Caminhos em Dias de Luz
Texto: Carolina Bivard
Revisão: Nefer
Ilustração: Táttah Nascimento
Capítulo 3 — Os pais amam incondicionalmente?
Era sexta-feira e Alesha resolveu ir à mesma boate onde encontrara Laura, uma semana antes. Chegou cedo, novamente, para pegar uma mesa perto do bar e de frente para a entrada. Tinha uma visão privilegiada. Conseguia ver todas as pessoas que entravam, circulavam, mas, ao mesmo tempo, a mesa ficava discreta em um canto no fundo do bar, sem deixar muito para a visão dos frequentadores. Começou a beber seu “gim fizz” e recusava olhares de mulheres mais atentas. A boate encheu e Alesha já estava em seu quarto drink. Era uma bebida relativamente leve e seus sentidos estavam apenas começando a amortecer. Uma angústia irritante começou a rondar seu peito, começava a ficar impaciente. Pediu o quinto drink.
“O que eu estou esperando? Que Laura apareça? É, amiga… acho que você não agradou muito a loirinha”…
Lá pelas três horas da madrugada estava entorpecida pelo seu sexto copo e a irritação de estar sentada, esperando algo que seria improvável a dominou. Resolveu relembrar seus tempos de faculdade e se divertir um pouco. Levantou-se e foi para a pista dançar e ver alguém que poderia estar no mesmo clima que ela, para aplacar sua vontade.
Era alta, tinha um corpo curvilíneo e moldado pela atividade física de anos. Seus movimentos eram sensuais, no entanto sua expressão era forte e dominadora. Tinha posto uma calça preta justa e sandálias de salto fino, mas não muito altas. A blusa de seda negra solta e caindo por um de seus ombros compunham o resto de seu visual que chamavam atenção por toda a pista.
Quando percebia alguém que se aproximava, olhava-a e avaliava se a interessava ou não, porém se virava dançando naturalmente para não dar espaço para quem não chamasse sua atenção. Várias músicas já haviam sido tocadas e, em determinado momento, uma garota loira de cabelos curtos e corpo mignon, dançava só e com os olhos fechados em um dos cantos da pista. Aos poucos, foi se aproximando para vê-la melhor.
A garota era bonita, mas não tinha um décimo do charme de sua loirinha. “Minha loirinha?” Riu, mentalmente, para o absurdo de seus pensamentos. Continuou dançando próxima e notou que a maquiagem era mais carregada do que realmente gostava em uma mulher. Mas a garota não deixava de ser interessante. Chegou por trás e colou seu corpo se moldando aos movimentos de dança que a garota fazia. Esta se virou contrariada, porém quando se deparou com a morena dançando e a encarando, abriu um largo sorriso e entrou no ritmo de sua dança, deixando claro que a queria.
Alesha olhou diretamente para seus olhos e a decepção de não encontrar os lindos campos verdes que eram os olhos de Laura quase a dominou. Sacudiu, ligeiramente, a cabeça, a segurou pela cintura e trouxe-a para si, beijando-a sem cerimônias.
“É… A técnica do puxa e beija funciona…” – Pensou Alesha.
A garota colou-se ao corpo de Alesha e retribuía seus beijos, avidamente. Alesha a puxou para um canto e recostou-a na parede, percorrendo seu corpo com as mãos em ânsia. Já estava há muito tempo sem sexo. Sua frustração em relação à Laura mais o álcool ditaram o ritmo de suas ações. Queria aplacar a sua vontade e a decepção de não ter a loirinha de beijos quentes, boca gostosa, corpo aconchegante e sensibilidade inteligente em seus braços. Alguns momentos depois, Alesha sussurrou algo no ouvido da garota que foi prontamente aceito e se encaminharam para a saída da boate.
Pouco tempo depois, uma mulher loira de cabelos curtos e semblante abatido cambaleava para a saída e deixava a mesma boate que fora o palco de sua tristeza.
Alesha levou a garota para um hotel próximo à boate. Seu apartamento nem pensar! Era seu santuário e não admitiria qualquer pessoa lá que não fossem seus amigos próximos. Não sabia o nome da garota e parecia que ela não se importava também com a situação. Talvez assim fosse melhor. Nunca tinha passado por tal situação, pelo menos essa de apenas se beijarem e decidirem ir transar, sem ao menos se apresentarem.
⧫
— Você não pode me impingir mais nada, pai! Eu vou morar sozinha e já decidi. Tenho um emprego e posso me sustentar, além do que tenho a parte da herança de minha mãe…
— Você não tem, não; seus bens estão bloqueados.
— Meus bens, o quê?!
— Não faça drama e fale mais baixo comigo. Eu fiz isso para que você não tomasse atitudes insensatas como essa que está prestes a fazer.
— Eu não estou acreditando no que estou ouvindo! Você realmente me quer prisioneira de suas vontades, não é? E eu ainda te chamo de pai. Você é um louco controlador! Você nem me permitiu retornar quando minha mãe estava doente para vê-la, alegando que ela já estava se restabelecendo!
— E ela estava! — Ele gritou.
— Não, não estava! Você pensa que eu sou burra, muda e surda?
Laura gritou mais alto do que o pai, afrontando-o. Não parou de gritar até que tudo saísse, desafogando seu peito.
— Pensa que não fui falar com seu médico no enterro? Ele me contou que, quando ela teve a última crise, foi justamente quando eu quis vir e você mandou que eu esperasse porque ela estava melhorando, que você achava que eu deveria vê-la quando ela estivesse melhor! Realmente, eu sou burra, pois a idiota aqui, ainda acreditou em você! Ela morreu por sua causa! Ela se suicidou por sua causa!
— Já chega! Sua mãe não se suicidou! Foi um acidente e cale a sua boca, agora!
Laura baixou a cabeça, deixando uma lágrima de angústia e raiva escorrer pelo seu rosto.
— Eu custei a ver quem, realmente, você é. – Neste momento, Laura falava baixo e balançava a cabeça em sinal de incredulidade. — Saber que todas as ações de meu próprio pai são unicamente para mostrar à sociedade o incrível império perfeito do senhor Alcebíades Archiligias, me faz ter vergonha!
Seu pai reagiu, dando-lhe uma bofetada. Laura pousou sua mão sobre o lado do rosto que ardia, incrédula. Sua mãe nunca levantara um dedo sequer para ela. Quando criança, sempre que ralhava com ela por alguma travessura, logo a procurava para lhe explicar por que recebera a bronca ou o castigo. Laura encarou seu pai e falou entredentes num tom baixo, porém ameaçador.
— Nunca mais toque em mim.
Virou-se, saiu do escritório, subindo as escadas. Percorreu os degraus de dois em dois, até chegar a seu quarto. O pai havia esboçado uma reação para segui-la, entretanto estancou, quando Laura transpassou pelo portal do escritório.
Laura chorava, mais pela decepção do que, propriamente, pela dor da bofetada. Parou no meio do quarto, percebendo que nada daquilo ali era realmente seu. Os móveis, a decoração, tudo havia sido escolhido e comprado pelo pai. Sempre alegando que queria o melhor para a filha. Sempre contratando arquitetos e designers famosos para decorar e remodelar os pavimentos da casa e nunca permitindo que colocasse a sua opinião ou modificasse nada, nem mesmo em seu próprio quarto.
— Chega! Não aguento mais! Se ele pensa que só por causa de seu dinheiro e poder vai conseguir me segurar nesse inferno, está muitíssimo enganado. Ele pode bloquear minha herança, pode encerrar minha conta conjunta com ele, mas, pelo menos, esses anos todos fora de casa e essa porcaria de curso em Bristol, devem servir para alguma coisa.
Enquanto Laura esbravejava, tirava suas malas do closet e ia enchendo-as com seus pertences. Quando terminou, olhou em volta e sentou-se na cama com as mãos no rosto e recomeçando o choro. As lágrimas escorriam pela perda da mãe, pela ausência do pai, pela constatação simples de que o pai não a amava; tinha-a como um troféu para mostrar para seus amigos e associados.
Chorava por saber que, aos 18 anos, se casara com um homem só para consolidar um acordo comercial de seu pai. Ele a havia praticamente dado ao filho nojento e prepotente de um magnata. O futuro associado precisava somente de um empurrãozinho para investir na empresa de importação e exportação de seu pai.
Havia conhecido o rapaz em uma das inúmeras recepções que seu pai dava, para arregimentar novas sociedades e bons negócios. Ele cismara com ela e pedia apoio do pai para que ficassem juntos, como se tê-la, fosse para ele, mais um objeto que almejava e quisesse comprar. O pior de tudo é que ela havia sido “vendida”, realmente, por seu próprio pai.
Nessa época, já havia descoberto sua orientação sexual e tinha um relacionamento às escondidas com uma garota do curso de pré-vestibular. Lógico que a menina pulou fora quando viu que elas não teriam um futuro juntas, nem que fosse para ver se dariam certo.
Após o casamento e uma lua de mel horrorosa, com um homem que mal conhecia, mexendo sobre ela, como se fazer amor fosse desentupir um cano, ela retraiu-se mais. A única amiga que tinha para desabafar era sua mãe. Apesar de consternada com a situação, sua mãe já estava doente. Tinha crises nervosas e lapsos entre ausências e lucidez. A única coisa que conseguiu foi a permanência de sua filha em casa. Seu marido não se opôs, até gostou, pois poderia continuar controlando Laura e o genro também.
Rogério, seu marido, além de prepotente e esnobe, era também um devasso e quando se cansou do brinquedinho, nesse caso a própria Laura, seguiu com sua vida de esbórnia, indo a festas e ficando com todas as mulheres que podia. Laura pediu o divórcio, por diversas vezes, todavia, ele não admitia e sempre recorria ao sogro que o apoiava, dizendo que não era de bom tom uma moça de família, com status na sociedade, separar-se.
Para a sorte de Laura, uma das grandes orgias de seu marido vazou para a mídia, com direito até a um vídeo. Nesse momento, seu pai interveio e exigiu a separação, pois a vergonha de ter uma filha ridicularizada era pior que uma filha separada.
Laura queria voltar a estudar e fazer uma faculdade. Sua intenção era fazer arquitetura, entretanto seu pai interveio novamente, dizendo que se quisesse estudar, fizesse Administração e Gestão de negócios. Entre brigas, ele conseguiu com sua influência, uma vaga em Bristol para Economia, Finanças e Gestão. Não era administração, mas serviria para seu propósito: afastar Laura, por uns tempos, para que todos esquecessem o escândalo de seu ex-marido e ter sua filha no curso mais conceituado de Bristol.
Apesar de contrariada com as atitudes do pai, Laura viu a oportunidade de se afastar das garras sufocantes de Alcebíades Archiligias. Quase dez anos depois, entre seu casamento e a universidade, constatou que seu pai em nada mudara, mesmo após a morte de sua mãe; parecia até que havia piorado nas atitudes, achando que o mundo girava ao seu redor.
Laura não conseguia mais aceitar, aos vinte e sete anos, que seu pai ditasse a sua vida dali para frente. Tinha uma aparência mais jovem do que realmente era, mas também, tinha um currículo melhor do que muita gente. Então, as coisas talvez pudessem equilibrar um pouco em seu novo trabalho, com relação a preconceitos ligados à sua idade, ou melhor, à sua enganosa aparência.
Depois de muitos minutos chorando e rememorando algumas de suas agruras, resolveu colocar um fim no espetáculo de horrores que vinha vivenciando, senão seria capaz de surtar como sua mãe. Pegou o telefone e digitou o ramal da copa.
— Ronan, você poderia vir ao meu quarto, por favor.
Do outro lado da linha, uma voz masculina cadenciada e calma anuiu ao seu pedido. Minutos depois, um senhor por volta dos seus cinquenta e cinco anos bateu à porta, sendo atendido por uma Laura muito abatida.
— Minha menina, você está doente?
— Não, Ronan. Só mais uma das discussões com meu pai.
Ronan olhou para quatro malas juntas no meio do quarto. Lançou um olhar de entendimento e consternação para a jovem patroa.
— Creio que está na hora, não é, minha menina?
— Isso mesmo, Ronan. Minha relação e convívio com meu pai não dá mais.
— Sabe que seu pai não aceitará muito facilmente, não é? Possivelmente, você sofrerá retaliações…
— Isso já aconteceu e foi um dos motivos da nossa discussão. Eu tenho os meus bens de herança bloqueados por ele. Não sei como ele conseguiu isso. Provavelmente, com um dos muitos juízes amigos dele. Agora não me interessa mais. Tudo que ele podia me fazer, já o fez.
— Não conte com isso, minha querida. Seu pai, além de poderoso, é orgulhoso e ardiloso. Mas tenha certeza de que eu estarei aqui, sempre, para você.
Depois dos momentos de choro, um sorriso tímido surgiu nos lábios de Laura. Ronan parecia que se importava mais com ela do que o próprio pai. Ele estendeu seus braços para aconchegar a “pequena”, como, às vezes, ele a chamava. Ela o abraçou, carinhosamente. O mordomo sempre a apoiara e sempre teve um carinho especial por ela. Já trabalhava na casa antes do casamento de seus pais. Na realidade, a casa tinha sido de seus avós maternos e era parte da herança de sua mãe. Naquele momento, uma luz de compreensão a atingiu, partindo um pouco mais seu já sofrido coração.
— Não é possível que alguém seja tão egoísta e interesseiro, Ronan!
— Por que diz isso, minha filha?
— Meu pai bloqueou minha herança, pois também temia por essa casa. Ela faz parte da minha herança! Será que ele tem medo de que eu o tire daqui? Não é possível que ele tenha pensado isso de mim!
— Às vezes, minha criança, espelhamos nos outros as atitudes que, talvez, nós mesmos tivéssemos, ou então, o que já sofremos. Seu pai, quando se casou com sua mãe, teve que assinar um acordo pré-nupcial muito severo. Tudo que era de seus avós, nunca poderia passar para ele. Ele assumiria a empresa, entretanto, tudo que fosse anteriormente de sua mãe, não poderia passar para ele nem que ela assinasse. Se algum bem fosse vendido , o valor ou a compra de outro bem, teria que ficar em uma conta exclusiva de sua mãe, ou em nome de sua mãe e, consequentemente, seu nome, minha menina. Seu pai poderia expandir a empresa e aumentar os lucros, mas o “rédito” seria dividido em partes iguais, assim seus avós garantiriam que ele sempre tivesse o interesse em aumentar o espólio, sem nunca deixar sua mãe e você desamparadas. Foi uma forma justa, que seus avós encontraram, de aumentar ou manter o patrimônio na família, sem deixar seu pai de mãos vazias.
— É. Mas parece que meu pai não pensa exatamente dessa forma.
Laura se desvencilhou do abraço de Ronan. Estava exausta de todas essas constatações e emoções. Pediu para ele ajudá-la a levar as coisas para o carro. O mordomo desceu com duas malas e ela com as outras duas. Para seu alívio, seu pai havia se trancado no escritório e não saiu de lá enquanto ela estava saindo.
Chegaram à garagem e Laura pousou as malas, olhando o carro esportivo que havia ganhado no ano anterior em seu aniversário, pouco antes de sua mãe falecer. Era um carro fantástico, porém caríssimo.
— Ronan, esse carro foi meu pai ou minha mãe que comprou?
Ronan a olhou, desconfortável.
— Na realidade, quem quis comprar foi seu pai, mas quem pagou foi sua mãe.
— Quem pagou pela minha universidade e minha estadia por todos esses anos?
— Sua mãe.
Laura apenas assentiu com a cabeça e começou a ajeitar as malas no carro, entretanto, não conseguia sucesso no intento, já que o modelo era de dois lugares e o bagageiro do carro não era muito grande. Ronan perguntou se ela não queria levar primeiro duas malas e depois as outras.
— Ronan, eu não quero voltar aqui durante um bom tempo.
Continuaram a tarefa até Laura conseguir ajeitar todas as malas.
— Para onde a senhorita vai?
— Primeiro para um hotel, depois venderei esse carro. O dinheiro do carro me dará autonomia por um bom tempo. Após, verei um apartamento. Talvez alugue ou compre um, dependendo de como será o meu emprego. Se conseguir um financiamento com segurança, talvez um apartamento pequeno de dois quartos, no máximo. Não preciso de muita coisa.
— Dará notícias, senhorita?
— Contanto que você me prometa não falar para meu pai. E pare de me chamar de senhorita, Ronan.
Ronan sorriu e apenas abanou com a cabeça. Despediram-se, porém Laura não se demorou no abraço. Ela queria sair o mais rápido possível dali. Entrou no carro e partiu em disparada.
Nota: Então pessoal, essa aventura ainda não tem um dia específico de postagem, pois estou novamente com meu pai internado. Para a semana, talvez já consiga delimitar um dia fixo. >
Espero que estejam gostando da história. Algumas meninas disseram que já leram na época que postei no ABCLes, Livre Arbítrio e Fatorx, porém, não se lembram bem e vão lembrando na medida em que estão lendo. Isso é ótimo, porque haverá sempre uma surpresa no caminho. ; ) >
Um beijo a tod@s! >
Oie, Carol!!
Que seu pai melhore logo!!! Beijos
Bom dia Carolina, em primeiro lugar orando para, melhora de seu pai, segundo adorei o terceiro capitulo, Parabéns! Que, vida horrivel da Laura! Esperando surpresa no próximo! Abraços
Obrigada, Olívia!
Então, ele já está em casa, graças aos céus! Mas o véio apronta de vez em quando e deixa, nós filhos, de cabelo em pé. rs
Cara, com um pai desses, quem precisa de inimigos, não é? Ele é um homem controlador e extremamente ligado ao dinheiro. Depois veremos mais disso, ao longo da história.
Hoje terá um pouco mais!
Um beijão pra ti!
A Ale parece que tá mergulhando na onda da Laura. E a Laura tá na moior onda negativa com o pai. Que mau!
Quero que elas se encontrem logo carol. A laura vai renascer no love com a ale e vice versa. hahaha shipando hahahaha
Bj
Oi, Meg!
Tem que rolar um pouco de amor “nessa bagaça”, como diz umas amigas minhas. rs E vai rolar! Quanto a Alesha estar caidinha pela Laura, sem nem ao menos conhecê-la direito, isso é certo! Foi daqueles amores que começam pelo olhar. rs A Laura, também, mas já viu a vida que ela tem com o pai, né? rs
Um beijão e obrigada pelo carinho!
He he…
Esse véio ainda vai aprontar mto.
Tenho flashes da estória, nada mais q isso, mas junto
vem o sentimento q gostei.
Bjs…
Tá mto boa, to gostando mto.
Oi, Nádia!
O véio vai aprontar mesmo! Ele não quer largar do pé, nem por um segundo. Controlador até o último fio de cabelo.
Que legal! Então acho que acertei em revisar essa história para postar novamente. Ainda vai ter muita confusão e já tá começando. Postei um capítulo antes do carnaval. rs
Obrigadão pelo carinho, Nádia!
Um beijo grande pra ti!