Diferentes?

Capítulo 30 – De mulher para mulher

Conversamos muito, decidimos ficar na casa de Itacoatiara durante o tempo que fosse necessário para as coisas relacionadas a nós duas e o caso “amasso na boate” se acalmassem, além do que ela elaborou com o Bartolomeu começasse a fervilhar no mercado. Nesse meio tempo, meus pais pediram para que os visitasse em Florianópolis. Iríamos viajar no meio da semana. Seria mais tranquilo.

Sophia já estava nervosa com essa vida de ficar em casa e descer até a praia de manhã cedinho. Às vezes caminhávamos na praia à tardinha para a noite também. Para mim era mais fácil, pois além do vídeo postado pelo “babaca”, me desculpem mais uma vez o palavreado, mas só assim para descrever o cretino, eu não era uma pessoa conhecida. Não tinha inúmeras coisas a meu respeito circulando na mídia e por isso, acabava saindo e transitando com tranquilidade.

— Você foi ao centro do Rio hoje?

— Não. Fui ao centro de Niterói. Fui comprar uma coisa que estava querendo já há algum tempo.

— Por acaso posso saber o que é?

— Por acaso pode, mas só mais tarde. – Falei maliciosa.

Ela me olhou intrigada franzindo a testa.

— Não adianta querer me intimidar com essa expressão no rosto. Não tenho medo do seu rostinho, aliás, o amo.

Falei e dei as costas para ela. Na verdade, eu mesma estava pensando se iria fazer o que pensei, pois nunca em minha vida achei que poderia imaginar tal coisa. Mas as minhas fantasias com ela estavam me levando longe. Fazer o que, né?! A mulher estimulava a minha imaginação e todo tipo de coisas em meu corpo.

Após jantarmos, ela me chamou para tomarmos algo na varanda e ficarmos agarradinhas, mas eu tinha planos. Amanhã iríamos para a casa de meus pais em Floripa e tinha a leve impressão que ficaríamos “na seca”, pois acho que nem ela e nem eu, conseguiríamos fazer nada lá.

— Sophia, vamos para o quarto.

Ela me olhou novamente intrigada, mas sorriu. Tenho certeza que ela sabia que eu estava planejando algo, mas não sabia o que. Abraçou-me por trás e pela cintura. Depositou um beijo em minha nuca e continuou a dar beijos em meu pescoço. Depois falou coladinha a meu ouvido.

— Vamos. Eu sei que se ficarmos na casa de seus pais, ficaremos travadas, não é mesmo?

— Foi o que pensei, mas sei que isso é uma insinuação sua, para ficarmos em uma pousada. Vou falar logo para depois não dizer que não avisei. Se ficarmos em uma pousada, pelo menos nessa primeira vez, você terá sogros horrorosos! Eles gostam de receber e querem te conhecer. Vai arriscar?

— Longe de mim. Convenceu-me e já mudei de ideia.

— Ótimo. Agora vamos para o quarto.

— Sim senhora!

Ela me soltou e bateu continência. Não acham que ela está começando a ficar soltinha e começando a fazer graça?

Segurei-a pela cintura a empurrando e rindo.

— Vamos logo, engraçadinha!

……….

Chegamos ao quarto e ela virou-se me puxando para se colar ao meu corpo. Segurou minha nuca e… Falou colada a meus lábios.

— Cléo. – Suspirou. – Eu… eu te amo muito.

Sua voz embargou ao fim da frase. Meu coração acelerou. Já havíamos nos falado que nos amávamos, mas as palavras foram ditas de uma forma diferente e com uma entonação emocionada e forte. Parecia que uma chama intensa acendia em meu peito. Fiquei sem ação. Abri meus olhos e não sei a impressão que deu, pois logo ela quis justificar ou remediar.

— Não quero te assustar ou pressionar…

— Shhhii.

Pousei meu indicador em seus lábios.

— Fala de novo… – sussurrei.

Ela estava tímida e enrubesceu. Eu? Eu estava completamente extasiada e irradiando felicidade pelos poros.

— Eu amo você. Quero viver com você…

Eu não me aguentei de tão feliz que estava. Agarrei-a e a beijei com paixão. Não luxuria, mas paixão. Era aquele tipo de beijo em que tentamos derramar amor pela boca, entendem?! Um beijo forte sem ser devasso ou sensual, mas um beijo que tentava transbordar o que sentia.

— Eu também quero.

Foi a frase tosca que consegui pronunciar. Estava sem palavras.

— Não…

— Não?!

Assustei-me e ela sorriu.

— O que eu quero dizer, é que você não entendeu a minha intenção. Eu quero casar com você… Literalmente casar com você. Quero formalizar. Quero viver uma vida com você, na qual eu viveria se fosse com um homem. Eu não posso admitir que vivi maritalmente com alguém que não amava e alguém que amo de verdade, eu não venha a viver. Eu não sei como as mulheres que se amam fazem. Não tenho essa vivência e muito menos você. Quem não tem essa condição econômica e essa liberdade de atitudes que temos, deve sofrer por conta de sua orientação ou condição sexual, sei lá como se fala politicamente correto a respeito. Mas depois… depois de tudo isso que passamos, eu me sinto liberta, livre. Não quero em hipótese nenhuma que alguém conteste. Sei que sou privilegiada. Sei que muitas mulheres e homens como nós que se amam, não têm essa condição de poder se posicionar. Mas nós temos.

Naquele exato momento eu pensei que quando ocorreu tudo o que houve, eu fiquei chocada e com medo. Ela perdeu seu emprego por mim, mas tinha onde se segurar. Eu tive medo de meus pais não aceitarem ou de minha empresa fracassar, mas fomos jogadas no fogo sem que quiséssemos e nada mais consertaria o vaso quebrado. Estávamos vivendo de forma a sair desse turbilhão que fomos lançadas. O que teríamos mais a perder? Apenas o nosso amor. Para muitos, não é fácil. Cada vida é uma vida, mas a nossa, já havia sido delineada por caminhos que nem havíamos planejado. Mais tarde agradeceria ao “babaca” que nos arremessou aos leões. Ele não sabia o bem que havia nos feito, mesmo que sua intenção não fosse essa…

— Aceito. Você está me pedindo em casamento com aliança e tudo, não é?

Sophia gargalhou.

— É isto mesmo. É com aliança e tudo!

Ela foi até a cabeceira da cama ao lado que dormia e abriu a gaveta da cômoda. Pegou uma caixa e a trouxe até mim. Abriu-a e retirou um anel. “Quando ela comprou isto que eu não vi?” Pegou minha mão direita e segurou meu dedo anelar. Deslizou uma aliança em ouro branco com um diamante encrustado. Olhei embevecida.

Sim. Nós vivíamos o nosso amor privilegiadamente. Ela havia pegado o dinheiro que seus pais lhe deram lá no início e o transformou em algo que a deixou confortável e segura financeiramente. Ela estava certa. Quantos não tinham essa prerrogativa? Quantos não lutavam por uma vida justa que desse essa possibilidade?

Peguei sua mão direita e deslizei igualmente a outra aliança que ela pôs em minha mão. Nós nos olhamos e ela me beijou suavemente segurando meu rosto entre suas mãos acariciando-o.

— Assim que estiver com meu divórcio em mãos, podemos nos casar.

— Com festa e altar?

Ela riu novamente.

— Sim. Com festa e altar.

Sophia voltou a me beijar e meu projeto de lança-la aos meandros de minhas fantasias, se fortaleceu. Queria pegar fogo com ela!

Empurrei-a beijando até a beirada da cama. Derrubei-a e ela me olhava embevecida. Peguei o controle do home theater e acionei-o. Havia encaixado mais cedo uma música chamada “Around the Sun” do 8 mm, na linha para tocar. Amava essa música e achava-a forte e sensual. Eu queria consumi-la. Comecei a me despir e ela fez menção de levantar-se. Empurrei-a novamente sem dar nenhuma opção a ela. Sophia era minha esta noite e ponto final.

 Desabotoei lentamente a minha camisa e deixei-a cair no chão. Desabotoei minha calça também em movimentos lentos, mas não perdi o contato com seus olhos. Deixei minha calça resvalar igualmente para o chão. Dei um passo à frente para livrar-me dela. Caminhei até a cama e retirei minhas sandálias. Engatinhei sobre Sophia. Ela estava sem ação. Encaixei em seu quadril e puxei sua blusa. Ela apenas reagia a meus atos. Elevou os braços para facilitar a retirada. Acomodei-me para abrir sua calça. Puxei-a toda e continuamente. Retirei seus sapatos. Voltei a me posicionar sobre sua pelve.

Abarquei um de seus seios com uma das mãos espalmadas e baixei meu rosto no nível de sua face.

— Eu quero tudo de você hoje. Lembra que falou que poderia fazer o que quisesse outro dia?

Vi Sophia sem palavras. Apenas assentiu com a cabeça me olhando fixamente. Engoliu em seco e minha excitação subiu em uma escala altíssima. Passei minha língua devagar por seu abdômen e por entre os seios subindo através do pescoço até chegar a sua boca delicada. Apenas um toque sutil. Minha secura era sua boca naquele momento. Quando cheguei a seus lábios, os cobri com os meus em um beijo profundo, apaixonado. Meu corpo estava todo sobre o dela e nossas peles se tocavam quentes. Movia-me lenta e apreciando cada pedaço de seu corpo em contato com o meu.

Suas mãos desceram por minhas laterais de forma suave e senti o leve toque de seus dedos ao longo de meu corpo caminhando sobre minha pele até meus quadris e retornando em movimentos contínuos.

Envolvi seus cabelos com minhas mãos e segurei-os forte forçando mais meu beijo. Meu desejo era entrar com meu corpo pelo corpo dela me fundindo como se fôssemos apenas uma pessoa. Sophia afastou suas pernas me prendendo e me envolvendo igualmente com seus braços fortemente. O paraíso era aqui e exatamente neste momento.

Ficamos nos sentindo e nos beijando muito tempo até que eu estendi minha mão e abri a gaveta da cabeceira do lado que dormia. Peguei minha “fantasia” e trouxe para perto. Sophia estava tão absorta que não percebeu meu movimento. Continuávamos nos fundindo em uma oscilação de nossos corpos. Desci minha mão entre nós e cheguei desejosa de sua vulva molhada e ávida de meu amor. Toquei seu clitóris delicioso e intumescido. Ah! Meu êxtase! Minha loucura senti-lo assim!

-Isssssss! Cléo… Cléo!

Sua voz reverberava em meu ventre. Comprimi minhas pernas ante a dor prazerosa ao escuta-la entregue.

— Sophia…

Peguei o “dildo” que havia deixado ao lado e levei-o até sua mão.

— Brinca com ele em mim…

Fiz com que ela segurasse e levei sua mão até a minha entrada.

— Uhummm! Cléo…

Eu estava enlouquecida e ela, não conseguia pronunciar mais nada a não ser meu nome. Eu pressionava sua entrada com meus dedos… minha mão… e me movia contra o “dildo” que ela agarrava ainda insegura.

— Vai Sophia roça… mexe gostoso.

Sophia me segurou e inverteu nossas posições. Derrubou-me sobre a cama, me beijou ofegante e perguntou ousada.

— Você tem uma cinta?

— Na gaveta…

Abriu a gaveta afoita e o pegou.

— Me ajuda.

Estávamos cegas e desarvoradas tentando colocar o “strap” no dildo e prendê-lo nela. Quando o colocamos, ela estava de joelhos sobre a cama entre as minhas pernas. Sem aviso, ela segurou minha nuca e arrebatou um beijo apaixonado. Voltamos a nos acariciar e ela beijou meus seios, meu dorso, meu abdômen até chegar a minha virilha. Beijou minhas pernas próxima a minha vulva e depois cobriu-a com beijos miúdos. Sua língua deslizou desde meu núcleo até a minha entrada. Pressionou-a forçando em movimentos na intenção de penetrar. A sensação de sua língua se apertando contra a minha abertura era delirante!

Eu estava novamente muito molhada e ela igualmente excitada. Eu queria que usasse em mim e ela não sabia como fazê-lo, mas vi que a sua vontade era louca. Isto me deixava mais estimulada.

— Vem. Vem devagar…

A minha voz embargada fez com que ela segurasse o artefato e colocasse em minha entrada. Olhou-me temerosa, mas vi o brilho por trás desse olhar. Céus! Eu queria. Com ela, eu queria tudo e muito!

— Vem Sophia. Por favor, vem agora.

— Iss, Cléo. Eu…

— Não pensa, vem para mim.

Ela apertou seu quadril de encontro ao meu. O dildo resvalou para dentro devagar. Senti acomodar e eu olhava para o corpo dela. Corpo este que amava.

— Isso! Mexe…

Quando ela começou a entrar em mim e mover cadenciado, deixei meus olhos observarem seus movimentos. A sensação era gostosa demais. Ela ofegava e eu não tinha mais qualquer controle de minha fala e de meu corpo.

— Vai Sophia. Bota… iss mexe, vai… assim. Gostoso…

— Ah! Cléo! “Me sente” entrando…

— Mmm… Sophia… Delícia…

Essa mulher era magnífica. Sabia exatamente como fazer, ou melhor, percebia tudo em mim. Percebia meu desejo e minhas dificuldades. Eu estava muito excitada, mas não estava chegando ao orgasmo. Colocou seu polegar em meu clitóris friccionando,

 enquanto me penetrava. Alucinei!

— Isso Sophia! Vem gostoso… Mais rápido… Isso amor, vem!

— Isso Cléo! Goza para mim… Goza gostoso!

 O orgasmo veio forte. Desabei.

Ela deslizou para o meu lado e desprendeu a cinta soltando de seu corpo. Cobriu imediatamente seu sexo com a mão e movia forte gemendo. Eu não tinha forças, mas vê-la se masturbando me deixou louca novamente. Fiquei ali observando embevecida. Crescia em mim um frisson sem precedentes.  Ela gemeu em seu deleite e apertou sua mão entre as pernas chegando ao seu clímax e meu prazer aumentou assustadoramente com esta visão. Fui egoísta e não a deixei relaxar. Posicionei-me sobre sua cabeça, oferecendo meu sexo a sua boca. Ela não hesitou. Deslizou sua língua entre minhas dobras úmidas atiçando meu bulbo tumefeito e burilando habilidosamente. Não conseguia racionalizar nada. Só sentia. Sua língua era atrevida e sua boca calorosa. O barulho de sua respiração apressada fazia com que eu fervesse e nada mais escutasse naquele quarto. Apenas o som do nosso amor e as ondas do mar quebrando ao fundo.

— Por favor, Sophia… Mais… Mais forte! Aaahhhh!!!

Meu corpo se contraiu e deixei soltar através de minha garganta toda minha emoção.

……………..

Abri meus olhos e estava abraçada a Sophia, com minha cabeça sobre seu ombro, que ela acariciava displicente. Seus olhos estavam cerrados e um leve sorriso bordava seus lábios. Beijei-a, fechei meus olhos e adormeci.

……………..

Chegamos ao aeroporto Hercílio Luz às 13:00h. Meus pais estavam esperando no desembarque e custei a falar com eles pelo celular. Esqueci-me de falar que não chegaríamos num voo comercial. Essa era minha vida neste momento. Sem locais públicos por enquanto. Avisei que estávamos esperando por eles no estacionamento. Eles foram nos encontrar. Deus, como estava com saudade deles. Quando os vi se aproximando, saí do carro e fui direto para os braços deles. Deixei Sophia no vácuo e me desculparia mais tarde, mas nada como o colo de minha mãe depois de dias tão tensos.

— Oi minha filha! Que saudades!

— Ô, Mãe! Morrendo de saudades de vocês também!

Soltei dos braços de minha mãe e abracei forte meu pai também. Ele como sempre, me beijou na testa. Era um gesto que fazia desde criança e eu adorava. Era uma marca registrada sua.

— E aí minha filha? Cadê a sua amiga?

Sophia vinha logo atrás. Independente de sua vergonha e de seu constrangimento, ela era uma mulher com uma educação impar.

— Estou aqui senhor Luiz.

Ela estendeu a mão para meu pai e de repente a vi com a postura da diretora. Aquela postura imponente que sempre vi enquanto trabalhávamos na Grasoil. Não arrogante. Imponente mesmo. Ri internamente, pois era o tipo de atitude que ela assumia quando queria se proteger de algo. Atitude esta que quem não a conhecesse, nem sequer perceberia. Acharia que ela era sempre assim.

— Como vai o senhor?

— Bem, minha filha. – Meu pai se virou para mim. – Mas que mulher mais linda! – Tocou meu braço. – Mandou bem einh, Cléo!

Gargalhei, pois meu pai era um gozador nato. Não perdia uma oportunidade de sacanear alguém. Apenas me preocupava se ele ainda estava sentido com a minha recente mudança de vida. Mas nesta hora, vi que as coisas já haviam sido muito conversadas com a minha mãe. Esta, mais sensata, porém, uma mulher de bem com a vida.

— Luiz! “Para” de constranger a menina!

Minha mãe se virou para Sophia e a abraçou sem aviso. Gargalhei novamente, pois a cara da Sophia estava “impagável” de tão vermelha de constrangimento.

— Seja bem vida, Sophia. Pode deixar que não irei deixar esse velho perturbar a sua paz enquanto estiver aqui.

Sophia relaxou um pouco e devolveu o abraço à minha mãe.

— Obrigada, dona Hanna…

— Shhii. Sem Dona, apenas Hanna.

— Obrigada Hanna, mas acho que o senhor Luiz me elogiou. Pelo menos entendi como elogio…

— Vai dando asas para esse velho que daqui a dois dias já vai querer sair correndo daqui.

Esse momento para mim foi tudo. Sabia que meus pais eram pessoas maleáveis, mas eles beiravam os 67 anos e sabe como é. Não deve ser fácil aceitar seus filhos em uma condição sexual socialmente nada convencional. Eu tinha uma família de ouro. Sentir que eles me amavam incondicionalmente me fortaleceu para encarar tudo. Isto fez uma enorme diferença para mim.

— Mãe, tô morta de fome e louca para comer aquele peixe assado que a senhora prometeu.

— Vamos. Nosso carro está ali e vocês podem seguir a gente.

— Pai, eu sei onde é a casa. Esqueceu que moram aqui há três anos?

— Eu não esqueci, mas parece que você sim. Há quase um que não vem nos visitar!

— Vamos Sophia, que agora vai começar a ladainha e as reclamações. – Virei-me para meu pai. – E vocês esqueceram que um dia moraram no Rio e esqueceram que a filha de vocês mora lá. Depois que mudaram, nunca voltaram para me visitar.

Já caminhava com Sophia a tiracolo, pois sabia que receberia uma resposta. Eu estava rindo.

— E você anda muito mal criada. Sophia, veja se você ensina alguma educação para essa menina, pois parece que ela perdeu quando ficou longe da gente. – falava em tom de falsa indignação e eu sorria. – E Cléo. Segue o exemplo da sua amiga que parece muito bem educada.

— Minha noiva, pai.

Gritei. Se fosse para dar a notícia que fosse logo e no choque. Sophia retardou brevemente o passo e senti sua respiração suspender momentaneamente também. Meu pai ficou mudo por uns instantes e depois…

— Pois para mim não é, até ela vir falar comigo. Tenho cabeça boa, mas para algumas coisas ainda sou conservador! — Gritou de lá.

Eu e Sophia nos olhamos e eu sorri para ela. Essa era a comprovação de que as coisas estavam encaixadas na cabeça de meus pais. Mas eu me surpreendi com a reação de Sophia.

— Pode deixar seu Luiz, que o farei e formalmente. Aceitam jantar conosco hoje à noite?



Notas:



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