Eras: A Guardiã da União

Capítulo XXXVII – Os Belos Campos Dourados

Eras – A guardiã da União

Texto: Carolina Bivard

Ilustrações: Táttah Nascimento

Revisão: Isie Lobo, Naty Souza e Nefer


Capítulo XXXVII – Os Belos Campos Dourados

Os dois dias que permanecemos em Natust, foram de negociações e tratamento dos ferimentos. Thara queria retornar para Eras, antes de assumir, para prestar homenagens e enterrar seu mentor e pai de coração. Mesmo em Tir, Tórus não aguentou e fez a travessia para o mundo da Divina Graça. Roney se recuperava bem.

A nossa primeira noite de acampamento na volta não foi muito feliz. Já imaginava que a morte de Tórus nos afetaria. Foram muitos anos juntos de cumplicidade e amor. Meu pai estava destruído e Arítes, eu nem sabia dizer. Ela andava muito mais taciturna do que o de costume, nem eu conseguia me conectar a ela. Em dado momento, vi que teria que deixá-la em seu luto.

— Mãe…

Brenna me chamou, enquanto eu estava virando os peixes que havia pescado, no braseiro da nossa fogueira. As tropas de Eras faziam os cozidos usuais do exército, todavia, eu quis naquela noite fazer algo diferente para nós e minha mãe auxiliou. A rainha Êlia também estava muito mexida com a perda do amigo. Eu a conhecia bem, e naquela altura de nossas vidas sabia que embora não demonstrasse, ela se culpava por não ser a pessoa a protegê-lo na arena e nem a perceber seu desgaste energético.

— Sabe que não havia como você dividir a carga energética dele. – Afirmei. – Se o fizesse, Brenna não conseguiria matar Kirsten… Hod.

— Eu poderia tê-lo impedido de ir auxiliar vocês. Sentia que não estava bem.  

Calei-me, pois sabia que ela conhecia as consequências, se acaso baixasse a guarda, enquanto Brenna estivesse em combate, ou mesmo depois, quando auxiliou Dantera a aliviar a dor da neta. Nem por isso ela se sentia melhor. Aprendi que só o tempo diria a todos nós o valor do que fizemos. Virei-me para Brenna que havia me chamado há algum tempo. 

— Diga, filha.

— Minha mãe Arítes vai voltar ao normal? Ela está mal, mãe.

Olhei Brenna, apreciando o novo visual com a cabeça raspada e uma cicatriz na têmpora direita, remanescente da luta. Dantera havia cumprido a promessa de tratá-la, e Bonan e Fidae juntaram-se na tarefa. O rosto e corpo de minha filha voltaram a ser como era, com exceção dos cabelos e aquela cicatriz de queimadura. Naquele ponto do rosto a maior parte da explosão energética de Hod tinha tocado. Havia consumido até quase o osso e, por isso, a dificuldade de regenerar completamente. 

    Apesar de ver que minha filha havia crescido, nossa ligação familiar era muito forte e a dor da minha mulher a afetava. 

— Vem aqui… 

Puxei-a pelo pescoço num abraço e fiz com que ela se sentasse a meu lado. 

— Ela, com o tempo, vai voltar a ser nossa Arítes, minha filha. Entenda que, além de nós e de sua avó, Tórus era a família de sangue que ela tinha.

— É, entendo. Se eu perdesse vocês, ficaria sem chão. No lugar dela, se soubesse que Havenor havia matado um de vocês, ele não estaria aqui conosco, indo para Eras. Estaria dentro de uma cova. 

Ri com a declaração dela e levei meu olhar para além de nosso pequeno grupo, me certificando que o comandante de Natust não escutara o que minha filha falou. Ele debatia algo com Gwinter, Mardox e Tétis. Seguia conosco para Eras como um representante de Natust, para homenagear nosso conselheiro em seu funeral. Ele mesmo se prontificou e acredito que por um motivo pessoal. Ravena estava conosco e permaneceria em Eras. Certamente, ele queria estar mais alguns dias com a filha. Antes que pudesse repreender Brenna, ela concluiu.

— O que seria uma estupidez atentar contra ele, eu sei. Ele matou meu avô em batalha, como um soldado. Quantas vida tiramos em guerra e famílias são destruídas?

Acariciei a cabeça nua de minha filha, agraciada pela compreensão de vida que Brenna adquiria. Olhei à volta e vi que Thara fora falar com o jovem Edmo.

Ela se aproximou, vendo-o sentado em um tronco caído.

— Posso me sentar?

Edmo sorriu para ela, acenando afirmativamente. Continuou a olhar entre as folhagens da floresta, pois dali a um dia, não conseguiria mais ver a paisagem verde. Natust não tinha um inverno tão rigoroso como Cadaz. Até chegarmos às montanhas de Kardoshara seguíamos com os nossos batalhões e a marcha era mais lenta. Ele encararia neve e rochas a partir das montanhas.

Os dois ficaram em silêncio durante mais algum tempo.

— Nosso pai era um estúpido, você sabe… – Ele falou primeiro. – Mas sinto que não veio falar comigo sobre ele.

Edmo sorria levemente, ainda sem encará-la. Ela o reparou. Thara queria saber o que sentir em relação à situação.

— Por que sua mãe não falou para Tália o que acontecia com você?

— Minha mãe é uma oráculo de Cadaz. Ela sabia que viriam e que se falasse sobre o que me ocorreu, vocês se distrairiam da verdadeira batalha. Fui criado lá, com todo amor que alguém poderia ter. Sou um aprendiz do hospital e da biblioteca do templo. Tenho a compreensão dos antigos sobre a vida. Se ela falasse de mim para vocês, eu mesmo me decepcionaria.

— Entendo… 

— Não se amargure com as ações do rei Einer. Quando minha mãe foi violada, numa visita dele à Cadaz, e ela soube que ficara grávida, podia ter interrompido a gravidez. Tinha essa opção. Em Cadaz, não se julga uma mulher por isso, mas ela decidiu me ter. Quando decidiu, me amou.

— Eu me amarguro por ele ter sido tão vil. Vejo que você é um homem bem diferente dele, Edmo. Nosso pai era desprezível. Além de ter estuprado sua mãe, ele o sequestrou para drenar seu sangue mágico, ofertando-o ao suposto “Deus poderoso” a quem ele servia.

Edmo não mudou a expressão serena, que o acompanhava desde que fora libertado. 

— Hod me queria para quando saísse da cripta do templo da vida, nutrir seu o corpo deletério. Einer não compreendeu e drenava meu sangue, antes mesmo de Hod ser libertado. O sangue não serviria para Hod e ele fez com que Kirsten matasse o rei, envenenando-o. Não queria que me drenasse mais, pois de nada serviria para ele, quando saísse de lá.

— Einer fazia isso como se fosse uma imolação… uma oferenda. – Thara concluiu, pensativa.

— Sim. Ele achava que agradava a um Deus, e não que estava auxiliando um homem, dotado de magia, a se fortalecer.

— E quando Hod foi libertado, Kirsten não o drenou mais?

Edmo suspirou desalentado.

— Eu já estava fraco e vocês já estavam investindo contra ele. Creia-me, foi um alívio para mim. Foi quando Kirsten me deixou de lado. Hod teve que lançar mão dos rituais normais de energia na gruta esfumaçada.

— Foi o que nos deu vantagem para abordá-lo a primeira vez. A Guardiã Êlia confrontou Hod, lá na gruta, junto com os nossos.

— E era o que ele queria evitar com o meu sangue, Thara. Mas, com a falta de compreensão de nosso pai, não houve outro jeito. Foi a única vez que agradeci a ignorância do rei Einer, desde que o conheci.

— Eu sinto muito por tudo que passou.

Thara inspirou forte, pensando que a sua vida familiar não era nem um pouco convencional. Ainda lhe doía a perda de Tórus, da mesma forma como doía em Arítes. Ele fora o único homem que pôde chamar, verdadeiramente, de pai. Sua mãe verdadeira e seu pai adotivo ficaram em Natust na casa de sábios. Na verdade, não se tocou muito na despedida, embora sua mãe quisesse manter um contato mais estreito. A respeitava, todavia não a amava como amou Tórus e sua esposa, Sunna. Seu olhar se perdia na escuridão.

— Ele olhará por você. A Divina Graça o acolheu, tenho certeza.

Edmo a consolou pela perda de Tórus, vendo a tristeza estampada no olhar da meia-irmã. 

A herdeira reparou a magreza do rapaz, no entanto, o que mais lhe chamou atenção foi a serenidade que emanava dele. Era uma mulher das ciências e entendia a magia, como um estudo hermético. Não tinha uma devoção religiosa muito forte. Contudo, compreendia que a calma que seu meio-irmão levava consigo, era fruto de boas experiências junto aos irmãos de Cadaz, que lidavam com o aprendizado da magia desde cedo.

— Sinto que não sou a pessoa adequada para o trono de Natust. Você é.

Thara falou de súbito.

— Sinto que teremos que discutir mais sobre isso. – Ele respondeu a encarando, sorrindo jocoso. – Se me perguntar o que gostaria para minha vida, certamente lhe responderia que não seria liderar uma nação. Entretanto, entendo que todos temos papéis a desempenhar. Conversaremos mais sobre isso, quando chegarmos a Cadaz. Veremos o que os irmãos têm a dizer, juntamente com as Guardiãs e a Protetora. Ah, e minha mãe. 

Ele suspirou profundamente, sendo seguido por Thara. A jovem conselheira ficou imaginando o que Klhoé, mãe de seu irmão, sentira quando as Guardiãs e a Protetora chegaram a Cadaz, sem poder contar o que ocorrera com o filho, em detrimento a um desfecho bem-sucedido para a missão. Permaneceram calados mais algum tempo, até que Thara inspirou forte e rompeu o silêncio.

— Não sei você, mas o cheiro desse peixe está me matando!

— Eu bebi quase um lago inteiro de água, depois que saí do cativeiro, mas ainda não comi metade do que gostaria. O que acha?

Ele respondeu rindo, arrancando uma risada da meia-irmã.

— Então vamos. Não sei se todos os peixes que Tália pescou, serão o suficiente para nós… pelo menos, não com a fome que estamos.

Levantaram, sentindo-se mais leves, após a conversa que ainda não havia acontecido entre eles, desde que o jovem fora resgatado.

— Se você não correr para pegar o primeiro pedaço, eu não corro. Juro que tento me segurar, mesmo estando faminto!

— Eu não correrei.

Thara respondeu, rindo novamente da troça do irmão, já se adiantando para retornar ao acampamento. Ele segurou o braço dela, impedindo-a.

— Obrigado!

Edmo falou, encarando-a, carinhoso. Ela enrugou o cenho, não entendendo o agradecimento.

— Obrigado por me mostrar que a vida fora de Cadaz será mais prazerosa, diante do que já enfrentei. Isto, caso eu fique em Natust como sugeriu. Na verdade, meu agradecimento é ter conhecido uma irmã e ela ser alguém de que gostei muito e tenho orgulho.

Thara não era uma pessoa dada a muita demonstração de sentimentos, o que não dizia que não era sentimental. A boca se encheu de saliva, por tentar conter a emotividade diante das palavras de seu recente descoberto irmão. Engoliu, procurando palavras para responder, que não vieram a mente. Achou-se ridícula.

— Vamos. Não queremos que comam tudo antes de nós, não é?!

O rapaz caminhou em direção a nossa fogueira, rebocando a conselheira Thara pela mão.

***

Os costumes de Eras para um sepultamento eram diferentes de Natust. Queimávamos os corpos de nossos entes queridos. As cinzas poderiam ser colocadas em um mausoléu, no santuário do clã da Senhora da Natureza a que a família pertencia, ou mesmo, derramadas por um local em que o falecido amava. 

Fizemos para Tórus uma pira na praça principal de Eras. As histórias sobre o que ocorreu em Natust, foram espalhadas pelo reino em trovas de bardos. Assim era a nossa tradição para preservar a memória de alguém. Crônicas seriam contadas, além dos tempos. Os escribas conversariam com os envolvidos, para deixar registrado o que aconteceu. Nada disso diminuiria a dor da perda dele, entretanto, ele seria lembrado com alegria, não tinha dúvidas.

Eu mesma me lembrava do senhor Vestus, o taberneiro da hospedaria Aurora, por seu dom de controlar brigas de ébrios, fazendo piadas e contando histórias para distrair os mais irritadiços, quando bebiam demais. Ou mesmo a senhora Mila, da quinta das cabras, que brigava quando o dono do bode, que queria uma cruza de seu cabrão e não respeitava o que ela determinava para a cria.

Eu conhecia as muitas histórias de vida de nosso povo, através das trovas. Tórus estaria numa delas. Entretanto, nunca soube, até aquele momento, que o desejo de Tórus era que suas cinzas fossem espargidas nos campos de grãos.

Sunna, esposa dele, juntamente com Arítes e Thara, foram as responsáveis por realizar seu desejo post-mortem. Encantei-me, vendo as três dispersas por aquele mar dourado, ao entardecer, e chorei saudosa, juntamente com elas. 

Brenna olhava a tudo calada e me abraçava forte, como se eu pudesse dar forças para ela suportar a sua tristeza e também a de sua outra mãe.

A rainha-mãe Êlia e o rei Astor supremo da nação, presidiram a cerimônia do amigo, e agora, olhavam juntamente conosco, a liberação do espírito dele, através dos campos. Eu sentia a dor da perda, mas acredito que não tanto quanto eles, que viveram toda uma história de vida, com um dos maiores conselheiros de Eras e um dos amigos mais presente.

Teríamos muito a estudar nas Tríades, que agora necessitava de outro membro. Apesar da minha mãe e meu pai se controlarem na emoção deles, nós ainda não controlávamos a entrada das emoções que extravasavam um do outro. Eu sentia no profundo de minha alma a dor de minha esposa e de Thara.

Brenna se contorcia em meus braços. Arítes havia deixado as cinzas de Tórus se dissiparem ao vento e estava retornando do campo de trigo. Nós apenas observávamos, diante daquela vastidão que tomava a cor do ouro sob o beijo do sol. Minha mãe se aproximou, enxugando as lágrimas que lhe escorriam pelo rosto. Mesmo assim, tentava minimamente nos proteger de seus sentimentos.

— Venha cá. 

Ela segurou carinhosamente o braço de Brenna, retirando-a de meu abraço e levando-a para ela. 

Abarcou-a, completamente. Eu sorri diante da cena, ainda que envolvida em tristeza. Minha mãe era maior do que nós, como já sabem, e engolia a neta entre os braços. A cena era enternecedora.

— Olhe para mim, Brenna. 

Minha mãe segurou o rosto da neta entre as mãos, fitando-a docemente. 

— Você e sua mãe Tália são meus legados. Se não quiser assumir, não há problemas. Basta me falar, tudo bem?

— Do que está falando, vó?

— Estou falando que a força mágica que leva com você é maior do que qualquer um nessa terra. Se quiser aprender e levar adiante nossa história, eu ensinarei e suas mães serão seu norte. Contudo, agora, Tejor tem a magia. Você tem opção, pois a vida de Guardiã é árdua. Você herdou uma grande força energética, e não quero que faça por obrigação. Felizmente, hoje, existem opções.

— Para, vó! Acha que sou mole pra aguentar, é isso?

Minha mãe riu com gosto.

— Não é isso. Só estou dizendo que você tem escolha.

Ela respondeu ainda rindo, e apertou novamente a neta entre os braços.

— Mas eu quero!… Tá que ainda não alcanço essa coisa de vocês que estão sempre colocando água morna, onde a gente pode entrar quebrando tudo… – Minha mãe elevou uma das sobrancelhas, inquisitiva. – … mas eu juro que me esforço pra aprender dessa vez. — Brenna a encarou, desalojando-se do regaço da avó. — Eu quero ter a sua sabedoria, a brandura do coração de minha mãe Tália e a retidão de minha mãe Arítes. Dá para ter os três?

Minha mãe riu, pela primeira vez em dias.

— Não dá, Brenna, mas… dá para você compreender o que cada uma de nós carrega e alinhar com a sua enorme força. Já carrega um pouco de nós em si. Se assim não fosse, não conseguiríamos vencer essa batalha.

***

Arítes me preocupava. Saímos do campo de trigo e ela não havia falado absolutamente nada, entretanto eu sentia, mesmo que ela quisesse esconder, a profunda tristeza que carregava. Ela não quis ficar para as comemorações da cidade. Sim, Eras comemorava a morte de alguém querido e vimos o quanto Tórus era conhecido na cidade. O povo se juntou para fazer uma grande festa na praça principal. 

Fomos para o quarto, assim que chegamos. Quando fechei a porta, ela me abraçou, caindo em lágrimas. Não havia o que falar, a não ser devolver o abraço forte. Deixei que sua alma esvaziasse e depois a acomodei na cama. Chamei as serviçais e mandei preparar um banho quente. Após tudo preparado, comecei a despi-la, para o banho.

— Não acredito que um dia pude desconfiar dele, achando que era um traidor…

Conjecturou e eu trouxe o seu rosto para que seus olhos me fitassem.

— Foram outros tempos… tempos turbulentos em que meu próprio pai estava nos traindo, embalado por um feitiço. Não se atormente por uma culpa que não existe. Há vinte anos, estávamos em outra situação.

— Mas na época eu o condenei… Desconfiei dele.

— E depois compreendeu e vieram muitos anos de carinho e cumplicidade. Esses são os anos vividos com ele, dos quais tem que se lembrar. Está doendo, eu sei, e não posso aliviar sua dor. Mas posso fazer você se sentir melhor. Venha.

Puxei-a pelo braço e ela me seguiu, irrefletidamente. Acomodei-a na banheira quente e lhe dei banho com o maior amor que eu conseguia expressar através de meus gestos.

Naquele dia, vi o quanto a história familiar de Arítes forjou quem ela era. Eu odiava como a história acontecera para minha esposa, no entanto, admirava como ela construiu a própria vida. Uma mulher franca, amorosa, ao mesmo tempo, forte como uma rocha quando necessitava e, sensível como uma flor, quando me amava.

***

O tempo. Ele veio nos dando notícias dos novos ares que percorreriam Tejor a partir dali. Arítes e Thara se recompuseram, ao longo das luas, e numa manhã chegou um convite para irmos à Natust, para a coroação do novo rei.

Thara havia estado algumas vezes no reino de Natust para negociar com o Conselho e a população, a aceitação de seu irmão como novo governante. Devo dizer que não houve tanta resistência, como foi a apresentação de Thara para a função. Na verdade, foi um alívio para o povo saber que o rei Einer tivera um herdeiro varão, bem como ele vinha de uma cidade sagrada e não de terras de inimigos recentes. Mal sabia a população, todo sofrimento que o seu rei causara para que Edmo estivesse lá. Mas isso não importava mais. A vida estava serenando para todos.

Foi, exatamente, nessa manhã que minha mãe recebeu algumas visitas inesperadas de Tir, enquanto ela caminhava pelos corredores em direção à sala de jantar para o desjejum.

 


Nota

Pessoal, passando para dar notícias. Ainda estou dormindo no hospital, com meu pai. Estamos acionando o plano de saúde judicialmente, então, continuo a pedir paciência para vocês. Obrigada pela força de Tod@s!

Bjus

 

O que achou deste história?

© 2015- 2019 Copyright Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem a expressa autorização do autor.