Eternizado Pelas Estrelas

Capítulo 3 – EM TERRAS LUSITANAS

Aeroporto da Portela, Lisboa.

Juliana descera no Aeroporto da Portela, o maior de Portugal. Localizava-se cidade na qual ela faria o intercâmbio, na Universidade Federal de Lisboa(UFL) Um guia da universidade a esperava no portão de desembarque, quando sentiu um cutucão:

– Ei, “Telles, Juliana” sou eu moço! Muito prazer! – Disse apontando para a plaquinha que o homem segurava.

O homem acabou rindo com a descontração da loirinha:

– Olá Juliana, muito prazer, chamo-me Manoel!

A menina não conseguiu segurar a risada e falou:

– Perdão! Estereótipos portugueses, difícil não rir!

– Ora menina, tu estás a me chamar de burro?

– Não é ESSE estereótipo. É o nome. Qualquer piada lá no Brasil sobre lusitanos é feito com um Manoel ou um Joaquim.

– Huum, brasileiros adoram “bitaitar” sobre nós!

– “Bitaitar”? O que é isso?

– Especular, falar mal.

– Vou ter que me acostumar com as gírias daqui!

– É só fazer amizade e aprendes rápido.

– Nisso nunca tive dificuldades! Adoro falar e interagir!

– Já percebi que tu és uma “rapioqueira”. Venha, entres no carro. Vou levar-te para Universidade.  Lá, a Diretora de seu curso te explicará o que deves saber.

– Rapi… O que?

– Alegre, uma gaja falante!

– Ahh tá. Achei que o senhor estava me “batatando”!

Manoel caiu na risada:

– É “Bitaitando”!  Ou estás a pensar que eu te tacaria batatas à fuça?

– Ainda estou aprendendo poxa! – Dizia Juliana ensaiando um biquinho de forma brincalhona.

– Vamos Gaja, a diretora a espera.

– Beleza, Seu Manô, vamos lá!

Manoel não conseguia não rir com Juliana. Lembrava muito de sua neta, que desde que mudara para os Estados Unidos, nunca mais fora visitá-lo. De certa forma, gostava muito da companhia da moça.



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