FREYA: A RECONSTRUÇÃO

Capítulo 12 – Entrada não autorizada

Freya: A Reconstrução

Texto: Carolina Bivard

Revisão: Naty Souza e Nefer

Ilustração: Táttah Nascimento


Capítulo 12 – Entrada não autorizada

— Oton, me passe a chave de tricon. Tenho que retirar o módulo de abertura automática de válvula. Ele fritou literalmente. Não serve mais. 

Kara estava enfiada dentro de um tubo de manutenção da sala de engenharia. Muitos equipamentos estavam queimados. Quando ela substituiu os conduítes de attochips, Decrux conseguiu reestruturar, bem como o casco e a aparência da sala. No entanto, nem todos os equipamentos eram ligados aos conduítes. Alguns equipamentos, na época em que Rodan construiu a nave para a interação de Decrux, não conseguiam fazer uma ligação com a IA. Esses necessitavam de manutenção manual.

— Pronto. Acho que esse foi o último a ser substituído – Ela saiu do ducto. – Decrux. – Chamou a IA e ela aglutinou na sala de engenharia. – Veja se terminamos todos os consertos. 

Decrux parou por menos de dois segundos e comunicou.

— Tudo foi substituído e já estou ajustando os sistemas. Esperarei vocês na ponte. – Ela desaglutinou. – Ah, obrigada, Orelhinha!

Os dois tripulantes escutaram a voz da IA agradecer através do áudio geral da sala. Kara balançou a cabeça em negação, sorrindo.

— Ela também implica com você, não é? – Oton perguntou.

— Não se chateie. Ela implica com quem ela gosta, assim como Bridget. Já esqueceu quem ela acompanhou para a formação estrutural de suas habilidades sociais? 

— Pelo cosmo! Então ela gosta muito de mim. 

Oton respondeu rindo, levantando-se e dando a mão para Kara se levantar.

Chegaram à ponte e Caeté se concentrava em algo no seu console de controle, enquanto Bridget, Decrux e Helga conversavam próximas ao console de dados da engenharia, analisando o sistema.

— O que estão vendo aí?

Bridget virou seu rosto na direção da pergunta. Ela sorriu, vendo a sua noiva vestida com os trajes de manutenção e o rosto suado e sujo.

— Matando as saudades?

— Nem brinque. Amanhã estarei toda dolorida. Estou repensando essa coisa de Decrux fazer um upgrade para a nova tecnologia de Ugor. 

Não era verdade o que Kara falou. Ela se sentia bem e renovada. Parecia que o cansaço não fazia mais parte de sua vida, entretanto não queria despertar mais estranhamento por parte dos outros com as suas novas habilidades. Aproximaram-se.

— Decrux disse que conseguiu integrar o novo programa de camuflagem que você instalou no módulo de segurança. 

— Ótimo, Brid. Fiquei me questionando se haveria compatibilidade com a programação dela. 

— Assim eu magoo. Acha que não conseguiria extrapolar o seu programa? – Decrux brincou, mas logo a seguir falou séria. – Eu consegui, mas a Caeté está parametrizando algumas linhas. 

— Estou quase terminando.

Ouviram a voz de Caeté, que se mantinha concentrada em seu console. Kara levava uma sacola na mão e a abriu, mostrando a todos seu conteúdo. 

— Você tinha razão, Brid. Temos que agir rápido. Eles sabiam o tempo todo onde estávamos e agora que retirei esses amplificadores de sinal que encontrei, Saga ou quem quer que seja que esteja nos sabotando, não conseguirá nos rastrear.

— Segurem-se. – Bridget pediu a todos. – Decrux, leve-nos para Vernes.

— Acha prudente? – Helga perguntou. – Vernes é uma das luas de Bengdala IV e todos sabem a sua ligação com o planeta. Está certo que seria óbvio demais e é provável que nos procurem em outros locais antes dele.

— Já respondeu à pergunta, Helga. Não ficaremos baseados em nenhum local específico. Ficaremos circulando. Essa será somente nossa primeira parada e quero um pouco mais de tempo para podermos executar a primeira parte de nosso plano.

— Kara, está bem para fazermos a dobra?

— Estou sim, Decrux. Pode acionar.

Em segundos estavam sobrevoando Vernes e imediatamente Bridget pediu que Decrux levasse a nave para a superfície, pousando dentro da cratera maior no hemisfério sul que haviam mapeado tempos antes, enquanto estudavam o planeta. 

— A velha tática… – Kara falou, sorrindo de lado.

— A velha tática que funciona. – A comandante rebateu. – Nunca esperam que uma nave desse porte pouse, pois a velocidade de manobra para fuga é baixa. Eles sempre vasculham o espaço, já os planetas adjacentes sondam superficialmente.

— Bem, então teremos tempo para uma conversa.

— O que quer falar, Kara?

— Verifiquei o motor iônico para tentar saber por que ele explodiu. Como previ, foi sabotagem. 

— Decrux não perceberia algo estranho ao sistema?

— Eles não colocaram nada dentro do sistema, Oton. Encontrei resquícios de carga explosiva plasmática em alguns pedaços do invólucro do motor. Devem ter sido colocadas quando Brid pediu para trocarem o sistema da Decrux por outra IA. Se infiltraram na turma de manutenção lá no hangar.  

— Cargas plasmáticas aquecem aos poucos até explodirem. O processo é lento. Não precisariam de nenhum detonador. – Oton concluiu.

— O que não entendo é: como sabiam que estaríamos na nave e estaríamos fugindo deles?

— Não sabiam, Caeté. Acredito que a intenção era neutralizar Decrux. – Bridget presumiu. – Vejam bem; se tudo desse certo de acordo com os planos deles, quando Saga foi a nossa casa, ela supostamente conseguiria o que… bem, o que foi fazer. Não importa. O importante é que eu chegaria depois e descobriríamos que não fui eu quem esteve com Kara.

— E aí nos mobilizaríamos para descobrir o que havia acontecido e previam que eu retornaria à nave para ajudar. Se o motor iônico explodisse enquanto eu interagia no sistema, conseguiriam me matar…

— … reduzindo as nossas possibilidades de descobrirmos os planos. – Helga concluiu o raciocínio de Bridget, Kara e Decrux. – Tudo saiu do controle, quando Bridget chegou cedo. Depois foi somente uma sucessão de acontecimentos inesperados para eles, sejam quem forem.

— Por que será que quando essa nave entra em uma encrenca, sempre querem me matar? – Decrux bufou.

— Seria por você ser um pé no saco?

Embora Bridget tenha respondido com ironia e aparente humor, seu rosto  ficou rubro de raiva. Imediatamente lembrou-se da aliança que fora pegar na joalheria. 

— Eles sabiam até mesmo o que eu faria naquele dia. – Olhou para Kara. – Estavam monitorando meus contatos e sabiam que me atrasaria para chegar em casa.

Kara olhou para sua mão, perdendo-se no brilho da aliança que Bridget lhe dera. 

— Agora não importa mais, Brid. – Helga tirou-as de seus pensamentos. – Até agora, pelo meu ponto de vista, falharam em quase tudo. Vamos pegá-los.

Bridget inspirou fundo e voltou a verificar o console.

— Ok! Vamos aos nossos planos.

— Preparar para dobra ponto-a-ponto. Acionar.

A nave apareceu no espaço do planeta Freya. Imediatamente Decrux acionou a camuflagem da nave para que não fossem detectados. Bridget, Kara e Helga estavam na nave auxiliar, esperando que Decrux sondasse o prédio central do governo de Freya. Ela faria uma varredura para ver o melhor local onde a nave auxiliar poderia aportar. Não tinham margem para erros, pois só poderiam acionar a camuflagem da nave auxiliar no momento em que completassem o transporte ponto-a-ponto. 

Esse era um entrave, pois mais de um segundo sem a camuflagem, poderiam ser detectadas pelos sistemas de segurança do prédio. 

Estão prontas? O espaço-porto da cobertura está liberado. Assim que transportá-las, devem acionar o dispositivo.

A voz de Decrux soava no comunicador interno da nave auxiliar.

— Manda ver, Decrux.

Bridget pousou o dedo sobre o acionador para que não perdesse tempo, quando a dobra ponto-a-ponto ativasse. Ela tinha uma boa velocidade de reação, mas, mesmo assim, temia que não conseguisse a tempo e os alarmes de invasão do prédio os detectassem.

Assim que aportaram e Bridget acionou a camuflagem, colocou imediatamente na tela principal da nave auxiliar o sistema de segurança do prédio central. 

— Droga! Não consegui a tempo. O sistema acusou uma presença aqui na cobertura. 

— Vamos nos manter calmas. Eles não conseguirão nos ver, Brid.

— Sim, mas em que lugar estamos na cobertura? Se vierem até aqui e começarem a circular, podem esbarrar com a nave. Por mais que estejamos invisíveis por conta da camuflagem, a nave ainda é sólida.

Kara acionou as câmeras externas e apareceu na tela principal a visão frontal da nave. Elas pareciam flutuar.

— Agora estou mais intrigada do que antes.

Assim que falou, Bridget dividiu a tela principal entre todas as câmeras para ter uma noção da posição real delas. Helga riu ao perceber o que a sua esposa tinha feito.

— Nada como estar se equilibrando sobre o reservatório de água de um prédio. Não acredito que aqueles agentes subam aqui para verificar algo. 

A Olaf riu outra vez, arrancando sorrisos das outras duas. Bastariam esperar que os agentes que estavam verificando a cobertura, concluíssem que o sistema de alarme disparou por alguma falha. Mesmo tensas, era pouco provável que alguém subisse até o topo do reservatório. Esperariam.

— E aí, meninas? Gostaram do local que arrumei para vocês?

— Decrux, você não é nem um pouco convencida. 

Bridget respondeu à amiga. A subcomandante ria e com o áudio do comunicador aberto, todas puderam escutá-la e se juntaram a ela. 

A verdade é que a IA calculou a probabilidade de Bridget acionar a camuflagem a tempo e viu que não conseguiriam driblar os alarmes. Optou por colocá-las em um local seguro para a vistoria dos vigilantes do prédio central.

Apressem-se. Vocês terão uma janela de pouco mais de trinta segundos para entrarem no prédio, a partir do momento que reiniciarem os alarmes. O disparo dos alarmes não foi ruim para nós. Poderão entrar em segurança.

— Obrigada, Decrux. Vamos nos posicionar.

Helga desprendeu seu cinto de segurança e foi acompanhada no gesto por Kara. Bridget via a ação das duas.

— Ainda não gosto da entrada de vocês lá, sem mim. 

Observava as duas vestidas em trajes oficiais do governo freyniano. Kara verificava a pistola que levaria na missão.

— Não se preocupe tanto, Brid. Sou boa atiradora e, certamente ninguém nos parará com a aparência que assumiremos. 

— Não testamos o simulador de DNA que Fredrik e Kiara emularam. As portas abrem com o DNA e mesmo que estejam transmutadas, sabem que os sensores verificam as discrepâncias. Vocês mesmas exigiram que a segurança do prédio tivesse um sistema que aferisse a nível nuclear.

A Olaf fitou a comandante. Seu olhar levava uma calma que ela não sentia por dentro. Precisava que Bridget ficasse tranquila, para ter a coragem necessária para fazer o que estavam a ponto de executar. Nunca se imaginou violando seus próprios códigos de honra perante a sua nação. 

— Dará certo e voltaremos com as informações que necessitamos. Fique atenta que poderemos ter que sair às pressas.

— Não se preocupe, Brid. Eu estarei lá. Grito se algo acontecer.

Kara beijou os lábios da noiva, acalmando-a. Saíram da nave para se posicionarem na entrada do prédio. Quando as duas entraram no campo de visão da nave, Bridget já via dois homens andarem pelo terraço em direção à porta e as duas freynianas se escondiam em uma pilastra. Os agentes de segurança entraram e elas partiram para a porta de acesso ao prédio. Esperaram até que os alarmes desligassem e entraram. 

O incômodo da comandante aumentou. Bridget não era muito de ficar na retaguarda para apoio, entretanto não negava que diante das circunstâncias, era o melhor a ser feito. 

Kara e Helga já haviam se transmutado na aparência do ministro de segurança Javer e em seu secretário de defesa, Alberest Desmond. Entraram no elevador particular do escritório da Olaf, acionando-o para que ele as levasse à sala. Javer tinha acesso ilimitado à sua sala, bem como todo o ministério. Fizeram isso para que o DNA delas não ficassem gravados na entrada de dados da segurança. O emulador deu certo, acionando o elevador. Se ele tivesse detectado discrepância na leitura dispararia novo alarme. 

Sentiram alívio quando a porta se abriu e viram que não havia ninguém no gabinete da Olaf. 

— Vamos coletar as informações rápido. – Helga sussurrou. – Não quero ser pega aqui dentro, mesmo que esteja com a aparência de Javer.

Helga sussurrou e Kara se apressou a retirar do bolso um plate de transferência de dados. Era menor que os plates usuais de identificação. Colou-o no núcleo de dados da mesa da Olaf e apenas dirigiu o olhar para a Olaf para que ela liberasse com o DNA do ministro Javer, no que foi atendida imediatamente. 

Após liberado, Kara começou a buscar as informações que necessitavam e transferia cada uma individualmente. Tinham que ter paciência. A busca das informações era seletiva e a ministra espacial deveria “pescar” cada uma no mundo de dados da mesa interativa de Helga. O sistema do gabinete da Olaf era um backup do sistema central de informações do governo.

— Estamos demorando muito, Kara. Por lei, se eu estiver impossibilitada de atuar, meu gabinete pode ser aberto para qualquer ministro por determinação em assembleia.

— E por acaso eu não sei disso? Não me deixe nervosa, Helga. Estou fazendo o mais rápido que posso. 

Os sentidos de Helga estavam aguçados. Tentava se concentrar em mudanças próximas ao gabinete. Era difícil expandir suas percepções para além de paredes, contudo, fizera muitas vezes este tipo de exercício quando se preparava para os testes para ser Olaf e tentou lançar mão deles. Foi quando percebeu apreensão de alguém além da porta principal do gabinete. 

— Elisa está para entrar, Kara. Sinto todos meu neuro-receptores aguçados.

— E eu também, Helga. 

Imediatamente a ministra espacial clicou na última pasta de arquivos que conseguiu encontrar e fechou imediatamente o módulo multidimensional com que interagia. A porta do gabinete se abriu.

— O que estão fazendo aqui na sala da Olaf? Por que não vieram até mim para entrar na sala? 

— Contenha-se, secretária Elisa. – O ministro Javer falou. – Precisava de algumas informações que não lhe competia saber. Estamos em nosso direito. A Olaf está numa missão especial.

— E por acaso não teria que passar por uma comissão ministerial para aprovação?

— São apenas protocolos que até o fim de semana estarão concluídos. 

O ministro inspirou fundo, aproximando-se da secretária. Pousou a mão sobre o ombro dela, amigavelmente, fitando-a com ternura.

— Você é uma boa secretária, Elisa. Sei que é uma de suas funções proteger o gabinete da Olaf e sinceramente, como ministro de segurança, estou grato por isso. Estamos em estado de alerta e eu precisava de algumas informações urgentes. Como estava na cobertura verificando o que aconteceu nos alarmes, acabei descendo pelo elevador privativo. Não acontecerá mais. 

A Olaf, transmutada no ministro, começou a conduzir a secretária de volta para a sua sala. Sentia o relaxamento que suas palavras provocavam na moça e ao mesmo tempo que causava um alívio em si, condenava-se por enganá-la. Era reconfortante saber que sua secretária era fiel, contudo, também sabia que ela era uma subalterna, e não tinha voz perante um ministro, a não ser que ele a afrontasse diretamente.

— Receberá ainda esta semana as diretrizes que deverá adotar quanto ao gabinete da Olaf.

Estavam na porta, com a secretaria prestes a sair. 

— Senhor Ministro, mesmo assim, tenho responsabilidades. Gostaria que me enviasse um memorando sobre a sua visita, ainda hoje. Sei que a Olaf está impossibilitada de se comunicar, no entanto, é meu dever preservar o escritório dela. O senhor compreende, não é?

— É claro que sim! Hoje mesmo envio para a senhorita.

— Obrigada, senhor!

A secretária saiu e as duas amigas se apressaram. Tomaram de volta o elevador privativo, sabendo que despertariam mais a curiosidade da secretária, visto que o ministro não precisaria sair pelo elevador particular. Ao chegarem na porta da saída para a cobertura, Kara fixou um decodificador na fechadura. Não queriam deixar rastros de que “Ministro Javer ou o secretário” tivessem saído pela porta, sem que houvessem retornado do terraço depois.

— Decrux, o decodificador já está fixado no leitor de assinatura de DNA.

Preparem-se, pois se não der certo, terão que correr como loucas até a nave auxiliar. Abrir a porta não será um problema, mas desabilitar os sensores de movimento sem que acuse falha no sistema de segurança do prédio sim. 

— Adoro a sua sinceridade, amor…

A interação entre elas se dava através de um comunicador dérmico, que implantaram antes da missão, para que todos os membros da equipe acompanhassem em tempo real cada passo que a engenheira-médica e a Olaf davam. O tom de ironia de Helga fez com que Decrux sorrisse, contudo não retrucou. 

O decodificador brilhou em vermelho, depois azul e por fim verde, destravando a porta. Elas se apressaram, temerosas de que alguém pudesse chegar ao corredor e vê-las. Antes de ultrapassar completamente o portal, Kara pegou o decodificador e a porta se fechou. 

Elas tentavam se esconder das câmeras de vigilância, passando por pontos memorizados anteriormente. Eram áreas de sombra que Decrux havia demarcado. Só havia um problema com o plano; elas não pousaram diretamente no terraço e chegou o momento que não sabiam por onde passar para chegar até o reservatório de água, sem serem pegas pelas câmeras de vigilância. Pararam.

— E agora? O que faremos, Decrux?

— Esperem uns segundos. Já estou fazendo uma análise do local para detectar as áreas de sombra até a nave.

— Não demore muito, Decrux, se não quiser ficar viúva jovem demais. Estamos numa área exposta no terraço e vou confessar que meu coração está disparado, de nervosa que estou.

Decrux não respondeu e Bridget intuía o porquê. Desde que tudo começou, a comandante ficara atenta a cada passo da operação. Habilitou um canal direto no comunicador da nave auxiliar para que somente Decrux escutasse.

— Eu sei que desde que nos deixou aqui em cima do reservatório está tentando fazer essa busca por rotas, Decrux. Você não deixaria esse “detalhe” passar para fazer essa análise somente agora.

— Não há pontos cegos até a nave, Brid, pelo menos pelo chão. 

Decrux nunca se sentira tão aflita. Não era de sua natureza. Sabia que a maturidade orgânica lhe traria emoções que interfeririam em suas decisões e não se arrependia disso. Sentia-se plena, agora que era um ser vivo, independentemente de como fora concebida, o que não tirava o peso de sua consciência, ao tomar uma decisão que ainda não tinha resposta para a solução do problema.      

Bridget parou uns segundos para pensar sobre o que a IA-amiga falara.

— Você está sugerindo que eu alce voo e as pegue com uma escada planando sobre elas?

O incômodo pairou sobre as duas mulheres. Não era uma decisão difícil. Sabiam o que deveria ser feito, mesmo que o risco fosse de grande monta, porém a saída era somente uma.

— Não sei se gosto tanto de você com todas essas novidades de replanejamento, Decrux.


Nota: Oi, Pessoal! E aí, a história está complicando ou está esclarecendo? 

Um beijo a tod@s e uma ótima semana!

 

Nota 2: Então, acabei de ver um comentário do último capítulo e uma leitora, a Lai, disse que não conseguiu visualizar em que a Kara se transformou. Acho que foi uma falha minha na descrição, então colocarei aqui o que escrevi para ela:

O humanoide que ela se transformou, imaginem alguém de pele acinzentada, com uma espécie de couro como pele, como um hipopótamo, e uma boca grande, com lábios muito finos que deixam aparecer os dentões, nariz grande, orelhas saltadas como as dos cães e sem pelo algum no corpo. Como é humanoide, é bípede, mas é grande e forte… Bem forte!



Notas:



O que achou deste história?

16 Respostas para Capítulo 12 – Entrada não autorizada

  1. Não está complicado!
    Está perfeito!
    Cada capítulo melhor que o outro, e que nos faz ficar apreensivo pelo que vai acontecer, pq nossas meninas ficam sempre em uma corda bamba, elas estão sempre se desafiando.
    Bjs
    Boa semana

    • Oi, Blackrose!
      É isso mesmo! Infelizmente estão em fuga e não sabem com quem podem contar no governo. Ainda bem que lá atrás fizeram aquela jogada pela segurança da ministra-espacial para se afastarem e o plenário aprovou.
      Obrigada pelo seu carinho Blackrose!
      Um beijo grande e um abraço apertado. Feliz Natal se você for de Natal!

  2. Menina, é suspense atrás de suspense, não nos dá uma folga para vislumbrar uma solução! Assim vc me mata! Não dá assim para colocar 2 capítulos por semana? Por favor!!!!

    • Oi, Ione!
      Então, essa época tá mais difícil para mim. Pode deixar que assim que tiver uma folga, tento colocar um extra, tá bom?
      Muito obrigada pelo carinho que sempre tem para comigo e minhas histórias, Ione!Se você for de Natal, Um Feliz natal para você!
      Um beijão e um abraço forte!

  3. Que aflição!!
    Fiquei a todo momento pensando que Helga e Kara seriam pegas! E agora a única saída é a mais difícil.
    Respondendo sua pergunta, Carol, a história está esclarecendo e complicando kkkk
    Esclarecendo pois já sabemos que a sabotagem foi implantada a tempos antes, e sabemos também que estão tramando isso tudo a muito tempo, desde antes da guerra. Querem um bebê alomar primordial para com isso ser possível “apurar” a raça freniana alomar, ficar apenas os “melhores”, segundo a mente doentia deles.
    Agora a parte complicada é por minha conta mesmo. É que não estou conseguindo visualizar como nossas amigas e cia conseguirão vencer os inimigos. Mas isso você tira de letra, né não?! rsrs tô preocupada a toa! kkk
    Coitadinha de Brid… Kara se transformou num animal muito feio! rsrs Mas conseguiu salvá-las, é o que importa. Foi dessa forma mesmo que eu tinha imaginado, tirando alguns detalhes.

    Beijo Carol

    • Oi, Fabi!
      É eu sei! Esclarece por um lado e complica de outro, né? rsrs Mas em breve saberão o que acontece. rs
      É exatamente isso. A tal da Saga nunca esteve sozinha nessa história. Ela tem os motivos particulares dela, mas os outros, é só por se acharem mais do que todo o resto, mesmo.
      kkkk O tal humanoide é muito feio mesmo! kkkk
      Valeu, Fabi! Obrigada pelo carinho de sempre!
      Se você for de Natal, um feliz natal para você!
      Beijão!

  4. Cada terca feira EU fico espreitando se ja saiu o novo capitulo, amo suas historias e esta esta ficando delicioso de ler.

    • Oi, Lucinda!
      Que legal que está empolgada. Hoje já saiu outro.
      Obrigada pelo carinho, Lucinda!
      Um beijo grande para você e se for uma pessoa de Natal, Feliz Natal!

  5. Carol,vc tá complicando e esclarecendo, resumindo.. tá foda!!! Adoro a possibilidade que Brid alce vôo e a pegue na escada planando!! Isso é drammmmmaaaaa!!
    Amooo essa nova faceta de Detrux…essa frustração, impotência, imperfeição e indecisão que a maturidade orgânica trouxe com ela…divertido e dá uma adrenalina.
    Quero ver como será…tiro pra todo lado, bum bum ou ao menos vão dar trabalho, terão que de transformar e descobrirão…
    Brid tremendo has bases….Detrux escondeu direitinho!!
    Oxente, a outra comentarista Meg disse pra ter cuidado c Detrux, mas agora as encrecadas são Helga e kara Hahahaha. E eu repito o q ela disse, mas diferente: Toque na Kara que amo ver Brid se descabelando e TD q se exploda kkkkkk

    Carol, ainda bem que vc descreveu a humanoide pq nem passava isso na minha cabeça e agora super entendo pq Brid ficou com medo..quem não?!! Super criatividade…
    Leio e me sinto já Discovery com essa camuflagem e salto quântico!!! Kkkk. E eu querendo q já fizessem o salto já comufladas RS, mas nbteria graça, o perigo sim!! E Detrux sabia q Brid n poderia e que lugar fantástico!! Jajaja

    Nossa, fiquei toda toda com vc dizendo que ama meus comentários, mas n sei de onde tiro minhas frases doidas!Kkkk

    Me alegro que esteja trabalhando, n importa se é formal, informal, tá se virando, uma pessoa resiliente!!! ?(conhecia na psicologia o termo, mas aprendi algo novo na física sobre essa palavra. Adoro física… Bate direitinho aqui, mt legal :Se conhece na física como a capacidade que tem alguns materiais de absorver o impacto e retornar a forma original… pensei..ahh, o trabalho de Bi Hahaha. Tiro umas coisas doidas da cabeça kkk
    Mas já falta pouco pra 2021, será melhor, espero!!! Foi um ano de novas decisões, descobertas, perdas de todo tipo, física, emocional, material(tipo trabalho, dinheiro), de ver a vida de outra forma, aprender a desacelerar…se conhecer e replanejar novos projetos pessoais e TB como casal…vamos ver o lado bom pra atrair coisas boas e atrair o melhor que pudermos diante das possibilidades que temos ou teremos!!
    Falta mais um capítulo antes do Natal…como vc diz: feliz natal pra quem é de Natal e pra os que não são de natal um belo dia ( essa parte n lembro se é assim).
    Assim que pra quem n estiver semana q vem : Desejo Feliz dia, natal..um natal diferente, mas muita força pra quem necessita!!!
    Obrigada ,Carol! Estamos Sempre nos cuidando muito e mandarei beijos seus pra minha esposa. Beijos pra sua e se cuidem muitooooo!!! Muita luz, paciência e tolerância!
    PS: Já tô c saudades de Brid, kara, Detrux e Helga…

    • Oi Lailicha!
      Menina, dessa vez vou deixar você no vácuo! Sabe que amo seus comentário e leio tudinho, mas dessa vez eu tenho que sair e vou responder você rapidinho, ok?
      Primeiro eu sei que você ama um drama e sabia que ia gostar da fuga delas. rs E quanto a Decrux, é isso mesmo. Mesmo que ela tenha tantas conexões naquele cérebro magnífico dela a humanidade traz algo novo que são as emoções e com ela as dúvidas das decisões tomadas no calor do momento.
      Eu conheço o termo resiliente sim. É interessante como alguns termos da física também se aplicam a nós. Tento ser resiliente, mas as vezes dá bug! kkkkk
      Desejo um natal cheio de amor e vida para vocês, Lailicha. Vamos nos preparar para o ano novo e torcer para que tudo se acalme e a humanidade comece a pensar no bem de todos e não de forma egoísta. Feliz Natal!
      Beijão e um abraço apertado pra ti!

    • Oi, Nádia!
      Que legal que tá gostando, Nádia! Tentarei manter o ritmo. A gente que escreve sempre tenta fazer histórias melhores, mas nem sempre conseguimos.
      Um beijão pra você!

  6. Oie!
    Saudade demais. Estava péssimo para vir por aqui e encontro essa estória linda!Eu amei a primeira e ontem devorei a segunda ate aqui.
    Não faça nada com decrux que brigo com vc .
    beijinhos

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