Carla e Laís vão juntas à lojinha que fica no centro da cidade.>
– Oi, Carla! – diz Marta ao ver sua cliente.>
– Olá, Dona Marta tudo bom? – diz beijando e abraçando sua amiga.>
Laís fica olhando tudo em volta, acha simples, porém bonito e bem cuidado.>
– Dona Marta essa é minha amiga Laís, vim apresentar esse pequeno paraíso para ela.>
Laís se volta e cumprimenta a dona da loja.>
– Ah, que exagero, tentamos oferecer tudo da melhor qualidade.>
Conversam sobre os temperos e Marta explica que é fácil para manter uma pequena horta, mesmo em um apartamento.>
– Mas se eu plantar não virei aqui comprar.>
Rindo do jeito direto de Laís, Marta explica:>
– Concorda que ninguém ou quase ninguém, vai plantar tomate, alface e pepinos?>
– Bom, isso é verdade. –Laís concorda rindo.>
– Me refiro aos temperos, coisas pequenas e fáceis de cuidar.>
– Mas a senhora perde na venda dos temperos.>
– Até perco, mas eu ganho clientes que compram todas as outras coisas que é o que sustentam meu pequeno negócio.>
Conversam mais um pouco e Laís se mostra interessada quando Marta fala sobre a energia que acaba revigorando na casa, nos aromas que a perfumam e no ato de plantar que é tão desestressante.>
Serena fecha o escritório e vai para a loja, lá encontra Marta, Carla e uma mulher conversando animadamente.>
– Boa tarde, Carla, quanto tempo! – diz Serena.>
– Oi Serena! – ambas se abraçam e se beijam.>
Laís olha para aquela garota e acha interessante o seu sorriso e forma espontânea.>
– Essa é minha amiga Laís, estamos tentando provar para ela que deveria fazer uma horta na sua casa.>
Laís estende a mão para cumprimentá-la, mas Serena sorri e dá um beijo em seu rosto.>
– Nossa, você é muito alta ou eu que sou pequena demais? – diz dando um lindo sorriso.>
– Um pouco dos dois, talvez. – diz Laís um tanto sem graça.>
– Serena é minha filha e ela é ótima com hortas, poderia te ajudar nisso.>
– Ah não quero atrapalhar, se me der umas dicas eu mesma faço sozinha.>
Marta explica para Laís como plantar, com quais temperos deve começar e separa tudo o que será necessário.>
– Sempre gostei de cozinhar, mas confesso que tem um bom tempo que não faço isso. Quem sabe começando essa horta eu readquira o hábito não?>
– É um ótimo jeito de despertar a paixão adormecida. – Serena diz e dá seu sorriso encantador.>
– Verdade. – Laís não consegue tirar os olhos de Serena.>
Serena pega o cartão da loja e entrega à Laís.>
– Se tiver qualquer dúvida, só me ligar ou mandar uma mensagem que te ajudo.>
Laís, um tanto sem graça pega o cartão e agradece. Já no seu carro, ela fica relembrando o sorriso e o olhar daquela garota. Uma sensação nova parece querer nascer.>
“Ah, Laís para de ser boba, viu a garota por menos de uma hora e tá besta?” – pensa e ri, mas um tanto preocupada.>