O som irritante do despertador do celular de Alicia ecoou no quarto acordando a veterinária. Maia, que havia acordado não muitos minutos antes, observou a maior erguer o braço que estava para fora da cama até o criado-mudo entre elas colocando a palma sobre a tela do aparelho e conseguido, de alguma forma, desligar o alarme. A dona do Rancho estava deitada de lado, uma mão por cima e outra por baixo do travesseiro, enquanto assistia aos primeiros movimentos da mais velha.
Alicia estava de bruços, o travesseiro quase sobre sua cabeça jogado para o lado da parede. Apenas metade de seu corpo estava coberta, os pés e parte da perna direita pra fora assim como os ombros e braços. Depois de desativar o despertador ela rolou até estar de lado, os olhos piscando preguiçosamente enquanto se focavam nos olhos verdes. Um sorriso se formou nos lábios da menor e logo outro sorriso surgiu no rosto da mais velha que virou o rosto por um segundo contra o colchão antes de encarar Maia outra vez.
– Bom dia, Maia – falou a veterinária, sua voz rouca e um tanto lenta por causa da sonolência por ter acabado de acordar.
– Bom dia, Alicia – respondeu a menor com um largo sorriso tirando a mão que estava por cima do travesseiro e segurando com ela a barra da coberta que estava próxima ao seu queixo – Dormiu bem? – perguntou enquanto assistia a maior afastar os cobertores e se sentar na cama.
– Maravilhosamente – respondeu Alicia rindo baixo e erguendo os braços para se espreguiçar o que lhe provocou um pequeno resmungo – Posso usar o banheiro primeiro? – ela perguntou com os olhos ainda meio-abertos de sono.
Maia apenas concordou com a cabeça, ainda estava processando a imagem de Alicia se espreguiçando com a regata subindo até mostrar seu umbigo. Sem notar o que fazia ela acabou mordendo o lábio inferior e continuou a encarar a região que agora estava novamente coberta pelo tecido branco. Alicia não percebeu o que a outra tinha estado olhando, mas sorriu sem graça com o jeito como os olhos verdes encaravam seu tronco. Por isso se levantou e se aproximou da cama da mais nova. Alicia se inclinou fazendo Maia arregalar os olhos até que a veterinária beijou delicadamente a bochecha dela, perto demais do canto dos lábios.
– Bom dia, Maia – disse ela se afastando com o rosto um tanto corado já que se recordava de cada instante da noite anterior, mas ainda não consegui acreditar que houvesse realmente acontecido.
A dona dos olhos verdes apenas sorriu boba com o carinho e observou Alicia ir até sua mochila e pegar um jeans dobrado e uma camisa da qual ela só viu que a cor era de um verde muito claro. Se sentou na cama olhando a porta do banheiro se fechar e saiu debaixo de seus cobertores. Sorriu e soltou um suspiro. Se esticou até alcançar o próprio celular e parou por alguns segundos ponderando se deveria enviar alguma mensagem com notícias ao amigo, mesmo que ele provavelmente só fosse ler o conteúdo dali a algumas horas, quando acordasse.
Digitou uma rápida frase onde apenas contava que beijara a veterinária e que ela retribuíra. Sabia que Enzo entraria em choque pela informação e depois em um surto por não conseguir contato com ela, já que estaria na estrada, mas não pode resistir ao impulso de compartilhar aquilo com ele. Depois se levantou lentamente e foi até sua bolsa onde pegou um conjunto de calça jeans e uma blusa azul escuro que tinha gola alta. Seria sua troca e ela deixou as peças separadas ao lado de sua toalha nos pés da cama. Se sentou novamente sobre o colchão e buscou o controle da televisão.
Ligou o aparelho em um canal de notícias e se distraiu com isso enquanto Alicia usava o banheiro. Alguns minutos depois ela ouviu o chuveiro ser desligado e se levantou para pegar suas coisas. Logo depois Alicia saiu usando a calça jeans preta, de chinelos e com outra regata, dessa vez cinza e mais justa que a da noite anterior. Os cabelos da mais velha estavam molhados e ela vinha com a toalha branca no pescoço esfregando as mechas para retirar o excesso de água. Maia se levantou e elas se cruzaram no pequeno corredor entre as camas.
As duas sorriram e Maia se esticou para deixar um beijo no rosto da mais alta antes de correr da forma que podia para o banheiro. Alicia soltou um suspiro apaixonado, havia saído do banheiro sem terminar de se secar e de se vestir para que Maia não precisasse esperar demais. Depois de ouvir a porta se trancada ela se sentou na cama e continuou a secar o cabelo com a toalha. No final seus fios estavam uma bagunça e ainda úmidos, mas ela odiava secador e ouvira a previsão enquanto se vestia. Como a temperatura já estava em 16°C e a máxima do dia seria de 22 ela decidiu sair com o cabelo molhado mesmo.
Depois de não ter mais pingos de água caindo sobre suas costas ela alcançou as botas. Ouvia a água parar de cair no banheiro e enxugou melhor os pés antes de calçar as meias e depois as botas pretas. Assim que tinha as botas nos pés ela se aproximou de sua mochila guardando as roupas que havia usado para dormir e tudo o mais que já havia uado. Sua camisa estava sobre a cama e ela fechava o zíper da mochila quando a porta do banheiro se abriu e Maia saiu completamente vestida.
A mais velha que estava em pé aos pés de sua cama sorriu encarando a menor que se aproximou dela com a muda de roupas nos braços. Maia andou até parar em frente a veterinária que soltou a mochila e se virou para encará-la. Os olhos verdes encararam os castanhos claros e Maia sorriu erguendo a mão direita até o rosto da maior e puxando-a para perto. Alicia sorriu largamente se deixando ser levada até que seu sorriso foi desfeito pelo selinho que Maia deu em seus lábios.
– Agora sim – sussurrou a mais nova sorrindo e abrindo os olhos – Bom dia, Alicia – ela falou e teve os braços fortes envolvendo seu corpo antes de sentir outro selinho em seus lábios.
– Certo – murmurou a veterinária depois de mais alguns beijos rápidos – Vamos tomar café logo ou sairemos muito tarde – disse ela deixando um último beijo nos lábios da menor antes de soltá-la.
Maia apenas concordou e foi até sua cama guardar as roupas na bolsa e calçar seus sapatos. Alicia desligou a televisão e terminou de guardar suas coisas deixando a mochila pronta sobre a cama. Maia decidiu deixar para guardar o resto de suas coisas quando voltassem depois de comerem e apenas calçou seus sapatos. Quando ela terminou e ergueu o olhar para a mais velha viu Alicia acabando de fechar as mangas da camisa verde clara. Ela sorriu e se levantou indo até a veterinária que já começava a fechar os botões da frente. Alicia parou o que fazia quando Maia se aproximou e viu as mãos da menor substituírem as suas enquanto ela fechava todos os botões, exceto o da gola com um sorriso.
– Sabia que não está tão frio assim para fechar todos os botões? – questionou a mais alta que já estava com as mãos na cintura da menor.
– Sua regata não aparece se você deixar os últimos botões abertos – respondeu Maia olhando para os castanhos cor de mel com um sorriso discreto – Fica parecendo que não está usando nada além da camisa. Para evitar dar material para a imaginação alheia é melhor fechar todos os botões – completou ela com um sorriso divertido, mas parte dela realmente falava sério.
Alicia soltou uma pequena gargalhada antes de levar a mão direita e abrir o último botão da camisa. Maia rolou os olhos para a atitude da veterinária, mas logo tinha os braços da maior em volta de si aproximando os corpos das duas e sentiu os lábios de Alicia em seu pescoço dando beijos castos na pouca pele que ficava exposta entre seu maxilar e a gola da blusa.
– Não precisa ser ciumenta – falou Alicia contra o pescoço da menor antes de erguer o olhar para a mais nova – E eu me incomodo um pouco com a camisa fechada. Não gosto de nada apertando meu pescoço – ela contou deixando um beijo no canto da boca de Maia que ergueu as sobrancelhas numa interrogação muda – Não consigo usar blusas como essa por exemplo – disse Alicia colocando o indicador por dentro da gola e afastando-a alguns centímetros – Ou gargantilhas. Não suporto gargantilhas – declarou a veterinária dando um sorriso divertido antes de se inclinar para deixar um selinho nos lábios da menor.
– Nunca imaginei que você fosse do tipo de pessoa que tem frescuras – contou Maia segurando um sorriso divertido que virou riso quando ela viu a mais alta rolar os olhos.
– Certo, ainda vou descobrir as suas frescuras – falou a veterinária com um sorriso bobo – Até porque você tem cara de que é o tipo de pessoa que tem várias – ela provocou e recebeu um tapa no braço, mas apenas sorriu antes de deixar mais um beijo nos lábios macios que ainda tinham gosto de pasta de dente – Agora vamos porque precisamos descer para o café.
Maia não se deixou atingir pela brincadeira e continuou a rir, mas concordou e as duas deixaram suas coisas no quarto. A mais nova colocou seu celular no bolso de trás da calça, Alicia colocou o seu no bolso da frente e foi a responsável por trancar o quarto e trazer a chave. Voltariam depois do café para buscar as bolsas antes de saírem do hotel.
Ok tomei uma surra . mas consegui. Lizz aqui (namorada da autora mais linda e gostosa )
Bem mais um capitulo pra vocês e ela pediu pra mandar recado :
1 “Desculpem a demora para responder todos os comentários. Responderei todos o mais rápido que puder ;]”depois ela postará outro no domingo! Beijão.
PS Amor demorou , mas foi , eu acho. Teamo Bebê.
Amo essa casal! quero vê quando a mae da Alicia , e a Talita souberem que elas estao namorando e o amigo de Maia! vai ser uma festa só.rss
Maia demonstrando ciúme da alicia, tão bonitinho.
Obrigada Lizz, por postar esse capitulo para nós leitoras!
beijos
fica na paz
Mascoty
Dona Marta sempre surpreende hehe. E Talitha é Talitha =P
Lizz de vez em qnd dá uma ajuda pra mim e uma alegria para vocês kkkk
Bjs
;]
Olha o clima de paixão no ar! O Enzo vai surtar com a informação! Kkkk
Vamos ver como a coisa se desenvolve agora!
Ah, obrigada Lizz pela postagem!
Enzo definitivamente vai surtar kkkkkkkkk
Muito fofa minha namorada não? Dá pra notar de onde tiro um pouco da fofura em Argentum =P
;]