Aeroporto do Galeão, Rio de Janeiro.
Juliana não sabia que era tão amada. Além da família, muitos amigos vieram se despedir da pequena. Inclusive seu ex-namorado Jorge, que ainda nutria sentimentos fortes, mas, se confortou em ter apenas a amizade da menina. Em meio a lágrimas, abraços e despedidas, Juliana se caminhava ao portão de embarque, e antes de sua mãe lhe dar um último abraço disse:
– Minha filha! Que você possa encontrar sua felicidade! Vou sentir tanto a sua falta!
– Mamãe, minha felicidade é aqui com vocês. Só vou passar seis meses, longe. E além do mais, temos a internet para os comunicarmos através de vídeos-conferência. E o telefone também.
– Eu sei filha. Mas, acho que você não deveria perder essa oportunidade. Use-a mais do que uma experiência ou um ponto positivo no currículo. Encare como a tentativa de uma nova vida. O que mais quero é que você seja mais bem sucedida que eu e seu pai.
– Mãe, pode deixar. Vou me esforçar ao máximo.
E assim a abraçou.
Todos acompanharam Juliana desaparecer após o portão de embarque, e seu pai muito emocionado, virou para Judith e falou:
– Que bela filha criamos!
– O orgulho não poderia ser maior! – E disse ao seu filho:
– Se espelhe na sua irmã rapaz!
– Não papai, não me espelho em ninguém que abandona a família em benefício próprio.
Judith repreendera o rapaz:
– Menino! Não fale isso da sua irmã!
– Falo sim! Ela tá abandonando todo mundo. Olha só em sua volta mamãe, estão todos chorando. Ela é uma egoísta! E dizendo isso, se retirou.