Quando Sofia largou Marina com as pernas bambas depois do beijo roubado, os olhos ainda estavam fechados e um sorriso formou-se naquela boca linda, Marina a olhou mais apaixonada do que já estava, nem sequer lembrou da agonia do final de semana e se sentiu muito fácil.
– Já disse, meu corpo não manda em nada, Sofia, eu não esqueci o gelo que me deu no final de semana inteiro, isso não se faz e eu estou realmente chateada, não é porque você me convidou para a calçada do paraíso que isso vai passar assim.
Sofia gargalhou, adorava as tiradas irônicas e inteligentes de Marina.
– Vamos fazer assim, a gente entra agora para jantar com a família de Ciço, fazemos de conta que está tudo bem, que você não está chateada, depois vamos para um chalé lindo que eu mandei separar para a gente, fazemos amor várias vezes, daquele jeito que você fez comigo e que eu ainda não esqueci e que só de imaginar as minhas pernas já ficam moles, pedimos o café no quarto e aí conversamos, o que você me diz?
– Acho que posso fazer esse enorme sacrifício e esperar até o café de amanhã, será muito doloroso, mas eu sou forte e aguento.
– Muito obrigada, vamos entrar que tem uma comida e pessoas maravilhosas esperando a gente.
Sofia esticou a mão e Marina simplesmente pegou, aquele gesto vislumbrava uma possibilidade concreta para ela, estar ali com Sofia a convite dela, lhe mostrava que o amor não era unilateral, que a paixão tinha cruzado o coração solitário e magoado da chefe de TI e tinha penetrado no coração da administradora. Marina sentiu um arrepio na coluna, não sabia se era o frio do campo paulistano, ou a possibilidade de Sofia lhe querer o tanto que ela a queria.
A casa em estilo colonial lembrava um cenário de novela, a sala ampla, bem equipada mas nada muito luxuoso, Ciço veio ao encontro das duas mulheres já com o copinho de pinga diretamente do Cariri, para esquentar a alma, ele dissera, já que o coração está quente, foi assim que Marina foi recepcionada, não negou a pinga, tomou de uma vez, diferente de Sofia, que passou e dispensou o terceiro copinho que Ciço lhe oferecia.
– Cuidado com ele, Marina, ele derruba até um boi com esses copinhos de pinga e permanece em pé. Ciço, essa é Marina!
– Muito prazer e seja bem vinda, Marina, não escute a menina Sofia, ela não sabe o que diz, sinta-se em casa, fique à vontade e pelo tempo que quiser.
– Muito obrigada, eu que agradeço a recepção, ainda mais assim de última hora.
– Venha sempre, Bené está na cozinha esperando vocês, eu chego jajá, vou despachar com um dos meus gerentes e daqui a pouco jantamos.
A cozinha na casa de Ciço era algo singular. Bené havia feito questão de ser o local mais importante de toda a casa, era enorme, tinha uma ilha no meio que circundava todo o ambiente, tudo em madeira e aço, com banquetas altas, as pessoas podiam sentar em qualquer lugar e podiam observar todo o processo de preparo da comida.
Havia um forno à lenha para pães, uma ilha que Marina percebeu ser relacionada ao café, um cooktop de 7 bocas e uma mesa redonda que ficava ao lado de uma janela de vidro que, se aberta, dava para uma parte da fazenda, era naquela janela, no horizonte que o sol se punha, o cheiro estava delicioso, era uma mistura de doce com salgado e Marina sabia que iria comer muito bem, Sofia tinha razão, estava 5% perdoada, faltavam os outros 95%.
– Marina, seja bem vinda, minha filha, sinta-se em casa, fiquei muito feliz em saber que teríamos mais uma visita para o nosso jantar, já coloquei no forno um bolo de laranja com coco, é dos deuses, tenho certeza que você vai amar.
– Marina, essa é a Bené, esposa do Ciço, dona do CaféBené que você vai conhecer amanhã, é dela aquela receita de brownie do Aquarela, é a melhor doceira que você vai conhecer na vida e uma das melhores baristas da região. Ela dilacera nossa boa forma de todas as maneiras possíveis que você possa imaginar.
– D. Bené, muito prazer, obrigada por me receber, estou ansiosa para provar do seu bolo, eu agradeço demais.
Marina foi abraçada e se sentiu em casa, foi levada à mesa redonda por Simone e Luiz que estavam com vários croquis abertos, planers e uma data.
A conversa ocorreu de forma fluida, a fazenda Cariri estava se preparando para a Terceira Edição do Concurso de Barista, depois de dois anos de uma pandemia severa que maltratou as pessoas, o evento queria parar a região, Simone e Luiz tinham várias ideias, a dificuldade era delimitar e colocar no papel o que realmente poderia acontecer de forma prática. Marina ouvia a explicação dos dois de forma interessada, já imaginou como seria aquele tipo de evento, lembrou-se da feira que visitou numa cidadizinha do interior dos Estados Unidos por causa do filme “Tudo Acontece em Elizabethtown”, o filme da sua vida. Mostrou à Simone a dinâmica da feira, falou sobre logística e sobre direitos.
– Estou impressionada, Marina, adorei as ideias que me mostrou, em termos práticos podemos usar essa ideia das baias de divisão e o valor dos expositores seria também algo a debater, quando começamos no primeiro ano, foi tudo muito amador, a ideia original do meu irmão era distrair minha cunhada, ele ficou com medo dela se cansar dele e ir embora, esse campeonato de café trouxe muita gente a nossas terras, Bené é bastante conceituada no meio, então, os convites foram feitos e as presenças confirmadas, no segundo ano, o campeonato dobrou de tamanho, não tínhamos apenas baristas, o próprio Aquarela veio com um quiosque, a fazenda também montou um, e aí, quando percebemos, tínhamos um evento com o prefeito da cidade. As questões burocráticas de marca e direitos ainda nos pegam, meu sobrinho mais novo está fazendo faculdade de Direito, ele sempre nos fala sobre isso, como estamos há dois anos parados por causa da pandemia, acho que agora precisamos pensar nisso.
– Olha, eu conheço muito pouco dos aspectos burocráticos no âmbito do Direito, mas pelo que entendi, estamos falando de marcas e royalties, conheço um escritório que pode resolver tudo isso pra você, também posso vender meu peixe, na Pegasus temos em nosso portfólio várias organizações de feiras nacionais e internacionais, podemos criar um aplicativo para inscrições, pagamento de taxas, os dados da feira, ainda podemos disponibilizar aqui um bunker que recicla plástico e devolve dinheiro ou brindes, implantamos isso na Dinamarca, a Pegasus é pioneira nesses sistemas.
– Marina, se Sofia não casar com você eu caso.
– Simone, por favor, não seja assim, deselegante, Marina não está disponível no mercado, por favor, tenha modos.
– Não estou disponível?
Sofia olhou séria para Marina, sustentou o olhar e ficou um ar de suspense no ar, Luiz e Simone ficaram parados, esperando o que viria.
– Não está.
A resposta de Sofia foi direta, séria e sem abertura para outras perguntas relacionadas a qualquer tipo de disponibilidade amorosa.
– Simone, Marina está apta perfeitamente para gerenciar isso tudo que ela falou, aliás, eu não tenho a menor dúvida disso, mas fique longe da cama dela, ela está ocupada.
Simone gargalhou, assim como Luiz, tinha soltado a frase de propósito para ver a reação de Sofia, já tinha visto que Marina estava apaixonada, isso era claro para quem tivesse a menor sensibilidade amorosa, porém tivera a confirmação naquele momento, a pacata Sofia virou uma fera que demarcou o território de forma efetiva e clara para quem quisesse ouvir, só Sofia que não sabia ainda que o seu coração já estava domado e tinha dona, e ela se chamava: Marina.
Marina sorriu, aproximou-se de Sofia e a cheirou, assim no cantinho do pescoço, ela era mais alta alguns centímetros, o carinho foi recebido e devolvido.
– Simone é uma predadora, Marina, não caia na lábia dela, estou de olho, aliás, eles estão bem abertos, vamos tirar isso de cima dessa mesa que Bené já está vindo com os pratos.
O jantar foi maravilhoso, a família de Ciço era muito especial, a comida de Bené era dos deuses, mas as sobremesas podiam fazer qualquer um babar, o cheiro de laranja e coco queimado invadiu o ambiente, dando espaço para o cheiro de café espresso moído na hora e pelo licor de café fabricado na própria fazenda, esse era mais um dos produtos que Simone queria comercializar, mas estava sem marca e sem nome efetivo, a conversa adentrou o início da madrugada, até que a própria Sofia resolveu se levantar e dizer que estavam de saída para o chalé, agradeceu a família que tanto amava, abraçou a todos. Marina fez o mesmo, disse que estava muito feliz em ter conhecido todos e agradeceu o jantar, a conversa, o bolo e o café.
– Meninas, eu poderia acompanhar vocês, mas a Sofia já conhece o caminho e acredito que vocês podem seguir daqui sozinhas, o chalé que foi preparado foi o primeiro, o de frente para o café, ele foi limpo, a roupa de cama está arrumada o frigobar abastecido, se precisarem de algo é só ligar, Marina, amanhã gostaria de terminar nossa conversa de negócios, se for possível.
– Claro, Simone, será um prazer, podemos já deixar agendado uma reunião para o final da semana na Pegasus, amanhã de manhã vou entrar em contato com minha secretária e peço para ela reservar um horário, eu não sei como eles estarão, mas eu mesma faço questão de fechar nosso contrato, se você não se opuser, é claro.
Marina havia feito de propósito, Simone não havia mencionado nada em ser gay, mas pela fala de Sofia era no mínimo bi, então fazer um pouquinho de ciúmes não custava nada, depois do jantar e de ter conhecido a família de Ciço, o perdão estava em 10%. Poderia fazer um pouquinho de raiva para seu amor, estava com crédito.
– Tudo bem, já entendi que vocês duas querem me deixar insegura e com ciúmes, não posso negar que não está dando certo, por isso, acho melhor a gente ir indo e amanhã vocês continuam essa reunião de negócios.
Marina e Simone riram e se abraçaram, Luiz também recebeu um abraço, foram acompanhadas até o carro de Marina que estava estacionada de frente para a casa sede da fazenda, o clima estava mais frio e o céu repleto de estrelas, parecia uma noite perfeita para fazer amor em um chalé no interior do estado que tinha a cidade mais agitada do país.
Marina tinha um carro híbrido, MINI COOPER S E COUNTRYMAN ALL4, todo preto, o carro combinava perfeitamente com ela , clássico, chique, elegante, era a primeira vez que Sofia entrava no carro dela, e ele tinha aquele cheiro que ficara no seu travesseiro, entrou e sorriu.
– O que foi? Não é um carro grande como seu, mas é muito efetivo e não polui.
– Eu achei seu carro lindo, chique e elegante igual a você, eu sorri, porque ele tem seu cheiro, o mesmo cheiro que você deixou no meu travesseiro e que eu senti falta.
Antes de ligar o carro, Marina resolveu beijar Sofia, nunca a empresária tinha se mostrado tão romântica, se havia ocorrido um problema sério no sábado, parece que esse problema sério havia sido resolvido por completo.
– Vamos, estou doida para fazer amor!
O caminho a ser percorrido até o primeiro chalé não foi longo, não durou sequer cinco minutos, Marina ficou encantada, tudo era rústico, mas extremamente elegante, os tons de madeira misturados com o branco davam um ar sofisticado. O chalé era circular, diferente dos tradicionais os quais Marina estava habituada, os ambientes interagiam entre si, além da cama king, havia uma televisão com suporte móvel que poderia ser mexida e circundar o quarto 360º, uma varanda com uma rede, ao lado da cama um frigobar e uma pequena adega, abastecida com duas garrafas de vinho e champanhe, sobre a mesa um bilhete com o holograma da Fazenda Cariri: “Façam tudo que o amor permitir. A Champanhe francesa é cortesia da casa. Aproveitem. Abraços, Simone.”
Sofia sorriu, Simone era excepcional, foi esse o adjetivo que sua tia Ida usou para definir aquela mulher, e ela tinha razão, quando olhou para trás, viu Marina deslumbrada com o ambiente, a Fazenda Cariri tinha uma magia intrínseca, uma áurea diferente, sempre se sentiu em casa ali, fora para lá que Ida quis ir antes de Buenos Aires, nunca esqueceu a frase da tia: “Antes de Buenos Aires, precisamos passar uns dias na Fazenda Cariri, vamos nos encontrar com o amor, com a amizade, com a boa comida e com Deus, ali Deus fez um trabalho diferente.”
– Você está mais 20% perdoada depois de me colocar dentro desse chalé redondo, Sofia, mas não se esqueça, ainda faltam 70%, terá que fazer um esforço hercúleo para conseguir tal feito até amanhã de manhã que foi o prazo que me pediu antes de termos essa conversa que precisamos ter.
Sofia tinha uma cor de olho linda, Marina nunca soube decifrar qual seria essa cor, tinha um olhar doce e feroz, quando viu os olhos de Sofia pela manhã e eles estavam claros ela se apaixonou mais ainda, ali naquela noite, eles não estavam tão claros, mas estavam cheios de desejos, parecia que Marina olhava para um espelho, porque era assim que seus olhos ficavam quando pousavam na empresária, qualquer pessoa seria capaz de perceber que ela se apaixonou à primeira vista, tudo na dona do Aquarela encantava Marina, até a forma arredia, os atrevimentos, o amor, o cheiro, o gosto, foi com esse olhar feroz que Sofia se aproximou, e o arrepio voltou imediatamente.
– Eu acho que eu realmente preciso me desculpar, você tem toda razão.
Foi assim que Marina teve a blusa delicadamente tirada do corpo, a pele branca, limpa, os pelos arrepiados, Sofia viu, passou a mão lentamente nas costas dela até chegar onde queria, foi tudo muito sinestésico, cheiro, gosto, mãos que passeavam e que apertavam onde deveriam apertar, olhos que se encontraram e quando a francesinha percebeu estava nua, completamente nua, enquanto Sofia usava seu corpo da forma como queria.
Marina teve o corpo beijado, as costas foram mordidas e a mão de Sofia começou a passear entre as coxas, numa tortura lenta, estava quase implorando por algum toque de tão excitada que estava. Quando percebeu Sofia estava se abaixando e deixando um rastro de beijo na sua barriga, colocou as mãos dentro daqueles cabelos lindos e cheirosos e sussurrou:
– Você está me torturando? Eu não estou aguentando mais.
– Shhhhhh, não fala nada, só sente.
E quando Marina sentiu a boca de Sofia em si, o arrepio fez o seu corpo curvar e as pernas tremerem, sentiu a língua quente lhe tocando, estava encharcada, molhada, mais do que pronta para Sofia, não se conteve e puxou um pouco os cabelos daquela mulher, enquanto recebia o melhor sexo oral da vida até aquele momento, tentou segurar o prazer em vão, ele lhe nocauteou rápido, Marina derreteu, sentiu o próprio prazer escorrendo, soltou um gemido cru, as pernas quase falharam, mas Sofia a sustentou e continuou e quando estava quase caindo, seu corpo resolveu sucumbir àquela língua e gozou de novo, forte, faltou ar e, dessa vez, procurou apoio e foi ajudada por Sofia que subiu pelo seu abdómen deixando um rastro do gozo molhado.
Foi deitada na cama de forma suave, estava desnorteada, procurando algo para se agarrar e sentiu sobre si um corpo. Antes de conseguir pegar o fôlego necessário, teve a boca beijada por Sofia e sentiu o próprio prazer, foi um beijo demorado, lento, cheio de mãos e significados, naquele instante, Marina podia jurar que Sofia era o seu grande amor e que facilmente poderia amá-la, sentiu um medo, o coração acelerou e a mente explodiu.
Marina estava zonza, era a famosa vertigem do amor, já tinha lido sobre isso em algum lugar, procurou o ar e quando Sofia a fitou, tinha um sorriso matreiro nos lábios, sussurrou em seu ouvido:
– Faltam quantos por cento para o meu perdão?
Marina gargalhou, as pernas ainda estavam moles, se moveu de forma rápida e ficou sentada completamente nua sobre o ventre de Sofia, se tinha ficado sem ar e estava ainda se recuperando, queria maltratar também sua empresária.
Marina achava Sofia lindíssima, a paulistana era um mulherão, cheia de sex appeal , começou a se movimentar devagar, prendeu os braços de Sofia na cama , disse que eles tinham que ficar ali, parados, que ela queria brincar, brincar de prazer, brincar de amor, brincar de viver.
Pararam de se amar às 4 da manhã, exaustas, as pernas fracas, estavam nuas sobre a cama, Marina atravessada com a cabeça na barriga de Sofia, enquanto ela passava a mão sobre o corpo nu da francesinha, a champanhe nem sequer fora aberta, o silêncio reinava no quarto, nada de palavras, só sentimentos podiam estar ali, resolveram adormecer assim, com o prazer pelo corpo, com o cheiro uma da outra impregnado, de forma muito delicada, Sofia puxou Marina para si, a guardou e a cobriu, logo percebeu que o sono veio, ela parecia exausta, passou as mãos pelos cabelos negros muito bem cuidados e cheirosos, eles tinham sido lavados, o cheiro de xampu estava vivo nos fios, sentiu a respiração daquele amor, deu um beijo na cabeça dela e adormeceu.
O amanhecer tinha gosto de amor naquele chalé redondo, Marina acordou muito lentamente, estava dolorida, tinha sentido prazer várias vezes durante a madrugada, Sofia estava impossível e completamente perdoada, sentiu um corpo nu grudado em suas costas, sorriu, moveu-se bem devagar, não queria acordá-la.
Levantou-se e foi em direção ao celular que tinha deixado no silencioso, eram dez da manhã, sorriu, fazia tempo que não acordava esse horário na vida louca que estava tendo e seus últimos dois dias tinham sido difíceis por causa da mulher linda e nua que estava na sua frente agora.
Resolveu tomar banho, a água quente relaxou seu corpo por completo, vestiu-se toda de preto, numa caça de malha e uma blusa preta e um cardigã azul, clássica por completa, aproximou-se da cama e cheirou a nuca de Sofia, amava aquele cheiro.
– Bom dia, meu bem.
– Bom dia! Abriu um sorriso lindo, estava nua deitada na cama, o lençol tinha escorregado e o corpo ficou a mostra. – Se continuar me olhando assim, tiro essa sua roupa linda que vestiu e não saímos daqui para nada.
Marina abraçou Sofia e a beijou cheia de carinho e de mãos, que escorregaram imediatamente para os seios de Sofia que se arrepiaram.
– Você é maravilhosa, Marina, está linda, chique como sempre e cheirosa, minha barriga está roncando e a sua deve estar também.
Sofia se virou e pegou o celular eram quase 11 da manhã, tinha que levantar, conferiu a mensagem de Carlão e tinha uma de Simone: “Espero que sua noite tenha sido ótima, infelizmente não autorizei levarem café para o chalé, por favor, saiam do casulo, tenho negócios para fechar.” Sofia sorriu e estendeu o celular para Marina que leu a mensagem e também sorriu, Simone era uma figura, uma figura muito bonita diga-se de passagem.
Sofia foi em direção ao banheiro, quando entrou viu as coisas que Marina tinha deixado, tudo muito delicado, amoroso, sobre a bancada outro cardigã para aquecê-la após o banho, uma camiseta lisa preta igual a que Marina vestia, um pacote de calcinhas limpas e os produtos de higiene que Sofia usava, ela lembrara de tudo, o perfume, Sofia queria o de Marina.
Tomou um banho quente, lavou os cabelos, a música no chalé começou a tocar, uma versão mais moderna e lenta de La vie in rose, Marina adorava Edith Piaf, se vestiu com a calça jeans e a camiseta preta e o cardigã limpo e cheiroso que Marina havia trazido para si, quando saiu do banheiro seu amor estava ao telefone e quando a viu abriu o sorriso mais lindo que já tinha visto: um sorriso feito todinho de amor.
Foi até ela, a abraçou e a cheirou, Marina falava ao telefone com Dom sobre a conversa que teve com Simone e sobre as necessidades da empresária, estava feliz, Sofia ouviu um pouco a conversa agarrada com Marina e pediu para falar com ele.
– Oi, Dom, queria me desculpar sobre sábado e agradecer a você a sua família pela recepção encantadora que tive, eu adorei tudo e amei a Ella, tive um problema e precisei me ausentar, por favor, me desculpe.
– Oi, Sofia, eu espero que tudo esteja bem, mas por favor cuide bem da minha irmã, ela realmente gosta muito de você e não deixe ela saber que lhe disse isso, Marina é uma das mulheres da minha vida e vê-la sofrer me machuca também.
– Pode deixar, isso não vai mais se repetir, me desculpe novamente. Eu ouvi Marina dizendo que está de folga, porque não vem até aqui com Ella e você conhece Simone e a Fazenda Cariri, tenho certeza que vocês vão amar!?
– Marina disse que está no Paraíso, vocês estão muito longe?
– Não, não, um pouco mais de uma hora e você chega aqui, cerca de uns 80 km, venham todos, preparamos um chalé e amanhã de manhã voltamos para São Paulo, o que acha?
– Acho que Ella vai amar, tudo bem, vamos ajeitar as coisas por aqui e chegamos para o almoço, tudo bem?
– Claro, vocês vão amar!
Marina olhava para Sofia sem acreditar, tinha um sorriso no canto da boca e uma fome barulhenta no estômago.
– Vamos, meu bem, vamos esperar o Dom no melhor café da região.
Saíram abraçadas, enlaçadas pelo amor, com passos lentos, viram o ambiente, andaram um pouco, tudo parecia mais bonito de dia, Marina estava encantada, depois de uns dez minutos caminhando viram o café todo de vidro. Marina não acreditou no que via, era lindo, havia movimento, a fazenda vibrava, assim como seu coração, que vibrava de amor, era tudo lindo, muito lindo.
Aguardando a continuação da história. Espero que retorne em breve.
Mia posta o capítulo prometido !!!!’
Oi meninas, o capítulo novo sai essa semana. Já já está por aqui. obrigada
Cadê o capítulo prometido?
Mia, posta o próximo capítulo!!!!!!!
Sai essa semana, muito obrigada pela leitura.
Gente eu preciso dos próximos capítulos!
Por favor!
Muito fofo esse romance
oi, sai essa semana. Obrigada pela leitura. Beijos
Também estou acompanhando desde o início. Louca pra saber como a Marina vai receber as explicações da Sofia, e o desenrolar da história. Obrigada pelo capítulo
Que cap. lindo, Mia! 😻
Tu se supera! Estou muito ansiosa p.saber mais sobre essa linda história.
Marina e Sofia são lindas demais, e merecem ficar juntas!! Torço muito por elas!! 🤍
Muito obrigada pelo carinho, que bom que gosta da história, o capítulo novo sai essa semana. Obrigada por acompanhar.
Olá! Tudo bem?
Lendo e acompanhando desde o começo e torcendo muito por nossas meninas.
É isso!
Post Scriptum:
”Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida. ”
Platão,
Filósofo.
Obrigada pelo carinho e pelos comentários e pelas frases, sempre tão lindos.