APENAS UMA HISTÓRIA

Capítulo IV – Doce retorno, novos problemas

Chegaram ao porto e em uma marca já estavam acomodadas. Deixaram Argo no porão e pegaram uma cabine, tomaram banho e se sentaram à mesa para comer, pois não tinham se alimentado pela manhã

— Tenho que me acostumar com suas mudanças.

— Que mudanças?

— Você morria de enjoo em barcos e agora come tudo que vê pela frente.

— A fome não mudou, ou melhor, voltou. Mas você está certa, tive que viajar tanto de barco que hoje não tenho mais enjoo.

— Você teve que passar por muita coisa…

Xena, pela primeira vez, falava com pesar nas palavras. Gabrielle a olhou com compaixão. A guerreira sempre se preocupou com seu bem estar e isso parecia doer em sua consciência. Gabrielle parou momentaneamente de comer e pousou sua mão sobre a dela 

— Xena, essa foi uma das coisas boas que me aconteceu. Tive que crescer e não foi ruim. Hoje posso seguir ao seu lado, sem que você se preocupe em demasia comigo.

— Eu gosto de me preocupar com você, sempre vou me preocupar com você, não importa o quanto aprendeu. Você é o melhor que eu tenho nessa vida ou em qualquer outra. Não pense que meus olhos não estarão sobre você. 

Xena falava com um tom de exasperação em sua voz. As duas se olharam e se beijaram ternamente. Mas pararam o beijo de supetão e falaram juntas:

— Ares!

O deus apareceu de frente para a mesa, aplaudindo: clap, clap, clap.

— Que lindo! E o amor vence. 

— Você deveria estar aqui, Ares?

— Sabe, Xena, embora eu deva agradecer a sua garotinha, ou devo dizer sua mulher…

— Não enrola, Ares, o que você quer?

— Por enquanto, não quero nada, só fui designado como um simples guarda-costas.

— E agora ver duas mulheres juntas se tornou seu esporte?

Ares olhou Gabrielle com desdém.

— Você está cada vez mais abusada. Não pense que trazer Xena de volta a fez uma favorita para mim.

— E eu devo tomar isso como elogio?

Sem nada dizer, Ares desapareceu.

— Que Hades!

— Ele não existe mais, Xena. Você o matou.

— E eu devo dizer o quê? Que diabo?!

— Não creio que invocá-lo seja igualmente bom, afinal foi você quem colocou Lúcifer no inferno também.

As duas se entreolharam e riram.

— Vamos ao convés para ver quanto tempo levaremos para chegar à terra firme.

— Tudo bem!

XGXGXG

Chegaram à terra dos faraós pelo Mar Vermelho em mais ou menos duas luas, cavalgaram uma lua até o porto Said e pegaram novamente um barco para a Grécia. Com uma lua, já estavam cavalgando para casa. 

Xena estava feliz, apesar de saber que enfrentaria mais uma vez forças que poderiam acabar com a paz na terra. Mas se ela tivesse sido requisitada, se permitiram que ela voltasse contrariando as leis divinas, existiam chances de vencer e as aproveitaria.

— Uma coisa eu não entendo, Xena.

— E o que é?

Gabrielle estava montada em Argo, atrás de Xena e falava sobre seu ombro.

— Por que você teve que ficar para vingar aquelas almas e por que agora você pôde vir?

— Porque quando libertei as almas de Yodoshi, elas tinham sido aprisionadas por minha causa, traziam raiva e rancor contra mim pelo que eu fiz. Precisava de tempo para que elas me perdoassem e se elevassem a um estado de total libertação.

— E isso aconteceu?

— Sim, Gabrielle. Hoje posso dizer que estou livre do meu passado obscuro.

Gabrielle estreitou Xena.

— Vamos diminuir o passo e desmontar. Não posso chegar com você sem mais e dizer: “Xena está viva de novo!”. Tenho que conversar com eles antes e explicar tudo o que aconteceu.

— Eles quem?

Gabrielle sorriu. 

— Essa é a minha surpresa para você. Construí um rancho e tem três casas. A minha, a de Eve e seu marido e a de Virgil, que se casou com minha sobrinha e mora com minha irmã Lila, também.

— Minha filha se casou?

— Sim, com um seguidor de Eli. Eles têm uma filha linda chamada Xena, como sua avó.

— Avó! Eu sou avó?!

Gabrielle gargalhou ao ver a expressão de Xena.

— Sim, você é avó, Xena. E eu sou tia-avó de uma garotinha linda chamada Gabrielle.

Xena estava estática e estarrecida.

— Como eu posso ser avó aos trinta e sete verões?

— Xena, você ficou congelada durante vinte e cinco verões, esteve morta durante dez verões e quando aparecer, quem se assustará mais?

Agora Xena gargalhava se sentindo ridícula pela reação. 

— Muito bem, Gabrielle. Vamos aos poucos, então.

— Chegaremos e você ficará nos estábulos com Argo até eu falar com todos, está bem?

— Está bem, mas não demore muito. Quero ver minha filha e saber se seu marido é digno de estar com ela.

— Xena…

— Está bem, está bem! Só quero ver minha filha e minha neta.

— Xena!

— O que foi?

Falou Xena exaltada, olhando para Gabrielle com uma sobrancelha elevada. Gabrielle balançava a cabeça, não acreditando nos ciúmes de Xena para com a filha.

Quando iam se aproximando do rancho, caminhando pelo pasto, ouviram um barulho de espadas e gritos. Correram até o rancho e viram Virgil e Eve lutando com homens vestidos de negro e rostos cobertos. Eram habilidosos.

Gabrielle correu e viu Xena atrás dela.

Lá se vai meu plano de explicar tudo, antes dela aparecer!

Juntaram-se a Eve e Virgil contra o bando de homens. Eve parou e olhou Xena estarrecida e quase foi derrubada.

— Eve, depois eu explico, mas agora lute! 

Disse Xena. Eve retornou a batalha. Derrotaram todos, mas quando um se afastava para fugir, Gabrielle o derrubou e aplicou “o ponto de pressão”.

— Cortei o fluxo de sangue para seu cérebro, você tem apenas trinta segundos de vida, diga quem os mandou?

— Ei! Essa parte é minha.

— Xena, não vamos discutir agora!

— Deixa que eu interrogo!

— Está bem, vá em frente.

Gabrielle fez cara de enfado. Colocou uma das mãos na cintura e a outra estendia para o sujeito. Deu passagem para Xena e o homem olhava-as incrédulo. Xena se aproximou.

— Você agora tem apenas vinte segundos de vida, diga quem os mandou?

— Kiwi.

— Quem é Kiwi?

Perguntaram as duas juntas, Xena olhou para Gabrielle com a cara fechada.

— Está bem, está bem, vou me afastar!

Gabrielle falou, dando um passo para trás e levantando as mãos.

— Quem é Kiwi?!

— Não sei. Apenas nos contratou para matar “A Guerreira Barda de Potedia” e sua família.

— Xena retirou “o ponto de pressão”, mas o socou para desacordá-lo e para que não fugisse. Iria levá-lo para a cadeia da aldeia.

— Mãe! — Eve a abraçou, chorando. — O que está acontecendo?

Gabrielle se aproximou e falou.

— Acho que devemos nos reunir para contarmos toda a história. 

Virgil olhava Xena como quem olha uma assombração, que seguramente para ele era realmente.

— Vamos entrar.

De repente, uma garotinha veio correndo de dentro da casa. E se lançou nos braços de Gabrielle. Era uma menina de uns oito verões e tinha os cabelos tão dourados quanto os de Gabrielle.

— Tia Gabrielle, eles eram maus e eu queria ajudar papai e tia Eve com o que você me ensinou, mas mamãe não deixou. Quem é sua amiga? Ela é boa mesmo, deu um salto e passou por cima de três e depois deu um soco em um e derrubou o outro e…

— Gabi! Gabi! Nós vimos, eu vou te apresentar a ela está bem. Mas primeiro vamos entrar.

Xena ria do entusiasmo da menina, mas quando se virou e viu outra garotinha nos braços de um homem que se aproximava, se enterneceu. Tinha os cabelos longos e escuros e os olhos azuis, mas estavam marejados. Estendeu os bracinhos em direção a Eve e ela a segurou nos braços.

— Mãe, eu fiquei com medo deles machucarem você. Papai disse que eles não conseguiriam, mas mesmo assim eu fiquei com medo. Eu não quero que você morra, mamãe!

— Não aconteceu nada, minha filha. Mamãe está bem.

Eve aconchegou a pequena nos braços. O coração de Xena se derreteu ao ver a filha e a neta juntas. A neta levava seu nome e tinha os cabelos e olhos iguais aos seus. Lágrimas brotaram de seus olhos. Gabrielle se virou para a princesa guerreira e viu a emoção estampada em seu rosto.

Entraram na casa de Gabrielle. Lila, Eve, Abdias, Virgil, Sarah e as duas crianças estavam calados e olhavam Xena com espanto, menos as duas crianças. A pequena Gabrielle não parava de falar de como as tias, o pai e a outra moça acabaram com os bandidos. 

— Gabi…Gabi… — A menina ainda estava nos braços de Gabrielle.

— O que foi, tia?

— Nós queremos conversar a respeito do que aconteceu.

A garota se amuou por ser chamada a atenção e cruzou os bracinhos. Xena riu.

— Ela fala tanto quanto você.

— E tem o seu temperamento.

— Lila, você poderia levar as crianças para brincar lá fora.

— Eu não quero ir, quero ficar aqui!

— Nem eu vou! — Falou a pequena Xena, fazendo bico.

— Vocês vão sim e eu vou com vocês e com vovó Lila. — Falou Sarah.

— E eu vou junto, depois Eve e Virgil nos contam tudo, mas acho melhor vocês conversarem à vontade. — Disse Abdias.

— Tia Gabrielle, depois você apresenta sua amiga para a gente? — Perguntou Gabi.

— Apresento e vamos pescar juntas.

— Oba!

Fez-se um silêncio na sala.

Eve se aproximou de Xena, olhou-a nos olhos e finalmente a abraçou.

— Não sei o que aconteceu, mãe, mas pelo que te conheço não foi algo que o deus de Eli não tenha abençoado. — Abraçou-a com carinho e devoção. 

— Realmente ele me abençoou, minha filha, ele me abençoou…

Virgil se aproximou de Xena e a abraçou também.

Sentaram-se. Xena e Gabrielle contaram tudo com todos os detalhes que haviam ocorrido desde antes de Gabrielle se ausentar.

Eve estava pensativa e Virgil pasmo.

— Se essa empreitada fez unir tantas crenças diferentes, isso quer dizer que o que está por vir poderá ser pior do que já enfrentamos?

— É isso mesmo, Eve.

— E quando saberemos quando vamos enfrentá-lo?

— Quando vamos enfrentá-lo não, quando eu e Gabrielle o enfrentaremos. Você não acha que permitirei que entre nisso conosco, acha?

— E você não acha que ficarei sentada esperando você ir embora de novo, acha?

— Eve, hoje você tem família, tem uma filha linda…

— E se algo acontecer e essa paz mudar, onde acha que a criarei? Isso não tem a ver só com você e Gabrielle, mãe. Tem a ver com o mundo e com o que ele pode se transformar!

Xena não tinha como retrucar. Eve estava certa. 

— E depois, ainda espalho os ensinamentos de Eli, ainda trago a força de Eli na minha fé. Poderei ser útil, tanto na armada quanto na empreitada espiritual.

— Quando for a hora, irei com vocês também. Não ficarei aqui sabendo que minha família poderá não ter um futuro pela frente. — Virgil se posicionou.

Gabrielle e Xena se entreolharam, tinham a certeza de que não conseguiríam demovê-los da ideia de ajudá-las.

— Bem, agora tenho outro problema. Como contaremos para as crianças quem eu sou? E não me digam que não vão contar, porque eu quero fazer parte da vida da minha neta. Já fui privada a vida inteira do crescimento dos meus filhos! — Xena olhou para Eve e acariciou seu rosto.

— Isso pode deixar que eu faço, Xena. — Disse Gabrielle.

— Vamos agora, precisamos falar com todos. Virgil, você poderia levar aquele homem a prisão da aldeia?

— Claro, Xena! Já vou indo.

As crianças brincavam com bastões próximos ao curral, enquanto Sarah, Lila e Abdias continuavam seus afazeres diários.

— Xena, Gabi, vocês poderiam vir aqui? 

Chamou Gabrielle da varanda de sua casa. As duas meninas largaram seus bastões e vieram correndo até onde Gabrielle, Xena e Eve estavam. Gabrielle olhou-as, se abaixou, inspirou fundo e começou a falar.

— Meninas, vocês lembram quando eu contei para vocês a história das duas guerreiras que haviam morrido pelas mãos dos romanos e a elas foi concedido pelo deus de Eli a boa sorte de retornarem a vida?

— Claro que lembramos, tia. As guerreiras eram você e a vovó Xena!

Agora quem não compreendia era Gabrielle. Olhava-as com surpresa. Nunca havia contado que eram as duas.

— Ora, tia! Não precisa ser muito inteligente para ver que por tudo que vocês fizeram e que mamãe nos contou que eram vocês…

Xena riu a valer. As duas danadas eram espertinhas mesmo.

— Pois bem. Agora parece que não só o deus de Eli, mas alguns deuses mais precisam da vovó Xena e eles a trouxeram de volta novamente.

Gabrielle olhou para Xena e depois para as duas pequenas criaturas.

A pequena Xena se aproximou da avó e olhou para cima, Xena se abaixou para ficar próxima a altura da menina.

— Vovó, a senhora é grande mesmo! Vou ficar tão alta quanto a senhora? 

A menina perguntou e se aproximou para abraçá-la. A pequena Gabi chegou mais perto, Xena a olhou e ainda abraçada a pequena Xena, segurou as mãos de Gabi.

— Venha você aqui também, dar um abraço na tia.

Estreitou a pequena Gabi nos braços. Xena estava emocionada. Não tinha palavras para demonstrar tamanha felicidade.

— Tia Xena! Você poderia me ensinar a dar aquele salto?

— A vó não vai ensinar você a dar salto nenhum. Você ainda é criança e não pode.

— Você é que tem medo de eu te bater, não sei como você é neta dela. Você é uma pamonha!

— Meninas. — Xena chamou a atenção das duas com uma voz grave e arrastada, porém suave. — Ela não é uma pamonha, Gabi, apenas não gosta de brigar e um dia ensinarei as duas a dar o salto, mas não hoje, está bem?

Todos em volta delas estavam sorrindo. As duas garotas eram mesmo especiais. Xena se levantou.

— E agora, Xena. O que vamos fazer?

— Esperar, não foi isso que Lao Ma e Afrodite disseram?

— Sim. Mas nós fomos atacados. 

— Certamente, teremos notícias em breve, Gabrielle. Talvez, amanhã possamos averiguar quem é esse tal de Kiwi. Mas acho que hoje, eu prefiro ficar com a minha grande família.

Abraçou Gabrielle de um lado, Eve do outro e as duas crianças se agarraram em suas pernas..

— Vamos ao lago pescar?

— Eu aceito. 

— Nós também. 

Falaram as crianças. Xena pegou Argo e enquanto Gabrielle selava Aglaio, Xena fazia carinho no focinho da potranca, filha dos dois.

— Qual o nome dela?

— Ainda não dei um nome. Iria chamá-la de Argo III, mas achei muita falta de imaginação.

— Então, eu escolho. O nome dela será Barda.

Gabrielle olhou para Xena com amor transbordando em seus olhos.

— Gostei, vó.

— Eu também, tia Xena. Meu pai é bardo e tia Gabrielle também é barda. Você sabia que a chamam de “A Grande Barda de Potedia”?

— É? Agora recebeu o adjetivo de grande? Bom, pelo menos compensa sua altura.

As crianças riram e Xena a olhava por sua visão periférica com um sorriso sarcástico.

— Posso ser baixa, mas sabia que me chamam de “A Grande Guerreira Amazona” também?

— É, mas aposto que dizem que se você estivesse ao lado da “Grande Princesa Guerreira”, temeriam mais.

— Nem tanto. Alguns me comparam a você, mas outros dizem que sou melhor.

— Está dizendo isso só para me desafiar.

— Quando estivermos no lago, combateremos com bastões e aí você poderá constatar.

— Trato feito.

Xena estendeu-lhe a mão para selar o acordo e antes que Gabrielle pudesse apertar sua mão, Xena cuspiu na sua própria mão e segurou a mão da barda rapidamente, pois sabia que a barda odiava quando fazia isso.

— Earrr! Que nojo!

Gabrielle limpou a mão no pano da sela de Aglaio.

Xena cavalgava com a pequena Xena montada a sua frente e Gabrielle cavalgava com Gabi. 

Chegaram ao lago e Gabrielle foi procurar lenha para fazer um braseiro. Tinha prometido fazer os peixes que pescassem assados para poderem se alimentar ao longo do dia.

Xena retirou suas roupas e entrou no lago, seguida pelas meninas. Nadavam e brincavam e Gabrielle montava uma espécie de acampamento e observava Xena em sua beleza e felicidade. Pensava no quanto era afortunada estando mais uma vez ao lado de sua amada e tendo sua família tão perto de si.

Xena começou a pescar com as próprias mãos, assim como fazia nos velhos tempos. E cada vez que pegava um peixe, as meninas riam e pediam para que ela as ensinasse. Xena pegava o peixe para demonstrar e logo depois os soltava.

— Como é, Xena! Não vai me dar algum para que eu comece a fazer o almoço?

— É pra já. 

Xena afundou e emergiu com um grande peixe na mão e jogou-o em direção a barda.

Gabrielle meneou a cabeça como quem dissesse, “não tem jeito mesmo”. Pegou o peixe e começou a prepará-lo. Algum tempo mais tarde, Xena saiu da água para ajudá-la, deixando as meninas brincando.

— Ainda não me acostumei com a ideia de ser avó.

— E já se acostumou com a ideia de estar viva de novo?

— Ao seu lado, foi fácil me acostumar… — Olhou Gabrielle amorosamente.

— Vamos, quero saber se esse tempo no paraíso te deixou preguiçosa.

Disse Gabrielle se levantando e atirando um bastão para Xena. Encararam-se, estudando os movimentos uma da outra. Xena começou o combate e Gabrielle defendia cada ataque da guerreira. Começou a contra-atacar e os movimentos ficaram mais vigorosos e se tornaram mais intensos. Nem uma, nem a outra recuava ou se distraía no combate. 

Xena saltou por cima de Gabrielle e esta se voltou já com o bastão em posição de defesa. Levaram vários minutos combatendo sem que uma ou outra conseguisse alguma vantagem. 

— Tia!

— Vó!

As duas pararam e olharam para as meninas sentadas perto do braseiro.

— O peixe está queimando.

Se entreolharam e riram. Pararam o combate sem um vencedor, mas quando Gabrielle se virou, Xena lançou o bastão nas pernas de Gabrielle para derrubar a barda, Gabrielle pulou deixando o bastão passar por baixo de seus pés e virou-se para Xena.

— Hoje escuto os sons por detrás dos sons, Xena. 

— Era só para ter certeza.

— Sei…

Comeram e depois Gabrielle contou uma história para as meninas sobre um rei triste que não queria que o solstício de inverno fosse comemorado em seu reino. As meninas estavam cansadas e elas retornaram ao rancho. Entregaram as meninas aos seus pais e foram para casa de Gabrielle.

Entraram e Gabrielle segurou a mão de Xena.

— Venha até aqui, que tenho uma coisa para você.

Xena a acompanhou até o centro da sala. Gabrielle afastou o tapete de peles e abriu o alçapão que continha o baú com os pertences de Xena. Retirou-o e o abriu.

— Aqui está sua espada e seu chakran. Sempre que podia, os limpava e amolava a espada.

Xena os pegou, emocionada. Suas roupas antigas também estavam dentro do baú. Ela as olhou.

— Creio que se usá-las hoje estarão um pouco ultrapassadas, né?

— Acho que as novas, que os deuses te deram, realmente caíram muito bem em você. Mas creio que precisará forjar uma nova armadura.

— Você ainda tem contato com Hércules?

— Tenho sim. E ele é muito bom com essas coisas. Quer pedir que ele forje algo para você?

— É o que estou pensando. Mas poderemos deixar isso para amanhã, vamos para a cama, Gabrielle.

Xena falava com um tom sedutor.



Notas:

Oi!

Vamos seguindo nessa toada de amor e batalhas. rs Xena voltou com tudo!

Um bom fim de semada para tod@s!

Beijão!




O que achou deste história?

2 Respostas para Capítulo IV – Doce retorno, novos problemas

  1. As pequenas Xena e Gabrielle são uns amores. Essa é a nova safra das guerreiras kkkk

    Bjs Carol, uma ótima semana pra vc

    • Oi, Blackrose!
      É a nova safra, sim, mas os deuses gregos pregaram uma peça, porque as personalidades estão trocadas. Hahahaha

      Brigadão, Blackrose e bom fim de semana para você e sua família!
      Beijão!

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