentemente, mas não lhe deixaria gozar tão fácil.
–Gi, não maltrata!
–Ágatha, diz pra mim que você é só minha! –implorava mordiscando seu clitóris.
–Sou só sua amor, por completo. Tudo em mim te pertence.
Depois desse desabafo me concentrei apenas no seu clitóris e nos olhos castanhos adquirindo uma tonalidade escura, sinal de que o orgasmo se aproximava. Como previa logo meu amor gozou.
No meu intimo sabia que para a Ágatha esse sexo rápido significava que estávamos de bem, mas ela estava bastante enganada se pensava que cederia tão fácil, só que por hora eu estava satisfeita.
Ciúmes parece que não é um mal apenas da Gi. Será que a infantilidade, ciúmes da Ágatha, ou algo a mais atrapalhará o namoro da Giovanna e da ruiva? Façam suas apostas. Beijos.