As Minas Do Hóquei

Texto: Carolina Bivard

É mais uma série Netflix de adolescente, todavia, não se engane. É divertida, além de ser um cenário diferente do americano. A série é ehola e para quem não gosta da língua e legendas, ela é dublada. Apesar do time de Hóquei ser o objeto primário da série, ela gira em torno da vida e amores das jogadores, da vida familiar e conflitos amorosos de pais, diretor de clube, treinadores.

Procure não ver com olhar adulto, pois ela é bem leve e juvenil, porém o interessante dela, é mostrar uma sociedade – ela é passada numa cidade da Catalunha, Eha – aberta, livre de preconceitos em relação a orientação sexual e a etnias. Poderemos observar isto na naturalidade com que os jovens encaram três meninas do time que são lésbicas. Quando digo jovens, me refiro ao próprio time e, também, todos os amigos ao redor.

Podemos ver também, a rivalidade entre os sexos masculino e feminino em pessoas mais velhas; uma pessoa mais velha especificamente. Entretanto, ao longo da série, ela trata de assuntos como o aborto, gordofobia, pessoas com dificuldade cognitiva, assédio sexual pela internet, de forma simples, assertiva e brejeira. Sem dramalhões e com atuação precisa da lei. Um exemplo prático é o assédio.  O drama da garota envolvida é o medo e a solução do problema foi bastante simples. Não darei muitos detalhes.

Quanto as cenas de lésbicas, podem apostar, elas existem. Assim como cenas entre heterossexuais. Tudo tratado na maior naturalidade, da forma como deveria ser na sociedade.

Como disse antes, está na Netflix com o nome “As minas do Hóquei” e é uma série sem pretensões maiores. Espero que se divirtam.