Líberiz

Capítulo 12 – O Retorno da Princesa

— Milady, chegou uma mensagem de Líberiz do conde Dinamark. 

O senescal lhe entregou o pergaminho da mensagem.

Lady Fira tinha retornado a Remis, havia dois dias, e nada de notícias. Se afligia com as decisões que tomou. Apesar de ter falado a Cécis e a Divinay que teria espiões em Verome, para ver se o Rélia cumpriria o acordo, não havia ninguém de vigília. 

Ela deveria manter segredo sobre tudo e não queria que ninguém mais soubesse sobre o que fizeram. Não poderia acompanhar a diligência e não teria justificativas para mandar alguém de seu exército, ou mesmo, os soldados contratados do castelo de pedras. O coração estava apertado durante os dias de espera. Se algo acontecesse a Cécis, não sabia se conseguiria perdoar, ou mesmo, se conseguiria viver com a consciência.

Abriu a mensagem apressada.

“Cara lady Liberiz,

Espero que quando a mensagem chegar, esteja relaxada e desfrutando de suas férias. Sinto, muitíssimo, interromper seu descanso, mas a gravidade da situação pede seu retorno imediato…”

A duquesa prendeu a respiração, tomando ar nos pulmões, antes de terminar a leitura. Questionava-se se havia sido leviana em confiar num grupo rebelde para a missão. Retornou os olhos para as letras do pergaminho.    

“… a Princesa Cécis foi encontrada no condado de Verome.  Os aldeões chamaram as autoridades locais e ela foi conduzida em segurança a Alcaméria.”

— Que corno! – Esbravejou. – Não poderia ter falado logo que ela foi encontrada e estava bem?! – Voltou a ler, relaxando o corpo, aliviada.

“ Entretanto, sinto que sua presença seja imprescindível. O resgate da princesa foi um tanto inusitado. A Assembleia aguarda seu pronto retorno.”

— Lógico que aguardam meu retorno! Não esperava menos que isso, seus cornos!

 Foi até a área de treinamentos do exército, esperando encontrar Jonot. Conseguiu vê-lo em meio a um exercício com as tropas. Não esperou para que alguém lhe chamasse. Pulou o pequeno muro de pedras, que separava a área de treinamento do jardim, e seguiu em meio aos soldados.

— Jonot! Preciso retornar agora para Líberiz. Junte um esquadrão para me acompanhar e dispense os outros. Libere-os para que só amanhã se apresentem ao comando.

— Sim, milady.

À noite, se encontrava entre as muralhas da cidadela de Líberiz. Mandou chamar Dinamark. Queria saber como as notícias haviam chegado. Tomou um banho e se trocou para esperá-lo, pacientemente. Dinamark veio, assim que soube da sua chegada. Entrou na sala de visitas, ansioso para conversar com ela e se deparou com a Duquesa vestida com roupas simples de montaria. 

— Não se banhou ainda, milady? Posso esperar para contar o ocorrido…

— Não me faça perder a paciência, Dinamark! Fale logo! Até parece que nunca me viu em roupas de montaria.

 Dinamark pigarreou, desconcertado. Ela sempre o esperava impecável e dentro de vestidos maravilhosos que valorizavam a beleza, mas reconhecia que a situação era emergencial. Contou-lhe o que havia ocorrido e como a notícia tinha chegado. As tropas de Alcaméria não se encontravam mais nas estradas de Líberiz. Este fato, Lady Fira já havia percebido em seu retorno.

— Então a princesa foi resgatada por um grupo rebelde…

Falou em uma falsa divagação.

— Não só isso. Eles falaram o nome do grupo e ela contou ao rei, pai dela, que era o Rélia. Disse ao rei, que o grupo disse a ela, terem investigado e chegado até onde ela estava presa, mas que não tinham como soltá-la. Quando viram que a transportariam, tiveram condição para libertá-la. Deixaram a princesa aos cuidados de aldeões de Verome e foi quando ela retornou a Alcaméria. A princesa falou que muitos que viu, quando estava presa, tinham as cores de Cárcera.

— Não faz sentido. Como se deixaram ver, assim? Como utilizaram os uniformes do próprio ducado?

Fira questionou para manter a farsa. Por dentro, sorria, ao ver que o plano dera certo e, ainda mais, que Cécis estava bem. 

— Pelo que todos entenderam, não pretendiam deixá-la viva para contar. Foi uma fatalidade o resgate dela e, para a princesa, uma sorte.

— Mmm… De qualquer forma, apesar do alívio e das tensões dissipadas sobre nós, nos complicou também, Dinamark.

— E por quê? Agora estamos numa situação excelente diante da coroa.

— Nem tanto. Não acredito que o rei quisesse a princesa de volta, aliás, pouca gente acha. E agora estamos presos com o Rélia.

— Como assim?

— Acha que se conseguirmos pegá-los, e os pendurarmos em praça pública, o povo vai gostar? Pelos Deuses, Dinamark! Eles resgataram a princesa. Como acha que a princesa vai encarar se os matarmos?

— Eu não havia pensado nisso.

— Bom, de qualquer forma, eles são o menor de nossos problemas. Podemos fazer vista grossa. São idealistas, pelo visto, e se acaso Avar e Remis engrenarem num governo decente para o povo, tenho certeza de que a ação deles diminuirá. Como foi com os dois condes na Assembleia?

— Bem. Acho que vamos progredir com eles. Os outros condes estão em cima. Perderam apoio e você subiu no conceito de todos. Se eles não se emendarem, ficarão isolados.

— Bom. – Fira falou displicente. – E quanto a Cárcera?

— Pelos rumores, está possesso e diz que armaram para ele, mas ninguém acredita, pois ele é quem mais se beneficiaria com a morte da princesa. 

Fira suspirou, demonstrando desânimo. Deveria estar exultante, no entanto, pensava em como Cécis estaria encarando tudo aquilo. Para a princesa, não houve vantagem pessoal, a não ser, desfazer um casamento indesejado, coisa que conseguiria se fugisse do reino, conforme planejara, anteriormente.

— Está bem, Dinamark. Vamos esperar alguns dias para ver como tudo se reflete. Não adianta a gente especular agora. Saí e embora não fosse para descansar propriamente, e sim, para ajeitar as coisas com Avar e Remis, retorno já com uma tempestade me esperando.

— Tudo bem, Fira, está correta. Até porque, acredito que teremos problemas com Cárcera. Ele está inconformado e fala veemente que não foi ele.

— Bom, que ele convença a princesa, então. – Sorriu. – Agora não está mais nas mãos dele.

— Certo.

Dinamark se despediu e se foi. A duquesa, sem muito esforço, trouxe de volta para ela a governança de Líberiz. Pelo menos, isto era o que o conde pensava. Fira relaxou sobre uma poltrona, entretanto seus pensamentos estavam constantemente dentro da corte.

****

— Princesa.

— Entre, Aneirin.

— Com licença, princesa.

Cécis, que olhava através da porta da varanda de seu quarto, virou-se em direção a voz, mirando a guarda pessoal. Via que a coronel estava sem graça e tímida. Feitio nada comum à personalidade de Aneirin. A princesa tomou outro gole do vinho que trazia nas mãos e falou:

— Pare com isso, Aneirin. O que me aconteceu não foi mais do que consequência dos meus próprios atos. Você não tem culpa.

— Por isso não quer sair mais do castelo? Tem medo de sair hoje em dia? Ah, me perdoe! Eu tinha bebido demais… eu não podia…

Cécis a olhou, compadecida. Era tão difícil mentir para quem ela considerava, que chegava a lhe embrulhar o estômago. Não contaria nada, mesmo que a consciência pesasse. As consequências de um deslize, poderiam ser devastadoras e levar, tanto a princesa quanto Lady Líberiz à morte. Mas doía-lhe. 

“Afinal, Fira tinha razão. Não sou diferente dela. Faço o que tem que ser feito. A única diferença é que ela assume isso, e eu, fico remoendo dentro de mim.”

— Não tenho medo de sair, apenas estou reavaliando minha vida, entende?

— Já tem mais de quinze dias que mal sai do quarto!

— É o preço que estou pagando, por me recusar a pensar em coisas sérias durante toda uma vida.

Sorriu instruída. Cécis queria relaxar sua guarda pessoal e tirar-lhe o peso das costas.

— Me embebedar, posso fazer aqui no quarto e prazer, posso extrair de mim mesma! 

Gargalhou, mas a verdade é que não tinha mais ânimo para procurar ninguém.

A princesa voltou a olhar através da porta da varanda. Imaginava o que Lady Fira estaria fazendo naquela hora. O entardecer de Alcaméria, visto de seu quarto, era lindo. 

“Será que Liberiz tem uma visão tão bonita do ocaso?”  

Sentiu o corpo da guarda se colar ao dela por trás. 

“Pelos Deuses, Aneirin, eu não quero isso… O que ela está fazendo?!” 

Sentiu a guarda pessoal a envolver num abraço e pensou se ela sentia algo mais por si, além da amizade que travaram ao longo dos anos. 

— Aneirin…

— Deixa eu confortar você? 

Sentiu a outra beijar a nuca. Não seria difícil se deixar levar pelo momento, nos braços de Aneirin. Era uma mulher bonita e já havia visto como atuava. Participara de algumas orgias com a coronel, mas incrivelmente nunca se deitaram juntas. A mente, levemente entorpecida pelo vinho, fez com que deixasse a outra agir. 

“Quem sabe não saio da minha apatia e esqueço de vez isso tudo… aquela mulher.” 

Na manhã seguinte, a coronel saiu do quarto de Cécis e se deparou com a princesa Caterina, assim que fechou a porta. A irmã do meio de Cécis a encarou com os olhos em fogo. 

— Não é muito cedo para minha irmã precisar dos seus serviços, Aneirin?

— É… Na verdade, ela me chamou para…para… me falar que talvez saia hoje. Era para me preparar. – Respondeu, mas a gagueira e os olhos baixos da coronel não convenceram Caterina. 

— Certo. Então posso entrar para falar com minha irmã. – Afirmou resoluta.

A coronel Aneirin se postou à frente da porta. Não sabia o que falar, mas não poderia deixar que a princesa Caterina entrasse no quarto.

— Ela ia se banhar e…

— Sai da frente, Aneirin. Sou irmã e já tomei muito banho junto com ela, tá?! – Falou irritada, afastando a coronel. – Vá se recompor, que suas vestes estão amassadas. 

Entrou, fechando a porta. Olhou para a cama e viu a irmã despertando e se cobrindo com o lençol. Estava nua.

— Que merda, Cécis! Até a Aneirin passa por você?

— Não enche, Cat. Ainda tô dormindo.

A irmã mais nova foi até a cama e se sentou. Bufou ao ver Cécis se virar para o lado oposto. Abanou a cabeça e fez um carinho nos cabelos negros. Caterina era a filha mais velha da madrasta de Cécis, mas incrivelmente tinha mais apreço e interação com ela do que com a irmã gerada pelo pai e mãe. Caterina tinha acabado de fazer dezoito anos e desde nova, se sentia protegida pela irmã herdeira.

— Eu não sei o que passou no cativeiro, mas não acha que se esconder e se satisfazer com a sua guarda pessoal é apelar demais? Não que Aneirin não seja interessante, pelo contrário…

Cécis se voltou para ela. Sentiu tristeza na voz da irmã e quis encará-la. Os ombros da irmã estavam caídos e via uma dor passar pelo olhar que era sempre alegre. “Que merda! Só faço burrada.” Pegou os cachos dos cabelos castanhos entre os dedos e suspirou.

— Desculpa. Você tem razão. Aneirin estava se sentindo culpada pelo que me aconteceu e a verdade é que eu queria apagar um monte de coisas dentro de mim. Só posso dizer que foi uma merda.

A irmã gargalhou. O brilho nos olhos cor de mel retornaram e não pôde deixar de mexer com os brios de Cécis.

— Pelo visto, a arrasadora de corações está perdendo o toque. Então, não conseguiu satisfazer a nossa arrogante coronel?

A princesa herdeira sorriu, diante da curiosidade da irmã. Caterina era a única que conhecia seus segredos sujos e, por vezes, implicava com ela, dizendo que só conseguia conquistas fáceis. Contudo, em um vislumbre, viu apreensão nos olhos, que há pouco mais de dois anos, era um olhar de menina. A irmã estava ansiosa pela resposta. Cécis se endireitou na cama, sentando-se e se apoiando no espaldar.

— O que foi, Cat?

Fez um carinho no rosto aveludado e sentiu uma dor, quando viu que a irmã queria afastar os olhos. “Não é possível que eu tenha feito mais uma besteira! Será que a Caterina…”  Se a irmã estivesse sentindo pela guarda pessoal dela o que pensava, seria mais uma adaga cravada no coração da princesa. Não suportaria saber que magoou a irmã. 

 — Acho que nunca tive nenhum “toque” para isso, Cat. A verdade é que só sei fazer bobagem nesta vida. Eu estava mal e a Aneirin também, por se culpar pelo meu sequestro. Se quer saber, nada deu certo e fomos dormir frustradas. 

Contou uma meia-verdade. Chegaram a termo na relação, mas a frustração das duas amantes era enorme. Elas não se queriam, muito menos, se sentiram bem com o que fizeram.

— Mmm.

— Mmm? Que tipo de resposta é essa? Não tem nenhuma piada para me arrasar, não?

Caterina sorriu de lado. No fundo, estava feliz pela resposta da irmã, mas não queria se expor. O problema é que Cécis a conhecia. Novamente a princesa herdeira acariciou a bochecha da irmã mais nova, estimulando para que ela falasse o que passava no coração.

— Ah, Cécis, pelo menos ela beija bem? – Perguntou em agonia, deixando um sorriso envergonhado aparecer.

— Acho que beijar bem depende de quem beija a gente, meu amor. – Falou rindo para Caterina. – Certamente se ela beijar você, vai adorar, o que não aconteceu comigo.

— Você está querendo me poupar. Não é possível. Aquela boca deve ser muito gostosa! 

As duas gargalharam e a intimidade se fez novamente entre as irmãs, dissipando a tensão anterior.

— Quer saber? A verdade é que foi muito constrangedor. – Cécis falou sincera.

— Por isso que Aneirin saiu antes de você acordar? 

— Eu fingi que estava dormindo quando ela se levantou.

As duas gargalharam outra vez. A sintonia das duas irmãs era algo que vinha desde que Caterina nascera. Cécis tinha pouco mais de seis anos e imaginava que tinha que proteger a irmã. O rei Deomaz se casou um mês após a morte da mãe e Caterina nasceu logo no ano seguinte. A diferença de idade não era um problema para Cécis. Caterina sempre fora uma menina meiga e risonha, diferente da irmã que fora gerada pela mãe; arrogante, mandona e dissimulada.

— Não conversamos muito desde que cheguei. Como foram as coisas na minha ausência?

— Nada boas. Primeiro, nosso pai se mostrou muito preocupado e depois de alguns dias, o duque Cárcera passou a frequentar o palácio. Chegou a ficar hospedado alguns dias aqui. – Caterina riu da cara de nojo que Cécis fazia. – Aí, nossa querida irmã Dólias decidiu que poderia acompanhar o desolado nobre a alguns passeios.

— Não acredito que Dólias quis se beneficiar de meu desaparecimento?

— Sabe que ela não se conforma com o jeito que você leva a vida. – Caterina encolheu os ombros displicentemente. – Não precisa ser inteligente para ver que ela gostaria que você renunciasse em favor dela. Acha que você nunca cumprirá “seu papel” no reino.

— Cumprir meu papel é me casar com um imbecil qualquer? Cárcera é um crápula!

— Pois é. Enquanto os burburinhos aumentavam, em relação a ele ser o mandante, o duque lançava outra teoria ao vento, mas ninguém acreditou muito.

— Qual?

— De que a duquesa Fira Líberiz é que mais se beneficiaria com o seu sumiço. 

Cécis se ajeitou na cama para dissipar a preocupação. Não falaria a verdade, nem mesmo para a irmã mais querida. 

— Então deveriam ter falado que eu mesma me sequestrei, afinal, eu é que não queria me casar com ele e era quem mais teria benefícios com o sequestro. 

Cécis gargalhou assim que terminou de falar, levando a irmã junto. 

— Lady Líberiz tem um monte de problemas no ducado que eu saiba. Certamente, está mais preocupada com as bases do governo dela do que com o meu casamento. 

— Essa história dele não tomou vulto. Teve que voltar para o ducado, pois a presença dele estava incomodando o povo. Nosso pai não conseguiu defendê-lo muito, só que não desgosta do homem. Agora com a informação que você deu a respeito do sequestro, nosso pai está apoiando a ideia de que armaram para ele.

— Merda! Papai não vai desistir, não é?

— Grande soma dos impostos vem de Cárcera, você sabe.

— E isso justifica me casar com um homem que articulou meu sequestro?

— Cárcera praticamente colocou na cabeça do papai que Lady Fira poderia estar por trás disso. Que ela tinha tudo para se beneficiar. Embora o povo e o Conselho não acreditem, ele vai construindo uma dúvida. O impasse todo de meu pai em fazer uma represália à duquesa, é que você foi salva dentro do ducado dela e devolvida em segurança, além de você ter falado que as cores dos soldados que lhe prendiam eram do ducado de Cárcera.

— Espero que nosso pai não seja louco o suficiente para passar por cima do Conselho e fazer algo contra Líberiz.

— Não acredito. A imagem de Cárcera está queimada, embora nosso pai tente sustentar que não foi ele. Escutei papai falar ontem à noite com o senescal, para preparar uma festa de recepção para você. Ele deve vir falar hoje conosco. 

— Não é possível! Quem será que ele pensa que agradará? O Conselho coloca em dúvida, há algum tempo, os gastos desmedidos da corte. Isso não é momento para festas.

— Talvez seja para fazer Cárcera voltar às boas com o reino. Escutei também ele falar com o senescal que mandasse limpar o quarto em que Cárcera se alojava aqui, quando você estava ausente.

Cécis colocou a mão no queixo, alisando-o de forma pensativa. Permaneceu durante um tempo assim, sendo observada pela irmã. Caterina sabia que todas estas informações não agradariam a princesa herdeira, mas queria que ela soubesse de tudo.

— Bom, deixe que ele venha falar conosco. Eu pensarei em algo. De qualquer jeito, temos uma missão a cumprir. – Olhou risonha para a irmã.

— E qual missão seria?

Perguntou Caterina, desconfiada. Não gostava dessa forma de Cécis falar. Sempre que fazia isso, era sinal de que aprontaria algo.  

 — Fazer a coronel Aneirin olhar seus olhinhos lindos!

— O que? Você está maluca?!

Apesar de Caterina se espantar, ria do que a irmã falara.

— Não, minha irmãzinha pura e virgem. Eu sei que quando não temos experiência, nada melhor do que alguém que a gente ama nos ensinar. – Gargalhou.

— E quem disse para você que sou pura e virgem? – Acompanhou Cécis na gargalhada.

— Pode apostar que se não fosse, eu já saberia. Sua língua não caberia na boca.

Sorriu, recebendo outro sorriso e um tapa no braço em troca. 

–- Não quer a minha ajuda para aquecer esse seu coraçãozinho, Cat? 

Cécis perguntou, colocando o dedo indicador sobre o peito de Caterina.

— O que pretende fazer, Cécis? Eu tenho muito medo das suas ideias.

— Pelos Deuses! Como você me magoa assim! Eu querendo, nobremente, ajudar uma irmã e ela tripudia de minha magnânima inteligência. 

— É sério, Cécis. O que você quer fazer?

— Você gosta da sua guarda pessoal? Ela é de confiança? Leal?

— A Pátiz? Sim. Às vezes me irrita, pois tem até cuidados demais. Depois do seu sequestro então… 

— Eu lhe proponho uma troca de guarda. O que acha? 

Cécis piscou para a irmã. Caterina abriu um enorme sorriso, mas, logo depois, fechou novamente o cenho. 

— Não quero prejudicar a Aneirin, Cécis. Ela pode perder gradações na carreira dela por ser rejeitada por você.

— Eu não vou prejudicá-la. Não sou eu quem vai propor a troca. Será ela, minha irmãzinha. Eu a convenço a pedir permuta e faço um teatro para todo mundo ouvir do tipo: “Deixa de besteira! Gosto de você como minha guarda.” Ela insiste e nós trocamos.

— E como vai fazê-la pedir a troca?

— Isso eu ainda não pensei, mas o farei. Fique tranquila. – Sorriu. – Agora me deixe só para tomar meu banho e me arrumar. Pelo que falou, nosso pai não vai tardar a nos reunir para falar da festa. 



Notas:

Oi pessoal!

Estive ausente essa semana por problemas no meu note. Ele deu ruim, mas já consegui recuperá-lo. Graças a luz divina!!! rsrs

Espero que gostem do capítulo.

Um beijão a tod@s e bom feriado!

 




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5 Respostas para Capítulo 12 – O Retorno da Princesa

  1. Oieee, Carol!!!

    Essa Cécis, sei nao!!! Que mulher complicada. Digo que esperava que ela afogasse as mágoas por aí, nao com essa maldita guarda, mas tudo bem!!
    Bom plano pra irma kkkkkkkkk.
    Eu ainda nao gosto mt de Cécis, nem sei se vou …rs. Terei que engolir ela por Fira!!!

    OI?Erótica? Num sabia, nem vi isso ainda.(SQN)…hahahahahahaha. Freya tinha mais rsrs.

    Agora, lerei a última que noa tinha feito ainda. Queria esperar até ver se solucionava meu problema rs. Estou muito feliz!!

    • Oi, Marta!
      Não perde mesmo, mas… acho que mudanças estão acontecendo dentro dela que ela não compreende ainda. É um espírito inquieto. Será que de volta ao seu castelo vai voltar a fazer tudo igual? rs
      Vamos ver.
      Obrigada, Marta!
      Um beijo pra ti!

  2. Que bom! voltou com mais um capítulo.

    Cécis não para, vive sempre pra aprontar, agora dando uma de cúpido kkkk, vamos vê se ela é bem sucedida na nova missão, pq o cúpido dela anda meio atravessado kkkk.

    Boa semana Carol 😘😘😘😘

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