Eras – A guardiã da União
Texto: Carolina Bivard
Ilustrações: Táttah Nascimento
Revisão: Isie Lobo, Naty Souza e Nefer
Capítulo XVII − Debandada
Escutava as vozes de Arítes e Thara me acompanhando e tudo ficou vertiginoso. Não soube o que aconteceu até que me contassem. Todo o mal-estar de minha mãe, fazendo-a quase perder a vida, era resultado de um feitiço que se ativou assim que entramos no templo.
Quando voltei a mim, estava ajoelhada, quase jogada no chão. Senti um carinho suave em meu rosto e meu corpo ser cingido num abraço morno e amoroso. Quando um beijo pousou em minha cabeça, eu chorei. Chorei como uma garotinha, sendo confortada pela mulher que sempre amou e cuidou, como se velasse por uma flor delicada às intempéries do tempo.
− Obrigada…
Escutei, ainda de olhos fechados, não querendo sair daquele regaço afetuoso, afável… Que sabia dar a vida por mim.
Chorei convulsivamente, dizendo uma frase que, instantes atrás, não tinha a menor ideia do significado. Contudo eu falava e entendia tudo.
− Avna Davo Gredi! Avna Davo Gredi! (Obrigada, Divina graça! Obrigada Divina Graça!)
Minha mãe segurou meus braços e me levantou.
− Eu agradeço à ela muito mais do que apenas me salvar da morte, minha filha. Agradeço por ter o amor comigo; Todos que me cercam.
Abracei-a novamente e fomos abarcadas por Brenna que, apesar do pranto não ser ruidoso como o meu, deixava as lágrimas correrem pelos olhos livremente. Todos observavam sem entender o que levou a tudo aquilo. Procurei Arítes e Thara com o olhar para agradecê-las e outro fato nos assombrou. Thara estava luminosa! Ela cintilava como se o corpo dela refletisse a luz das paredes de cristal.
− Todos os anos de estudo e treinamento no Templo Luzeiro não me prepararam para isso.
− Nem me fale, Liv. Você acha que estou como?
Escutei Liv e Roney conversando e não pude deixar de rir entre as lágrimas. Olhei para eles e estavam estáticos.
− Alguém pode nos contar o que aconteceu? – A cosantóir perguntou.
− Eu posso esclarecer um pouco… eu acho. – Minha mãe respondeu. – Aquela adaga que abriu o templo, foi dada a mim por minha mãe. Não só a adaga, como uma espada e um arco. Elas são passadas de geração em geração na casta das Guardiãs. Não são para usarmos com qualquer coisa no dia a dia. Elas têm um propósito que, até hoje, eu não sabia. Ou melhor, havia esquecido.
− Eu nunca soube delas. – Falei.
− Elas serão suas quando eu fizer a viagem para “além-mundo”, Tália.
− Que isso demore bastante tempo, mãe. Não quero passar o que passei ainda há pouco tão cedo.
Minha voz ainda estava trêmula pelo choro. Ela sorriu falando:
− Questa seris. (Que assim seja.)
Incrivelmente todos entendíamos aquele estranho idioma.
− Vejo que não precisam mais de uma tradutora para a língua de Tanjin.
− Eu creio que a sua função agora será bem mais que isso, Thara. De qualquer forma, vou contar rapidamente, pois o nosso tempo aqui não é muito. – Minha mãe respondeu e continuou. – Há muito tempo estive aqui neste templo, quando houve a primeira guerra contra Natust. Serbes já atuava junto ao reino do norte. O fato é que eu esqueci tudo isso. Eu fui amaldiçoada por Tarekta Hod, pai de Serbes e esposo de Fidae, a Senhora da Floresta.
− Hod… Então era esse o nome do Mago que iniciou a Guerra do Caos quando planos foram separados?
− Exato, Arítes.
− E você esqueceu tudo isso, Êlia?
Arítes continuou a interpelar, atônita como todos nós.
− Sim. Exatamente aqui, onde estamos. – Minha mãe suspirou. – Eu tinha a incumbência de proteger o Laço de Villi, como todas as guardiãs anteriores. Ele nunca foi citado em qualquer Escrito, pois era proibido por nós. Assim o legado dele ficaria sempre escondido até que o tempo de retornar a magia em Tejor chegasse.
− E o que aconteceu, vó?
− Aconteceu Tarekta Hod, Astor e vocês duas. – Minha mãe riu. – Eu nasci com magia, num plano sem magia. Foi quando minha mãe soube que a Lâmia de Luz havia chegado e tudo mudaria. A partir de mim, Tejor caminharia para a transformação, quando a Guardiã da Indulgência nascesse e, à partir dela a Guardiã da União.
Minha mãe olhou para nós. Continuamos calados para que ela continuasse a relatar.
− O fato é que Hod estava preso aqui, mas Serbes, o filho dele, não.
− Serbes conseguia vir até aqui?
− Não só conseguia vir, Tália, bem como Hod o orientava, ensinando-o como levar a magia de Tanjin para o nosso reino. Serbes precisava do Laço de Villi para libertar o pai deste lugar. Imaginem um mago com a força mágica e todo o conhecimento de Tanjin, circulando por Tejor?
− Ele seria considerado um Deus!
− Exatamente, Liv. Foi tudo que Hod sempre quis. Ser considerado um Senhor nas terras.
− Mas o que aconteceu aqui para você esquecer de tudo, Êlia?
Arítes perguntou, tentando encaixar todas as peças daquele quebra-cabeça.
− Eu teria que deixar o Laço de Villi seguro, até que minha neta nascesse. Ao mesmo tempo, estávamos na primeira guerra contra Natust e na batalha campal conseguiram sequestrar Astor. Eu fiquei entre o meu dever de Guardiã e o amor que tinha por ele. Também sabia que minha filha só nasceria, a partir de um amor como o que tínhamos. O rei Eskol, − olhou para Thara – seu avô, foi induzido e ludibriado por Serbes e hoje, tenho certeza de que ele estava sob encantamento, pois o conheci antes da insanidade que o abateu, levando a guerra irracional até os portões de Eras.
− Serbes fez isso porque sabia que você estava em Eras e queria o Laço de Villi.
A conselheira constatou, desolada.
− Na época, tive que tomar uma decisão. Tinha que proteger o Laço de Villi e, ao mesmo tempo, articular com o exército de Eras para salvar Astor. Tinha que fazer as duas coisas, senão, a minha filha não nasceria com o destino dela. – A Guardiã Êlia suspirou. − A guerra já se arrastava há meses e Eras estava perdendo forças. Perdemos muitos soldados. O marido de minha melhor amiga havia morrido, ela estava grávida e ainda lutava na guerra. – Minha mãe olhou para Arítes. – Eu era uma general de Eras, tinha o meu compromisso como Guardiã e sabia que foi isto que deflagrou a guerra.
− A culpa da Guerra não foi sua, comandante. − Arítes a interrompeu, vendo a dor nos olhos de minha mãe, ao fitá-la. – Serbes faria tudo, em qualquer lugar que você estivesse, para possuir esse artefato.
− Em resumo, tomei a decisão de esconder o Laço de Villi na floresta Du, que minha mãe havia me dito que era onde existia o Templo da Vida. Só não fazia ideia, na época, de que Hod estivesse aqui. Meu conhecimento sempre foi que Serbes, filho de Terakta Hod existia. Não imaginava que Hod ainda era vivo.
− E quando chegou, o encontrou aqui.
− Exatamente, Thara. Antes de encerrar o Laço de Villi na esquife da luz, nos enfrentamos e, quando consegui conjurar a abertura dela, as forças de Hod caíram. Eu coloquei o Laço na esquife e, como última ação, ele proferiu um feitiço, me amaldiçoando para o esquecimento do qual nenhuma criatura de qualquer plano poderia me avisar do que aconteceu, com a punição de que eu me perdesse entre planos.
− Mas você se lembrou agora, mãe.
− Essas não são as brechas dos feitiços conjurados apressadamente? – Minha mãe gargalhou. – Ele nunca disse que eu não poderia lembrar por mim mesma. Foi o que aconteceu hoje. Você estava certa, minha filha, quando disse que as Senhoras da Natureza não deram informações porque não podiam e quando pensou que, talvez, eu estivesse enfeitiçada.
− No entanto, quase morreu por isso.
− Vocês estavam aqui para me ajudar, filha. Esta é grande certeza que temos. A ajuda que a Divina Graça e as Senhoras da Natureza podem nos dar.
− Muito bom, porém agora vamos pegar o Laço de Villi e ir embora para levá-lo até o corpo de Brenna e Thara. – Arítes pontuou.
− Estou dentro, Protetora. Louca para voltar para Tejor!
− Falaram a minha língua! Concordo com Arítes e Liv. Não costumo ser medroso e encaro muita coisa, contudo já está ficando demais para mim. – Roney arrematou.
− Infelizmente não será tão simples assim, crianças…
Eu conhecia minha mãe. Fechei os olhos, tentando me acalmar. Quando ela falava que não era simples e chamava todo mundo de criança, sabia que a coisa ia feder, e muito! O que seria pior do que já passamos?
****
A porta da cabana do lago se abriu de rompante. Uma mulher de cabelos loiros-prateados entrou, empunhando uma espada. A curandeira do lago estava de costas e a mulher levantou a espada para estocá-la. Não teve chances. A curandeira elevou o braço e uma energia bloqueou a mulher, paralisando-a.
− O que faz aqui? Veio matar as princesas? – A curandeira perguntou, calmamente, voltando-se para a agressora. – Eu sou a protetora delas. Terá que me enfrentar. É isso que quer?
A mulher não conseguia sair da paralisia em que o feitiço da curandeira a colocou. A velha senhora continuou a falar.
— Hod tem que entender que o mundo não gira porque ele manda ou quer. Você cresceu com Tália, não foi? Qual a sua fraqueza para que Hod tenha chegado até você? – Ela rodeava a mulher, observando-a com apuro. − Despeito? Inveja?… Não. Não é nenhum dos dois. Além do coração ferido, tem vaidade dentro de você. Foi o que permitiu a ele chegar até você, mesmo preso naquele esquife.
A curandeira fez um gesto displicente com a mão, liberando a guerreira da prisão energética. Logo após, outro gesto fez a espada voar da mão da loira. Ela caiu de joelhos, arfante, e duas outras pessoas entraram com espadas em punho.
− Chegaram tarde. Se eu dependesse de vocês, já estaria morta e elas – apontou para a cama – também. O rei Astor tem boas intenções, contudo já havia feito o estrago antes, quando ficou me perturbando, vindo a todo momento aqui.
− Desculpe-me, senhora. O rei Astor pediu para que vigiássemos a cabana para defender quem estava aqui dentro, e pediu que não entrássemos se não víssemos perigo. Como ela é do…
− … Do alto comando de Eras. Já sei, já sei. – A curandeira suspirou enfadada. – Eu avisei para ele para não confiar em ninguém e aí me pergunto: Por que ele confiou em vocês?
− Por sermos leais? – Mardox falou, cínico.
− Quando Serbes veio, há quase vinte anos, você foi leal sob encantamento? – A curandeira retrucou. – Ninguém é leal sob encantamento, meu caro. – Olhou para Tétis. – E você? Já percebeu coisas fora do lugar e não se pronunciou, com medo de ser repreendida pelas atitudes que tomaria, não é?
− Eu… Eu…
− Escute, general Tétis…
Antes que a curandeira terminasse a frase, Eileen levantou, procurando a espada, sendo paralisada outra vez por um gesto da curandeira. Ela agia como se não fosse nada demais.
− Como eu ia dizendo… escute, general Tétis, você tem mais intuições do que entende e as nega por isso. Não tenha medo delas.
Tétis olhou a cama. Estava alarmada por ver a princesa Brenna e a conselheira Thara desacordadas. A curandeira previu o destempero dos generais de Eras, que meu pai colocou para fazer a segurança da cabana e, num minuto, lançou um encanto que os fez sair da cabana, sem nada lembrar. Coitados! Ficariam com um vácuo na memória, sem saber o que explicar para meu pai.
A curandeira se voltou para Eileen, consternada.
− Infelizmente você pagará pela sua fraqueza. Só o que posso fazer é tirá-la daqui e enviá-la para encarar o seu atual amo. Quem sabe não cai em si sobre o erro que está cometendo? Quase conseguiu matar a Protetora e a Guardiã da Indulgência quando estavam a caminho de Cadaz. – Suspirou. – Pela bondade da Divina… Pela minha bondade, vou lhe permitir uma remissão.
***
− Fala logo, mãe! O que vamos encarar agora?
Minha mãe me olhou, com ar preocupado.
− Vamos encarar Hod. Quando cerrei o esquife com o Laço de Villi, o prendi lá também. Se abrirmos o esquife, libertamos Hod.
− Pelos culhões de Tevé! A gente vai ter que encarar esse homem?!
Roney perguntou e todos olhamos para aquele guerreiro enorme, resmungando.
− Ei! Não me julguem. Olhem vocês! Duas estão em espírito, as outras têm sangue mágico-ancestral. Ou vão me dizer que a Protetora está aqui só de passagem? Eu sou um rastreador e um bom guerreiro, contudo, encaro coisas vivas e sem magia!
Minha mãe riu de lado e não contestou. Sabíamos que Roney estava certo. Nem para nós aquela situação era boa.
− Qual é o plano, Êlia?
− Sinceramente, não tenho nenhum, Arítes. Quando eu esqueci tudo que ocorreu aqui, não pude arquitetar nada, durante esses anos, para nos livrar desse momento.
− Eu tenho a espada Macha. Ela pode matá-lo?
− Sim. Mas quando mamãe abrir o esquife, como nos aproximaremos, sem que ele use magia contra nós, filha? – Respondi.
− Brenna tem razão, rainha Tália. – Thara falou. – Nossa única chance é abrir o esquife e ela matar Hod, assim que ele sair. Pode parecer estranho o que vou falar, todavia consigo proteger vocês, durante um tempo. Desde cedo, tenho sentido que consigo canalizar as energias vindas do Templo Luzeiro. Estou conseguindo me comunicar, mentalmente, com o grupo de lá que está sustentando a proteção.
− Por isso você está reluzindo?
− Também, Liv. Estou captando o fluxo energético do cristal daqui, também.
− É arriscado, porém, se todos concordam, é um plano que pode dar certo. Aliás, será nossa única chance. – Minha mãe pontuou.
− Me dê a Espada Macha, Brenna.
− Mãe, sei que é mais habilidosa do que eu, entretanto, eu não precisei de tempo para controlá-la e ela não está realmente aqui, se é que me entende. Está conosco, lá na cabana.
Brenna respondeu a Arítes, tentando acalmá-la.
− Ela tem razão. Não sabemos se a espada se sustentará com você, Arítes. Thara e Brenna conseguem ancorar a energia ligada a ela, no entanto não sabemos como reagirá estando em sua posse. Fique com minha espada. Eu não poderei empunhá-la, já que terei que conjurar o encanto de abertura do esquife.
− Com todo respeito que tenho por você, não acho a melhor opção. A sua espada é normal, Êlia. Não quero que Brenna se exponha a riscos.
− Minha espada não é exatamente normal. Todos esses símbolos na lâmina são uma proteção mágica. Lógico que não tem a mesma força da espada Macha, entretanto você poderá auxiliar Brenna. Esse é o caminho dela, Arítes, não o seu. Você nem sabe se ainda consegue controlar a espada Macha. Se você se perder com ela na mão, todos morreremos.
Arítes se calou, pensando sobre o que fazer.
− Então façamos o seguinte, − minha esposa se pronunciou – Brenna ficará ligeiramente à minha frente, perto da abertura do esquife. Atrás de mim, ficarão Tália, Liv e Roney. Você e Thara fiquem recuadas.
– Perfeito. Eu conjuro o encanto para abrir e Thara nos mantêm sob proteção.
Nos colocamos em posição. Estávamos tensos e parecia que cada um escutava o coração do outro soar nos ouvidos. Nunca imaginei que tivéssemos um papel tão grande no destino de Tejor. Se esse mago escapasse, estaria tudo perdido.
− Todos prontos?
− Sim.
Respondemos em uníssono. Todos estavam com armas em punho, prontos para agir. Minha mãe começou a conjurar o encanto.
– “Ditanay veridadus lux. (Que a luz traga a verdade.) Santare portio lux demere bi villi, dominatai sede manio extintore! (Que a porta do sagrado deixe a vida fluir, reinando sob o manto da morte!)”
Escutamos um grande barulho, como um ranger de pedras. A porta do esquife era desenhada com símbolos e três triângulos no centro se entrelaçavam. Uma parte da parede ruiu, abrindo uma enorme passagem. Quase não tivemos tempo de nos proteger e, quando nos recuperamos do incidente, o lugar virou um caos.
Formas translúcidas saiam aos borbotões pela passagem e não sabíamos o que eram. Atacavam com fúria, porém não conseguiam nos atingir pela proteção energética sustentada por Thara. Olhei para ela e vi que as mãos elevadas tremiam e, no rosto, o suor brotava. Ela não conseguiria segurar por muito tempo aqueles fantasmas ou demônios, fossem o que fossem.
Eu observava a tudo, como se o tempo estivesse mais lento. Como uma doença da mente. A energia que Thara sustentava oscilou. Foi quando eu vi Eileen atacando Thara e minha mãe correu para socorrê-la, lutando com a oráculo corpo a corpo.
Alguns daqueles seres se desprenderam da força protetora, e eu, Liv e Roney, os atacávamos sem sucesso. Nossas armas passavam por eles como se fossem feitos de ar. Brenna e Arítes conseguiam atingi-los e quando faziam, eles se desmanchavam como pó.
− O que Eileen está fazendo?
Brenna perguntou, gritando em meio à luta.
− Eu queria saber como ela chegou aqui?!
Arítes questionou.
− Eu não sei responder a nenhuma das perguntas, mas ela definitivamente não está do nosso lado.
Respondi, me sentindo inútil. Nada do que eu e os nossos dois amigos do Templo Luzeiro fazíamos, era eficaz. Pelo contrário, quando aquelas formas me tocavam, sentia meu corpo pesar como se tivesse acabado de sair de um treinamento de luta de um dia inteiro. Era como se sugassem tudo de bom em mim.
Liv correu, vendo que um dos espectros avançava para cima de minha mãe, enquanto ela tentava conter Eileen. Tentou pará-lo com uma estocada da espada, mas outra vez, a lâmina passou através dele e não conseguiu atingi-lo. Nesse instante tudo parou. Quatro mulheres apareceram e uma delas fez um gesto em direção ao espírito que atacaria minha mãe. Ele pareceu diluir no ar e as outras mulheres fizeram o mesmo gesto, em direção a outros, desfazendo-os.
− Bonan… pela misericórdia da Divina Graça, obrigada! – Sussurrei.
Os demônios restantes pareceram assustados e se dispersaram. Minha mãe conseguiu conter Eileen. Ela acertou a oráculo, com um chute no queixo, desacordando-a. Tudo estaria perfeito se não fosse o fato de Hod não ter saído do esquife.
Thara foi ao chão, esgotada pelo desgaste energético e Brenna correu em direção à ela, para acudi-la.
− Obrigada, Bonan!
− Que Senhora da Natureza eu seria se não auxiliasse as minhas Guardiãs? – Bonan relaxou os ombros, desanimada. – Sentimos não poder ajudá-la antes, Êlia. Não podíamos interferir até você sair do encantamento de Hod.
− Entendi, assim que recuperei a memória. Não se preocupe, Bonan.
− Você tomou uma decisão difícil há muitos anos, para que sua casta fosse preservada e os acontecimentos futuros seguissem o rumo deles. Nós tivemos que tomar uma decisão também. Interferir e perdê-la para sempre, ou deixá-la seguir, orientando sua filha e neta, para chegarmos até aqui. – Ela encolheu os ombros, displicente. – Como não gosto de perder uma alma boa para um cretino… – Sorriu. – Confiei que você conseguiria se livrar dessa maldição.
− Então meu agradecimento é duplo. – Minha mãe respondeu, sorrindo.
− Olha, eu não sei quem são vocês e agradeço também a ajuda, mas queria saber por que Hod não saiu daquele esquife.
Liv perguntou se aproximando, ainda tensa, e recebeu uma gargalhada das quatro Senhoras da Natureza. Ela se recuperava e não escutou a conversa de Bonan com a minha mãe.
− Então não reconhece a Senhora de seu clã, cosantóir?
Liv arregalou os olhos e, logo após, caiu de joelhos, desculpando-se pelo atrevimento.
− Perdoe-me, minha Senhora. Eu não imaginava…
− Ah, deixe disso! Depois as Guardiãs e a Protetora lhe dizem como é lidar conosco; agora temos que resolver a questão da qual perguntou. – Segurou-lhe o braço, levantando-a. – Hod não está mais aqui.
− Como assim, não está mais aqui? – Brenna perguntou.
Nota: Tardo, mas não falho, pessoal! Quer dizer, mais ou menos… rs Se falhar, certamente terei um motivo.
Acalmei vocês? Êlia é meu xodó, gente! Isso não quer dizer que não possa matar alguém. Tenho visto muito “Game of Thrones” por esses dias! He he he
Brincadeiras à parte, hoje deu para saber de muita coisa confusa que rolava, não?
Um beijo grandão para todo mundo!
http://Www.opniaoburguerking.com.br. cada capítulo uma aventura diferente , novas descobertas, muito show Bivard , muito foda. Xero grande
Ai, pela Divina Graça! Que angústia! Tadinha de Tália, quase perdeu a mãe. ? chorei mesmo. Eu entro nas histórias, ? Minha esposa vive curtindo com minha cara por conta disso. Basta ouvir uma fungadinha, ?
Que maravilha que Êlia está bem e sem feitiço. O único que tem que morrer nessa história é Hod, por favor, Carol. Até a Liv eu já perdoei?.
Me surpreendi com tantas revelações. E agora Hod terá que enfrentar um esquadrão de mulheres super poderosas, Até as senhoras dos clãs estão dando uma força.
A curandeira é a deusa maior de todas? A Divina Graça? ? Entendi bem?
Algo me diz que Hod irá querer fazer uma visitinha a cabana. Tomara que eu esteja enganada.
“…Ao final de “Eras: a Guardião da União” Liberarei um conto que tenho para vocês e não publiquei, antes de liberá-lo aqui. rsrs…” ?
O que há, Carol? Está tentando se redimir por quase ter matado nossa Rainha mãe? Está tentando ganhar nosso afeto novamente?
Pois vou logo dizendo…. Da minha parte, está conseguindo ?
Beijo
Assim… não sei pra que serve as carinhas onde a gente pontua, mas só pra constar a de raiva é minha…
Como parar assim?? Não vale… vou ter q passar uma semana pensando onde tá o mala??
Mais um cap. maravilhoso… mas continuo braba… k k k
kkkkk Tá certo! As carinhas servem para isso mesmo, mas depois fala porque ficou com raiva, como você fez, senão acharei que estão com raiva da história. rsrs
O mala “vazou”, como a gente costuma falar por minhas bandas. Fugiu porque é esperto. Quer saber onde está se metendo. rs
Muito obrigada Nádia!
Um beijo grande pra você!
E o nome dela é Êlia, ow coisa mais linda! ♪ ♥ hahaha
Muito lindo e emocionante esse começo, eu tava com o coração na mão.
Onde será que está Hod, já to imaginando que ele deveria estar por perto tb? Talvez. Muitos mistérios ainda, hahaha
To ansiosa pro conflito de Brenna com Hod, e de como ficaram as coisas com Thara!
obs: Tiver que matar alguém, que seja a Liv (Só acho) xD
kkkk O nome dela é Êlia com E maiúsculo.
Vou confessar: Eu até pensei em matá-la, mas não deu. Adoro a Êlia. Não aguentei. rsrsrs
Hod é esperto e mó mal-caráter. Veremos onde o troço foi parar… rs
Ah, coitada da Liv. kkkkk Ela é gente boa, só que o santo da Arítes não bateu com o dela. rsrs
Beijão, Ka e obrigada! ?
Olha não comentei no capítulo anterior porque fiquei pensando não é possível ela vai matar a Elia ? , não pode e fiquei aliviada em saber que ela ficou bem. Elia é a minha crush. ❤
Bivard ansiosa pelo próximo capítulo, super gostei das senhoras aparecendo pra salvar geral.
Super abraço Saudades do cês… ??
kkkk
Então não comentou por que estava em choque com a possibilidade da morte da Êlia? rsrsrsr
Então, hoje sai o novo capítulo e a agitação continua. rs
Obrigadão, Marcela! Saudade também.
Beijão pra você! ?
Bivard ela é a crush de geral não ia pegar bem ela morrer. rsssss
Se bem que por favor não mata ninguém além do Hod… kkkkk