Alex e Erika estavam na cozinha terminando de preparar um café da manhã cheio de coisas saudáveis para Beth e elas mesmas. As duas riam e brincavam, Alex sempre fazendo alguma gracinha ou piada ou provocando um pouco a morena. Elizabeth chegou e parou se debruçando sobre a bancada que separava a cozinha da sala e encarou as duas até que elas a notaram.
– Bom dia Beth – falou a guitarrista com um sorriso enorme.
– Eu confesso, nesses ultimos dias eu achei que vocês eram silenciosas – falou ela suspirando e encarando as duas com uma expressão entre tédio e irritação – Mas pelo jeito eu só me enganei mesmo. Erika, faça um favor e não deixe a Alex na seca por tanto tempo de novo, quem sabe assim vocês se controlem mais.
A morena ficou tão envergonhada que nem conseguiu responder, já Alex não sabia se ria ou se pedia desculpas o que fez a guitarrista ganhar um belo tapa. Mas logo depois Beth começou a rir da cara das duas e Erika não teve como não rir também, mesmo estando muito vermelha.
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– Eu não acredito que você fez isso – reclamava Alex sentada no banco da frente ao lado da morena que dirigia o carro de Elizabeth – Não acredito.
– Porque? É só que eu não quero realmente saber – falou Beth rindo no banco de trás – Não é importante. E eu quero a surpresa.
– Foda-se! – falou Alex ainda indignada – Eu não quero a surpresa! Como vou poder começar a comprar os presentes pro meu sobrinho ou sobrinha se nem sei se vai ser um menino ou uma menina???? Como posso começar a planejar os nomes e apelidos e coisas que vou ensinar pra ele ou ela se não sei se é Ele ou Ela????
– Alex! – cortou Beth rindo – Quem vai carregar essa criança sou eu! Quem vai ficar com a barriga enorme e com as dores nas costas sou eu! Quem vai dar a luz sou Eu! – falou ela ainda rindo – E eu não quero saber antes do bebê nascer e pronto.
– Então deixa o médico descobrir e contar só pra mim – falou Alex como se fosse a coisa mais obvia a se fazer.
– NÃO! – gritou Beth, mas ela continuava rindo da cara indignada que a guitarrista estava fazendo – Se eu não vou saber ninguém mais vai e ponto final.
– Tá! Já chega as duas – falou Erika se segurando para não rir – Alex, se a Beth quer assim nós não temos o que discutir. É a vontade dela e a mãe do bebê é ela então não temos o que falar mesmo nós duas sendo as tias e madrinhas e tudo o mais. E Beth, por favor, reconsidere essa decisão. Eu também estou morrendo de vontade de saber se é menino ou menina.
– Não Erika! Eu não vou saber e nem ninguém mais vai – insistiu Elizabeth cruzando os braços, mas com um pequeno sorriso – Mas como você está sendo gentil ao me pedir isso eu posso prometer pensar no assunto até a próxima consulta e o próximo ultrassom – disse ela sorrindo e fazendo Alex rolar os olhos.
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– Me deixa levar vocês ao aeroporto – choramingava Beth com uma expressão triste enquanto Alex e Erika colocavam as malas perto da escada.
– Não, Beth – falou Erika se virando para a amiga – Eu não quero você dirigindo na estrada assim, ainda mais de noite.
– A Erika tem razão – concordou Alex abraçando a outra de lado – Nós voltamos o mais rápido que pudermos, Beth. Não fica assim – falou a guitarrista sendo abraçada por uma grávida chorosa.
– Vou te ligar todos os dias – disse Erika abraçando as duas – E vamos conversar horas, eu você e a Alex. Você vai ter que nos contar até quantos centímetros sua barriga cresceu e tudo o mais que te aconteceu o dia todo pra gente saber que você está se cuidando.
– Ok, é bom ligarem mesmo – falou Beth soltando um braço de Alex e abraçando com ele a morena – Eu vou sentir tanta falta de vocês.
– E Beth – disse a maior fazendo a amiga encará-la – Promete que vai procurar a minha mãe e contar tudo pra ela. Explicar certinho o que você e o Phill fizeram antes dele morrer e mostrar as assinaturas que ele deixou no contrato com a clínica.
– Você sabe que eu não quero a sua mãe regulando a minha vida, não sabe? – perguntou Elizabeth ficando emburrada e cruzando os braços.
– Sim, eu sei. Mas você não tem que deixar ela controlar nada sobre você – falou a morena com uma paciência enorme – E depois, quando o bebê nascer ele vai ser registrado com o nosso sobrenome. Além disso ela é a avó dessa criança, ela tem o direito de poder acompanhar a sua gestação.
– Queria saber a quem você puxou pra sair assim tão sensata – murmurou Beth com um sorriso calmo – Ok, eu prometo. Vou procurar a Sra. Judith Anderson amanhã de manhã e explicar toda a situação pra ela.
– Minha mãe sempre gostou de você, Beth – disse Erika sorrindo – Ela vai acreditar, ainda mais depois de você mostrar os contratos e toda a documentação.
– Não sei não se ela ainda gosta de mim – falou Elizabeth rindo – Não depois de todos na cidade estarem sabendo que eu deixei você e a sua namorada morarem comigo por quase um mês. Eu nem imagino o que esse povo pode estar especulando.
– Gente idiota fala demais – resmungou Alex, mas Erika apenas riu.
– Não me importo nem um pouco – falou a morena antes de abraçar novamente a amiga – Eu vou sentir sua falta, Beth. Vê se cuida de você e dessa criaturinha que tá crescendo aqui dentro – falou ela antes de sorrir e se abaixar na frente de Beth – E você – falou a lutadora com as mãos sobre a barriga da amiga – Seja bonzinho ou boazinha com a sua mamãe. Não a chateie muito e se ela fizer algo que não deve você pode até dar um chutezinho pra avisar ela.
– Minha vez – falou a guitarrista depois da morena levantar, Alex abraçou Elizabeth dando um beijo no rosto da mesma ante de se abaixar e colocar o rosto bem perto da barriga da outra – Sua incrível tia vai, mas ela volta logo, ok bebê? Não deixe a sua mamãe aprontar enquanto eu e a tia Erika estivermos longe, ouviu? Eu não sei como chamar você ainda, por culpa da sua mãe, mas saiba que eu já to preparando as nossas primeiras aventuras.
– Ai eu vou sentir muita saudade de vocês – choramingou Elizabeth abraçando as duas de novo e chorando um pouco – Eu vou me cuidar, prometo pra vocês. E vocês duas se cuidem também e nada de se machucar desse jeito de novo Erika, não me deixe preocupada desnecessariamente.
– Nós vamos nos cuidar sim Beth – falou Erika sorrindo.
Então Alex e Erika beijaram o rosto de Beth ao mesmo tempo fazendo a outra rir. Elizabeth ainda chorou um pouco enquanto elas colocavam as malas no carro , mas ela sabia que não seria por muito tempo que ficaria sem ter as duas por perto.
No dia seguinte, quando contou a Sra. Anderson sobre a gravidez, Beth passou por momentos bem estressantes até conseguir provar para a quase sogra que a criança era mesmo do Phill. No fim Judith não teve tantas dúvidas por reconhecer a letra do filho e porque ela sabia o quanto Elizabeth havia amado e ainda amava Phillip. Como Beth temia, ela insistiu em estar presente durante a gestação, mas exigiu também que, depois do bebê nascer, ele teria que passar por um teste de DNA para comprovar a paternidade de Phillip, exigência com a qual Beth concordou e apoiou.
Nos meses seguintes Alex conseguiu um contrato onde a banda gravaria um EP com 5 músicas que seriam distribuídas em algumas rádios. Se tudo desse certo com uns seis a oito meses eles conseguiriam a gravação de um álbum maior e talvez até um contrato maior. Já Erika conseguiu se recuperar muito bem da ultima lesão e, apenas 4 semanas depois de terminado o período de recuperação, ela já tinha voltado ao peso ideal e a sua costumeira condição física.
O inverno chegou com relativa força no Texas, mas Elizabeth contava que em Oregon a neve já cobria bem as ruas em alguns dias e que em outros o frio era bem presente. As festas de fim de ano se aproximavam e tudo se coloria para o natal. No final de dezembro, perto do dia 20, Erika voltou a lutar. Uma adversária com duas lutas e duas vitórias, uma por pontos e outra por submissão. Mas a morena ganhou facilmente depois de conseguir imobilizar a outra e torcer o braço da oponente. Vitória essa que rendeu a visita de um Pablo contentíssimo trazendo elogios de sua chefe.
Perto do ano novo a morena recebeu a notícia de que o lançamento dos produtos exclusivamente destinados à mulheres da empresa que a patrocinava estavam para acontecer e que a dona da empresa queria que ela gravasse um pequeno comercial para a divulgação da linha de produtos junto com uma sessão de fotos para as propagandas. Alex não ficou muito contente foi com a data marcada para a gravação que coincidia com um dia de gravações importantes de forma que a guitarrista não sabia se conseguiria ir com sua morena para as tais gravações.
Quanto a Elizabeth, tudo parecia ir muito bem com ela e o bebê, exceto que a futura mamãe teve de proibir a futura avó de ir com ela as consultas. Beth não a queria nas consultas porque sabia que ter ela lá não seria como ter Erika e Alex então ela preferia ficar sozinha. Claro que isso não agradou Judith, mas Beth insistiu até que conseguiu. No fundo Elizabeth não gostava de ter Judith tão perto, o fato da mulher simplesmente ignorar que Erika tinha estado ali a pouco tempo a irritava profundamente, mas pra seguir um pedido da morena Beth resolveu aturar.
Erika e Alex passaram todas as festas de fim de ano com os Lancaster na casa da guitarrista com toda, ou quase toda, a banda e os amigos da academia da morena que vieram no ano novo também. O namoro das duas era cada vez mais sério e a cada dia que se passava era possível notar o quanto uma se sintonizava mais com a outra. Em alguns meses a lutadora e a guitarrista já eram confundidas com casais de longa data o que deixava ambas muito felizes porque era a prova de que elas davam certo. E com isso mudou o ano e as coisas começaram a se encaminhar para o campeonato entre academias ser finalmente organizado.
Tudo parecia correr bem. Bem até demais.
Oi Alini!!
Tudo numa boa??
Pra variar adorei o capítulo, Alex enchendo a paciência da pobre Beth pra saber o sexo do bebê kkkkk só rindo, que figura. A amizade entre elas é muito linda. Érika tem uma família maravilhosa.
Que vocÊ vai aprontar, gzusssss??!!!
Olá =]
Alex é incrível e a amizade de todas elas é linda mesmo.
Hehe, tenho algumas surpresas, serão interessantes
Bjs
;]