— Arítes.
— Sim, comandante!
Arítes passava pelo corredor quando minha mãe a abordou.
— Acompanhe-me.
Arítes prontamente acompanhou minha mãe, porém, ao entender que a comandante-general Êlia entraria em seu aposento particular, retesou-se apreensiva. Ela sabia se tratar de algo com relação a mim e meu treinamento. Obedeceu e entrou no quarto, logo após minha mãe.
A comandante Êlia foi até a mesa, pegou uma jarra de vinho e depositou o líquido escuro em duas taças. Virou-se e entregou uma delas nas mãos da Tenente-Coronel.
— Como foi hoje?
Nos quinze dias após começar meu treinamento, esta era a primeira vez que minha mãe interpelava Arítes sobre as minhas condições.
— Ela está melhorando sua técnica a cada dia. No arco ela me surpreendeu, pois de longe é melhor que eu. Na espada ela ainda está aquém, mas sua técnica e habilidade são muito boas. Já na luta corporal… bem, devo dizer que o mestre não primou muito em seu treinamento neste quesito, mas Tália é resoluta e aprende rápido.
— O que acha dela fazer o exame para o exército daqui a uma semana? Iria sugerir ao conselho do exército, antecipar as inscrições e os testes. Tenho a desculpa da tensão que estamos passando e da necessidade de novos oficiais, além de novos recrutas.
— Mas os testes oficiais seriam daqui a dois meses. Seria um período muito grande para adiantar, além do que, gostaria de um pouco mais de tempo, comandante. O principal exame é na luta corporal e parece que Tália…
— Esquiva-se?
Minha mãe perguntou, fazendo Arítes suspirar.
— Ela parece contrafeita a este tipo de combate.
— Humm… entendo e não me espanta.
— Não?
— Não. Quando se está com o arco ou a espada, pode parecer mais letal, mas não há contato corporal. Acredito que a ideia de agredir alguém com as próprias mãos, mexa intimamente com a sua índole. Ela pode parecer decidida, mas é uma menina terna e incapaz de magoar alguém deliberadamente. Sempre teve este jeito imperativo, mas é delicada em seu íntimo. Por isso confio em você, Arítes, para cuidar sempre dela. Mas por agora, ela precisa treinar e superar isto. Ela deve entrar no exército, no mínimo, com uma patente de suboficial para que consiga galgar postos condizentes com a sua idade. Vou falar com ela sobre esta dificuldade.
— Dará mais tempo para que possa avançar no treinamento?
— Dez ou quinze dias no máximo. Treine-a de dia e à noite após o jantar, se for preciso, mas as coisas estão caminhando muito rápido e preciso que Tália perca essa imagem de mulher frágil.
— Tália? Mulher frágil?! Desculpe-me, comandante, e, me perdoe a franqueza, mas a imagem que tenho dela é de uma mulher arredia, teimosa e selvagem.
Minha mãe gargalhou ao ouvir a descrição que Arítes fez de mim.
— Isso é porque você a acompanha de perto há anos e sabe que, definitivamente, não é uma mulher frágil, mas aos olhos dos que nos cercam, sim. Ela passa a imagem de “princesinha” e possivelmente por culpa minha e de Astor. Vocês se conhecem desde bebês e, tem a clara noção de como ela é, verdadeiramente. Ainda há o detalhe de que você a ama.
Os olhos de Arítes arregalaram e de sua garganta surgiram sons incompreensíveis. Estava atônita com a afirmativa de minha mãe.
— Hum?!
— Calma, Arítes. Não esqueça que eu lhe conheço desde o ventre de sua mãe e conheço Tália, até mesmo, desde antes de meu ventre.
— Comandante, eu não…
— Arítes.
Minha mãe suspirou. O cansaço caía sobre ela. Não um cansaço físico, mas aquele de observar toda a estrutura do reino durante anos. As questões políticas, o andamento dos exércitos, a sua posição como guardiã e, principalmente, observar o comportamento de cada um que a cercava.
— Eu não me incomodo com isso, quem se incomoda são vocês. O fato de você amá-la, só faz com que eu confie mais em você. Eu sei que você já sabe disso há tempos. Apenas nunca se permitiu. – Minha mãe suspirou novamente. — Sempre inibiu seus sentimentos, em detrimento ao dever. Gostaria que me visse, não só como sua comandante ou como uma guardiã. Sua mãe foi minha melhor amiga e se precisar conversar com alguém sobre qualquer coisa, estarei aqui para você, como estive para sua mãe e ela para mim.
Após o choque, a minha guarda pessoal olhou para minha mãe derrotada.
— Desculpe, eu…
Exalou um bocado de ar antes de conseguir formular qualquer frase. Minha mãe olhava as reações de sua tenente-coronel e resolveu investir novamente para que Arítes se abrisse com ela.
— Fale, Arítes. Sei que, durante anos, exigi muito de você e acabou se isolando. Tália era sua melhor amiga e não interagiu com outras pessoas, depois que comecei seu treinamento.
— Que bobagem a minha, achar que poderia esconder isto ou… Achei que… que se me fechasse completamente, mataria esse sentimento.
— E não conseguiu.
Minha mãe afirmou com um tom delicado na voz.
— Não.
Arítes baixava cada vez mais a cabeça. Sentia-se tola e enfraquecida.
— Aconteceu algo estes dias? Treiná-la não deve ser muito fácil, afinal, a proximidade e a intimidade se tornam maiores.
— Hoje ela caiu sobre mim e… e me olhou de uma forma que…
Arítes tinha a voz embargada e não conseguia prosseguir.
— A decisão de como proceder é sua, mas, se me permite, não acho que deva sufocar o que sente. O amor não tem regras e as fronteiras, somos nós que colocamos.
— Não importa. Tália quer resgatar a amiga que perdeu e eu não posso ser isto para ela. Não com o que sinto. O melhor é continuar como está e seguir.
Arítes se aprumou em posição de sentido.
— Peço dispensa, comandante.
Minha mãe a olhou com pesar. Pensava se toda a carga que colocara sobre os ombros de Arítes, não havia feito um estrago emocional grande na menina.
— Dispensada, tenente-coronel.
………………..
Jantei com meus pais. Hoje estávamos só nós três, o que me espantou, pois costumávamos estar rodeados de conselheiros e suas famílias. Senti um raro momento de intimidade entre nós.
Os trajes de comandante que minha mãe adotara recentemente, não causava mais estranheza à mesa. Eu estava feliz, pois nos últimos dias, parecia que minha mãe era mais ela mesma, do que durante toda a minha vida.
— O que houve hoje, pai?
— Como, o que houve?
Minha mãe continuava a comer, mas vi que estava atenta.
— Não temos ninguém para nos acompanhar no jantar, por quê?
— Não estou bem-disposto, filha.
— Está passando mal?
Perguntei alarmada, pois neste momento reparei no quanto meu pai estava abatido.
— Seu pai é teimoso, filha. Está se sentindo mal há dias e não quer que chame a sacerdotisa-curandeira. Disse que procurou o médico-curandeiro do castelo e ele disse que estava tudo bem.
— Pai, por que não quer falar com a sacerdotisa?
— Sua mãe que se preocupa demais. É apenas uma indisposição ou cansaço. Nada demais. E você? Tem andado por onde em seus passeios? Não tenho visto você pelo castelo, mas não aprontou nada ultimamente. Ando até estranhando o fato de não chegar notícias de suas travessuras.
Meu pai falava sorrindo e devolvi o sorriso para ele. Estava com saudades da descontração de papai.
— Você é que anda muito ocupado para ver o que tenho aprontado.
Devolvi a brincadeira, mas vi que meu pai fechou o cenho. Eu não entendi porque e meu sorriso morreu aos poucos. Meu pai voltou a comer calado e minha mãe pousou o talher no prato.
— O que houve, Astor?
— Nada, Êlia. Só a tensão que nos ronda com relação a Terbs. Não é assunto para Tália…
— Astor, já conversamos sobre isso. Ela não é uma criança e um dia herdará o trono. Já passou da hora de inseri-la nos assuntos do reino.
— Êlia, escute…
— Escute você, Astor. Ou melhor, escute a si mesmo e a seus pensamentos. Não abuse da bondade da “Senhora das Águas”. Ainda somos um dos poucos reinos abençoados pela sua bondade e graça. Não transforme essa boa energia vinda de nossa crença em algo escuro, renegando a nossa natureza. É isto que nossos inimigos querem. Querem um reino enfraquecido na alma. Então não sabe que o espírito do povo só sobrevive pela sua cultura? Se acabar com a nossa cultura, acabará com o nosso povo.
— Êlia, já basta! Estamos ameaçados, pois não estamos fazendo alianças com os outros reinos.
— Pai! O que está falando?
— O que estou falando? Vocês querem mesmo saber o que estou falando? Estou dizendo que nós vamos perecer, se não fizermos alianças e não estamos fazendo isto, pois meia dúzia neste reino ainda insiste em não se render a essa realidade.
— E o que você quer dizer com isto, Astor? Seja claro e fale exatamente o que pensa para nossa filha.
Minha mãe não alterou o tom de voz, mas se tornara grave. Ela encarava meu pai e ele baixou sua cabeça. Apesar da insinuação que fez e, tanto eu como minha mãe entendemos, parecia envergonhado.
— Se eu partir hoje, nossa filha não tem condições de assumir o reino, Êlia…
— Você se engana. Esteve tanto tempo preocupado com o que era dito a você por outras pessoas, que não reparou na educação que dei a ela?
— O que quer dizer com isso? Que educação?
— A vida inteira me juntava todas as tardes com Tália e ela estudava cada prego deste reino e cada vida que foi arrancada de nós, em todas as batalhas que travamos. Sabe até mesmo porque foi tirado de nós o poder da magia, pela “Grande Senhora das Águas”!
Meu pai pareceu chocado com o que minha mãe contou, mas se ele prestasse um pouquinho atenção em nós, durante todo este tempo, veria que eu e minha mãe estávamos sempre juntas, ao longo das tardes, desde que nasci. O mais incrível, é que tinha certeza que ele nunca percebeu que minha mãe treinara Arítes também. Tudo bem que eu também não percebi, mas eu não era o esposo dela. Eu ia dormir cedo e para mim, apesar de cada um ter seus próprios aposentos, achava que eles dormiam juntos todas as noites.
— Êlia, por que você fez isso sem me falar? Achava que eu não deixaria que instruísse nossa filha?
— Astor, pense no que está falando. Eu sempre disse a você que me juntava a Tália todas as tardes, para cuidar de sua educação.
Neste momento vi que minha mãe tinha o assombro estampado em seu rosto. Era como se neste jantar, estivessem tendo a primeira discussão familiar após anos. Resolvi intervir, pois meus pais estavam à beira do desentendimento. Meu pai jazia cego, por todas estas pessoas que andavam o cercando e eu, queria pôr um fim, nas esperanças e intrigas que o conselheiro Tórus estava semeando. Nem conseguia mais imaginá-lo como tio de Arítes, irmão da melhor amiga de minha mãe e filho do conselheiro mais respeitado que o reino já teve.
— Já que estamos falando em alianças com nossos vizinhos, devo dizer que a resposta ao que o conselheiro Vergás me propôs hoje pela manhã é não. Não permito fazer uma festa, só para conhecer o filho do rei Badir. Não casarei para colocar o filho de nosso atual inimigo no trono para que ele tome o controle de nosso povo. É isso o que quer, meu pai? Que coloque um homem, do qual nada sabemos, para dirigir o nosso povo? Tem mais confiança em um homem que nada tem a ver com o reino, do que em mim?
Olhei-o com decepção e meu pai pareceu mais uma vez se envergonhar, mas eu sabia que assim que saíssemos do salão de jantar, possivelmente escutaria seus conselheiros. Meu pai andava alheio e isso me causava tristeza.
— Minha filha, não é isso… Só estávamos tentando uma saída para esta situação. Não queria que ocorresse outra guerra.
— Pai, não somos nós que queremos guerrear, são eles! Será que isso não diz a respeito do caráter desta gente, para que eu coloque a minha vida e você coloque o reino nas mãos deles?
Novamente tive a impressão de meu pai me olhar envergonhado.
— Meu avô não foi contra Natust. Eles que vieram contra nós, nos fazendo perder muitos. Meu avô não se dobrou, pois o errado não éramos nós. Todos os dois reinos perderam muito, mas olhe o que é Natust hoje e o que somos. Se estivéssemos no caminho errado, certamente “Eras” não seria próspera como é.
Meu pai sorriu ao me escutar e pegou em minha mão que estava sobre a mesa.
— Desculpe-me, filha. Perdoe seu pai, mas eu queria achar uma saída sem que derramássemos sangue. Acho que me perdi um pouco nesta busca.
Minha mãe segurou a outra mão de meu pai. Seu rosto havia relaxado e senti que estávamos juntos novamente.
— Tudo bem. — Ele falou. — Mas vou tentar uma última aproximação com Terbs, antes de nos retirarmos das negociações. Faremos uma festa e convidaremos o rei Badir. Fique tranquila, minha filha. Não será para que conheça o filho do rei. Farei para tentar traze-lo para perto e quem sabe, consigamos fazer com que aceite nossos termos comerciais.
……………
— Tália.
Escutei a voz de Arítes atrás de mim, enquanto caminhava pelo corredor para meus aposentos. Voltei-me e a vi com a farda oficial de gala. Fiquei maravilhada com a elegância de minha guarda pessoal. Raramente a via neste uniforme e simplesmente petrifiquei.
— Tudo bem, Tália?
Ela me olhou um pouco desconfiada. Eu a observava de cima a baixo e acreditei estar com cara de idiota.
— Ãh… sim, tudo bem. E você? Por que está com o uniforme de gala?
Minha entonação para a pergunta foi mais efusiva do que eu pretendia. Estava visivelmente extasiada com a visão da tenente-coronel Arítes.
— Era sobre isso que vim lhe falar. Seu pai veio me pedir que comande pessoalmente uma diligência, que sairá agora à noite para Terbs. Está enviando uma mensagem que deverá ser entregue nas mãos do rei Badir.
Vi certo desespero em seus olhos. Não conseguia saber o motivo, mas seus orbes verdes pareciam nublados e entristecidos.
— Sabe o que tem na mensagem?
— Não.
— Supõe alguma coisa?
Ela suspirou.
— Nada que possa supor é agradável para mim. Ouvi dizer que seu pai faria uma festa e convidaria o rei Badir.
— É verdade. Ele fará. Comunicou-nos hoje no jantar e não achei que colocaria sua ideia em andamento tão rápido.
— Então, ele se decidiu seguir adiante no oferecimento de sua mão para Belard?
Seus traços ganharam expressões de desespero e decepção.
“Ah, Arítes! Como gostaria que esse desespero em seus olhos, não fosse somente pela situação constrangedora e humilhante, contrárias à nossa cultura. Gostaria tanto que fosse unicamente por minha causa…”
— Não, Arítes. Ele não irá oferecer minha mão, mas tentará um tratado comercial como último recurso.
Seus olhos passaram do desespero para o alívio em segundos. Ela suspirou e sorriu, sem conter a felicidade.
— Que bom! Fico feliz que seu pai tenha caído em si.
— Não foi por conta dos conselhos de seu tio. Parece que ele foi um dos maiores incentivadores.
O semblante de Arítes se fechou novamente.
— É. Eu andei sabendo. Meu tio mudou muito nos últimos anos e nem gosto mais de conversar com ele. Está com um comportamento estranho e anda me evitando.
Olhei-a admirando novamente. Estava linda. Trazia o elmo embaixo de um dos braços e o laço que prendia a proteção do tórax, estava aparecendo próximo ao pescoço. Aproximei-me e delicadamente consertei, empurrando com as pontas de meus dedos para baixo da armadura. Estávamos bem próximas e olhei diretamente para ela sorrindo. Percebi um pequeno rubor estampar sua face e a respiração acelerar ligeiramente. Arítes deu um passo para trás. Parecia se proteger de algo, que eu não conseguia entender.
— Bom, na verdade eu vim lhe falar que estes próximos dias, designei a tenente Tétis para a sua segurança.
— E ela é melhor que eu na espada?
Perguntei para provoca-la e ver o que respondia.
— Não, ela não é melhor que você com a espada.
Sorriu-me ao responder e esperou para ver o que eu diria.
— É melhor que eu no arco?
Perguntei cínica e ela abriu mais o sorriso.
— Não. Nem eu sou melhor que você no arco, mas ela é melhor que você na luta corpo-a-corpo, assim que, nem pense em sair do castelo sem ela.
Amarrei minha cara. Não gostei de Arítes ter falado da minha inabilidade na luta corpo-a-corpo. Ela sabia meu ponto fraco e jogou com isso. Para completar ela gargalhou e eu começava a me enfurecer quando… ela tocou meu queixo elevando minha face para me olhar.
— Tália, você é melhor do que muitos, mas não quero viajar, pensando em você andando sozinha por aí. Lembre-se que estamos em uma situação de tensão. Você me promete que vai andar com a sua escolta? Prometa-me para que eu fique um pouco mais tranquila.
Seu tom era carinhoso e seus dedos tocavam suave meu rosto. A sensação que tinha com a sua proximidade e seu zelo pela minha segurança, me desarmaram. Olhei-a nos olhos e não consegui lhe negar a promessa.
— Prometo.
Ela me sorriu e eu continuava olhando-a, perdida. Ela não se afastou e continuou a falar suavemente e da mesma forma carinhosa.
— Tétis é uma tenente muito jovem e está orgulhosa porque vai lhe acompanhar. Não a faça de boba, Tália. Não jogue com a ingenuidade dela.
— Por que eu faria isso? E por que você a escolheu?
— Porque ela é aplicada, está trabalhando duro para conquistar uma posição de respeito e de forma merecida.
Não gostei do tom afável com que Arítes se referiu a essa tenente. Incomodou-me o respeito que ela demonstrava para com esta garota.
— Quantos anos ela tem?
— O que isso importa?
Afastei-me de Arítes. Estava irritada e me perguntava por quê. Nossa conversa estava tão boa e de repente, me vi surpreendida com sentimentos que eu não conseguia nomear. Queria saber o grau de intimidade que a tenente Tétis tinha com Arítes.
— Só para saber.
Falei seca.
— Vinte e dois anos.
— Tá.
Arítes estreitou os olhos desconfiada, mas nada falou.
— Bom, por último, Tália, sua mãe pediu para lhe dizer, que esperará por você na sala de treinamentos às vinte e duas horas. Durante estes dias quem a treinará será ela.
— Pela “Senhora das Águas”! Por que não me falou antes? Só faltam dez minutos.
Fiz menção de correr, mas me detive, voltando-me para Arítes.
— Se cuida. Não confio nos terbeanos. Estão nos provocando há tempos e, sinceramente, acho que mesmo que aceitem o convite, não aceitarão os nossos termos.
— Pode deixar, eu me cuidarei.
Sorri e corri para meu quarto. Queria me preparar dignamente, pois a minha mãe merecia me ver impecável. Estava excitada para treinar com ela.