Eras – A guardiã da União
Texto: Carolina Bivard
Ilustrações: Táttah Nascimento
Revisão: Isie Lobo, Naty Souza e Nefer
Capítulo X – O Encantamento
Na manhã seguinte, nos enviaram roupas para que vestíssemos, pois as nossas ainda estavam úmidas. Tomamos o desjejum; eu fui para a biblioteca com Khloé e Kamilah. Arítes acompanhou Liv até a ala da guarda. Foi apresentada a todos e começou a fazer um reconhecimento das instalações, avaliando cada entrada, posto de vigilância e cada prego dentro dos muros do templo.
O prédio da biblioteca foi o último que Arítes visitou. Ela não pretendia baixar a guarda para Liv, que a acompanhou lhe mostrando tudo, pacientemente. Elas passaram por nós, olhei minha esposa e sorri para ela. Foi um bom momento de pausa nas pesquisas que eu fazia, pois meu pescoço começava a enrilhar pela tensão. Passei a mão sobre ele, apertando-o.
– Está cansada, Guardiã?
Liv perguntou, suavemente.
– Cansada não. Apenas apreensiva e desejosa de encontrar algo para auxiliar Brenna.
– Mais tarde, se quiser, posso lhe mostrar onde ficam as termas do templo.
– Pode deixar; você me mostrou onde ficam e, se Tália quiser, eu mesma a acompanho.
Arítes afirmou. As duas se encararam e me irritei. Eu estava chocada em ver que, com tantos problemas que tínhamos, elas estavam medindo forças.
– Eu não quero ir a terma nenhuma. Só quero resolver essa situação em que minha filha se encontra. Obrigada, Liv, pelo oferecimento, mas, neste momento, não cabe pensar em relaxar em águas quentes. E Arítes, – olhei diretamente para minha esposa – você sabe que se eu quisesse me afundar em alguma piscina de água quente, faria isso com você. Então, podem voltar ao que estavam fazendo e me deixem, para que eu termine meu trabalho!
As duas saíram da biblioteca pela porta lateral, sérias e em silêncio. A cosantóir parou, em dado momento, segurando o braço de Arítes para que ela lhe olhasse.
– Você não gosta muito de mim.
Liv falou seca e diretamente.
– Não lhe conheço para gostar ou não. Ainda estou avaliando se o jeito que trata minha esposa é respeitoso ou, descaradamente, sugestivo. Eu não gosto de ninguém que se insinue para ela.
A cosantóir sorriu de lado, desfazendo o sorriso logo a seguir, tentando conter o cinismo na expressão do rosto.
– Trato a Guardiã respeitosamente e a admiro muito. Creio que você tenha se confundido com isso. Veja bem. – Liv cruzou os braços sobre o peito – Soubemos de tudo que se passou na Guerra de Sangue e o empenho da Guardiã Tália para superar a ignorância em que a mãe dela a colocou, durante os anos de vida. Ela aprendeu a lutar em pouquíssimo tempo, tomou conhecimento de seu legado e não se furtou em abraçar o destino dela, livrando o reino do jugo de Serbes.
Liv parou de falar para dar mais efeito ao que diria e, talvez, desafiar a comandante de Eras.
– Admiro não somente isto, mas também o fato dela ter auxiliado você e as filhas do reino de Tir. Conseguiram achar a espada Macha e ela lhe conduziu na tarefa de controlá-la. Isso faz dela uma heroína para mim. Ah! Havia me esquecido de outra coisa: ela guiou o exército de Eras na derrocada de Natust. Por que eu não a admiraria?
– Admirar, você pode. Apenas isso. Que fique bem claro!
Arítes respondeu, raivosa. Liv a estava provocando, abertamente, e a comandante de Eras não deixaria passar barato. A cosantóir gargalhou, debochadamente, fazendo minha esposa agarrar-lhe a gola, trazendo a loira-platinada para colar o corpo ao dela, encarando-a.
– Calma, Protetora! O que incomoda você? Acha que a Guardiã Tália não a ama o suficiente e que lhe abandonaria?
– Tália não me abandonaria! Mas a sua atitude é desrespeitosa para comigo também!
Liv segurou as mãos de Arítes e puxou para se livrar do agarro. A expressão dela modificou para seriedade, ao responder.
– Eu a respeito. Minha dúvida é se você tem competência para exercer seu legado de Protetora! Você negligenciou Tália por anos, assim como a mãe dela. A trataram como um bibelô. O minha estima por ela, vem da capacidade que a Guardiã teve de superar as intempéries e abraçar a herança de sangue, sem hesitar.
Arítes titubeou na resposta. Liv foi má. Jogou com o que a comandante tinha de mais frágil. A guerreira do templo se virou e foi embora, sem escutar a resposta que minha esposa daria. A cosantóir estava passando dos limites.
Enquanto ocorria este incidente, eu, Kamilah e Klhoé estávamos incansáveis em nossa busca e amontoávamos pilhas de pergaminhos e livros que precisávamos avaliar. Na hora do almoço, havíamos separado alguns que citavam o laço de Vili para lermos com mais calma.
– Kamilah… Khloé, olhem isso aqui.
Era um pergaminho velho e parecia ter sido manuseado muitas vezes. Fazia referência a um esquife que existia em um tal de Templo da Vida. Nunca li em qualquer Escrito Sagrado sobre aquele templo. As duas se aproximaram; eu virei o manuscrito para elas lerem e Kamilah se apressou em ler em voz alta.
– “A porta do relicário no Templo da Vida é a trilha para a transformação, onde a energia vital se consagra com o etéreo e a sabedoria”…
Kamilah parou de ler, espremendo os olhos na tentativa de buscar algo no fundo da mente.
– Templo da Vida… Templo da Vida… Acho que li algo sobre ele há alguns anos, mas onde?
Ela cerrava mais ainda as pálpebras, como se a força que fizesse a ajudasse a se lembrar.
– Esperem aqui. Acho que lembrei onde.
Saiu apressada, entrando por um corredor de estantes e, em alguns minutos, retornou com um rolo na mão. O manuscrito tinha uma luminescência característica que eu conhecia bem. Khloé estava de pé e se aproximou, tocando-o também.
– Larguem isso! Este é um Escrito Sagrado. Por que ele ainda está aqui? Como conseguem segurá-lo?
– Eu já o segurei da outra vez e nada me aconteceu. – Kamilah falou. – Como sabe que é um dos Escritos?
– É a luminosidade que ele emite, consigo ver.
– O sangue de Guardiã. – Khloé falou pensativa. – Você consegue ver a luz que emana dos pergaminhos dos Escritos Sagrados. Muito interessante…
– É bem interessante, Khloé, mas me dê ele aqui. – Tirei o rolo das mãos das duas. – Ninguém sabe o que ocorre com quem o pega e não estou disposta a saber o que é. Não hoje.
– Como disse, já o peguei e o li. Não sabia que era um Escrito Sagrado, porém ainda estou aqui. Nada me aconteceu.
A expressão de Kamilah era de felicidade. Cheguei a sorrir quando percebi que, para a bibliotecária, aquela revelação de que tinha manuseado um Escrito Sagrado era magnífica. Como se satisfizesse a alma de estudiosa dela.
– Ótimo, entretanto, quer arriscar? Talvez você tenha sangue sagrado também, não sei. Aliás, começo a acreditar que não sabemos muitas coisas. Deixe-me abri-lo.
Virei o pergaminho para todas lerem e trazia muitas informações da Guerra do Caos, mas, também, outros elementos. Trazia referências de um templo que existia quando os reinos de Tir e Tejor eram unidos.
– Olhem este trecho aqui. – Khlóe apontou. – Diz que o Templo da Vida era a força do reino e quando os planos se apartaram, ele ruiu. A terra se separou em duas criações, vinculadas somente pela força sutil que permaneceu no plano mágico.
– Aqui embaixo… – foi a vez de Kamilah apontar – … diz que: A vida no plano denso o esquecerá, no entanto, suas ruínas serão um marco para quem passar por ele, para que a lembrança, por mais longe que esteja, nunca se apague.
– Este outro trecho diz: – foi minha vez de apontar – A floresta fechada e úmida o acolherá, engolindo o aspecto vivaz e escondendo seu tesouro mais valioso. Encobrirá o que poderá, um dia, harmonizar os planos. – Olhei para as duas. – Estão pensando o mesmo que eu?
– Se for, que as ruínas desse tal Templo da Vida estão aqui em Tejor, sim. Isso é o que estou pensando. – Khloé respondeu.
– E eu pensei que o “tesouro mais valioso” é o Laço de Vili. – Kamilah retrucou.
– Pensei nos dois. – Arrematei. – E também que as ruínas estão encobertas numa floresta, mas em que floresta? Temos muitas em Tejor, com essas características. Principalmente, as que estão ao sul.
– E as florestas do outro lado de Kardoshara, também. Vamos levar para a abadessa. Ela conhece toda a história do Templo Luzeiro, desde os primórdios. Assim como as Guardiãs, as abadessas do nosso templo têm que estudar toda a história das antecessoras. Talvez ela tenha alguma ideia.
Era tarde e perdemos o horário de almoço. O rancho estava vazio e meu estômago roncava, terrivelmente. Khloé chamaria a abadessa e disse para irmos para a cozinha, esperá-las. Não reclamei. Poderia comer um aciole* sozinha, àquela altura da tarde.
– *Ave típica das florestas que circundam Eras. Ave fictícia, criada pela autora.
Entrei com Kamilah na cozinha. Era ampla, com muitos irmãos trabalhando. Assim que chegamos, Kamilah me apontou uma mesa com bancos ladeando, para que eu sentasse e começou a tagarelar com as pessoas que estavam se desdobrando para fazer o rancho da noite. O templo transbordava. Eram muitas pessoas que viviam ali, e eu não imaginava. Um senhor se aproximou, sorridente.
– Então, você é a Guardiã da Indulgência, hum?!
Corei, ao perceber que todos escutaram e viraram para me olhar. Ele enxugava as mãos num pano preso a um avental de linho cru, bem cuidado, e riu com meu rubor. Vi que todos que nos observavam, sorriram do gracejo do tal senhor. O rosto era magro e simpático. Estendi a mão, relaxando e devolvendo o sorriso.
– Se a Guardiã da Indulgência é benquista aqui, afirmo que sou eu.
Ele gargalhou e pegou minha mão para o cumprimento.
– Não é só benquista, como me sinto honrado em tê-la na minha cozinha. Sua beleza é rara e sua simpatia maior ainda.
– Esses atributos podem me conferir um prato de comida, fora de hora? Estou morrendo de fome! – Rebati.
Os risos se espalharam pelo ambiente e me senti em casa.
– Se gostou do guisado requentado de ontem à noite, posso pensar num prato para lhe oferecer.
– Se gostei? Estava digno da Divina Graça! – Continuei a brincadeira.
– Meu nome é Cógnin. – Fez uma leve reverência com a cabeça. – Não acredito que a Divina Graça queira comer um guisado de cervo selvagem requentado, mas agradeço a sua amabilidade.
– Ora, velho! Está agradando a moça porque ela é bonita. Se venho pedir um prato depois da hora, me deixa com fome o resto do dia.
Nessa hora a abadessa entrou, retrucando Cógnin, acompanhada de Khloé, Oskar, Arítes e Liv.
– E, por acaso pode me condenar? Se deixo, me pede comida fora de hora todos os dias. Além do que, estou cansado de sua cara enrugada. – Virou-se para mim, sorrindo. – Vou ver algo para comerem, Todavia… não por causa dessa velha chata.
Olhou para ela e piscou, saindo a seguir em direção às bancadas.
– Cógnin é meu irmão e me atazana desde a tenra idade. Não ligue para ele, Tália, é um velho babão.
Ela elevou o tom de voz na última frase e ele contestou.
– Sou velho e admiro o que é bonito!
Todos rimos da troça. Pelo que vi, a brincadeira e descontração imperava na cozinha e isso me suavizou.
– Quantos anos ele tem, abadessa?
– Cento e setenta e quatro anos.
– O quê?!
Eu e Arítes exclamamos ao mesmo tempo, fazendo todos rirem e Valda se apressou em explicar.
– Você sabe que as Guardiãs pelo sangue que têm, envelhecem mais devagar, e aqui, também envelhecemos deste jeito. Não sabemos se por algum encantamento dessas paredes. – Fez um gesto com a mão, mostrando o ambiente. – O certo é que vivemos aqui e, mesmo quando saímos, nosso envelhecimento não é mostrado. Eu tenho cento e setenta e dois anos. Conheci sua avó que, infelizmente, faleceu prematuramente de uma doença, e vi sua mãe nascer. Mas vamos aos fatos, antes desse velho nos interromper!
Alteou o tom de voz, outra vez, para que o irmão ouvisse.
– Vai deixar a Guardiã com fome?
Ele respondeu e, desta vez, ela o ignorou.
– Contem para nós o que descobriram e o que querem saber.
A Abadessa pontuou e mostrei a todos o pergaminho, expondo os pontos que observamos. Todos se debruçaram sobre o manuscrito, discutindo. Cógnin veio colocar, pessoalmente, as baixelas com o assado na mesa. Permaneceu de pé, escutando tudo o que discutíamos.
– É a floresta Du.
– O quê?
Valda perguntou para o irmão e olhamos para ele.
– Eu disse que o que procuram está na floresta Du, aqui atrás do templo. Evidente que ela é enorme e não se pode saber a localização exata das ruínas do Templo da Vida. O fato é que a Guerra do Caos iniciou aqui em Cadaz e que a floresta, que está por trás do nosso templo, é fechada, úmida, condizente com uma floresta de clima quente. É diferente das outras desta cordilheira, que são de clima frio. Vocês, quando vieram, – olhou para mim e para Arítes – passaram pelas coníferas, mas aqui atrás, há uma floresta que combina com matas de clima quente. É fechada, muitos insetos, úmida e cheia de animais nada confiáveis.
– Nunca mapearam esta floresta? – Perguntei incrédula.
– Sim, e não. – A Abadessa Valda Suspirou. – De tempos em tempos, durante séculos, o Templo Luzeiro mandava grupos de irmãos para explorá-la. Eles nunca retornaram.
– Que merda! – Arítes falou. – Agora somos eu e você, Tália. – Arrematou.
– O que quer dizer? – Liv se prontificou de imediato. – Quer entrar na floresta Du com a Guardiã? Que protetora é você? – Falou irada.
– Aquela que faz o que é necessário! – Arítes respondeu, furiosa. – Por acaso não foi você quem me acusou de negligente e omissa, com relação aos compromissos da Guardiã?
– Isso é diferen…
Antes de Liv concluir a frase, Klhoé segurou o pergaminho. Caiu fulminante ao lado da mesa e vimos a sua tez se marmorizar. Horrorizei! Agachei ao lado dela, vendo-a enregelar e Oskar veio a seguir, colocando a mão no pescoço.
Nos entreolhamos e eu só pensava, “Que grande confusão!”.
Nota: Post em dia pessoal! A coisa só tá enrolando um pouquinho mais. 😉 “Não matem o mensageiro”. rsrsr
Pensado melhor, Liv deveria ter seguido com Tália, para auxiliar-la na biblioteca. Assim seria ela marmorizada agora. Coitadinha de Klhoé…
Será que o encantamento dos pergaminhos só funciona em ambiente conturbado e desarmonioso? O que explicaria não ter ocorrido isso na biblioteca? Ou talvez só ocorra fora da biblioteca??
Por enquanto, o desejo de matar o mensageiro está bem de leve. rs
Beijo, Carol
Oxe!!! A Liv tá ferrada com vocês! Tô até sentindo pena dela, agora. he he he
O encantamento funciona a qualquer tempo e hora. Você verá hoje mesmo! rsrsr Boa observação, Fabi! Por que antes não pegou e naquela hora sim? É uma bela observação. rsrs
Pense bem… Se matar o mensageiro, não haverá mais mensagens. É um risco. rsrsrs
Muito obrigada pelo carinho, Fabi!
Um beijo grandão pra ti!
Como todas citaram a Liv, não vou me fazer de rogada… o q é dela tá guardado… ela q se cuide se não a praga vai vir grande.
Isso q é envelhecer lentamente hein… 174 e 172 anos… uau…
Tadinha da Klhoé… q ela volte disso… cada uma q me acontece.
Bom D+
kkkk Então a praga é da Arítes e de vocês? Liv tá lascada, então! kkkkkkk
Envelhecer devagar é pouco. Lembra que a Êlia falou que quanto mais idade, mais lento é o envelhecimento delas? rsrs A Rainha Êlia está com mais de cinquenta anos e parece ter quarenta. rsrs A Tália e Arítes parecem que ainda tem trinta. rsrsr
Bom, a Klhoé vacilou e ninguém sabe o que vai rolar… Vamos torcer pelo melhor.
Obrigadão, Nádia!
Um beijo grandão pra ti!
Tadinha da Klhoé, espero que consigam fazer ela voltar ao normal. Essa Liv, aff… Não vejo a hora de Arítes dar uns petelecos nela! u.u
kkkk Todo mundo querendo ver o sangue da Liv. Que maldade! he he he
Cara, porque o povo gosta de pegar o que é proibido? A Tália cansou de avisar. rsrs Vamos ver o que está reservado pra ela…
Obrigadão, Ka! Essa semana terminei meus exames e vou reler Decifra-me, nessa versão repaginada que está postando!
Um beijo grande!
Que confusão, mais uma pra Talia e Arités resolverem rsss, mas agora elas já sabem o que acontece com quem pega nos pergaminhos, já peguei ranço da Liv rssss.
Ps: eu gosto muito da Brennan também mas a Thara tem um certo mistério que não sei se é para o bem ou mal. Porém tenho amor por todos os personagens, menos a Liv. Kkkkkk
Bjs e ansiosamente esperando o próximo capítulo. ??
Eita! Também tá com raiva da Liv? Ela é tão gracinha… rsrsrs
Pois é. A Tália avisou. Todo mundo quer pegar no que não pode e agora mais um problema.
A Thara ainda é um mistério mesmo e tem um lance nela bem gostoso, que faz nossa curiosidade atiçar. rsrs
Muito obrigada pelo carinho, Marcela!
Um beijão pra você!
Eita, eita! Querendo matar essa Liv, chata, fica implicando com Arítes! Eu hein, vai arrumar uma mulher pra tomar conta e deixa que de Tália, cuidamos nós e Arítes! hahahahah
Já vi que as duas vão se meter em confusão nessa floresta!
Volta logo! Nunca te pedi nada! hahahahah
Bjão
kkkkk Então quem vai cuidar da Tália é você e Arítes? Acho que a comandante não gostaria de saber disso! kkkkkkk
Coitada da Liv! Deixa ela se divertir também! kkkkk
Voltando logo! rsrsr Capouco entra o novo cap.
Brigadão, Pregui!
Um beijo bem grande pra ti!