FESTA JUNINA – POST 1 – DOCES

Olá moças, boa noite. Tudo bem? Espero que sim.

Como acabamos a série Churrasco e me parece que gostaram dessa história das postagens terem algum tipo de continuidade. Então como entramos em junho, resolvi fazer uma série sobre as Festas Juninas e suas comidas.

De acordo com minha querida amiga e historiadora, Nainora Freitas: “Inicialmente elas foram organizadas para festejar o santo padroeiro das localidades e serviam de lazer, ponto de encontro e troca de informações”.

Ela ainda diz que “Em Portugal nos dias atuais até mesmo nas grandes cidades como Lisboa (Santo Antônio), Porto (São João) e Sintra (São Pedro), dentre outras cidades, nas vilas e aldeias a comemoração atrai grande número de pessoas, o jeito de festejar é diferente e começa com a comida.  As pessoas assam sardinhas e chouriços na porta de suas casas e as enfeitam, principalmente na mais popular delas, que é celebrada em todo o país a de Santo Antônio. Enfeites com o santo também são colocados nas casas e são vistos por toda a parte. A festa trazida desta maneira pelos portugueses ficou conhecida no Brasil com o nome de festa junina por ser no mês de celebração dos santos Antônio (13), João (24) e Pedro (29) e se estende por outros meses principalmente no mês de julho. Conhecidas como quermesses juninas espalharam pelo território e hoje ganha as ruas e locais próprios por todos o país mudando de acordo com a região”.

Então, tá aí um pouco da forma como esta festa chegou aqui pra gente. Ao que me recordo, essas comemorações começaram a ganhar notoriedade no nordeste, e hoje são bastante sofisticadas por todos os lados. Muitas vezes são organizadas por grupos da Igreja Católica, devido aos santos acima citados, e são usadas inclusive, para angariar fundos para alguma causa.

Um dos pontos que mais atrai as pessoas é a comida! E hoje vou deixar aqui algumas receitas doces, focadas no uso do milho, que é fácil de achar por agora, tanto fresco quanto seco, através de seus subprodutos, como o fubá. Vamos parar de enrolação!

CURAU DE MILHO VERDE

Ingredientes

02 espigas de milho

250 ml de leite

80g de açúcar refinado

Canela em pó a gosto para polvilhar

Modo de preparo: Descarte a palha, o cabelo e lave bem as espigas de milho. Em uma tábua apoie a espiga de milho de pé e com uma faca corte os grãos de milho para debulhar. No liquidificador, bata o milho com o leite até triturar totalmente. Peneire bem e descarte o bagaço. Misture o açúcar, leve ao fogo médio e mexa com o fouet (batedor de arame) até começar a ferver. Abaixe o fogo e continue mexendo por mais 5 minutos, até formar um creme grosso. Coloque em uma travessa ou em copinhos e leve para a geladeira. Deixe esfriar e sirva polvilhado com canela em pó.

P.S.: Aproveite o bagaço para colocar no recheio de uma torda de liquidificador, ou numa carne moída refogada. Tem bastante fibras, que são ótimas para nosso corpo.

 

BOLO DE FUBÁ, QUEIJO E COCO

Ingredientes

100g fubá

100g açúcar

12g fermento químico

02 ovos

250ml leite

50g manteiga

50g coco

50g queijo meia cura ou parmesão ralado

Modo de preparo: Colocar a manteiga e o leite para ferver. Misturar os outros ingredientes em uma bacia, com uma colher ou um fouet. Escaldar com a mistura de leite e manteiga, aos poucos, e misturar bem. Untar a forma com manteiga ou margarina, polvilhar com fubá e assar em forno pré-aquecido por 180ºC até que o palito saia limpo (cerca de 40 minutos).

P.S.: Minha sogra serve com goiabada mole. É uma PERDIÇÃO!!!

 

CANJICADA

Ingredientes

500g milho para canjica (branco)

01 vidro de leite de coco (200ml)

01 lata de leite condensado

02 litros de leite

05 paçoquinhas de amendoim (dessas de rolha ou quadradas, prontas)

01 pau de canela

05 cravos

Açúcar a gosto (eu coloco uns 100g)

Canela em pó para polvilhar – opcional

Modo de preparo: cozinhar a canjica em uma panela de pressão, com água, por 30 minutos ou o suficiente para que fique macia. Quando destampar, cheque se o fundo não estão grudando. Se estiver, passe para outra panela e adicione o leite de coco, o leite condensado, o leite, a canela, o cravo e o açúcar deixe ferver em fogo alto. Mexa eventualmente, para não grudar no fundo e queimar. Após uns 20 minutos de fervura, veja a textura, não pode estar com caldo ralo, mas também não pode estar grosso demais. Prove e veja se precisa de mais açúcar, se o sabor das especiarias já está presente. Se você achar que não tem gosto de nada, deixe cozinhar mais uns 10/15 minutos. Quando estiver com o sabor bacana, esfarele as paçoquinhas e misture. Sirva quente ou fria, e se desejar, polvilhe com canela em pó.

P.S. 1: Quando for colocar açúcar no começo, cuidado, pois o último ingrediente, paçoquinha, é bem doce, e pode tornar sua preparação enjoativa.

P.S.2: Algumas pessoas chamam este preparo de Mungunzá, no entanto esta preparação é tradicional e um pouco diferente, não leva leite condensado, e nem paçoquinha.

Bem, meninas, é isso! Espero que tenham gostado das receitas juninas. Aproveitem e me contem sobre o que tem nas festas das regiões de vocês! No próximo post vou falar dos caldos, para nos aquecerem neste quase inverno.

Abraços a todas e boa semana! Não se esqueçam: se puderem, fiquem em casa!

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2 Responses to FESTA JUNINA – POST 1 – DOCES

  1. Oi, Naty!
    Gostei demais do novo post, até porque, em tempos de pandemia a gente vai ter que comer essas coisas gostosas em casa, pelo menos para quem está em cidades com muita contaminação. Saber preparar essas coisa e comer, pelo menos mata um pouco a vontade.
    No norte da Espanha também comemoram muito os dias de santos desta época. Meu pai ia ano sim, ano não, visitar a família nessa data, porque amava ir a essas festividades de rua.
    Em Niterói, esse ano estão suspensas as festas que são tradicionais, mas todo ano sempre ia a alguma. Aqui os doces com coco e amendoim e milho são de lei. Também tem muita barraca de caldos, como de ervilha e caldo verde. Outra coisa que costumamos encontrar por aqui é o angu e aí, o pessoal faz o angu com molhos distintos, como molho de carne moída, molho de miúdos de frango, molho de miúdos de porco. De bebida aparece o quentão, mas esse não encaro, não. rsrs Ele esquenta tudo mesmo. Do fio de cabelo até a ponta do pé, mas tem amigos meus que gostam. rsrs Enfim, é tanta coisa.

    Parabéns pela nova série, Naty! Muito bem sacada!
    Beijão.

    • Carol, primeiramente, obrigada pelo comentário!
      Que bacana saber dessas festas no norte da Espanha! Realmente, são muito católicos, pelo que pude perceber em algumas viagens ao país.
      E que legal esses costumes aí de Niterói. Alguns são bem diferentes dos que temos aqui e em MG. Me fez pensar em um post só sobre as bebidas, com quentão e vinho quente, pelo menos. Rrrsss…
      Abraços e boa semana!

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