Estavam há mais de uma hora na estrada. Cécis em uma carruagem junto com Ranaz, herdeiro do ducado de Kendara, e Fira, cavalgando junto a Gerot. A duquesa não gostava de carruagens e depois de todos os avisos que recebeu em Alcaméria, nada lhe tirava da cabeça que poderiam ser emboscados. Entretanto, sabia que Cécis teria que compor o personagem de princesa recatada, no qual fez questão de afirmar perante a corte.
— Está calada, Lady Fira.
— Apenas pensando; e atenta.
— Entendo. Uma situação difícil, eu devo dizer. Mas para mim, ter a princesa em Líberiz me deixa mais tranquilo…
— Por que diz isso?
Fira o inquiriu, tentando sondar onde o duque queria chegar.
— Ora, Fira! Eu sei que não é boba. Quando você não era mais que uma menina, eu e seu pai conversávamos durante horas sobre política, enquanto jogávamos algum jogo de tabuleiro qualquer. Lembro-me que você ficava às voltas e, eventualmente, ele lhe pegava no colo e dizia que o futuro de Líberiz depositaria em suas mãos.
— E quem lhe disse que meu pai conseguiu fazer de mim uma boa governante?
— Sei que ele lhe ensinou muita coisa. Não é à toa que conseguiu assumir. Você sabe o que o rei quer, como todos nós. Acha que os ducados estão satisfeitos com a atitude dele? Se Cárcera assumir, desestabilizará toda a economia de diversos ducados.
— Se Cárcera assumir, leis retroagirão. Muitos ducados poderiam ter ótimas vantagens com a lei da escravidão.
Fira jogou a frase, de pronto, para deixar claro que não confiava em ninguém. Sabia que, um ou outro governante, pensava desta forma. Queria entender a opinião daqueles que as acompanhavam. Gerot olhou para o horizonte suspirando. Não seria uma conversa fácil, mas precisava saber o que Fira pensava, embora soubesse que a bravata que ela demonstrava era só para se precaver.
— Quando o pai de Deomaz destruiu Dotcha, os ducados estavam arrasados, pois perderam a maioria de seus filhos numa guerra insana. Depois veio a pressão para que ele incorporasse as novas leis. Se dependêssemos de escravos, teríamos uma grande rebelião e não seria difícil nos destroçarem. Todos os ducados estavam enfraquecidos. A verdade é que com a libertação e os novos cidadãos livres, construindo e comercializando, fez com que os ducados e Alcaméria se reerguessem. Todos com mais de cinquenta e cinco anos se lembram bem do que passamos.
— E por que acha que o rei e Cárcera não tem esta mesma perspectiva?
— Não é porque são tolos; ou melhor, o rei é um tolo. Ele é prepotente e nunca se esforçou para nada. Sempre teve suas regalias e não quer perdê-las. Está vendo a pressão crescer em torno de seu governo e seus desmandos. Não demoraria muito tempo para que alguém confrontasse a coroa. Já Cárcera é uma incógnita. Um homem que compra terras suficientes para constituir um ducado e depois faz uma aliança para se incorporar a um determinado reino? De onde ele veio, ninguém sabe e também não sabemos suas intenções. Agora se alia ao rei e ainda por cima, forçando um casamento.
— É. Pode-se deduzir o caráter…
— Só posso dizer que existem mais ducados preocupados com isso.
— Entendo… Preocupados, mas ninguém dá a cara à tapa.
— Sinto muito, Fira, mas você atravessou a linha, quando forçou a mudança das leis em seu ducado para assumir a sucessão. Afrontou, silenciosamente, a coroa e fez com que muitos a olhassem. Não estou dizendo que foi bom ou ruim. Só posso dizer que abriu precedentes e se tornou o cerne das ebulições políticas.
— E o que isso quer dizer, exatamente?
— Que você não vai ouvir das bocas dos Grão-duques, contudo muitos a apoiam. Faça seus movimentos e verá que não estará sozinha…
O Grão-duque Gerot atiçou o cavalo e se adiantou num galope, para emparelhar com seu exército. Deixou a frase no ar e milhares de interrogações para que ela mesma respondesse. Fira olhou para a carruagem e via através da janela Cécis conversando, animada, com Ranaz. A princesa voltou o rosto, olhando a Duquesa por segundos. Apesar do sorriso, elevou brevemente a sobrancelha. Estava impaciente.
Após horas em marcha, chegaram aos limites do ducado de Liberiz. Jonot e o exército estavam de prontidão, esperando a Duquesa e o comboio. Haviam chegado há menos de cinco minutos. Jonot apeou para ir de encontro a Fira.
— Minha soberana. – Fez uma pequena mesura. – Chegamos ainda há pouco. Perdoe-me, mas pelo tempo que o mensageiro chegou e para reunir o contingente, demorou um pouco.
— Eu calculava, Jonot. Não se preocupe. – Virou-se para Gerot e para Ranaz, que já se encontrava fora da carruagem. – Obrigada pela escolta, milordes. Meu exército poderá assumir daqui.
— Não agradeça, Lady Liberiz. Foi uma satisfação para nós.
O filho do Grão-duque de Kendara sorriu para ela, de forma instruída, assim como Gerot. “Isso está me saindo melhor que presentes em dia de aniversário.” Pensou, ao ver a intenção dos nobres em lhe demonstrar a satisfação, através do sorriso. Deixou que se colocassem em marcha para falar com seu comandante.
— Estamos em marcha lenta por conta da carruagem. Deveremos chegar em Liberiz só daqui a quatro horas. Pediu para Bert arrumar o quarto na ala real que lhe falei?
— Pedi sim, milady, mas fiquei preocupado com a sua mensagem e trouxe um contingente de cinco esquadrões. Talvez levemos mais tempo para chegar.
— Não tem importância. Nesse caso, acho que o exagero se faz necessário.
— Duquesa.
Fira escutou uma voz vinda de trás. Virou o corpo sobre o cavalo para ver quem lhe chamava. Viu a guarda pessoal de Cécis, ligeiramente encabulada, o que a empertigou.
— Diga, coronel. Há algum problema com a princesa?
— Não exatamente. Ela pediu para lhe perguntar, se acaso a senhora cederia alguma roupa de montaria para ela. Disse que não quer ser um estorvo na viagem. Se ela seguir em um cavalo, poderão chegar em Liberiz em menos tempo.
— E quem escoltaria a carruagem?
— Eu, minha senhora. Se acaso quiser deixar alguns homens para a segurança…
“Cécis, você é má. Está querendo se livrar de sua guarda por algumas horas?”
— Tudo bem.
Fira desceu do cavalo e foi até a carruagem procurar uma roupa em suas coisas. A princesa se trocou dentro da carruagem e a Duquesa ordenou que um capitão lhe cedesse o cavalo. Ele retornaria na carruagem com o contingente que deixariam.
***
— Bert, esta é a princesa Cécis de Alcaméria. Você também ficará a cargo das necessidades pessoais dela. Gostaria que auxiliasse no que for preciso para o conforto da princesa aqui no castelo.
— Sinto-me honrada, milady.
— Muito prazer, Bert. Não se preocupe que não sou de grandes exigências.
— Mesmo que seja, princesa. Para mim será um prazer trabalhar a seus serviços. – Virou-se para sua soberana. – O jantar será servido, assim que as senhoras desejarem.
— Obrigada, Bert. Vamos nos banhar e depois, pode mandar servir o jantar na minha sala particular. Não comemos mais do que frutas na viagem. Depois poderá ir. Deixe que eu mesma leve a princesa até o quarto em que ficará.
Bert fez uma mesura e saiu da sala de visitas. Fira, sem nada falar, se encaminhou para a ala real. Não trocara muitas palavras com Cécis, o que deixou a princesa apreensiva. Chegou em frente à porta de um quarto e o abriu. Há muito tempo que não entrava ali. Quando criança, ia sempre e ficava olhando para cada objeto que havia naquele ambiente. Seu pai nunca deixou que o quarto fosse esquecido. Mandava limpá-lo constantemente. Quando morreu, Fira manteve o hábito.
— Este era o quarto de minha mãe. Espero que esteja à sua altura.
A princesa se empertigou com a frieza de Fira. Ela falava como se não houvesse qualquer intimidade entre elas. Viu a Duquesa entrar no quarto e olhar em volta.
— Fira, eu…
— Por favor, Cécis. Estamos cansadas, sujas e com fome, e eu ainda nem consegui pensar em tudo que me aconteceu desde ontem. Tome um banho. Mandarei trazer roupas mais confortáveis para você. Enquanto jantamos, nós conversaremos melhor. Pode ser?
— Claro.
Cécis respondeu um pouco desanimada. Fira se retirou, deixando a princesa, no meio do quarto. Meia hora mais tarde, a escudeira de Lady Liberiz batia à porta, para entregar-lhe algumas roupas e dizer que assim que estivesse pronta, a conduziria para a sala de jantar particular da Duquesa. Não houve outra opção para a princesa, a não ser cumprir o que haviam determinado. Mais alguns minutos, Cécis saiu do quarto e Bert a acompanhou. Entraram em uma sala ao lado e a escudeira se retirou. A mesa estava posta com assados, que cheiravam muito bem. O estômago da princesa começava a reclamar, pelas horas de jejum. Fira entrou por uma porta lateral. Cécis reparou que ela se vestia parecida consigo.
— Vejo que também não é muito dada a usar vestidos quando está no acolhimento de seu castelo.
— Não sou. Aqui eu posso usar o que bem entender, principalmente quando o castelo está livre dos nobres de meu ducado.
— Eu sei que ficou aborrecida comigo, Fira, mas não tive outra alternativa. Pensei neste plano depois que voltei para o meu quarto e, para que desse certo, teria que colocá-lo em prática na mesa do desjejum com todos os nobres presentes.
— Sente-se. – Fira pediu, já tomando seu lugar à mesa. – Não estou aborrecida apenas por não ter me comunicado. Estou aborrecida por todas as ameaças que sofri em Alcaméria e pela reação de todos na corte.
— Que ameaças? Reações de quem?
— As ameaças, além de Cárcera, foram das suas duas irmãs queridas.
Cécis abriu a boca para falar algo, mas Fira abanou a mão para que calasse e escutasse.
— Elas conhecem você, cada uma a seu jeito, e sabem que está fingindo. Seu pai talvez não, pois nunca se preocupou em conhecê-la durante a vida inteira. Quanto às reações dos diletos nobres, gostaria de saber qual o seu comprometimento com Gerot e Kendara?
— Meu comprometimento?
— Não queira me fazer de idiota, Cécis! – Esbravejou. – Pensei sobre isso a viagem inteira. Não havia motivos para que Gerot e Ranaz Kendara fossem à Alcaméria com grupamentos militares. Se fosse eu a levar, ninguém se espantaria, apesar da afronta. Mas eles dois? Os ducados de Gerot e Kendara são os mais pacíficos e mais bem relacionados do reino! – Concluiu, demonstrando grande irritação.
Cécis suspirou. Fira não era uma pessoa fácil de se enganar e talvez isto, que atraísse a princesa, mas nestas horas, tornava-se muito inconveniente.
— Tudo bem. Eu sou amiga de Ranaz já há algum tempo. Quando meu pai enviou os convites, Ranaz me enviou uma mensagem me perguntando o que deveria esperar da festividade. Respondi, falando o que eu estava passando na corte, desde que eu cheguei. Gerot foi diferente. Não o conheço muito, mas quando retornei, ele me enviou uma mensagem pessoal, dizendo que me apoiaria no que eu necessitasse. Deixou a mensagem no ar. Não sabia que ele iria até a corte acompanhado de um esquadrão.
Fira a olhava desconfiada, enquanto se servia. Escutava toda a explicação, que era plausível, mas não retirava o peso do que a princesa fizera com ela.
— Você jogou comigo, Cécis. – Falou com um tom de mágoa.
— Me perdoa.
Cécis colocou a mão sobre a da duquesa, para que ela parasse de se servir e a olhasse.
— Eu sei que se fosse comigo, além de chateada, ficaria muito desconfiada, mas eu estava com medo, Fira. Eu me agarrei à oportunidade que vislumbrei. Queria sair disso tudo com vida.
— E me jogou no fogo… Tudo bem, entendo. – Sacudiu ligeiramente a cabeça, espanando a raiva. – Mas coisas vão acontecer daqui para frente, por conta disso, e espero que esteja preparada e, aja junto comigo. – Falou incisiva. – Não faça mais nada por trás. Como nós já conversamos antes, aprendemos a desconfiar de todos que nos enganam e sei que você também é assim.
— Concordo. Falarei com você tudo que penso e… obrigada por comprar minha briga. Sei que você poderia ter declinado, mesmo diante de todos. Tenho consciência que elaboraria argumentos satisfatórios para justificar, sem se comprometer.
— Ótimo que veja isso!
Fira jogou o corpo para trás, relaxando na cadeira. Estava tensa desde o desjejum, quando Cécis a colocara naquela posição.
— Vamos comer. Sua guarda pessoal deve chegar em breve. Se tiver que andar para lá e para cá com ela, será difícil para você. Qual o grau de confiança que tem na coronel?
— Nenhum. Ela era a guarda pessoal de minha irmã Caterina. Troquei com ela, porque além da minha guarda ficar em uma posição difícil, depois que fui sequestrada, minha irmã nutria certo apreço por ela.
— Não gosto dessa possibilidade. Sua nova guarda tem família?
— Sim. Mãe viva e uma filha, mas o marido morreu em um confronto que houve, há uns dois anos, na cidadela de Alcaméria.
Fira apenas meneou a cabeça.
— Certo, vamos começar a liberá-la nos fins de semana para ver a família. Quando o fizer, se ela quiser contestar, posicione-se como a soberana dela. Diga que confia na segurança daqui e que se tiver que ficar se preocupando, a todo momento, ficará mais nervosa e não avançará na sua recuperação. Este não é o propósito da sua estadia aqui? Com isso, fale que veio para descansar e esquecer o que aconteceu com você. Não peça, ordene.
— Acho que isto pode resolver.
— Só lembre de uma coisa, Cécis, agora seu rosto será conhecido aqui em Liberiz. Não faça nenhuma bobagem de sair por aí como Rogan. Não vai funcionar. Brevemente os Liberizenses da cidade saberão que você está aqui.
— Certo. Sem escapadas.
Falou rindo, como se estivesse sendo orientada pela sua mãe.
— Nada de sair sem eu saber e nada de divertimentos por aí.
Fira bufou, colocando uma garfada na boca. Conversaram durante o jantar, no entanto Fira não quis pensar ou falar sobre o que fariam dali para frente. Estava cansada demais e precisava de uma noite de sono revigorante. Cécis também estava esgotada e depois do jantar, se recolheram.
No dia seguinte, Pátiz já se encontrava no castelo e fazia a segurança em frente ao quarto de Cécis.
— A princesa já acordou?
Bert perguntou, adiantando-se para entrar no quarto da princesa, contudo foi impedida pela guarda.
— Quem é você?
— Sou escudeira de Lady Líberiz e fui designada aos cuidados pessoais da princesa.
— Vou verificar e retorno.
A guarda pessoal entrou no quarto e retornou logo em seguida, autorizando Bert a entrar. Quando a escudeira entrou, viu que a princesa já estava arrumada e a acompanhou até a sala de jantar para tomar o desjejum. Cécis se frustrou, pois Fira já havia se alimentado e não a acompanharia. A escudeira avisou que a Duquesa estaria o dia todo em audiência e reunida com a Assembleia de Líberiz.
Fira não se comprometeria com seus condes. Desde a noite anterior, assim que chegaram, mandou mensagem para os condados e convocou uma Assembleia. Não daria margem para fofocas, ou que pensassem que ela fazia alguma manobra política.
— Que raios está acontecendo, Fira?!
Dinamark chegara bem cedo e pediu para se encontrar com a Duquesa, antes que iniciasse a Assembleia com os condes. Parecia contrariado e preocupado com a estadia de Cécis em Líberiz. Poderia imaginar tudo, menos que Fira retornasse de Alcaméria com uma “carga” tão valiosa e, ao mesmo tempo, tão perigosa para a política do ducado.
Fira o olhou, demonstrando desânimo.
— Pergunte para a princesa herdeira. Acredite, Dinamark, fiquei tão preocupada quanto você e fui pega de surpresa também.
— Como assim? Por que quis trazê-la?
— E quem disse que eu quis alguma coisa? Você me conhece, Dinamark. Sabe que não tenho essas ações impensadas. A própria princesa se dispôs a vir e falou de forma inesperada.
Fira lhe contou o que aconteceu na corte. Se acaso o conde fosse averiguar com os nobres com quem mantinha relações, seria confirmado.
— Somente espero que a estadia dela seja tranquila e que ela resolva voltar o mais rápido possível. – Fira concluiu ao final do relato.
— Certo. Não poderemos nos descuidar da segurança dela aqui.
Ele falou ainda em tom preocupado, mas se acalmou diante do que Fira lhe falara. Constatou que a Duquesa fora posta contra a parede pela princesa.
— Precisamos acalmar os condes. Sabe que virão para cima de você. Desacordos e situações constrangedoras junto a corte, é o que eles mais tentam evitar.
— Eu sei. Por isso que, assim que cheguei, mandei convocá-los.
— Sim, eu entendi a sua ação. Fez o correto, Fira. Será mais fácil para falar com eles e apaziguá-los.
****
A noite chegou e Cécis se encontrava no quarto, entediada. Passeara o dia inteiro pelo castelo de Líberiz e andou pela cidadela. O castelo era muito bem cuidado e bonito. Tinha jardins que o cercava e a cidadela era limpa e organizada. Alcaméria era maior e entendia que era mais difícil para manter uma organização, mas tinha consciência que seu pai era desleixado como governante em relação aos domínios diretos do reino. Talvez com um pouco mais de empenho, Alcaméria poderia mostrar um lado agradável e, os súditos, tivessem disposição para manter a capital aprazível. A única coisa que a incomodou durante o dia, foi passear como se fosse uma pintura de quadro, além de ter a guarda pessoal no seu encalço. Escutou batidas na porta.
— Entre.
Não se importou com quem a procurava. A sua aflição foi por ser obrigada a desempenhar o mesmo papel que vinha tendo em Alcaméria: a de princesa assustada e indefesa. Estava de costas para a porta, admirando a cidadela de Líberiz.
— Espero que tenha gostado de Líberiz.
Escutou a voz aveludada e cerrou os olhos, apreciando o efeito que o som lhe causava.
— Gostei muito. – Virou-se para se certificar que Fira entrara sozinha. – Só sinto ainda ter que andar nestas roupas para cima e para baixo, acompanhada de uma mulher que não abre a boca para falar nada. Essa coronel é uma múmia e não consigo trocar mais que duas palavras com ela. Não me admira que Caterina tenha se apaixonado pela minha guarda. – Riu da própria piada.
— Só mais três dias para chegar o fim de semana e você a dispensa. Pelo menos, terá dois dias por semana para ficar mais à vontade.
Fira sorriu, sabendo o quanto era difícil para alguém do temperamento de Cécis se enclausurar na própria forma de agir. A Duquesa talvez não conseguisse, pois sua natureza independente era uma característica muito forte.
— Quer jantar na minha sala particular? Pelo menos lá, ela sabe que não vai entrar.
Continuou sorrindo para amenizar o peso da princesa.
— Você me arruma uma calça e camisa confortáveis para a ocasião? Assim o jantar terá um outro gosto. – Devolveu o sorriso.
— Tenha certeza que sim. – Gargalhou em antecipação. – Com você nesse vestido, parece outra pessoa. Consigo até ralhar com você, sem me preocupar com retaliação. – Continuou rindo.
— Vai achando!
Cécis respondeu, acompanhando Fira no riso e na brincadeira. Gostou de ver que a duquesa estava mais leve do que no dia anterior. Cécis sabia que ela precisava de tempo para arrumar os pensamentos. Foram para a sala de jantar de Fira deixando, novamente, a guarda do lado de fora. Cécis ria internamente, pois via a expressão de frustração estampada no rosto da coronel.
Boa noite, Bi!!!!
Tudo bem?
Conseguiu votar bem? Como estão as coisas por aí??? Politicamente falando…. cuidado vcs duas!!!!
Demorei mais voltei, acho que a msg chegará!!
Amei o capítulo! Fira tava chateada pq realmente Cécis a colocou numa posição complicada, ainda bem que ela n é ingênua e sabe lidar MT bem com os ducandos…veremos o q vão achar dessa manobra …
saudades de enviar msg, dessa interação!!!Mas já tá TD bem, de novo! kkk
Logo lerei o próximo
Beijos pra vc e sua esposa!!!!
Gostei de saber que Fira não está sozinha, tem o apoio de outros duques. E Cecis juntou o útil ao agradável, rs. Sinto que essa morada temporária será ótimo para as duas.
Um beijo, Carol
Oi, Fabi!
Fira não sabe da missa a metade. rs Quanto as duas juntas, bem, elas aprontam quando estão sob o mesmo teto, não é mesmo? hehehe
Brigadão pelo carinho, Fabi!
Um beijão e boa semana pra você!
Capítulo maravilhoso, Carol, cada vez mais me apaixono pelas artimanhas de Cécis, a bicha é danada que só.
Boa semana e que Domingo se faça o melhor.
Bjs
Oi, Blackrose!
Juro que tentei postar na semana passada, mas ando corrida. Vou tentar melhorar a frequência de postagem, tá bom?
Cécis não é nada ingênua. Se engana quem pensa que ela é bobinha. rs
Muito obrigada pelo carinho, Blackrose!
Bom restinho de semana pra você e beijão!