Freya: A Reconstrução
Texto: Carolina Bivard
Revisão: Naty Souza e Nefer
Ilustrações: Táttah Nascimento
Capítulo 34 – Epílogo – Parte Final
— É verdade o que estou falando, Brid. Tomei banho em um riacho, vi alguns animais primatas e até comi uma fruta de gosto doce, mas que deixava uma certa, como posso dizer… adstringência na boca. Ah, e manchou meu uniforme de um jeito que nem uma lavagem mais robusta resolveu.
— Incrível! Todos diziam que meus antepassados degradaram as reservas naturais aos extremos e poluíram tanto o planeta, que ele estava praticamente inabitável, quando houve a “extração”. A camada de ozônio não conseguia mais filtrar os raios solares radioativos, impossibilitando a permanência na Terra.
— O ecossistema de seu planeta ancestral é incrível! Nunca vi nada igual. E olha que já conheci muitos planetas. Quando a IA da nave me reanimou…
— Como assim? A IA teve que reanimar você?
Decrux perguntou e todos ansiavam pela resposta.
— Isso é uma longa história. A nave golpista deu um pouco de trabalho, mas conto outra hora.
Edith fez um gesto abanando a mão para dispersar o assunto e retomou seu relato anterior.
— O fato é que tive que permanecer lá no sistema… como você o chamou mesmo, Brid?
— Sistema solar.
— Isso. Como tive que permanecer no sistema solar para me recuperar, a IA sugeriu que eu fosse para o planeta. Disse que era garantido não ter radiação. Então, falei para ela pousar em um local que tivesse água potável. Ela desceu em uma praia em que um rio desembocava.
Edith parecia maravilhada ao contar a sua aventura. Inspirou um pouco de ar, como se rememorasse o perfume do lugar. A mudez tomava o grupo. Todos esperavam que ela concluísse a história.
— Embora sem nuvens e o sol estivesse aberto, a brisa do mar não permitia que eu tivesse a sensação de calor. A aragem era fresca. Fui até o rio e analisei a água antes de entrar.
— Você entrou no rio?
Era uma pergunta boba para uma pessoa com o cabedal de conhecimento de Bridget, porém todos que estavam à volta pareciam compartilhar da curiosidade quase infantil.
— Entrei sim. A água era pura, mesmo contendo compósitos de folhas. Estava com uma vontade louca de me banhar e me refazer. Quando estava no rio, vi alguns primatas pequenos e resolvi explorar um pouco a mata. Eles comiam essa fruta e a analisei também. Era própria para consumo e a comi. Um saber doce… muito bom. Colhi algumas e coloquei-as no bolso. – Edith riu. – Foi meu grande erro. Ela manchou meu uniforme de um jeito que não posso mais usá-lo em público.
O olhar de Bridget e da tripulação da nave Decrux estava vidrado e os ouvidos atentos, fascinados com os relatos. Tryon, o arqueólogo da nave, havia se juntado ao grupo, quando Oton o chamou num gesto. Como os outros, permanecera calado até então.
— Há resquícios da civilização da época?
— Chegarei lá, senhor…
— …Tryon. Prazer, sou o arqueólogo da nave.
— Prazer, senhor Tryon. – Ela estendeu a mão para cumprimentá-lo. – Bom, entrei na mata e não andei muito até achar ruínas de uma cidade. Ela estava tomada pela mata e areia. – Virou-se para Bridget. – Parece que seus ancestrais não eram muito inteligentes. Me pareceu que fizeram a cidade sobre o solo das matas de beira de mar e invadiram a parte da areia.
— Eles chamavam de restinga… Isso no hemisfério sul do planeta. – Bridget respondeu. – O planeta Terra era um pouco diferente do que vemos como civilização nos planetas de hoje. Ele era dividido em setores, que chamavam de países e, cada país tinha seu próprio governo e sua própria cultura e idioma. Ao que parece, não importou muito esse tipo de divisão, pois todos fizeram a mesma burrice. – Bridget tomou um alento, visivelmente desanimada. – Por tudo que leio e pesquiso de meus ancestrais, eles só se importavam com poder e dinheiro.
— E como conseguiram se reerguer em uma nação que conquistou um quadrante inteiro? O Espaço Delimitado é grande e rico.
— Vertana, já viu como vive a República e Cursaz? – Bridget devolveu a resposta numa pergunta. – Continuam pensando em poder e dinheiro e arruinando inúmeros planetas que estão à disposição deles. Nem sei como destruíram um planeta tão rico naturalmente.
— Talvez seja por essa riqueza natural que a Terra tenha se regenerado.
— Eu tenho outra teoria. – Bridget interrompeu a amiga. – Não havia a presença de ninguém para impedir o seu processo natural. Os seres humanoides são uma praga; e não digo isso somente por conta da minha espécie. Como antropóloga, nunca conheci uma espécie senciente humanoide que não passasse por processos de destruição de recursos, antes de tomarem consciência de que precisariam mudar para não se extinguirem… Bom, a minha espécie ainda está no processo de destruição.
— Muitos retornam ao erro, ou continuam o processo de autodestruição, Brid. Não é um “privilégio” dos terráqueos, pelo que estou concluindo.
A Olaf suspirou ao expressar seus pensamentos. Todos sabiam ao que ela se referia e sentiam seu ar melancólico.
A antropóloga-comandante voltou à preparação da carne e colocou mais na churrasqueira. Recebeu um beijo estalado no rosto de sua noiva e sorriu de lado para ela. Kara estava tranquila e parecia feliz. Há alguns anos, se dissessem que teria uma casa em um rancho e uma família novamente, riria dessa pessoa.
— Agora vou esperar para que essa “leva” asse para almoçarmos. Kara, – chamou a atenção da noiva. – Faz uma caipirinha para mim do jeito que te ensinei?
— Já tá abusando…
— Pode fazer para mim também? Vou abusar. – Edith pediu – Essa bebida é viciante!
— Espera só para ver quando “bater”… — Helga comentou. – Já entrei nessa de “que bebida gostosa!” e me dei mal.
Os amigos riram. A festa se estendeu durante a tarde toda e à noite, Bridget e Kara despediram-se dos últimos convidados. Abraçaram-se e trancaram a casa.
— Tocar playlist trinta e cinco.
Bridget pediu e um som calmo se expandiu pela sala.
— Vou tomar um banho. Estou exausta!
—Pelo visto, está exausta e feliz. – A Ministra lhe deu um beijo breve no rosto. – Tome um banho em nosso banheiro e eu tomo no banheiro social. Quero apreciar um pouco mais da nossa bebida, mas só eu e você.
— Isso é um convite?
A pergunta de Bridget vinha carregada de insinuações.
— Quem sabe?
Kara a empurrou pela cintura para o corredor dos quartos.
— Vai lá! – Resmungou. – Nem me tente. Não vou tomar banho com você agora. Estou imunda e suada e vou tomar meu banho sozinha.
Bridget fez um muxoxo fingido, divertindo-se com a noiva. Foi para o quarto e meia-hora mais tarde retornava à sala lançando no ar um leve perfume de floral-amadeirado. Vestia-se com roupas leves e confortáveis e, assim que chegou à sala, pôde ver que Kara já estava banhada também.
Ela jogou seu corpo no sofá, cansada da festa. Retirou os pés do chinelo e colocou-os sobre a mesinha de centro, relaxando. Kara estava preparando o último drink na bancada da cozinha, que nada mais era que um balcão que separava da sala.
— Está feliz?
Bridget fez um sinal com a cabeça, com um sorriso discreto. Imaginou, durante os dias de batalha, que seu único porto seguro, no qual estava firmada a sua felicidade era o rancho e o abraço da sua futura esposa. Ela só queria ter aquele lugar para chegar, depois de uma expedição e encontrar a pessoa que amava feliz e ao lado dela.
Kara terminou de fazer o último drink e se sentou ao lado da noiva. Deu um copo para ela e levou o outro até a boca para apreciar a bebida.
— No que está pensando?
Bridget estava calada e Kara resolveu quebrar o silêncio. Algo martelava na mente da noiva e estava lhe incomodando.
— Nada demais. – Respondeu de forma simples.
— Não sou boba, Brid. Sei que está com a cabeça no planeta Terra. Depois que Edith contou a história, você ficou ensimesmada durante a festa. Quer montar uma expedição para lá, não quer?
— Você me conhece mais até do que eu mesma. Não pensava em montar nada por agora, mas a ideia está me atormentando mesmo.
Bridget desencostou-se jogando o corpo para frente, apoiando os cotovelos nas coxas. Circulava o copo entre os dedos e seus pensamentos vagavam.
— Se a República ou Cursaz souberem que o planeta está “vivo” novamente, o reivindicarão. Não posso deixar isso acontecer, Kara. O quadrante do sistema solar não tem muitos sistemas habitados, mas também não tem muitos planetas com recursos. Por isso que meus ancestrais se expandiram para além daquele quadrante e quando chegaram ao que hoje chamamos de Espaço Delimitado, fincaram raízes.
— Acha que eles poderão colocar uma colônia lá novamente?
— Não acho somente. Por tudo que vivi na República, eu tenho certeza. A partir daí, escravizarão planetas inteiros com menos tecnologia.
— Então acho que terá a missão de reivindicar o planeta Terra para a coalizão do sistema de Ugor.
— Coalizão do sistema de Ugor? O que quer dizer com isso?
Kara inspirou fundo. Bridget era uma mulher de ação e muito inteligente, porém, não gostava de jogos políticos e certamente, não pensava em conexões diplomáticas futuras.
— Freya não tem uma frota forte para proteção de um planeta tão distante, caso futuramente a República vier a encrencar. Edith que o redescobriu e viu ser um planeta viável. Se você quiser estar lá para estudar o planeta, teremos que ter apoio. A coalizão do sistema Ugor nos permite fazer acordos de cooperação. Monte um projeto de pesquisa e fale com Helga.
— Entendo. Esse projeto terá que ser de todo o sistema Ugor e não somente entre Ugor e Freya, pois despertará certo constrangimento e desconfiança entre os outros planetas do pacto.
— Isso. Nós precisamos fazer projetos futuros e mais consistentes com nossos aliados. Não podemos mais viver isolados. Freya tem que se recuperar desse novo impacto que sofremos.
As duas mulheres se calaram. Estavam absortas em pensamentos. Bridget voltou a se recostar no sofá, tentando relaxar. Bebericou do copo de caipirinha. Mesmo cansada e ligeiramente “alta” pela bebida, os pensamentos sobre a vida das duas começaram a bater na porta de seus sentimentos mais profundos.
— Precisamos conversar, você sabe sobre o que.
Kara pressionou a noiva. Bridget a encarou fixamente.
— Ah, Kara! Agora? Não pense que não sei que percebeu a minha angústia. Vai ser um saco se começar a me sondar com esses novos dons que adquiriu.
— Agora não. – Kara riu, os lábios tortos pela bebida. – Estamos embriagadas demais para discutir sobre nosso futuro. – Gargalhou. – Estou trabalhando para controlar e bloquear naturalmente minha percepção. Lembre-se de que nunca fui alomar, antes disso tudo acontecer. Tenho que aprender o que todos os alomares aprendem desde cedo. Peço paciência. Não é ético que eu perceba alguém no dia a dia, como fiz com você. Desculpa.
— Bem, nesse caso, eu quero discutir outro assunto. Pensei que você falaria sobre as mudanças legais em Freya, que nos afetam diretamente.
— Filhos.
— Não quero pensar nisso hoje. Estou de muito bom humor para me aborrecer sobre esse tipo de conversa, imaginando que o congresso de Freya vai deliberar sobre algo que irá decidir a nossa vida.
— Mmm… Então quer discutir sobre nosso futuro, mas não quer? Não entendi bem o que pretende.
— Quero discutir nosso futuro, mas não o assunto filhos, por enquanto.
— E sobre o que quer falar, amor?
Bridget fitou a noiva virando a sua cabeça de lado. Os lábios ligeiramente esticados, mostrando claramente que havia gostado de ter sido chamada de amor. Não era muito afeita a esse tipo de melodrama romântico, entretanto reavaliara a sua vida nos últimos tempos.
Muitas coisas aconteceram na vida da comandante-antropóloga e esteve, várias vezes, a ponto de morrer ou perder pessoas que amava, assim como perdera seus pais e a primeira mulher que amou. Talvez por conta desses fatos, tivesse se fechado em seu jeito de encarar o lado pessoal e, até mesmo, o amor.
Durante muito tempo, não quis dar oportunidades para viver plenamente o aconchego familiar e amoroso. Sentia que se abrisse demais para apreciar as coisas simples da convivência com amigos, ou mesmo com uma companheira, poderia se machucar outra vez, caso algo ruim acontecesse.
Ultimamente pensava que valia a pena se arriscar, assim como se arriscava em batalhas e em encontros com sociedades agressivas, quando estudava um novo planeta.
Entrelaçou a sua mão na mão livre da noiva, levando-a até os lábios. Beijou no dorso. Virou a palma da mão de Kara para cima e a beijou no centro dela. Inspirou fundo. Apesar de ter a mente ligeiramente embaçada pela bebida, sabia muito bem o que sentia, pois não era diferente do que sentiu, há pouco mais de três anos, quando a conheceu.
— Existe uma razão para esse beijo?
Kara perguntou extasiada. Olhos alegres observavam a comandante, conhecedora de que, na mente dela, nada era sem propósito. Já conhecia o significado daquele tipo de beijo. Era uma jura de amor eterno, contada em histórias e mitos de outras civilizações. A Ministra se encantava com esse jeito de sua namorada, em encarnar sutilmente o carinho e declarar o amor que sentia por ela, através de gestos simples e cheios de mensagens veladas.
— Estamos falando de nosso futuro.
Bridget deu uma pausa na fala e Kara permaneceu expectante.
— Quero me casar com você e… sem demora. Não quero nada grande, sabe…
O rosto encabulado de Bridget ao falar, fez Kara apertar a mão da comandante em conforto. Ela não era alguém fácil de expressar os sentimentos e, quando o fazia, a Ministra sentia todo o amor que ela emanava. Podia percebê-la mais, com sua percepção alomar, tornando tudo muito mais intenso.
— Temos vidas muito diferentes e loucas. – Bridget suspirou. – Você, envolvida na vida política e decisões de um povo inteiro, e eu, viajando em missões científicas-antropológicas.
Não havia nada mais lindo para a Ministra do que ver a mulher que amava se enrolar em explicações para dizer algo tão simples. A ministra mesmo embriagada, além até mesmo do que a própria Bridget estava, intuía onde a conversa iria parar. Prendia o riso, que sairia solto, pois a resposta à pergunta da noiva ela já tinha em mente: seria sim. Deixou a comandante seguir na declaração. Queria ouvir e sentir seu coração bater forte.
— Eu… Eu não quero deixar a nossa vida passar sem poder apresentar você como a minha esposa e eu, sendo a sua esposa, entende?
Um simples menear de cabeça de Kara, com um olhar amoroso, fez a comandante entender que deveria falar rapidamente. Estava deixando a noiva ansiosa.
— O que eu quero dizer é que quero me casar com você essa semana, no máximo daqui a duas semanas. Não quero perder mais tempo com coisas inúteis e fúteis. Temos emprego, temos casa e é mais do que muita gente em muitos outros planetas têm.
Bridget segurou a cabeça de Kara e a beijou forte. Separou-se e olhou diretamente em seus olhos.
— Quero viver minha vida ao seu lado. Você esteve comigo em momentos difíceis e em muitos de felicidade, também. Me fez rir e chorar de alegria. Confiou em mim, quando a sua vida dependia de alguém que nem ao menos conhecia na intimidade. Sou muito apaixonada por você, Kara. Casa comigo, mas não daqui a um mês ou um ano. Casa comigo agora!
A Ministra segurou a aliança de noivado que estava em seu dedo anelar e girou. O olhar estava perdido.
— Podemos nos casar amanhã? A essa hora será difícil achar um juiz de paz.
Bridget abriu um largo sorriso, trazendo a noiva para outro beijo mais demorado, enlaçou-a, conduzindo a Ministra aos poucos para se acomodar encaixada em seu colo. Separaram-se e Kara fez um carinho no rosto da comandante. Ela não tinha mais o cabelo longo de quando se conheceram, contudo, a fisionomia ficava aparente e Kara sentia no toque a maciez da pele.
— Eu te amo demais, Brid!
A jura de amor sucedeu mais um beijo carregado de paixão. Kara começou a ondular seus quadris sobre a pélvis de Bridget, acendendo a fagulha que aquecia os corpos. Separaram-se do beijo, olhos embaçados pela excitação e as respirações mais aceleradas.
— Você não disse que estava cansada e bêbada?
Bridget sussurrava, acometida pela embriaguez, não da bebida, mas pela sensual dança que a noiva fazia sobre seu colo.
— Estou cansada, mas não estou morta e ligeiramente alcoolizada. Não afetará muito a minha performance. – Respondeu sensualmente. – Talvez demore um pouquinho a chegar lá… Está cansada?
A insinuação carregada de provocação fez a comandante sorrir.
— Cansada da festa sim, mas não a esse ponto.
Bridget segurou a cintura da noiva, trazendo seu corpo para mais perto, deixando os seios na direção de seus lábios. Beijou entre eles, por cima da blusa de tecido fino e aspirou o perfume de banho fresco. Kara a empurrou para se recostar novamente ao sofá, o olhar lascivo.
A Ministra afastou o cós elástico da calça e deslizou a mão devagar, até chegar a seu próprio sexo. Bridget apertou os lábios e não controlou os quadris, quando involuntariamente se elevaram na busca por maior contato. Via a mão de Kara afagar a intimidade, e o rosto figurando a delícia de se sentir. Quanto mais Kara apertava os olhos, imaginando as reações da noiva, mais lhe dava vontade de friccionar o clitóris, que se tornava rígido ao próprio toque.
Jogou a cabeça para trás, vislumbrando o teto da sala, num momento de grande excitação, imaginando a língua morna de Bridget a cobrir sua vulva, ou que ela a penetrasse profundamente.
A comandante arfava com a visão, agarrando o estofado do sofá e movendo mais rápido a pélvis. Ansiava estar nela. Dentro dela. O contato entre os corpos era pouco para aplacar a sua vontade. Segurou os quadris de Kara para pressioná-los mais contra si.
— Pega ali…
Kara apontou na mesinha de canto um nécessaire, que Bridget conhecia bem.
Como não a vi trazê-lo para cá?
Pensou, mas logo se dispersou, inebriada pelas ações da noiva. Esticou a mão para pegar o objeto. Abriu o “case”, retirando o dildo orgânico feito exclusivamente para ela. Estremeceu ao lembrar da sensação que lhe dava ao acoplá-lo em seu corpo. Ele se modelava, colando-se à pele e se encaixava perfeitamente em sua genitália, delineando-se internamente ao ponto da sensibilidade ser aguçada em cada movimento que perpetrasse em sua parceira.
Abraçou Kara, auxiliando-a a deitar no sofá, enquanto despia-se e encaixava o dildo. A Ministra diminuiu o ritmo de seus dedos observando atentamente a noiva desfazer-se das roupas.
— Por Eiliv! Você é maravilhosa!
Bridget sorriu de lado diante do elogio, terminando de se despir, vendo a noiva fazer o mesmo. Kara se recostou novamente nas almofadas e passou a alisar os seios suavemente com uma das mãos e voltou a tocar o clitóris com a outra. Gemeu, ao ver a comandante se aproximar e se ajoelhar entre suas coxas, tomando o lugar de seus dedos, trocando pelos dela.
— Você tá gostosa demais, Kara…
A comandante apertou os lábios e cerrou os olhos apreciando a sensação de seus dígitos deslizarem sobre a fina pele umedecida pelo líquido abundante viscoso e morno da companheira. Debruçou-se sobre ela, sem desfazer o contato de sua mão sobre o sexo de Kara, levando a boca até um dos seios, dividindo o espaço com os dedos da Ministra que ainda alisavam o mamilo.
Kara começou a retirar a mão aos poucos, rendida pela delícia dos lábios da comandante. A boca atrevida seguiu os dedos, abarcando-os. A Ministra abriu ligeiramente as pálpebras para ver lábios e língua, acariciar e chupá-los. A visão excitante se conectou diretamente com seu núcleo, que era igualmente acariciado, não mais pela mão de Bridget, mas pelo roçar do pênis, que agora friccionava o clitóris, em um vai e vem da pélvis da noiva.
Não era penetrada, e não importava muito, pois o corpo já reagia numa excitação louca. Bridget não permitiu o gozo da noiva chegar, afastou-se ligeiramente e a Ministra resmungou, agarrando a cabeça e trazendo para um beijo, apreciado por ambas. Gemeu outra vez, ao sentir a comandante resvalar o membro para dentro dela, entrando devagar.
Tudo parou por segundos, que pareciam intermináveis, até Bridget iniciar a sua dança e ambas travarem os dentes, sugando o ar entre eles, mostrando o quanto a delícia do momento as estimulava.
A comandante ajoelhou, pegando as pernas da noiva, pousando-as sobre seus ombros, enquanto a penetrava. Os quadris ondulavam e, a cada estocada, as inervações do dildo orgânico conferiam a exata temperatura e sensibilidade da fricção das paredes da vagina de Kara em seu próprio corpo. O ritmo acelerou, à medida que a própria Kara ansiava pelo gozo para extravasar todo o seu amor.
Gemeram. Gemeram juntas e arfavam satisfeitas na onda de sentimentos.
Kara começou a chorar convulsivamente, assustando a comandante, que se alojou a seu lado, abraçando-a. Tentava lhe dar conforto e, assustada, acreditou tê-la machucado.
— Desculpe, meu amor… Desculpa.
Falava atabalhoada, trazendo a cabeça da noiva para pousar em seu ombro.
— Não… – Kara sussurrou. – Não me machucou.
— Se não a machuquei, o que foi, meu amor?
Entre as lágrimas, Kara sorriu, achando graça da “sua comandante” chamá-la tantas vezes, num só dia, de meu amor. Apressou-se a explicar, para acalmar a noiva.
— Ainda não controlo essa “coisa” de alomar. Não senti só a mim. Senti todo o seu amor resvalando através de minha alma.
Bridget e Kara chegaram de mãos dadas na clínica. Estavam nervosas. Na sala de espera, Helga, embora estivesse sentada, não mostrava a postura tranquila que era normalmente a sua característica. As mãos enlaçadas sobre o colo, apertando-se, ora com força, ora relaxando, e o tronco ereto, sem apoiar no encosto, figuravam toda a ansiedade da Olaf. Vez ou outra, a estadista apoiava os cotovelos nas coxas, tentando descontrair, todavia, logo voltava a posição mais rígida.
Assim que avistou as amigas, levantou-se apressada para recebê-las.
— Como ela está?
Kara perguntou, inquieta como a estadista.
— Eles a levaram para a cirurgia, há trinta minutos. Médicos de Ugor já estavam aqui, desde ontem, e estão acompanhando.
— Não deixaram você acompanhar? – Bridget perguntou chocada.
— Você não os culparia se me visse assim que chegamos à clínica, Brid. Eu surtei e tive um ataque de ansiedade. Tiveram que cuidar de mim, antes de levá-la.
Bridget gargalhou e logo se recompôs, sendo recriminada por olhares das pessoas à sua volta. Desculpou-se com acenos de cabeça.
— Você é figurinha premiada, Helga. – Bridget comentou aos sussurros. – O tiro comendo no espaço, nave explodindo, nós explodindo junto e você na maior calma e agora que vão nascer seus filhos tá nessa agonia toda?
— O quê? O que é “figurinha premiada”?
Bridget colocou a mão no ombro da amiga.
— É só uma denominação para uma pessoa rara, como você. É de meu planeta ancestral… aliás, trouxe outra coisa para comemorarmos, que era uma tradição do planeta Terra. Charutos.
Ela retirou do bolso três objetos cilíndricos, de cor marrom, que pareciam ser uma espécie de enrolados de folhas secas.
— Hoje vamos fumar um charuto da terra Brasilis. Na antiguidade, quando nasciam uma criança lá na Terra, homens davam ao seu amigo que seria pai para comemorar.
— Brid, gostei da lembrança, mas, primeiramente, não fumo e, depois, não sou homem.
— Os tempos mudaram e você será mãe dos meus afilhados. Vai fumar charuto comigo.
Bridget a empurrou, arrancando risos contidos de Helga e Kara.
— Está certo. Assim que souber que está tudo bem com Decrux e com as crianças.
A preocupação voltou a ocupar a face da estadista. Embora soubesse que Decrux conseguisse se automonitorar, não era uma concepção comum, nem mesmo para freynianos.
— Esperem aqui. Vou fuçar, para saber o que está acontecendo.
Bridget imediatamente se dispôs a procurar informações sobre o parto das duas crianças e foi até o balcão da recepção. Ela também estava preocupada com a amiga.
Kara e Helga se sentaram em poltronas do lounge da sala de espera e a estadista inspirou fundo. Sempre quis ter filhos, mesmo com seu marido, antes dele morrer. Era um sonho que estava vivendo e, ao mesmo tempo, pavor. Amava Decrux mais que tudo e era inimaginável perdê-la. Enlaçara novamente as mãos no colo, apertando-as.
— Dará tudo certo. Se alguém pode se adaptar às várias situações fisiológicas, essa é Decrux.
Kara tentou confortá-la, colocando a mão em uma de suas coxas, acariciando-a. Helga tentou ear a postura tensa, largando seu corpo na poltrona. Depois de um tempo, indagou à amiga.
— E vocês? Me disse outro dia que deixaria um pouco de lado a ideia de ter filhos.
— É. Conversei com Bridget. Essa situação toda, de eu ser alomar primordial, e tudo que ocorreu conosco por conta disso, me fez repensar. Quero um tempo para me adaptar a essa realidade e, também, para que nossas leis se adequem. As leis antigas são cruéis. Um filho meu é obrigado a assumir uma representação antes mesmo de nascer. Nunca colocaria uma pressão dessas sobre essa criança.
— Só depende agora do plenário, Kara. Não creio que, após tudo que passamos, rejeitarão anular essa lei. E depois, nós temos um ciclo de vida maior que os terráqueos. Como vocês ficarão se esperarem demais para ter filhos?
— Não esperaremos muito. Só o suficiente para tudo se ajeitar. Mesmo assim, os óvulos de Brid já estão congelados. – Kara suspirou. – Eu tenho que arrumar a minha cabeça também, Helga. Tudo que aconteceu, só pelo simples fato de eu ser uma alomar primordial, mexeu muito comigo. Eu e Brid estamos construindo uma vida juntas e não quero agitações nesse momento.
— E Brid, o que achou?
— Bom… Ela já estava até construindo uma casa na árvore para brincar com o bebê.
As duas mulheres riram.
— Eu disse para ela que a criança teria que crescer um pouco para brincar em casa da árvore, mas ela não quis me ouvir. – Riram mais. – Ela não queria muito, no início, mas quando começamos o processo para que eu engravidasse, ela foi muito companheira e, por último, estava feliz com a decisão. Queria muito a criança.
— Será que você não está cortando a vibração dela em ter filhos?
— Não. Fomos sinceras, quando conversamos. Ela disse que essa possibilidade de um filho nosso se transformar em joguete político, também a assustava. Não descartamos a ideia, Helga, apenas adiamos. É provável que daqui a um ano ou dois, estarei com uma barriga tão grande quanto Decrux estava. – Sorriram e logo a Ministra emendou. – Decrux não quis mesmo revelar o gênero das crianças?
— Não. Ela disse que não importava, pois eles seriam o que quisessem ser. Disse que ela sabia o sexo deles e que seria uma surpresa dela para mim.
— Eu a entendo, mas era só para gente saber… por agora, pelo menos. Não dá para saber de imediato a identidade de gênero. Isso a criança vai mostrando à medida que cresce. Mas eu queria saber mais sobre meus afilhados, oras!
— É, mas eu a conheço. Acho que ela queria que fosse surpresa, para nos molestar, mesmo. – Helga riu. – Decrux ama surpresas. E, a propósito, vocês serão “Kardinas” só de um. Ela quer que Oton e Caeté sejam os “Kardinas” de outra das crianças.
— Mmm… Como Brid fala, vai dar ruim. – Kara sorriu. – Ela vai ficar com ciúme.
As duas amigas riram. Helga começava a se descontrair.
— Falou para Bridget o conceito de “Kardinas”?
— Falei. Ela falou que é quase o mesmo que “padrinhos” para os terráqueos, mas é mais próximo de “Adjunes” para os habitantes de Pontos.
— Entendi tudo. – Helga revirou os olhos. – Essa é a antropóloga falando.
— É que ela disse que a diferença entre padrinhos e Kardinas é somente a dedicação, caso algo ocorra com os pais. Os freynianos tem um conceito de assumir a casta e obrigação eterna perante Eiliv, a Deusa. Passam a ser os verdadeiros pais da criança, nesta ou na outra vida, como um pacto eterno.
— Decrux não quer chateá-la, mas gostaria que Oton e Caeté fizessem parte da vida das crianças.
— Acredito que Brid ficará com ciúmes, mas não creio que se oporá. Você conhece Brid. Ela gosta de reclamar.
As amigas riram novamente.
— Ela ama muito a Decrux. É como se fosse…
— … Uma filha? Já percebi isso e me sinto como uma nora velha, quando ela vem me falar do que Decrux gosta ou não gosta, ou quando fala que “ se eu a magoar”…
— Para. – Kara deu um tapinha na coxa da amiga. – Você está me fazendo rir e estamos chamando a atenção.
Olharam à volta. Percebiam os inúmeros sentimentos de repreensão, vindo dos acompanhantes que estavam na sala de espera, pelo barulho que faziam quando riam. Era o andar da maternidade e, muitos ali, esperavam notícias de seus entes queridos.
— Essa semana foi para a pauta do congresso o projeto de Brid para explorar o planeta Terra.
— E como estão as conversas entre os parlamentares, Helga?
— Ando dando uma força nisso. Dentro da coalizão do sistema de Ugor, já temos Pontos, Retreia e Jaziz. Ugor aprovou imediatamente. No entanto, todos sabem que expandir para um sistema tão distante, não traz muitos benefícios.
— E nós que queríamos um casamento simples…
— E de quem foi a ideia de convidar todos os nossos parlamentares e os presidentes e embaixadores dos planetas do sistema solar de Ugor?
Helga intuía a história, mas queria ouvir da amiga como foi a discussão entre elas.
— Ah! Aí você quer demais, né? – Kara passou a mão no rosto. – Fui eu. Bridget queria uma cerimônia simples, só com amigos. Tive que ser muito convincente para mostrar que, se ela queria explorar e reivindicar futuramente o planeta e ter proteção, tínhamos que mostrar para toda essa gente o que perderiam, se não nos apoiasse.
— E mostraram. Foi muito inteligente convidá-los para o casamento de vocês, Ministra Kara.
A estadista elogiou a sagacidade da amiga e ambas se perderam nas lembranças do casamento, deixando seus pensamentos voarem para o dia em que a nave Decrux aterrissou no planeta Terra, no hemisfério sul mais ao ocidente. Lógico que cada convidado para a cerimônia de casamento, que estava lá por interesses políticos, havia mapeado o planeta anteriormente. Eles não imaginavam o que encontraram.
Mapeamentos dão imagens, dados, porém nunca dariam a percepção sensorial do que era realmente o lugar.
Era uma tarde limpa de primavera. A temperatura da tarde era agradável e a brisa colhia frescor, contrapondo-se com os quentes raios de sol que banhavam as margens do mar. Toda a estrutura estava montada para receber as noivas, num palanque construído sob árvores e próximo a um rio, cujas águas límpidas corriam para o mar. Não era o mesmo rio e nem a mesma praia que a Tenente-Brigadeiro havia parado, quando reencontrou o Planeta Terra.
Aquele continente parecia abençoado por todo o cosmo, pois em qualquer parte da costa que parassem, o cenário era lindo e diverso. Bridget havia ido ao planeta algumas vezes antes de escolher o local para as bodas. Teve muitas dúvidas e acabou por abrir o holograma do mapa e apontou para uma região qualquer. Quando pousou na praia escolhida aleatoriamente, começou a acreditar que existiam deuses a lhe abençoar, fossem quais eles fossem.
Era uma enseada de uma baía de águas calmas, onde baleias e tartarugas nadavam nas águas cristalinas e um rio caudaloso desembocava suavemente no mar. Ela observou que havia estruturas em concreto margeando o rio, resquício da civilização que tanto maltratou aquele paraíso, contudo, reivindicado pela natureza o que era seu. As matas e as margens tomaram de volta para si, escondendo as pegadas dos seres humanos.
A felicidade tomou conta das noivas e dos convivas que, mesmo numa cerimônia simples e despojada, a euforia e o encantamento abraçaram as almas de todos, quando a lua cheia subiu ao céu, banhando com seus raios as águas da baía, refletindo a luz prateada.
As lembranças foram interrompidas pela comandante, que chegava esbaforida.
— Nasceu! Nasceu! É um casal! Vem, vem!
As duas amigas levantaram de imediato e acompanharam Bridget. A afobação era tanta que a Olaf ignorou o médico que vinha lhe chamar para que fosse ao berçário. Ele teve que acompanhar os passos apressados das três mulheres. Quando chegaram ao corredor do berçário, encontraram Decrux, de pé, olhando através do vidro que mostrava a sala com os bebês.
— O que está fazendo de pé, Decrux?
Helga perguntou, ao mesmo tempo que abraçava a esposa. A IA estava de robe.
— Você está bem? Tudo correu bem?
A Olaf acariciava o rosto de Decrux, olhava-a inteira, apalpando o corpo na perspectiva de ver se a esposa estava bem. A IA riu com a reação de preocupação de Helga. Era um gesto carinhoso que afagava o coração da subcomandante.
— Você quer ter calma.
Falou suavemente, segurando os ombros da Olaf para tranquilizá-la. Fez um carinho leve no rosto e beijou-a.
— Estou bem. Depois que os “pequenos sanguessugas” saíram de meu corpo, pude me restabelecer ativando meus attochips. – Sorriu brejeira. – Acha mesmo que ficaria sobre uma cama, me recuperando da forma natural, podendo usar meus attochips para parar a dor e me recompor? Bastou a dor que tive para parir, não acha? Não sei como vocês humanoides suportam…
Decrux brincava com a situação, tentando acalmar Helga.
— Olhem! Meus afilhados são muito lindos!
Bridget estava hipnotizada, vendo as crianças serem colocadas nos berços por duas auxiliares de enfermagem.
Helga reparou no encanto que tomou o rosto da comandante, que observava fixamente as duas crianças. Desviou seu olhar para se deparar com os da Ministra. Encararam-se por breves momentos.
— Acho melhor você tocar rápido o projeto para derrubar a lei do alomar primordial, Helga.
— Essa semana mesmo colocarei em pauta. Não quero que uma comandante furiosa me acuse de procrastinação e de impedir de ter seus próprios filhos.
Fim!
Nota de agradecimento
Chegamos ao final de mais uma história e não posso deixar de agradecer a algumas pessoas que fizeram parte desse processo. Vamos Lá!
Primeiramente as minhas amigas e revisoras Nefer e Naty Souza, que mesmo com o tempo muitas vezes curto, que eu enviava os capítulos para revisão, esforçavam-se em me auxiliar nessa tarefa. Obrigada Táttah Nascimento, amiga, escritora de mão cheia, maga das letras e uma ilustradora maravilhosa, que cedeu seu talento para fazer a capa e ilustração de capítulo. As leitoras, pois vocês são a razão pelo qual eu me inspiro para tentar melhorar sempre na escrita. Às comentaristas, que carinhosamente sempre incentivam em opiniões bem-humoradas e inteligentes. (Fabi, sei que gosta e não teve filhinhos de Brid e Kara, mas teve de Decrux e Helga. Acho que tá valendo, não tá? rs). Por fim, meu mais profundo agradecimento a minha esposa. Sem ela não teria tanto incentivo para escrever. Tudo bem que as vezes eu tô escrevendo e ela chega perto para falar de algo completamente diferente e me desconcentra. Mas tá valendo! he he he Faz parte da vida em comum. rs
Obrigada a tod@s e até a próxima!
Olá Carol!
Que pena já ter chegado ao final de mais essa maravilhosa aventura.
Espero que logo tenhamos uma nova obra sua.
Parabéns!😃✨💖✨
Ain, Carol! Me sentindo um alomar absorvendo toda a emoção desse capitulo. Caiu um cisco no meu olho. Pena que é o ultimo.
Confesso que enquanto lia o capitulo anterior imaginava que Brid iria querer passar as férias com a família, no planeta terra regenerado, ou quem sabe se mudar para lá e se transformar na maior produtora de cachaça das galáxias. Não imaginava que teria tanta burocracia assim para fazer uma exploração, esse povo de Ugor é muito chato, rsrs, mas tudo bem, a ideia do casamento lá/aqui foi emocionante e maravilhosa. E uma jogada de mestre mesmo.
Mais uma confissão… Pensei que Bridinha estava gravida kkk, você deu todas as pistas, Carol, não se faça de desentendida! Ela sentiu enjoo com o cheiro de sangue e estava bem sentimental e melosinha com Kara nesses últimos capítulos. E eu com minha mente de “procurar pêlo em ovo” já fui logo imagino coisas. Kkk
E filhinhos de Decrux e Helga tá valendo sim, rsrs, Só de ler a emoção de Brid ao ver os bebês já me preencheu o coração, e vi que o delas não irá demorar muito para chegar. Realmente ainda não é o momento delas, além da mudança das leis Kara precisa de um tempo para se equilibrar e aprender a controlar seus “super poderes”.
E pensando aqui com meus botões, imagino que agora Brid não precisará mais se preocupar com o fato do “menino” de Kara entrar em cena quando ela não tiver a fim de vê-lo, sei que ela já acostumou com ele e até gosta, mas não é sempre né?! Kara deve estar conseguindo controlar isso também, ou não… Helga controla? Kkk
Nora velha…kkk Ri muito!
Decrux já totalmente recuperada! Com certeza o sonho de toda grávida.
E eis que neste capitulo está a resposta! Ainda não inventaram um tecido a prova de manchas de caju. E nem super alvejantes. Kkkkkk
Já levei muita bronca de minha mãe quando escalava o cajueiro no quintal de minha vozinha e comia direto do pé, e ainda dava de ombros e pensava “lavar pra quê?!”
Carol, um super obrigada! Por dividir com a gente esses personagens que fervilham em sua mente brilhante. Sempre levantando temas importantes. E que venham outros ou quem sabe mais desta, rs, fique a vontade rs. Por hora vou relendo as que já escreveu, acho que “Diferentes” já reli umas 20 vezes, kkk. A leitura é uma válvula de escape, é o mecanismo que uso para me desligar do mundo real e descansar a mente.
Beijo carinhoso;
Final lindo demais!!!
Não poderia faltar a intensidade do amor de Brid e Kara, e vc nos brindou com o melhor delas.
Os pimpolhos estão aí a espera de serem incluídos, quem sabe, em uma nova aventura com seus pequenos futuros “tios(as)” kkkk.
Bjs se cuide e não nos abandone
👏👏👏👏👏👏
Perfeito! Um sonho quanto ao planeta tão judiado, recuperado. Um alerta para os que aqui estão, que pensem e respeitem mais. O Amor vencendo barreiras de povos diferentes, de culturas diferentes. Amizade, lealdade, coisas tão saudáveis aos humanos e tão desprezadas pelos humanos!
à espera da próxima História.
Grata. Bjs
Carol,
Mais uma x, obrigada, foste fundamental na
minha sanidade nesta pandemia.
Mais um romance espetacular, com caps. primo-
rosos.
Amei o destino delas, não nos abandone, prova-
velmente, já deves ter algo alinhavado.
Tô aqui te aguardando…
Bjs,
Oie, Carol! Tudo bem por aqui!!E vcs?
Que capítulo fantástico, realmente muito bom, deixando a nossa imaginacao completar o que vc deixou no ar. Sempre bom deixar, assim ,quem sabe, em um futuro, assim como essa 2 temporada, nao role uma 3.Claro que nao tô cansada,mas sei que tudo passa e ficamos com as coisas boas e deixamos fluir o resto. O que tiver que vim..se a história pedir. Mas foi sensacional. Elas casaram, Detrux com os filhos, a parte política que apesar que é outro sistema, ainda vemos tudo igual!! Nao importa a raca, espero que criemos consciência e nao destruamos muito esse planeta, que haja tempo pra ele se renovar. Mas existem mts racas como a nossa, com mt a evoluir. Esperanca de um mundo melhor, já!!
Todos esses meses lendo essa turma foi muito bonito, também os comentários foram mt bons, a energia do pessoal aqui mt boa tb!! Passei essa quaretena nas quintas mt bem, às vezes sexta e ficava pensando,pensando…rs.
Eu gosto de dar likes, já sabe como sou!!
Também serve pra vermos pessoas como Saga, repensar sobre as pessoas e suas formas e o que o ódio e má interpretacao pode fazer com a psique de uma pessoa e depois n poder viver com aquile peso todo! Kevin tinha menos razoes e foi cruel mesmo..sem remordimento!
Sim,é um momento de muito aprendizado e é hora de colocar em prática nossos valores, nao?! Fico feliz que mt gente aqui nos comentes se preocupem com todos.Aqui tamos na fase 1 de novo. Sabe que n entendo esses negociados?! Pq estmos fabricando Sputnik e vendendo pros USA e dps comprando da Rússia…atitudes devem ser tomadas pq a coisa vai piorar e n sei nem como pode piorar mais…é isso mesmo, fecham e reabrem.. sabe que minha amiga na Bélgica tava pra tomar a vacina e uma perto dela disse q assim que tomasse ia tirar a máscara e ela disse: Mas ainda pode contagiar e ela: Tô nem aí…gente sem nocao em todo o mundo, n entendem!!
Ele vai mutar até que facamos a quaretena bem, qnto menos gente pegue,menos mutará..nesse momento o único remédio além da vacina que apenas melhora o quadro clínico, é ficar em casa o máximo de tempo possível.
Já sabemos do esquema político, n se importam e só Deus sabe qual será o limite!!
Pode desabafar qnto queira, gosto de falar sobre tudo, alguns temas n sou forte, mas tenho senso crítico, consciência e leio sempre sobre o covid. Sigo a USP sempre tem pesquisas, me mandam por zap e leio.
Falar de coisa boa, dessa história maravilhosa e espero q próximas!!!
Beijo grande pra vc, obrigada por todas as histórias, eu que agradeco pelo carinho nas respostas e dedicacao na escrita!! È um vai e volta aqui! Fiquem na paz e se cuidem,
cariños!
Adorei! Final lindo. Mas com possibilidades futuras de continuação. Parabéns a autora.
Como sempre amei a história! Amei as aventuras de Kara, Bridge, Decrux e Helga! E agora tem as crianças!
Quero a terceira temporada, pensa com carinho nisso! hahaha
Tô sumida de comentários, mas super em dia com os capítulos!
Saiba que poder ler sua história, de Tattah e tantas outras escritoras por aí é o que ajuda e muito a enfrentar essa quarentena eterna que estamos vivendo, pq sim, eu sou uma das muitas idiotas que o coisa ruim diz que existe no país, não saio se não houver necessidade, faz um ano e cinco meses que não vejo minha família! Tudo isso pq não aceito perder a vida para esse vírus e menos ainda aceito a ideia de fazer alguém perder a vida por minha culpa. Se não tivesse que sair para trabalhar e resolver algumas emergências que a vida me “presenteou” nesses meses todos, eu não teria saído de casa esse tempo todo. Enfim, é isso.
Bjão e fiquem bem!