Na base da enseada, ambos os elevadores desciam. Quando o primeiro chegou, Ária saiu dele em companhia de outras agentes.
— Seis agentes estão de prontidão na entrada e hangar da alfândega. Como você pediu, chefe Helena.
— Ótimo. Vamos acomodar vocês e depois nos reuniremos para falar das funções e como estamos divididas. São vinte agentes ao todo, como pedi?
— Vinte e uma comigo, senhora.
Helena enrugou o cenho, tentando imaginar o porquê de Henrique e Cooper colocarem uma agente a mais do que haviam combinado. Para Isadora, o motivo parecia claro.
— Combinamos vinte agentes. Por que adicionaram mais uma? Por que enviaram você?
— Acredito que foi porque pedi. O chefe de minha equipe se recusou a fazer esse trabalho e meus companheiros de equipe o seguiram. Fiquei sem equipe.
— E por que você não recusou?
— Quer a versão oficial ou a versão pessoal, chefe Isadora?
— As duas.
O segundo elevador chegou e as agentes remanescentes desembarcaram diretamente na areia. Se aproximavam do primeiro grupo e Ária olhou para trás, retornando para encarar as duas chefes.
— Recuem um pouco, por favor. — Helena ordenou.
As agentes se distanciaram para que as chefes tivessem privacidade com a agente escolhida para liderá-las.
— A versão que dei para a minha equipe e para a agência é que preciso muito do dinheiro. A minha razão pessoal é que quero fazer parte dessa missão em prol do que acredito e, também, de mim. Sou lésbica não assumida para a Agência, porque minha equipe não aceita homossexuais.
— O quê?! A Agência não tem normas como essas.
— A Agência não tem, chefe Isadora, mas não interferem na forma como os chefes de equipe atuam. O nome da nossa equipe é Gladiadores, o que acha?
— Não me chame de chefe Isadora. Ou é chefe, ou Isadora. Os dois juntos eu odeio!
A futura agente sênior se irritou. A fúria não era direcionada a Ária e sim, ao colega de trabalho, que cada vez mais contribuía para o crescimento do desprezo e raiva por ele.
— Sim, senhora.
Helena segurou o braço da companheira de chefia para que ela não se exasperasse mais. Tinham que discutir aquela informação que acabavam de receber. Se Helena conseguisse confirmá-la e obtivesse provas, seria um cravo no caixão de Lewis, construído por ela dentro da Agência.
Helena tocou o ponto auricular para abrir o canal de comunicação.
— Dayse. — Chamou.
— Na escuta, chefe.
— Já tem mapeado os bangalôs das agentes de reforço?
— Sim, chefe. Como pediu, mais cedo. Não consegui bangalôs individuais, pois não sobraram muitos. Coloquei as novas agentes em pares, para poder acomodá-las.
— Tem mais uma agente, Dayse. Enviaram vinte e uma.
— Então, terei que colocá-la em um de nossos bangalôs. Qual a especialidade dela?
— Não se incomode com isso. Ela ficará comigo. Venha até a base da entrada para conduzir as outras agentes até suas acomodações.
— Entendido.
— Esperem aqui. A agente Dayse virá para levá-las até seus aposentos e, mais tarde, nos reuniremos com vocês. — Helena ordenou para as agentes de reforço e se voltou para Ária. — E você, pegue suas coisas e venha com a gente.
O arranjo que Helena fez para que Ária ficasse próximo delas, não agradou Isadora, cujo rosto se encontrava visivelmente crispado. Conversaria mais tarde com Helena, pois acreditava que ela se colocou em risco, assumindo a estadia de Ária em seu quarto.
A chefe sênior não deu muitas explicações. Ária obedeceu, mantendo-se sóbria e sem demonstrar contrariedade. Afinal, era o padrão de comportamento esperado de agentes treinadas.
Caminharam em silêncio até o bangalô que abrigava os dois quartos geminados das chefes e Helena abriu a porta com a digital. Todos os quartos do resort tinham fechaduras digitais e, apesar de parecerem rústicos, eram bem equipados como todos os locais de diversão e acolhimento. As entradas dos quartos eram monitoradas, tanto por câmeras como pelas fechaduras inteligentes que guardavam as informações de quem os utilizava.
— Entre.
A agente da equipe Gladiador entrou, observando o ambiente. Isadora entrou logo atrás, analizando também, mas não o local, e sim, as reações da outra. Permaneceu calada para ver o que a pupila de seu algoz falaria. Cruzou os braços e a encarou. Ária inspirou, percebendo que sua vida seria dura a partir dali. Engoliu em seco o seu orgulho.
— Perguntem o que quiserem. Falarei sem restrições. Eu só quero… Quero fazer meu trabalho.
— Ótimo. Então, lá vai a primeira pergunta: Se Lewis é tão idiota assim, para você, por que permanece com ele? Sei que é ruim para a carreira, mas se submete tanto assim por conta disso?
Ária hesitou por segundos, mas estava disposta a não ser rejeitada logo no primeiro embate.
— Não foi porque eu não quis. Eu não podia. Natasha é uma amiga de longa data. Entramos juntas na Agência e ela se perdeu. Não podia deixá-la sozinha na equipe dele.
Aquela informação vinha repleta de questionamentos que aguçaram a curiosidade das chefes.
— A nossa conversa será longa. — Helena decretou. — Deixe sua mochila no closet.
— Não. Primeiro quero ver o que ela carrega aí.
Isadora fez um aceno com a mão, pedindo a mochila, que foi entregue sem resistência pela agente Gladiador. Ela vasculhou com apuro. Havia armas e pertences pessoais, mas nada de equipamentos de comunicação, que era o que a preocupava.
— Não trouxe nenhuma granada, se é o que quer saber.
Ária falou jocosamente.
— Aí está, afinal.
— O quê?
— O deboche peculiar de toda agente da Alpha Dìon. — Helena ironizou. — Essa sua aparente humildade não cola conosco.
A chefe sênior cruzou os braços com um risinho sarcástico no rosto.
— Ok! Eu vou falar a verdade, mas sei que não acreditarão de qualquer forma.
— Ótimo que sabe disso. Agora se senta ali.
Isadora mostrou uma mesa no canto, onde havia quatro cadeiras. O quarto era amplo e dividido em ambientes. Ela foi até o barzinho, que não passava de algumas prateleiras com bebidas e um frigobar. Preparou três doses de whisky e levou os copos até a mesa. Puxou uma cadeira e sentou. Helena e a agente da Gladiador já haviam se acomodado.
— Comece a falar e a gente vê se acredita ou não.
Ária deixou seus ombros relaxarem, pegou o copo e tomou o whisky de uma vez só. Foi até o barzinho, pegou a garrafa e a trouxe para a mesa. Se serviu de mais uma dose.
— Estão com tempo? A história é longa. — Não houve resposta das chefes e ela continuou. — Há muito tempo, tenho tentado discretamente achar uma forma de sair com honra da equipe Gladiador. — Ela se virou para Isadora. — Eu era nova na Agência e na equipe, quando Lewis te deu aquela “bolada nas costas”. Não estou me desculpando ou justificando. É apenas parte do contexto.
— Continue…
— Naquele tempo, Natasha ainda não tinha sofrido nada…
A conversa foi longa, assim como Ária tinha previsto, e combinaram da agente ser a interlocutora entre as outras de reforço. Ao final da conversa, Isadora tocou seu comunicador auricular, abrindo canal.
— Dayse…
— Na escuta, chefe.
— Tragam uma cama do depósito para colocarem no quarto da chefe Helena.
— Entendido.
— Não precisa…
— Precisa sim. O fato de contar essa história dramática, não quer dizer que confio em você. Precisará nos provar que está aqui sem intenções e não deixarei você dividir uma cama com a chefe Helena.
Ária não riu, mas seu olhar para a cama, fez parecer que o fazia.
— Não iria dizer que dormiria com a chefe. Eu tenho saco de dormir, como você mesma viu entre minhas coisas. Iria falar que, para mim, o saco de dormir estava bom.
Embora a resposta fosse uma surpresa para Isadora, ela não se intimidou.
— Não estamos no campo e nem a céu aberto. Você terá tudo que todas as outras agentes têm. Se acomode e comece a trabalhar. Nos dará todo o planejamento das agentes que estão sob sua supervisão até a noite. — Isadora não estava irritada de verdade. — Comunique tudo que faz através de Talíria. Ela lhe instruirá e já está vendo os pontos auriculares para o restante da equipe, se é que eles existem no suposto depósito que Cooper e Henrique nos falou.
Isadora saiu do quarto de Helena e entrou no quarto ao lado, que era o seu. Esperou um minuto e Helena tocou na sua porta.
— Uma historinha triste a dela.
— É. Você acreditou?
— Eu que pergunto, Isa. Você acreditou?
Ambas sorriram.
— Ela já saiu para as tarefas, Helena?
— Saiu.
Helena retirou o comunicador auricular e o desligou. Não queria que, por acidente, alguém escutasse a conversa delas. Isadora a seguiu no ato.
— O que achou do que ela contou?
A pergunta feita para a chefe sênior era sincera. Isadora queria saber a opinião verdadeira da outra.
— A história é tão chocante que sou capaz de acreditar. Lewis e qualquer outro daquele grupo não teria capacidade para elaborar algo tão perturbador.
— Mas seriam capazes de praticar o que ela falou.
— Vamos observá-la, Isa. É só o que podemos fazer por enquanto. Se ela estiver mentindo, pegaremos as falhas.
— E se ela estiver dizendo a verdade?
— Isso é uma história para resolvermos depois que terminarmos a missão. Lewis não poderá escapar de atitudes tão torpes.
— Uma coisa me intriga, Helena.
— E o que é?
— Se serei a próxima chefe sênior e ele estivesse contando com essa promoção, deve ter ficado com muita raiva de mim.
— Está sugerindo que ele está de conluio com alguém da cúpula para nos darmos mal nessa missão?
— E seria tão improvável assim?
— Não, realmente não seria. De qualquer forma, há mais por trás disso tudo. A Alpha Dìon não se autossabotaria apenas para eliminar alguém, Isa.
— Concordo. E ele também não mandaria alguém de sua equipe de “cara limpa” para fazer o trabalho sujo. Sabe que ficaríamos de olho. A não ser que seja uma distração…
— O que sabe a respeito dos agentes seniores que se aposentaram, Isa?
— Sinceramente, eu não sei nada, assim como acredito que ninguém saiba. Se não são promovidos a postos na cúpula, só nos falam que se aposentaram e pronto.
— Isso nunca intrigou você?
O sorriso da futura chefe sênior apareceu no rosto. Ela elevava ligeiramente um dos lados da boca, mostrando certo ar de sarcasmo.
— Você já foi atrás de algum desses agentes aposentados, Helena?
— Um só, não. — Helena deu uma risada ligeira. — Fui atrás de todos que conhecia e não encontrei nenhum. Não me leve a mal. Estou me cansando disso tudo e pretendo, daqui a alguns anos, me aposentar de verdade.
— Com essa missão, dependendo do que a gente encare, acho que me aposento antes de virar chefe sênior.
— Vamos, Isa. Temos que verificar se tudo está correndo conforme planejamos.
Elas saíram do bangalô caminhando pela areia em direção à sala de controle. Dali, poderiam verificar toda a operação. O calor estava intenso e embora estivessem de camisetas e shorts cargo de campanha, permaneciam com as botas, pois não queriam relaxar da atenção. Caso algo inesperado ocorresse, estariam equipadas para combater. Carregavam, também, as facas de campanha e pistolas em coldres presos aos cintos das bermudas.
Na sala de controle, verificaram as instalações, os trabalhos e a vigilância da ilha através de Annan. A equipe de reforço recebeu o nome de Cymorth, que em galês significava assistência. Elas seriam responsáveis pela proteção da entrada principal, da equipe de filmagem e da área comum do resort.
As agentes Dayse e Jackie foram ao depósito original, que Cooper havia orientado. Encontraram equipamentos de comunicação e alguns de proteção, contudo, nada tão relevante quanto aos que acharam no almoxarifado, que a equipe de TI havia descoberto anteriormente.
À noite, Ária tinha feito a divisão da equipe Cymorth com as funções delimitadas e entregue a informação às duas chefes, que analisaram a formação tática.
— Já analisei seu relatório. Está ótimo. Como deve ter percebido, em termos de pessoal para essa missão, a Agência nos deixou limitadas. Ainda não compreendi a razão.
— É uma área muito grande e confesso que foi difícil trabalhar com vinte agentes para cobri-la totalmente.
— Não se preocupe, Ária. Assim que terminarmos de definir as agentes que atuarão nos limites da enseada, certamente conseguiremos integrar algumas a equipe de proteção das filmagens. Amanhã deveremos definir isso. Agora, relaxe e pegue uma bebida. Já, já sai o jantar.
— Quando os empregados do resort chegam?
— Depois de amanhã, segundo o relatório da coordenação da Agência. E aí teremos mais um dia para nos adequar até a equipe de filmagens chegar.
Helena e Ária conversavam no restaurante, esperando o jantar. Isadora falava com as agentes da equipe Hiena que chegavam, enquanto ajudava na montagem de mais mesas para receber as novas agentes.
— Baeta, quero que fale com as outras para se misturarem entre as novas agentes.
— Acha que elas serão um problema, chefe?
— A maioria delas, não. Vêm de equipes boas e foram requisitadas por nós, mas gostaria de saber o que pensam.
— Entendi. Deixa com a gente, chefe.
A futura chefe sênior se aproximou da mesa em que Helena e Ária conversavam. Sentou-se e pegou um copo de whisky, colocado para ela por sua companheira de comando.
— As Cymorth entrarão na escala da cozinha?
— Só as que ficarão na escala da segurança do resort. As que ficarão de plantão na entrada, não vão conseguir, Isa. Não quero vacilos lá em cima.
— Certo. — Isadora deu um gole na bebida e girou o copo nas mãos, pensando. — Me diga uma coisa, Ária, como suportou ver sua amiga passar por tudo aquilo?
— Não foi por insensibilidade, chefe, se é o que está pensando. O que mais quero é tirar Natasha daquele inferno. Contudo, não adiantaria nada se eu perdesse a mão. Do jeito que tudo aconteceu, ela talvez não saiba mais o que é bom ou não.
O clima ficou embaraçoso e Helena olhou para longe, a fim de ver a colocação da mesa de jantar. Segundos se passaram, antes que voltassem a falar.
— Você tem provas concretas do que ele fazia?
— Ele só, não. Tenho provas do que a maioria da equipe Gladiador fez até hoje. Tenho muito bem guardadas.
— Em gravação? Como conseguiu?
— Não as primeiras “disciplinas”, como ele denominava, mas tenho muitas parecidas com ela, que consegui fazer ao longo do tempo. Usei as microcâmeras que tive acesso por me incluir na turma de comunicação.
— Onde elas estão? Pode nos mostrar?
— Tenho cópias espalhadas por diversos lugares. Trouxe somente meia dúzia comigo.
— Não encontrei nada em suas coisas. — Isadora afirmou, desconfiada, mas satisfeita com a inteligência da agente. — Suponho que tenha deixado lá na entrada em algum lugar.
Os lábios da agente se esticaram levemente. Não chegava a ser um sorriso, contudo deram a certeza de que Isadora havia acertado.
— Mais tarde, se quiserem, darei a vocês.
A conversa não se estendeu, visto que chamaram para o jantar e os pequenos grupos que se formaram se encaminharam para a mesa. O dia tinha sido vigoroso para as agentes e estavam famintas. Como Isadora pediu, as agentes “Hiena” deixaram as novatas se sentarem e intercalarem à mesa, para que conseguissem se integrar.
O jantar foi posto e as conversas iniciaram. Foi proveitoso, uma vez que as agentes de reforço tinham o desejo de integrar a nova equipe. Muitas desejavam conviver com as equipes de Helena e Isadora, pois eram equipes admiradas na agência.
Ao final, foram aproveitar o descanso, mais que bem-vindo. Algumas agentes estavam com poucas horas de sono, desde que chegaram, e as mais descansadas fariam a vigilância noturna. Isadora tomou seu lugar na sala de controle, liberando Margot e Datrea.
Assim que chegou, colocou a sua pistola na mesa de controle, sentando-se na cadeira para observar todo o entorno da enseada. E foi preparar um café.
— Boa noite, chefe.
— Você olha tudo, não é, Annan?
— É minha função, chefe.
— Sabe que não gosto de você, não sabe?
A chefe colocava a cápsula de café na máquina, enquanto conversava com a IA.
— Não. Não sei. Mas pela sua personalidade, compreendo que têm restrições a IAs. Não é somente um sentimento seu. Entendi que a chefe Helena também tem restrições comigo.
— Não quero que se anuncie ou fale com ninguém, a não ser eu, a chefe Helena e as agentes da equipe Hiena.
— Não quer que as agentes da equipe Cymorth saibam que eu existo?
— Exatamente. Pelo menos, por enquanto.
— Quer que diferencie também as transmissões de comunicação das duas equipes?
— Eu pensei nisso, entretanto pode causar problemas na proteção da enseada.
— Ok. Contudo deixarei separadas as transmissões individualmente, se pensa em ter maior segurança nas conversas.
— Como assim?
— Basta falar o nome da agente que deseja se comunicar, que apenas ela receberá a transmissão e vice-versa. Se acaso quiserem deixar a comunicação aberta para todas ouvirem, é só dizer: comunicação aberta.
— Pode fazer isso?
— Sim.
— E se eu quiser falar com as agentes de uma equipe somente?
— Também pode. É só dizer: comunicação aberta Equipe Hiena ou comunicação aberta Equipe Cymorth.
— Interessante. Faça isso.
— Ajustando comunicações… Feito.
Isadora tocou seu ponto auricular e chamou Helena.
— Helena, na escuta?
— Na escuta. Há algum problema na sala de controle, Isa?
— Nenhum. Só estou testando os ajustes que Annan fez nas comunicações. Ela as isolou e podemos conversar privadamente. Basta falar o nome da agente com quem quisermos falar. Também podemos abrir comunicação com as equipes específicas, ou abrir as comunicações gerais.
— Não sei se isso será bom, Isa. Nós também não poderemos escutar as comunicações entre elas?
— Mmm… não havia pensado nisso.
— Posso deixar que apenas vocês duas escutem qualquer comunicação de suas agentes, se quiserem.
Annan se colocou na conversa entre elas, o que as assustou.
— E você, Annan? E se não quisermos que você escute?
Helena perguntou.
— Acho contraproducente, porém, posso me isolar das comunicações de vocês duas também.
— Faça!
— Faça!
As duas chefes falaram juntas, indicando que tinham a mesma opinião. Não gostavam de serem vigiadas e que seus planos fossem conhecidos por outra pessoa, ou no caso, IA.
— Feito.
A IA respondeu de imediato. Isadora saiu da sala, ficando do lado de fora da construção. A brisa noturna batia em sua face e ela começava a se agradar do clima e do frescor da noite.
— Helena.
— Na escuta.
— Está sozinha?
— Sim. Pode falar.
— Onde Ária está?
— Subiu até a entrada para levar comida para as agentes da guarda de plantão.
— A cama dela já foi instalada?
Um silêncio momentâneo se fez e Isadora fechou os olhos espremendo as pálpebras. Não devia ter perguntado. Soaria para a outra chefe como se ela estivesse enciumada.
— Foi, sim.
Isadora pôde ver em sua mente a imagem do rosto de Helena com um sorriso torto e completamente irônico nos lábios.
— Ótimo. Não confio nela e, apesar de saber que ela não pegaria você desprevenida, não podemos baixar a guarda.
— Sei…
— Sabe, o quê?
O rosto da futura chefe sênior afogueou de vergonha. Tinha que cortar a ligação o mais simples possível.
— Sei que zela pelo meu bem-estar. Nunca tive dúvidas disso. Obrigada.
— Hã… sim. Deixe-me voltar para a sala de controle. Desligo.
Ela tocou o ponto auricular para cortar a ligação.
— Merda. Merda. Merda!
Falou aos sussurros, porém com raiva de si mesma.
Boa noite, Carol!!
Ótimo capítulo!! Essa Ária, realmente tem que ser vigiada, nunca se sabe as que vem com certo vitimismo…pelas dúvidas, melhor duvidar…
Já a IA, bem, tb não sabemos a programação dela. Se estavam esperando que a ativassem… é tudo muito turbio nessa missão. Essas duas tão lenhadas hahahahahaha
Isa deixando transparecer seus sentimientos… até um mini ciúmes teve e Helena tirando un sarro, mas sem dizer nada … já sabia o que era esse zelo todo por ela rs.
Bem…eu vim desejar um feliz 2024 e não tinha aparecido o capítulo 7 pq não atualizei a página(deixei aberta quando li o capítulo 6), por isso eu respondi no outro e não Vi seus bons desejos e sua resposts con a js desejos, obrigada, agradecida!!!!!
Que bom que vc ficou para organizar a festa da familiar, espero que o natal tenha Sido maravilloso e a ceia do ano Novo tb seja!!! Espero que tenha desfrutado essa experiência!! Felicidades pra vcss!!!
Obrigada a vc por todos esses anos, que possamos continuar nessa harmonia e ler-te por muitos anos mais!!!
Aqui já comemos, esperando às 00 para ver os fogos, aqui na Praia da ilha.
Beijo para vc e sua esposa! Tudo de melhor que o mundo tem pra oferecer!! Tanto pra vc como pra sua esposa.
Oi, Lailicha!
Feliz 2024!! Que este ano tudo seja muito melhor que o anterior e que as alegrias estejam sempre presentes em sua vida!
Hoje o comentário será curtinho. Início de ano com algumas bagunças para arrumar aqui em casa. rs
Obrigadão, minha amiga, por sempre estar aqui!
Um beijão pra você!
Como diz o dito popular gato escaldado tem medo de água fria, acho que é isso rsrs. Mas tem que ficar de olho mesmo nessa Ária, vai quê!
Carol Feliz Natal, e um 2024 cheio de realizações e sucesso, bjs na família
Oi, Blackrose!
Espero que a sua passagem de ano tenha sido maravilhosa e que 2014 traga muito mais alegrias para você!
Bem, começamos o ano e veremos o que a Isadora e a Helena tem para nos falar. rs
Muito obrigada, Blackrose, por estar sempre incentivando. É um arrimo para o coração de escritora! rs
Um beijo grande pra você!