DESOBEDIÊNCIA

Oi, meninas, tudo certo? Peço desculpas pelo sumiço, mas semana passada eu não queria fazer um post por fazer. Queria escrever algo que eu achasse realmente interessante. Então, vamos ao filme:

Desobediência é uma co-produção Inglaterra/Irlanda/Estados Unidos, 2018, dirigido por Sebastian Lelio, chileno que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro este ano, com uma personagem principal transsexual. Fantástico, do meu ponto de vista.

Rachel Weiss, além de atriz principal, é também produtora e responsável pelo convite ao diretor. O longa é inspirado na obra de  Naomi Alderman, e o site Adorocinema.com tem a seguinte sinopse: “A fotógrafa Ronit (Rachel Weisz) retorna para a cidade natal pela primeira vez em muitos anos em virtude da morte do pai, um respeitado rabino. Seu afastamento foi bastante abrupto e o reaparecimento é visto com desconfiança na comunidade, mas ela acaba acolhida por um amigo de infância, Dovid, (Alessandro Nivola), para sua surpresa atualmente casado sua paixão de juventude, Esti (Rachel McAdams).”

Eu tenho o hábito de ler algumas críticas antes de escrever aqui. Justamente pra me fazerem refletir sobre eventuais pontos que eu não tenha pensado. Achei que a crítica do site acima citado foi real, no sentido de falar do cinza e do preto nas cenas, para retratar a opressão. Dá para sentir isso.

Por outro lado, o filme discute a religião ortodoxa, os tempos modernos, o que não cabe como comportamento dentro desta crença, e por fim, a liberdade de escolha.

Eu não esperava o que aconteceu no fim do filme. Não queria que fosse um clichê, com final feliz ou não. E a solução encontrada foi, ao meu ver, a mais real possível: nada foi mágico, foram escolhas de todos ali, prezando o que conseguiriam lidar, o que desejavam para si, para seu futuro.

A discussão do longa passa realmente pela liberdade do ser humano em ser desobediente às regras impostas. E igualmente pela liberdade de se reinventar mediante as situações que lhe aparecem durante o caminho. Fiquei feliz por ter assistido, de verdade! Acho que faz um tempo que não assisto um filme lésbico com um roteiro tão bem trabalhado. Infelizmente, isto ainda é válido para todas as artes: histórias que nos retratem com profundidade, passando do básico da descoberta, da historinha de amor ou das cenas de sexo, que mais parecem feitas para homens do que para nós.

Falando nisso, filme tem cenas de sexo? Sim. Nada do outro mundo, não saí do cinema com tesão. Rrrsss…

De qualquer forma, atuação fantástica do trio de atores principais!

Em algumas salas o longa ainda está sendo exibido. Por aqui, foi no Cinépolis. Procurem locais que têm por hábito exibir filmes de arte. Vamos encher as salas, gente! Quem sabe assim começam a passar “nossos filmes” e em mais horários, ou pelo menos em outros melhores!

Olha o trailer aí pra vocês: 

 

Bem, espero que tenham gostado da dica e que assistam! Abraços e boa semana a todas!

O que achou deste texto?

Leave a reply

© 2015- 2018 Copyright Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem a expressa autorização do autor.