Caminhos em Dias de Luz>
Texto: Carolina Bivard>
Revisão: Nefer>
Ilustração: Táttah Nascimento>
Capítulo 17 – Tomando Atitudes>
Almoçaram; e a tarde passou rapidamente, com Alesha e Naomi fazendo o levantamento dos arquivos do RH. A noite chegou e fizeram como o combinado para as trocas de carro. Elas chegaram ao hotel; na verdade, motel. Laura retirou uma pequena mala do bagageiro do carro, levando-a para o quarto.>
— Um motel? Muito esperta…>
Laura olhou Alesha um tanto quanto envergonhada. Sentia-se oprimida e vacilante em relação ao que iria fazer. Sua vida toda fora controlada e estava tomando atitudes que pareciam seguras, mas, por dentro, estava travando uma verdadeira batalha para seguir adiante. Era muito firme em sua vida profissional, posicionamento adquirido ao longo de sua estada nas empresas em que prestara serviços na época de estagiária; mas sua vida pessoal sempre fora sem nexo, ditada pelas vontades do pai. >
Aproximou-se lentamente de Alesha e a abraçou, se encolhendo em seus braços.>
— O que foi?>
Alesha estranhou a atitude, mas a envolveu completamente em seu abraço. Deixou que Laura se acomodasse e permaneceu em silêncio, durante um tempo. Tempo este que deu à Alesha a percepção do quanto ela gostaria que essa pequena e delicada criatura estivesse livre de todos os pesares que a invadia e que, sutilmente, sem qualquer palavra, deixou que Alesha a sentisse, entendesse e a amasse sem qualquer palavra pronunciada em voz alta. Era uma comunhão de almas em que os sentimentos que as envolvia, as completava.>
— E aí, baixinha? Vai me contar o seu grande plano?>
Alesha falava baixo para deixar que Laura continuasse confortável. A loirinha sorriu, pois sabia que ela adorava implicar com sua altura, se divertia com isso. Em tão pouco tempo e um sentimento enorme crescendo. Desaninhou a cabeça que se encontrava segura e confortavelmente apoiada entre o ombro e o pescoço de Alesha. Olhou-a apaixonadamente, e simplesmente sorriu.>
— Você não pode deixar passar, né?>
— O quê?>
— Deixa de ser cínica! Você falou novamente da minha altura.>
— Eu?! Eu só chamei minha namorada carinhosamente pelo apelido que eu mais gosto!>
Alesha fez cara de incompreendida, fazendo Laura rir novamente.>
— OK, grandalhona! Vamos pedir algo para jantar e conversaremos.>
Laura falava, enquanto se desvencilhava dos braços de Alesha para pegar o telefone e ligar para a recepção.>
— Eu, grandalhona? Isso é um absurdo! Minha altura é compatível…>
— …Com atletas de basquete. O que você quer comer?>
— Não me provoca, baixinha, que eu te pego.>
Alesha ameaçou correr atrás de Laura para jogá-la sobre a cama. Laura colocou o fone de volta no gancho e correu, mas ficou encurralada entre a parede e a cabeceira da cama, rindo e ameaçando pular para o outro lado.>
— Alesha, para, por favor. Não é hora de brincar.>
Enquanto Laura falava, Alesha se aproximava com as mãos em posição de ataque, deixando transparecer em seu rosto um que de desafio e divertimento. Laura já se precipitava por cima da cama, sem parar de rir e sem deixar de pedir a Alesha que parasse de persegui-la. A morena segurou-a pelo quadril, puxou-a e jogou-a de bruços no colchão. Logo, em seguida, prendeu os braços de Laura nas costas e se posicionou sentada em seus glúteos.>
— E agora, baixinha? O que você vai fazer?>
Alesha falava em seu ouvido, segurando-a para que não se movesse. Laura sentiu um arrepio percorrer sua coluna e seu coração acelerar. O riso ia serenando ao passo que sentia a respiração de Alesha acariciar seu ouvido e sentia também o corpo da mulher maior sobre si.>
Laura falou pausadamente e inspirando fundo para se controlar da excitação que o hálito fresco da morena provocava em seu corpo.>
— Viu como você é grandalhona? Com você em cima de mim, nem consigo me mexer…>
— Pois eu vou ter que mostrar para você como minha altura é bem normal, principalmente fazendo amor…>
Alesha largou os braços de Laura, se posicionando completamente sobre ela, movendo sua pelve sobre seus glúteos, começou a acariciar sua cintura e beijar seu pescoço e nuca. Segurou o lóbulo da orelha de Laura com os dentes, sugando-o.>
— AH!>
Laura já se movia para sentir todo o corpo da morena em contato com o seu. Alesha se apoiou sobre os glúteos de Laura novamente para facilitar a retirada da blusa e, em um movimento contínuo, começou a beijar a extensão das costas da loirinha.>
— Alesha…>
A voz de Laura saia abafada e rouca. Quando Alesha chegou novamente em seu pescoço, perguntou languidamente.>
— Ainda sou muito grande para você?>
— Não…>
A voz de Laura saia em um sussurro débil.>
— Você é exatamente na medida para o meu corpo…>
— Bom… Muito boa resposta. Por isso, vou deixar meu corpo mostrar a você o quanto ele precisa de seu corpo para se sentir na medida certa…>
Com beijos leves, ao longo do corpo de Laura, Alesha foi retirando cada peça de roupa que a impedia de senti-la por inteiro.>
— Eu quero te amar, Laura. Eu quero amar cada pedacinho do seu corpo, cada suspiro e cada gemido, cada som e cada gesto seu…>
À medida que Alesha falava, Laura arfava e perdia mais sua alma nas mãos hábeis que acariciavam sua pele, acendendo o fogo em suas entranhas.>
— Alesha, me deixa virar… Me deixa beijar sua boca… Me deixa sentir seu gosto…>
Não era um pedido, era uma súplica desesperada e ansiosa. Alesha se afastou, só o suficiente para Laura virar-se de frente e antes que Laura a beijasse, os olhos de ambas se encontraram em um misto de desejo, amor e cumplicidade. >
Laura pousou seus lábios, suavemente delineando a boca da morena com os seus, mordiscou levemente o lábio inferior de Alesha fazendo a morena gemer profundamente. Introduziu suavemente sua língua e deliciou-se com o sabor doce e macio de seu beijo. Seus corpos estavam inflamados e dançavam em uníssono, sentindo o toque da pele de cada uma. Seus seios em contato produziam descargas e enrijeciam a cada roçar, a cada conexão dos mamilos na outra.>
Alesha segurou Laura pela cintura invertendo suas posições colocando Laura estendida sobre seu corpo. Desceu sua mão acariciando seus flancos, sem deixar que o beijo se desfizesse. Alcançou o núcleo úmido e rígido, extraindo um gemido rouco do peito de sua mulher. Sim, Laura era a mulher que definitivamente ela queria que estivesse consigo pelo resto da vida.>
— Hum! Alesha…>
O nome pronunciado como se uma dor de prazer trouxesse à carga todas as emoções contidas dentro de Laura, fizeram Alesha perder todo o controle que ainda existia para prolongar o ato de amor, levando-a a penetrá-la de uma só vez. Laura arqueou o corpo, respondendo a sensação de pura luxúria que experimentava. Posicionou-se, cavalgando sobre os dedos de Alesha desesperadamente, na tentativa de liberar seu corpo para o infinito prazer que prometia não tardar.>
Alesha olhou o corpo que se movimentava sobre ela com paixão e uma grande descarga transpassou seu corpo, quando ouviu Laura suplicar…>
— Mais, Alesha. Mais, por favor…>
Alesha insanamente introduziu três dedos, urrando em seu próprio prazer.>
— Mmm! Laura… você está me deixando louca! Ah!>
–Eu te amo, Alesha!>
Laura gritou seu gozo, estremecendo sobre o corpo de Alesha.>
— Laura… Laura…>
Alesha estava alucinada com a forma que o corpo de Laura respondeu ao seu amor.>
— Abra-se para mim… Quero sentir seu líquido derramando sobre mim.>
Alesha abriu suas pernas para receber a pelve de Laura ainda ondulante pelo orgasmo. Puxou-a para deixar seu centro em contato com o de Laura e sentiu seu líquido escorrer sob o corpo em movimento. Comprimiu-se mais, a levando ao ápice de seu prazer. Estava mais que preparada e gozou longamente. >
Ainda ofegantes se abraçaram para acalmar seus corpos e receber o conforto do êxtase da outra. Após algum tempo, Laura suspirou e deixou um bocado de ar sair de seus pulmões.>
— Que foi, pequena?>
— Deus! Não consigo saber até agora o que passou por cima de mim!>
Laura falava ainda abraçada a Alesha, com os olhos fechados e um sorriso sutil em seus lábios. A morena olhava-a abraçada a si e acariciava suas costas. Também sorria.>
— Será que foi o furacão Alesha?>
Laura abriu mais seu sorriso, mas se negava a abrir os olhos e abandonar a sensação de aconchego e segurança que os braços de Alesha lhe proporcionavam.>
— Não.>
— Não?!>
— Não. Foi o furacão amor!>
— Como eu disse! Furacão Alesha. Sabia que esses nomes são sinônimos? Furacão Alesha e furacão amor é a mesma coisa para você.>
Laura desaninhou a cabeça de seu recanto no ombro de Alesha e a olhou com incredulidade.>
— O quê?>
O rosto de Alesha demonstrava cinismo.>
— Sabia que você é muito convencida?>
Alesha beijou a testa de Laura e trouxe sua cabeça de volta para que se recostasse novamente em seu ombro.>
— A verdade, minha baixinha, é que você é quem, realmente, é o furacão. Você chegou à minha vida sem avisar e arrastou meu coração com você. Mas…>
— Mas?>
— Mas eu realmente agradeço aos céus por isso. Eu estava em uma nuvem desde…>
— Desde?>
— Não importa. O fato é que eu não tinha mais ânimo para nada. Tudo parecia muito cinza em minha vida e agora…>
Alesha inspirou fundo e Laura apenas a deixou que continuasse a falar em seu tempo.>
— Agora parece que minha alma está clara, parece que o mundo se tornou colorido e vivo. Tudo porque te encontrei.>
Uma lágrima escorria pelas faces da morena em um sentimento de plenitude. Laura estava muito emocionada e segurou o rosto de Alesha entre suas mãos. >
Depositou o beijo mais terno que pode extrair de dentro de si nos lábios da morena como se fosse um sopro, um acariciar de almas. Alesha acolheu o beijo e mais uma lágrima silenciosa escorreu de seus olhos. Desfez o contato um pouco constrangida e levantou-se, já perguntando o que a outra queria comer, enxugando disfarçadamente o rosto. Laura começava a entender que Alesha não era muito afeita a demonstrações emocionais. Parecia que a morena se sentia fragilizada com essas manifestações.>
— Veja o que tem no cardápio e eu vou te contar o que vou fazer na cidade de meus avós.>
— Começa a contar.>
— Para começar, nasci lá e fui registrada em um pequeno cartório na cidade. Meus avós também fizeram com minha mãe o acordo pré-nupcial que regulamenta toda a herança de minha mãe ,consequentemente, a minha. Como te disse, eu pretendo levar daqui por diante só o nome de família de minha mãe.>
— Hum, entendo. Você não só quer quebrar o vínculo de nome com seu pai, como também quer tomar para si as rédeas da parte que te cabe dos negócios de sua família.>
— Sim, e não. Sim, porque quero me desvincular do nome de meu pai e assim posso requerer a herança, mas não quero tirar, exatamente, os negócios da mão dele. O fato é que eu só vou me livrar do jugo pernicioso de meu pai, no dia em que eu medir forças com ele, quando ele for obrigado a recorrer a mim para tomar qualquer decisão na empresa.>
— Espere aí. Se bem estou entendendo, isso é a mesma coisa que eu falei. Você quer tomar a parte que te cabe nos negócios da sua família.>
— Sim. Mas não exatamente da administração direta, apenas das decisões da direção.>
— Certo. Você não quer estar ativamente na empresa, mas quer estar em todas as reuniões de direção e que seu voto tenha peso de decisão. Acho que seu pai não vai gostar nada disso… Você quer assumir sua parte enquanto acionista, isso significa que ele vai perder a maioridade de ações das empresas; e aí ele vai precisar de seu voto para as decisões de diretoria.>
— É isso. Vai precisar que eu esteja de acordo com suas decisões, para continuar com a supremacia na empresa. Só assim ele vai me respeitar.>
— Você não acha que ele vai aceitar assim tão fácil, não é?>
— Quando eu tiver com a minha herança nas mãos, ele não vai ter outra opção.>
Alesha estava sentindo um desconforto na nuca, quase uma sensação de que algo não iria sair bem. >
Nota: Essa semana Caminhos chegou mais cedo. Espero que tenham gostado. Beijos>
Bom diaaaaaa Carol!
Como sempre você nos envolvendo em suas histórias emocionantes, só acho que não vai ser tão fácil como a Laura está pensando para tomar posse da herança, o pai já demonstrou que não tem caráter, e quando ele
Descobrir o relacionamento de Laura com uma Mulher, vai fazer de tudo para prejudica-la mais ainda, ansiosa pelo próximo capítulo.??
Bom dia, Gilssara!
Obrigada, e acho que está correta na suposição. O pai dela não vai dar esse mole que Laura está imaginando. Ele é milionário e tem muitos recursos, alem de conhecimento em diversos meios. Enfim. Hoje veremos mais um pouquinho. Daqui a pouco, entra o próximo.
Um beijão pra você!
Caramba! A sensação de Alesha é a mesma que a minha! Este traste que se diz pai não vai dar mole. Tô doida pra ver como vc vai desenrolar tudo isso. Afff
Oi, Ione!
Então, a sensação de Alesha e a sua estão corretas. rs Laura que é uma crédula com relação à vida pessoal. Esperta no profissional, mas no pessoal…
Vamos ver ainda hoje o que vai acontecer. rs
Um beijão e obrigada!
Well…
Laura já levou tanto na cara q eu não sei como ela ainda não aprendeu?
As atitudes dela beiram a inocência, eu q to lendo já sei q o pai dela
não vale nada e por ela não carrega nem um sentimento.
Ok, veremos onde isso vai dar…
Carol, tá bom D+++
Bjs
Oi, Nádia!
Então, acho que você pegou a essência da Laura. Apesar dela ser esperta profissionalmente, na vida pessoal ela é realmente uma garota com uma inocência até boba, porque no fundo, não é uma pessoa má e não acredita que alguém possa ser tão manipulador.
Enfim, vamos ver o que o papi dela fará. rs
Um beijão!
Carol,
Como sempre foi sensacional! Adorei o capítulo e o momento delas!!
Eita, esse jogo n tá me cheirando bem, Alesha tem toda a razão..Que começe a batalha!!!!! Uhuuuuuu
E acho q vem a parte q amoo, q é a q lembro! Kkkkk. Falta uns caps ainda!!
Beijos no seu lindo coração e vibrando amor e força pra vc!!!
Se cuidem!!!
Oi, Lailicha!
Então, acho que agora vem mesmo a parte de que gosta. rs Tenho certeza, pois você gosta de drama e de ação. he he he
Obrigada pela força que tem me dado. Daqui a pouquinho entra o novo capítulo.
Beijão