APENAS UMA HISTÓRIA

Capítulo III – Descobrir o que já se sabe é apenas lembrar

Levaram menos tempo para descer do que Gabrielle para subir. Em quatro dias já estavam na aldeia onde Gabrielle deixara Argo.

— Quer descansar aqui ou quer seguir viagem? – Perguntou Gabrielle.

— Acho melhor ficarmos por hoje. Já vai anoitecer. O que foi falado onde teríamos que ir?

— Nada foi falado ainda. Acho melhor voltarmos à Grécia, pois se tantos estão envolvidos, nos chegará à mensagem facilmente. Você acredita que até Ares estava me protegendo?

— Acredito. Pelo que Lao Ma me falou a coisa vai ficar feia e nem o deus da guerra quer perder o seu posto!

— Além do que, ele tem um motivo muito pessoal, né?

— Não vai conseguir me irritar, Gabrielle! Que posso fazer se tenho tantos fãs!

Gabrielle virou-se com um sorrisinho maroto nos lábios e se pôs a caminhar. Sabia que já havia conseguido irritá-la.

— Vamos, princesa dos deuses! A primeira surpresa está aqui perto.

Xena balançou a cabeça e a acompanhou dizendo. – Agora começo a lembrar de porque Ares sempre a chamou de garota irritante!

— Isso é um elogio da parte dele, sabia?

Dessa vez Xena riu com o sarcasmo da barda.

— Vejo que durante esses anos desenvolveu um humor ácido!

— Tive uma boa professora no passado que me deixou muitos ensinamentos!

— Estamos indo para o estábulo? Argo II! Ela ainda está viva? — Xena falou se apressando para entrar no estábulo.

Gabrielle caminhava agora atrás e sorriu ao ver a alegria de sua guerreira. Ficou na porta parada só para ver Xena acariciando o focinho da égua e esta relinchando de contentamento e reconhecimento de sua dona.

— Quantos verões ela tem hoje? Dezesseis?

— Não. Quinze. Não saía tanto com ela para poder preservá-la. Mas quando estava em casa a levava para passear sempre. Era um jeito de estar com você…

— Casa? Tem uma casa hoje?

— Sim. E é para lá que vamos. Tenho muitas surpresas mais para você!

Xena acariciava Argo II e sorria para Gabrielle.

— Essa é a segunda geração, gostaria de ter a terceira geração de Argo?

— Argo II teve um filhote?

— Sim e com um belo semental que hoje é meu companheiro de estrada, mas pelo que eu vi, Argo tem uma raiz muito forte. Sua filha é igual a ela que é igual a avó.

Xena sorriu novamente.

— Pelo menos essa parte da família nos uniu.

Gabrielle lançou um sorriso enigmático para Xena, mas nada falou. Voltou-se para fora do estábulo em direção da estalagem. Xena a seguiu.

— Gabrielle, como está Eve?

— Está muito bem e a veremos quando chegarmos à Grécia.

Xena a olhou desconfiada, todavia sabia que a barda nada diria. Provavelmente Eve era parte de sua surpresa e estaria em sua casa esperando a mãe. Seu coração parecia que explodiria.

Pediram um quarto com a maior tina que tivessem e água quente para o banho. Gabrielle negociou tudo e pediu para levarem a comida com uma jarra de vinho no quarto também.

— Vejo que está mais do que a vontade e sabe o que quer. O que andou fazendo todos esses anos?

— Andei por todos os lugares onde precisavam de uma garota com um chakran. Sabe Xena, eu mudei muito durante esses anos sem você, mas confesso que devo a você muita coisa que eu sei. Tive a oportunidade de descobrir muita coisa sozinha também. Muitas não muito boas e outras, maravilhosas. Entretanto, nada se compara a estar ao seu lado. – Falou com certa saudade.

Xena sentiu fundo, porém, sabia que a barda falava por estar feliz com sua presença. Subiram ao quarto. Os serviçais da estalagem já colocavam água quente na grande tina que havia no quarto. Deixaram que se fossem para poder compartilhar a intimidade.

— Vamos ao banho? — Disse Gabrielle se despindo atrás do biombo.

É! Algumas coisas não mudam!

Pensou Xena ao ver Gabrielle se despindo. A guerreira se despiu no meio do quarto mesmo, pousou suas roupas na cama. Já se encaminhava para a tina, quando reparou em Gabrielle parada dentro da tina a olhando com um olhar vivo e ardente. Sorriu. Percebeu que todo o seu medo de chegar até a pequena barda era infundado. Ela tinha desejo em si também.

Caminhou com passos lentos e sensuais, encarando Gabrielle. Esta enrubesceu e baixou o olhar.

É típico de Gabrielle mesmo e acho que isso é uma das coisas que me faz ama-la tanto.

Entrou na tina e pegou o sabão das mãos da barda.

— Deixa que eu lavo suas costas, primeiro.

Começou a ensaboar as mãos com o sabão e quando foi lavar as costas de Gabrielle, largou o sabão utilizando apenas as suas mãos. Fez uma massagem que inebriava a barda.  O corpo de Gabrielle se entregava aquele prazer sem precedentes.

Sem perceber, respondia a mais estímulos do que realmente queria. Prendeu o ar na tentativa vã de conter seus sentimentos, não conseguiu mais raciocinar e soltou um bocado de ar, com um sonoro gemido. Assustou-se consigo mesma e virou-se repentinamente para Xena, segurando suas mãos.

— Xena, sinto muito, não quero que pense que me transformei numa mulher devassa. Não posso deixar que continue a me banhar, pois tenho um sentimento por você que, vai além da amizade que você sempre nutriu por mim. – Gabrielle falava com um tom de amargura e arrependimento. – Não suportaria ver você me repelir por conta desse sentimento, então, prefiro que pare agora, sei que não por você, mas pelo que trago dentro de mim.

— Gabrielle, como você pode pensar que eu te repeliria ou pensaria algo de você, com tudo que passou e fez por mim? Sei hoje, mais do que nunca, que o que temos uma pela outra é algo mais puro que uma nascente no alto de uma grande montanha. – Xena pousou dois dedos sob o queixo de Gabrielle, fazendo-a olhar para si. – O que sente com minhas mãos em seu corpo é o mesmo que eu sentiria se você acariciasse meu corpo com as suas. Não sabe o quanto eu gostaria que isso acontecesse? Isso não transformaria nossos sentimentos em coisa vulgar qualquer, só fortaleceria o que sentimos uma pela outra.

— Ah! Xena!

Gabrielle deixou seu corpo relaxar nos braços da guerreira. Xena a abraçou pelas costas e acariciou os cabelos da barda.

— Sabe, Gabrielle, quando eu fui para o outro lado, eu percebi que a nossa reverência uma pela outra fez com que não vivenciássemos uma parte boa de nossa relação, que era tão bonita. E estou feliz que possa reparar esse erro. Mais um dos meus grandes erros…

Xena voltou o corpo de Gabrielle para si e a olhou nos olhos.

— Se disser que não quer porque não é isso que realmente sente eu compreenderei, mas se sente um calor intenso em seu corpo quando te abraço, uma plenitude e quietude em seu coração, deixe que eu te ame com o mais profundo amor que há em minha alma.

Gabrielle levou a sua mão direita ao rosto de Xena, a acariciou e deixou que lágrimas rolassem soltas por seu rosto. Era tudo o que queria em sua vida, era tudo que mais precisava para sentir-se completa. Xena entendeu a pequena, como sempre ocorria entre as duas.

Abraçou-a carinhosamente e beijou-a como se fosse a única coisa com que se importasse na vida. Gabrielle entreabriu os lábios e sentiu sua língua quente a invadir delicadamente. Nunca tinha sentido tamanho amor. Era como se uma grande onda crescesse dentro de si pronta para ser liberada.

— Me ame Xena… Dê-me a minha redenção!

Xena a pegou nos braços e a levou para a cama. Pegou um pano de banho e secava-a cuidadosamente, admirando cada porção de seu corpo. Pela primeira vez, poderia fazê-lo sem se importar se a pequena acharia ruim ou a rechaçaria. Sabia agora que poderia tocá-la, conhecê-la em todas as partes. Terminou sua exploração visual, olhou-a nos olhos com carinho e desejo. A resposta veio através de um sorriso, sorriso esse que sempre prendera Xena, sempre a desarmara.

Estendeu seu corpo ao longo do corpo da loura, sentindo o grande calor que emanava dele.

— Você está quente…

— Tanto quanto você…

Xena sorriu e beijou a barda. Suas pernas se entrelaçaram, seus corpos se emaranharam. O fogo se fazia cada vez maior, os gemidos não cessavam entre os beijos. Xena acariciou um dos mamilos de Gabrielle. Ela gemeu.

Gabrielle começou a acariciar as costas de Xena e beijar seu pescoço. Xena se excitava com cada toque da barda. Começou a movimentar a pelve entre as pernas de Gabrielle e mais gemidos ressoaram pelo quarto. Xena deslizou seu corpo pelo abdômen de Gabrielle, depositando muitos beijos, fazendo Gabrielle agarrar seus cabelos, perdendo a noção de onde se estava.

— Xena… – Sussurrava seu nome. Uma voz rouca e contida.

Xena se perdia nos sons emitidos por Gabrielle. Queria vê-la entregar-se completamente, queria que a barda se perdesse e, mais que tudo, queria fazê-la feliz.

Desceu até seu púbis. Beijou, acariciou e viu Gabrielle se contorcer de prazer. Agarrava-se cada vez mais aos cabelos de Xena.

— Xena, não me deixe mais, me leve aos céus… — E era isso que Xena queria. Que ela fosse aos céus consigo.

Passou a língua devagar por entre suas pernas, ouviu mais lamúrias, sentiu mais seu corpo. Beijou demoradamente o ponto rígido entre as pernas. Olhou para o rosto da pequena barda. Ela estava mordendo o dorso da mão tentando segurar os sons que emergiam de seu peito. Mais um beijo em seu clitóris e um gemido digno para Xena ouvir. Agora sim… desejava mais e mais aqueles gemidos penetrando em sua alma.

Colocou dois dedos em sua entrada e sugou com calma o bulbo intumescido.

— Xena…Xena…

Penetrou-a com cuidado para não machuca-la, mas sua entrada estava mais que lubrificada. Resvalou dois dedos para dentro e sentiu que Gabrielle se dilatava para ela, começou os movimentos ritmados e suaves. Gabrielle começou a mover o quadril aumentando o ritmo dos movimentos enquanto segurava a cabeça de Xena, querendo estreitar mais o contato de sua língua com seu clitóris. Xena ensandeceu.

— Vamos Gabrielle, me deleite com seu gozo!

O corpo de Gabrielle sacudiu fortemente e derramou seu líquido pelos dedos de Xena. Aos poucos, seu corpo foi serenando e entrou num estado de torpor.

Xena estava extasiada com a força do orgasmo da barda. Fizera finalmente o seu grande amor experimentar um pouco de si, como nunca havia acontecido. Subiu e a abraçou.

Foi tão belo quanto a própria Gabrielle é. E como poderia ser diferente? – pensou Xena.

— Você está bem? – Perguntou Xena com um tom de preocupação, já que Gabrielle não se mexia abraçada a ela.

— Estou muito bem. Estava apenas pensando. – A voz um pouco languida.

— Pensando no quê?

— Que realmente esse foi um grande erro seu que tinha que ser reparado. – Falou e sorriu.

— Ei! Agora a culpa é só minha?

— Claro! Você era a mais velha e mais experiente. Não esperava que eu tivesse essa atitude! E depois eu não sabia nem descrever o que eu sentia.

— E acaso a barda não é você? Como não sabia descrever?

— Como se descreve algo que nunca sentiu e nunca pensou ser possível?

— Com muita imaginação, minha barda. Com muita imaginação…

— Xena.

— Hum.

Xena segurava a pequena em seus braços e acariciava seus cabelos.

— O que você sentiu? Quero dizer, o que você sente quando está comigo? O que você sentiu fazendo amor comigo?

— Não poderia ser melhor, agora filosofando sobre o ato de fazer amor. Gabrielle, isso a gente simplesmente sente. Como descrever algo que vem da alma? Algo que toma e entorpece seu corpo e sua mente.

— Acabou de descrever, cara guerreira. – Gabrielle falou sorrindo, lançando-se para cima do corpo de Xena. Ficou por cima da guerreira, abraçando-a.

— Gabrielle… O que está pensando em fazer?!

— Saciar seu corpo e entorpecer minha mente.

Gabrielle beijou Xena com ardor. Deslizava seu corpo pelo corpo da guerreira acendendo uma chama que crescia a cada gesto.

Gabrielle sentou-se, encaixada no quadril de Xena e deslizava as mãos pelo seu corpo na tentativa de conhecer cada detalhe que outrora lhe fora negado.

Xena a olhava se divertindo com a descoberta da barda pelo grande poder que ela exercia sobre seu corpo. Cada toque, cada gesto, fazia Xena se descontrolar, se arrepiar, gemer de prazer.

Gabrielle se fazia cada vez mais ousada com as muitas reações extraídas do corpo de seu amor. Acariciava os seios e ela própria se excitava com os gemidos roucos proferidos por Xena. Uma umidade lhe inundou o sexo, notou que dar prazer era tão bom quanto recebê-lo. Queria sorver a doçura de sua boca, aproximou seus lábios e beijou-a mais uma vez, mas sem romper o contato de suas mãos. Xena agora se contorcia em espasmos sob o toque de Gabrielle. Gabrielle queria dá-la o que ela lhe proporcionou, tateou por entre as pernas de Xena, a princípio um pouco insegura, mas ouvia os muitos sons emitidos por Xena sob seus hesitantes toques. Sentiu Xena extremamente molhada. Como é gostosa essa sensação!

— Gabrielle.

Ouviu seu nome pronunciado de forma que nunca havia escutado, intensificou o contato e chegou a um ponto rígido, Xena moveu o quadril, queria sentir mais forte o toque de Gabrielle.

Deuses! Como é bom ouvi-la, senti-la!

— Gabrielle… Não me deixe assim. Me preencha!

Gabrielle deslizou seus dedos próximos à entrada de Xena.

— Gabrielle… Por favor.

 Xena agora ronronava, suplicava. Gabrielle acomodou mais seu quadril para forçar o contato, penetrou-a e escutou um gemido mais forte. Xena elevou seu tronco para beijar Gabrielle, deitou-se novamente e começou a mover a pelve freneticamente.

Os dedos da barda dentro de si pareciam tocar uma melodia potente, ritmada e ao mesmo tempo doce. A excitação era crescente e avassaladora, não conseguia controlar sua mente, seus atos, seu corpo. Era como se as cordas de uma harpa dedilhada com paixão estivessem-na controlando. Em poucos minutos soltou um rugido sonoro e relaxou o corpo sobre a cama.

Gabrielle retirou os dedos bem devagar e abraçou Xena. Estava maravilhada com o que sentiu por satisfazer Xena, mesmo este sendo seu próprio prazer. Deixou Xena se recuperar. Acariciava seu rosto. Xena estava tão serena que mal podia acreditar, poucas vezes a tinha visto assim.

— Xena.

— Mmm.

—Tem razão.

— Sobre o quê?

— Realmente não dá para descrever o que se sente. Só fazendo para saber. E sabe de uma coisa?

Xena sorria.

— O quê?

— Eu realmente gostei!

Gabrielle falou rindo. Xena a abraçou com um sorriso malicioso.

— Sabe o que mais, Gabrielle? Eu também gostei e muito!

Beijou-a e trouxe sua barda para recostar sua cabeça sobre seu tórax.

Acordaram pouco depois de o sol sair. Já estava tarde, não queriam perder tempo. Deixaram a estalagem. Xena passou no mercado para comprar uma bainha e uma espada, foram pegar Argo. Xena montou e estendeu o braço para Gabrielle acomodar-se atrás dela. Gabrielle se ajeitou, segurando-a pela cintura e partiram.

Foram muitos dias de cavalgada, já estavam próximas ao porto, mas resolveram acampar, pois era tarde da noite e possivelmente só teriam barcos saindo no dia seguinte. Estavam realmente felizes, Xena descobriu que Gabrielle aprendera a caçar com maestria. Agora tinha que tirar na sorte para ver quem cozinhava. A essas mudanças, Xena ainda tinha que se acostumar.

— Vamos, Gabrielle, eu cozinhei ontem, deixe que eu cace hoje!

— Você perdeu na sorte.

— Mas eu tenho que me readaptar, não tenho? Como eu posso treinar minhas habilidades se você não deixa? Há três dias seguidos que você caça e eu cozinho.

Xena fez um olhar pidão.

— Está bem, mas não pense que vai me convencer toda vez que tiver que fazer algo de que não goste.

Xena não esperou duas vezes, pegou o arco e a flecha que Gabrielle trouxera e saiu rápido antes que Gabrielle mudasse de ideia. Gabrielle riu a valer com a atitude da guerreira, parecia uma criança que ganhara o direito de sair sozinha.

Após meia marca, Xena retornava com dois coelhos na mão e Gabrielle já havia acendido o fogo.

— Xena, não acha que exagerou?

— Ora, podemos salgar a carne e não precisaremos comer só pescado no navio. Aliás, você decidiu descermos para a Índia e pegar um navio para chegarmos mais rápido. Por que não a cavalo? É mais longo, mas muito mais agradável. – Xena a olhou maliciosamente.

— Xena, não estamos de férias e depois como as coisas se configuraram, eu acho que elas não acontecerão aqui no oriente.

— Ah, bom! Você não havia me contado isso. E como as coisas se configuraram, eu posso saber?

Gabrielle balançou a cabeça e pegou um dos coelhos da mão de Xena.

— Então, enquanto eu faço este daqui, você limpa e salga esse daí e aí eu vou te contando tudo que aconteceu.

— Está bem.

Terminaram seus afazeres e começaram a comer.

— Quer dizer que o deus de Eli, Afrodite, Ares, e Lao Ma de Chin se juntaram, mas não há ninguém das terras do sol nascente intervindo.

— Não que eu saiba, embora Afrodite tenha me dito que haviam outros mais zelando pelo sucesso dessa campanha, como ela chamou.

— Mmm. Alguém falou em haver outras fontes como aquela que você me trouxe?

— Sim, Lao Ma disse que havia outros portais, em outros locais espalhados pelo mundo e no primeiro sonho ela disse que corações obscuros estariam trazendo Yodoshi de volta, mas que ele não queria vir só em corpo, queria trazer consigo os poderes do mundo espiritual.

— Acho que tem razão, Gabrielle, isso não acontecerá na Grécia, senão ela falaria algo mais, diria para você e eu ficarmos. Talvez Afrodite tenha mais alguma informação, só que ela não intervirá aqui no oriente.

— Enquanto estivermos aqui, talvez Lao Ma apareça em sonho novamente.

— O espírito de Lao Ma não tem restrições, Gabrielle. É um espirito muito puro, enquanto Afrodite e Ares são deuses, tem as restrições daqueles que acreditam neles, ou seja, se limitam ao mundo grego.

— Por isso, o deus de Eli tem força em vários lugares.

— Sim, sua crença se espalhou por quase todo o mundo conhecido.

— Mas se Afrodite e Ares estão dentro disso…

— Então acontecerá embaixo dos seus narizes.

— E embaixo dos nossos também!

— Vamos dormir, Gabrielle, teremos que sair ainda de madrugada para chegarmos ao porto logo cedo.

Estenderam suas mantas uma ao lado da outra. Deitaram e Gabrielle recostou sua cabeça sobre o braço de Xena. Desde que se entregaram uma a outra, era assim que dormiam, era uma sensação maravilhosa a que se entregavam com prazer. Gabrielle começou a beijar o pescoço de Xena suavemente.

— Gabrielle…

— O que foi?! — Falou um pouco indignada.

— Temos que chegar cedo ao porto, lembra-se?

— Ora, Xena, você me deixou por dez anos, sem ao menos ter a sua companhia e agora que…

— Gabrielle!

— Está bem, mas não pense que depois disso tudo passar eu a deixarei, sem antes recuperar o tempo perdido!

Gabrielle se virou de costas fazendo pirraça. Xena a abraçou por trás sorrindo.

— Pode deixar que eu não esquecerei, Gabrielle. E nem quero esquecer.

Beijou seus cabelos e Gabrielle se acomodou novamente em seus braços com um sorriso brejeiro, antes de adormecer.



Notas:

Bom Dia!

Acho que não atrasei muito. Esse capítulo foi mais hot. Espero que tenham gostado!

Boa semana a tod@s 

Beijão!




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2 Respostas para Capítulo III – Descobrir o que já se sabe é apenas lembrar

  1. Capítulo quentíssimo por sinal. Nada melhor que um bom e velho hot🔥🔥🔥

    Top Carol!!!!

    Boa semana pra ti e sua família

    • Oi, Blackrose!
      Hot sempre é bom! rsrs
      Vou ver se essa semana consigo postar outro.
      Obrigada Blackrose, pelo carinho de sempre e bom fim de semana para você!
      Beijão

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