A verdadeira história de Anahi e Dulce...? - 3 temporada

 

Anahi chegou até um pouco mais cedo que o combinado na casa de Dulce, elas iriam almoçar lá e depois iriam pra consulta, quem abriu a porta foi Lupita pois Dulce ainda estava lá em cima se arrumando.

– Oi Lu, tudo bem? – deu dois beijinhos e um abraço nela, sentia falta da senhora também e vice-versa.

– Tudo bem Anahi e você?

– To bem.

– Olha quem está aqui Gih….- falou enquanto Anahi entrava e ela fechava a porta.

– Mamãeeeee!! – Giovanna largou os brinquedos e foi correndo pros braços da mãe.

– Oi meu amor, que saudades de você! – ela tinha agachado pra abraçar a menina e agora se levantara com ela no colo.

– Ela estava morrendo de saudades da mamãe também, né meu amor? – Lupita falou fazendo carinho nos cabelos da menina e olhando pra ela- Fala de você toda hora. – Anahi sorriu e cobriu a filha de beijos.

– Mamãe, lá. – ela apontava com os bracinhos pra onde estava brincando antes.

– Você estava brincando, princesa? – ela fez que sim com a cabeça e continuou apontando pra lá- Quer ir lá? – mais uma vez ela mexeu a cabeça.

Anahi foi até lá e sentou junto com a filha pra brincar com ela.

– Bom, agora que você chegou, eu vou lá terminar o almoço….

– Vai tranquila Lu. A Dulce stá aonde?

– Se arrumando. – ela disse e então saiu pra cozinha.

Na verdade Dulce estava lá em cima indecisa e nervosa, sem saber que roupa por, já tinha mandado varias fotos pra Fuzz a ajudar a escolher, mas não deu o braço a torcer quando a amiga disse que ela estava se arrumando pra Anahi. Quase meia-hora após Anahi chegar, ela desceu. Tinha escolhido um macacão soltinho azul marinho, sem mangas e usava uma sandália rasteira bege, Anahi percebeu que ela tinha se maquiado coisa que das últimas vezes ela tinha abandonado, sorriu feliz ao ver sua mulher mais linda do que nunca, adorava quando ela usava brincos maiores como argola que ela estava agora. Assim que a viu descendo as escadas sorriu pra ela e só “acordou” com a filha a chamando.

– Não sabia que estava aí….- Dulce comentou indo ligeiramente na direção das duas.

– É, cheguei e fiquei aqui brincando com a Gih…. A Lu disse que você estava se arrumando….

– Eu estava no telefone com a minha mãe, por isso demorei….- inventou uma desculpa pra não parecer que ela demorou pra se arrumar pra sair com ela….o que era verdade….

– Tudo bem….foi bom que fiquei com ela….- fez um carinho na filha ao falar e Dulce sorriu em resposta, assim como Anahi quando a olhou- Você está linda.

– Obrigada. – Dulce sorriu meio sem graça e desviou o olhar, Anahi também estava meio sem graça e sem saber o que dizer, ambas nervosas. Foram salvas por Lupita que entrou na sala avisando que estava tudo pronto.

– Vamos papar, Gih? – Anahi falou mas ela balançou a cabeça fazendo um “não”- Não quer papar, por quê?

– Agora está assim, só quer brincar. – Lupita.

– Gih, tem que papar. A mamãe vai papar, não vai? – Dulce olhou pra Anahi.

– Vou. Vamos papar comigo? Depois a gente brinca mais.

– Vem filha. – Dulce se aproximou dela e ía se agachar pra pegá-la mas Anahi não deixou.

– Não né! Vem, meu amor. – Anahi a pegou no colo- A mamá também vai comer, seu irmãozinho está com fome, não tá mamá?

– Tá, ele está com muita fome. – elas foram conversando com ela e finalmente a convenceram a comer.

Colocaram ela na cadeirinha e se sentaram uma de frente pra outra enquanto Lupita dava o almoço dela. Mal conversaram pois Giovanna demandava toda a atenção, só conseguiram quando Lupita a pegou pra limpar ela pois tinha se sujado toda almoçando.

– Tem comida até no encosto da cadeirinha…- Anahi falou rindo.

– Ela agora está com essa mania de querer comer sozinha, aí parece que tinham cinco crianças comendo hahah.

– Não sabia que ela já estava assim…. Incrível né? Alguns dias sem ver e já muda tanto.

– É…- ficou um silêncio porque Anahi tinha ficado com um semblante triste, mas respirou fundo e mudou de assunto.

– Tá se sentindo bem? – a olhou e sorriu mas Dulce a conhecia bem demais pra saber ver a tristeza em seu olhar mas resolveu não tocar no assunto.

– To sim, graças a Deus.

– Tem dormido bem?

– Dentro do possível…. Alguns dias são melhores outros nem tanto…- olhou pra Anahi e deu um sorriso.

– Me lembro bem….- também sorriu.

Logo Giovanna voltou e tomou a atenção das duas pra ela. Cerca de uns quarenta minutos depois Lupita conseguiu a distrair e elas saíram, logo a mãe de Anahi passaria lá pra pegar ela e passear, pra ela distrair…..

Esperavam a vez de serem atendidas em silêncio, assim como foi a maior parte do trajeto no carro, ambas nervosas.

– Quer uma água?

– Ahm? – Dulce a olhou meio perdida pois estava viajando.

– Quer uma água? Vou pegar pra mim. – apontou pro filtro ao falar, já em pé.

– Quero. Por favor.

Anahi a trouxe a água e após ela agradecer o silêncio voltou.

– Você avisou a Dani que eu vinha?

– Não. Você avisou?

– Também não. – Anahi respondeu e as duas riram. Foram interrompidas pela voz da secretária dizendo que elas podiam entrar.

Dani cumprimentou Dulce e ao se virar não disfarçou a surpresa ao ver Anahi ali.

– Anahi, que surpresa! Não sabia que vinha….

– Tudo bem, Dani? – as duas se abraçaram.

– Tudo ótimo, e vocês? Tudo bem?

– Tudo bem. – as duas falaram ao mesmo tempo.

– Que bom! Sentem-se. – disse enquanto fechava a porta.

Dani de início fez aquelas perguntas de rotina antes de irem fazer a ultra. Enquanto Dulce se encaminhava pra lá, Dani foi falar com Anahi aproveitando que estavam só as duas ali.

– Muito bom você ter vindo! Como vocês estão? – Anahi deu de ombros antes de responder.

– Na mesma, eu acho.

– Na mesma? – Dani a olhou e riu- Das outras vezes ela não vinha arrumada e maquiada na consulta….- Anahi apenas sorriu pois também tinha percebido isso.

– Eu não sei, ela que me chamou pra vir hoje, mas não conversamos sobre isso ainda.

– Conversem. O bebê de vocês logo está aí e vão precisar uma da outra.

– Você sabe que não depende de mim, né Dani? Por mim nada disso teria acontecido.

– Eu sei, mas aquele cara é bem perspicaz. Ele tentou entrar em contato comigo algumas vezes mas eu cortei logo, meu contato é com o Dr Ricardo.

– Ele é um idiota, mas a minha preocupação é a Gabi.

– Ela está bem né? Falo com dr Ricardo direto e fui ver ela esses dias.

– Foi? Que bom! Também tenho ído quando posso, a Dul que não pode ir mais né…. Mas a Gabi sempre pergunta dela…

– É. Pra mim ela também perguntou….- Anahi sorriu.

– Tadinha…

– Tá acabando Annie, daqui a pouco ela vai estar curada, e se Deus quiser, a Dulce poderá ver ela quando quiser….

– Deus te ouça! É o que mais quero.

– Vai dar certo sim, você vai ver. – Anahi sorriu e ouviram Dulce as chamando.

Entraram. Anahi atrás de Dani. Anahi estava na dúvida em como se comportar, mas sentou na cadeira ao lado da cama.

– Você vai enxergar daí? – Dulce a olhou ao perguntar- Senta aqui. – apontou pra própria cama e chegou um pouquinho pro lado pra dar espaço à ela. Anahi nada disse, apenas a sorriu. Dani também sorriu mas fingiu que não estava vendo, estava com o olhar focado no monitor.

– Vamos lá? – as olhou e as duas fizeram que sim com a cabeça. A primeira coisa que ouviram foram os batimentos cardíacos- Estão ouvindo? – as olhou e as duas sorriram fazendo que sim. Anahi olhou pra Dulce que sorriu mesmo sem a olhar, não precisava a olhar pra saber que a mesma a olhava- Forte como um touro!

– Graças a Deus. – as duas falaram ao mesmo tempo.

Dani foi passando e mostrando pra elas na tela, as duas mantinham os olhos fixos nele.

– Tudo ótimo. O filho de vocês é perfeito! – as duas sorriram mais uma vez e se olharam.

– Graças a Deus! – Dulce falou e pegou na mão de Anahi, Dani sorriu ao perceber mas disfarçou.

– Ele ganhou peso inclusive, o que é ótimo, pois na última ele estava um pouco abaixo. Você anda se alimentando bem, Dulce?

– Sim.

– Repousando também? – ela fez que sim com a cabeça- Conseguindo dormir?

– Às vezes sim, mas está bem complicado já pois estou sem posição…

– Entendo. Mas é importante tá? Descansar faz parte. E aquelas massagens que te passei, tem feito?

– Às vezes, mas nem sempre consigo…. Depende de ter alguém né….

– Olha alguém aí, usa ela. – Dani falou e riu, Anahi também mas Dulce ficou meio sem graça mas não largou a mão de Anahi.

– Eu fiz algumas vezes. – ela respondeu e olhou pra Dul sorrindo que a olhou de volta mas apenas balançou a cabeça.

– Que bom. Então, o que eu tenho pra te recomendar são as mesmas coisas de sempre. Repouso, evitar estresse e se alimentar bem, ok?

– Ok. – Dulce sorriu- Ele está bem né?

– Melhor que nós três aqui juntas. – Dani riu ao falar arrancando risos das duas- Bom, te espero lá na sala tá? – Dulce balançou a cabeça em resposta e Dani sorriu se levantando, Anahi a sorriu em resposta e ela saiu. As duas ainda estavam de mãos dadas.

– Obrigada. – Anahi falou assim que Dani saiu, a olhando.

– Por que?

– Por me chamar pra vir, por me deixar ver ele….- Anahi estava com os olhos marejados.

– Você é a mãe dele, não precisa agradecer. Independente de qualquer coisa, eu tenho certeza que eu escolhi a melhor mãe que ele poderia ter….- Anahi sorriu e abaixou a cabeça pra disfarçar a lágrima que caiu- Obrigada você por estar aqui e segurar a minha mão. – Anahi a olhou e beijou a mão que ela ainda segurava.

– Estarei sempre segurando a sua mão, amor. – deu um beijo na testa dela e ao se afastarem os olhares se cruzaram e ficaram se olhando. Anahi queria muito o beijo mas resolveu não forçar, deu um leve sorriso e desceu o corpo beijando a barriga dela- Meu filho, você é uma benção, mamãe te ama muito tá? – Dulce olhava a cena em silêncio e com o coração disparado, tentava segurar o sorriso que teimava em aparecer. Quando Anahi se levantou, sorriu pra ela.

– Melhor a gente ir lá né? A Dani está nos esperando….

– Claro. Precisa de ajuda pra descer?

– Aceito. – Anahi segurou no braço dela pra dar apoio enquanto ela descia os degraus o que as deixou frente a frente e perto de novo, dessa vez Anahi não controlou e desceu o olhar pra boca da mulher, Dulce fechava os olhos mas foram interrompidas por um barulho vindo lá de fora e se afastaram- Vou terminar de me arrumar.

– Ok. Te espero lá. – saiu e só assim respirou fundo, Dani falava no telefone e nada percebeu.

Anahi se sentou esperando Dulce chegar, ela chegou mais ou menos ao mesmo tempo que Dani desligou o telefone.

– Dulce, to te dando uma outra receita das vitaminas tá? Mas fora isso, o que já te falei lá dentro tá…..repouso e boa alimentação.

– Pode deixar, Dani.

– Bom, se tudo correr como planejado, teremos mais três ultras só, tá bom? – ela fez que sim com a cabeça e então suspirou- Que foi?

– Nada. Só que está chegando né….da um medinho….- Anahi a olhou e pegou em sua mão a apertando, Dulce retribuiu o aperto pois se sentia mais segura com Anahi ali.

– Você está ótima. Não precisa se preocupar. – Dulce balançou a cabeça concordando com ela, em seguida sorriu.

– Eu sei, confio em você Dani, é só que fico pensando na Gabi também….- Dani olhou pra Anahi antes de falar.

– Eu sei que você se preocupa com ela, mas tenta focar em você e no Matheus tá? Quando ele nascer, a gente vê se ele será compatível ou não, ok?

– Eu sei, você está certa….mas é que é inevitável não pensar…. Fora que eu queria tanto ver ela, saber como ela está….

– Ela está ótima Dul….eu vi ela semana passada.

– Viu?? – Dani fez que sim com a cabeça.

– Pergunta de você direto. – Dulce sorriu e olhou pra Anahi.

– Em breve você vai poder ver ela, Dul e se Deus quiser longe daquele hospital. – Anahi falou e Dani sorriu balançando a cabeça.

– É o que eu peço todos os dias. – falou olhando pra Anahi que a sorriu.

– Vai acontecer Dul, se Deus quiser! – Dani. As duas sorriram- E vocês tem mais alguma dúvida?

– Não. – Dulce olhou pra Anahi esperando a resposta dela.

– Não, sobre isso não, mas tem uma coisa que quero falar com você, Dani.

– Pode falar. – ela levantou a cabeça e a olhou pois estava escrevendo algumas coisas no prontuário- Alguma dúvida?

– Não. Não tem nada a ver com a gente ou com o Matheus, é outra coisa. – Dani a olhou curiosa e Dulce também, sem entender- Ok, então eu vou falar. – Anahi sentou mais à frente apoiando o braço na mesa- Qual a sua com a minha amiga?

– Oi?!

– Anahi! – Dulce a repreendeu, Anahi a olhou mas então voltou a olhar pra Dani.

– Quero saber o que você quer com a Mai porque ela está toda encantadinha com você e ela é uma pessoa muito legal e eu não vou deixar você sacanear ela.

– Meu Deus! Dani, desculpa….- Dulce estava com o rosto coberto pelas mãos com vergonha. Dani a olhou e então pra Anahi.

– Eu fiz isso com a Fuzz, não vou fazer com ela? – Anahi olhou a mulher.

– Você fez o que com a Fuzz?

– Quis saber as intenções dela com a Sophie. – Dulce só balançou a cabeça e olhou pra Dani.

– Desculpa Dani….- ela estava com a mão na testa cheia de vergonha.

– Então, é sério? – Anahi a olhou- Não precisa ficar com essa cara, só to cuidando da minha amiga….- sorriu ao fim da frase.

– Nossa, ok, calma, fiquei até nervosa agora. Óbvio que é sério.

– Tem certeza né?? Porque a Mai nunca ficou com mulher e o ex dela não foi exatamente legal então….- Dani a cortou.

– É sério Anahi. Eu só quero conhecer ela melhor, eu gostei muito dela e as vezes que saímos só me serviu pra confirmar isso.

– Que bom, porque ela está toda encantada com você…

– Que bom. – Dani sorriu- Porque eu também to….- as duas sorriram e Dulce respirou aliviada.

– Eu torço pra que dê certo, vocês combinam e ela está mesmo encantada….- Dulce sorriu ao falar e olhar pra Dani.

– Eu também torço…. A Mai merece uma pessoa legal e você é. – Dani sorriu ao ouvir isso da loira.

– Que bom, fico feliz! Agora eu posso falar algo?

– Claro. – as duas responderam ao mesmo tempo.

– Voltem! – ela apoiou os braços na mesa as olhando e sorriu- Vocês eram o meu modelo de casal que deu certo, por favor ok?? Voltem logo e vão ser felizes….

– Só depende dela….- Anahi olhou pra Dulce ao falar, sorriu pra ela prendendo a atenção da outra. Dani as olhava sorrindo, Dulce acabou sorrindo olhando pra baixo.

– Que bom! Problema resolvido então….- Dani falou e Anahi a olhou sorrindo. Ficou um silêncio e então Anahi tratou de falar:

– Vamos né? – olhou pra Dulce que concordou com ela- Você deve ter outros pacientes pra atender….

– Se cuidem tá? E Dulce, qualquer coisa me liga, viu? – Dani disse ao se despedir das duas.

– Pode deixar. Obrigada. – Dulce falou saindo do abraço e as duas saíram do consultório.

Elas estavam quase no carro de Anahi já quando Dulce falou:

– Você tem algo pra fazer agora?

– Não. Por que? – a olhou.

– Porque me deu vontade de tomar um sorvete…. Mas se você não puder, me deixa lá que depois eu volto pra casa.

– Óbvio que eu posso. – Anahi a sorriu e então foi em direção a sorveteria que tinha ali perto e ela sabia que Dulce adorava.

Foram ouvindo música e Dulce olhava pela janela enquanto Anahi a observava sorrindo, estava feliz de passar mais algumas horas com ela. Ao chegarem, ela estacionou e desceu rápido pra ajudar Dulce a sair.

– Obrigada. – a outra sorriu ao sentir Anahi a ajudando a sair do carro.

– Nada. – Anahi fechou a porta e teve vontade de dar a mão à ela mas se segurou- Dul, senta lá que eu compro.

– Não precisa, vou com você. Eu to bem. – ela sorriu ao falar e então foram as duas pra fila. Anahi a deixou passar na frente e manteve-se perto da mulher, de vez em quando tocava em sua cintura ou braço só pra sentir o toque e Dulce deixava….

– Vai querer de que? – Anahi perguntou e saiu meio um sussurro por estar atrás.

– Morango.

– Que bom que não é maracujá. – as duas riram- Meu filho é uma pessoa centrada. – as duas ainda riam quando chegaram na vez de pedir- Boa tarde, eu quero um de morango, uma bola? – olhou pra ela pra confirmar.

– Duas.

– Duas de morango. – falou com a menina ainda rindo- E uma de chocolate, por favor….

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– Entra. – Sophie falou ao ouvir batidas na porta mas continuou entretida nos papéis que lia.

– Atrapalho? – ouviu a voz ao mesmo tempo que a porta se fecha e mal acreditou no que via.

– Fê?? O que você está fazendo aqui? – a olhava bastante surpresa enquanto a namorada a sorria, mesmo tendo olhado antes pra Juliana sentada na cadeira, mas Fuzz não deixou transparecer.

– Vim fazer uma surpresa, gostou? – Fuzz ainda mantinha o sorriso no rosto enquanto vinha em direção a namorada que havia se levantado também.

– Claro que gostei! – ela sorriu e Fuzz a beijou ignorando completamente a presença de Juliana ali. Sophie até pensou em negar mas desistiu ao sentir o toque dos lábios, acabou esquecendo de tudo na verdade. Fuzz quem se separou primeiro- Amei a surpresa. – Fuzz sorriu pra ela e então dirigiu o olhar a Juliana que continuava sentada no mesmo lugar.

– Oi Juliana, tudo bem? – só nesse momento que Sophie se afastou um pouco da mesa e se recompôs se virando pra Ju.

– Tudo ótimo, Fernanda e você? – ela se levantou dando dois beijinhos em Fuzz.

– Muito bem. – sorriu falsamente e então olhou pra namorada que se dirigia pra sua cadeira- Atrapalhei vocês? Estavam trabalhando?

– Não amor, já tínhamos quase acabado né, Ju?

– É sim, o resto podemos ver amanhã…- Ju falou se levantando- Bom te ver, Fernanda. – a olhou- Vou deixar vocês conversaram…. Tchau Soph.

– Tchau…- só Sophie respondeu e Fuzz ficou puta com o “Soph” mas nada disse.

Assim que Juliana fechou a porta ela se virou pra Sophie que a sorriu, Fuzz sorriu de volta e foi até a porta a trancando e depois fechou as cortinas do escritório.

– O que você está fazendo?

– Nada, só nos dando mais privacidade….- ela disse já se virando pra Sophie.

– Pra que? – Fuzz não respondeu, apenas lhe lançou um sorriso safado- Fer, eu to no trabalho, não inventa.

– To fazendo nada…- ela continuava com o mesmo sorrisinho enquanto caminhava na direção de Sophie que apenas a olhava. Quando Fuzz chegou perto da cadeira dela, apenas a empurrou de leve de modo que ela coubesse entre a cadeira e a mesa. Sophie viu ela desabotoar os dois primeiros botões do vestido e se desesperou!

– Fernanda….- mas parou de falar quando Fuzz tirou o vestido revelando a lingerie que na verdade era um corpete preto de renda e uma calcinha na mesma cor que fazia o conjunto. Sophie ainda estava sem reação quando sentiu a namorada sentando em seu colo- Isso é sacanagem….- Sophie sentia os beijos no seu pescoço.

– Quer que eu pare? – Fuzz sussurrou.

– Não, mas a gente está no meu escritório, alguém pode entrar….

– A porta está trancada, vão ter que bater antes, relaxa….- a olhou ao fim da frase e sentiu Sophie descer o olhar por seu corpo, o que a fez voltar a dar aquele mesmo sorriso safado de antes.

– Eu não conhecia esse….- tocou no corpete ao falar.

– Porque é novo.

– Então você já veio com más intenções, é?

– Más não, maravilhosas! Você não gostou? – Fuzz deu uma mordida no lábio inferior dela ao perguntar colando as testas.

– Amei! – Sophie passou as mãos pelas costas e cintura da outra- Você está muito gostosa! – Fuzz sorriu pois soube que atingiu o objetivo e a beijou.

Durante o beijo Sophie desceu as mãos pelas costas e cintura da outra a puxando cada vez mais pra si, Fuzz sentia a unha dela a arranhando mesmo sobre o tecido o que a fazia grudar mais e mais seu corpo ao dela, a puxando pela nuca. Sophie desceu a mão até a cintura dela fincando suas unhas ali e os corpos se roçavam já pois Fuzz rebolava no colo da namorada. As duas ficaram ofegantes no beijo e por isso, Fuzz os levou até o pescoço de Sophie que sentia os dentes a arranchando de leve.

– Você vai me deixar marcada assim….

– Não vou, relaxa, eu sei que você tem que trabalhar ainda….- ela voltou aos beijos mas dessa vez mais calmos, mas aproveitou e deu uma puxada no cabelo o que fez Sophie olhar pra cima, queria acesso total. Desceu os beijos até o colo- Posso? – perguntou com uma das mãos nos botões da blusa social.

– Você pode fazer o que quiser….- Sophie disse de olhos fechados e encostada na cadeira, por isso não viu o sorriso de satisfação que Fuzz deu. Tirou a blusa por completo dela e então voltou a beijá-la.

O beijo era ofegante novamente, as duas se puxavam e se tocavam. Sophie desceu as mãos até o cadarço que amarrava o corpete e começou a puxá-lo, o que fez as duas pararem o beijo mas mantinham as bocas coladas.

– Pra que tanto cadarço? – Fuzz riu vendo ela meio enrolada- Me ajuda.

– Você tem que treinar amor.

– Pra que? – agora elas afastaram minimamente os rostos.

– Pra nossa noite de núpcias. – Sophie sorriu antes de a responder.

– Você vai usar isso na noite de núpcias?

– Bom….primeiro você tem que aceitar casar comigo….- ela parou e sorriu, Sophie também sorriu mas nada disse- e depois….depende! Posso usar um desses bem difícil de tirar ou posso não usar nada também…. O que você prefere? – ficou a olhando com um sorriso cafajeste e depois mordeu o lábio.

– Eu prefiro você toda coberta na rua e sem nada na nossa cama. – Fuzz riu um pouco mais alto e foi calada por um beijo que logo ficou urgente, Sophie a puxava pelos cabelos da nuca com uma mão e com a outra conseguiu, finalmente, soltar o corpete.

Assim que conseguiu o que queria, Sophie a puxou pela cintura a deixando ajoelhada na cadeira e sugou os seios da namorada, alternando um e outro, enquanto usava as mãos ora pra estimular o outro, ora pra arranhar suas costas ou barriga, Fuzz tentava ao máximo disfarçar os gemidos que se tornavam cada vez mais intensos. Mordeu uma das mãos quando sentiu uma das mãos de Sophie descendo e tocando seu sexo mesmo sobre a calcinha ainda, Sophie gemeu levemente ao sentir como estava molhada, ao olhá-la viu Fuzz de olhos fechados e a cabeça jogada pra trás. Não enrolou e rompeu a barreira da calcinha a tocando, Fuzz a agarrou pelos cabelos e enterrou a cabeça em seu ombro pra disfarçar os gemidos. Sophie a penetrava com dois dedos.

– Me fode, amor….

Sophie a segurava pela nuca e buscava seu pescoço pra também disfarçar seus gemidos, visto que ela também estava molhada.

– Ai que delícia, Sophie! Vai mais rápidoooo….

– Assim? – puxou o rosto da loira pra a olhar mas ela estava de olhos fechados mordendo os lábios- Goza pra mim, paixão….- Fuzz soltou um gemido abafado pelo ombro de Sophie mas que foi suficiente pra excitar mais ainda a namorada.

Sophie sentiu uma mordida no ombro e percebeu que ela tinha gozado, até porque sentiu o corpo mole da namorada se recostando no seu. Mas não esperou nem Fuzz se recuperar pra se levantar com ela, a apoiando na mesa atrás de si.

– O que você está fazendo? – mas recebeu de resposta apenas o dedo de Sophie sobre seus lábios, o que a fez calar-se.

– Não acabamos ainda.

– Não? – Fuzz tinha um leve sorriso ao perguntar e Sophie apenas balançou a cabeça enquanto afastava as coisas atrás da namorada e a inclinava.

– Deita.

Fuzz fez o que ela pediu e a olhava observando o que ela faria e o que ela fez foi deslizar a calcinha da loira, sentou na cadeira e apoiou os pés de Fuzz no apoio do braço antes de começar a chupar. Fuzz a agarrou pelos cabelos no mesmo instante e Sophie puxou as pernas dela pra ficar em cima do seu ombro.

Mesmo tendo acabado de gozar, Fuzz sentia os estímulos gostosos em seu sexo, Sophie ergueu os braços até que pudesse tocar com as mãos nos seios desnudos da namorada, os massageando e apertando os bicos como ela sabia que Fuzz adorava….

– Chupa mais forte amor, vai….- ela apertava a cabeça de Sophie contra seu sexo. Sophie deu uma sugada forte em seu clitóris e Fuzz deixou escapar um gemido um pouco mais alto.

– Shhh!

– Des….culpa….- falou entre gemidos e com a respiração entre cortada- Faz de novo….

– Então se controla…

– Anda, Sophie! – a puxou pelos cabelos e Sophie fez o que ela pediu mas dessa vez Fuzz estava preparada e mordeu o lábio pra abafar os gemidos- Eu vou gozar de novo….- sussurrou.

– Goza. Quero sentir seu gosto, meu amor…. – Fuzz mais uma vez mordeu a mão pois a cena e Sophie pedindo pra ela gozar em sua boca a estavam deixando muito molhada.

– Chupa gostoso então meu amor, chupa…. Vou dar pra você.

E realmente, em poucos segundos ela gozou na boca de Sophie e sentiu suas pernas desfalecerem na mesa. Sophie se levantou distribuindo beijos pelo corpo dela até chegar no rosto.

– Você acabou comigo….- Sophie apenas sorriu enquanto beijava seu rosto, pescoço, colo….

– Quem mandou aparecer toda gostosa aqui pra me provocar….- Fuzz riu e sentiu uma mordida na pontinha da sua orelha, passou os braços envolta do pescoço da namorada que a puxou pra sentar ficando entre suas pernas- Amo você. – sussurrou e ouviu o sorriso da namorada e logo em seguida, Fuzz a olhou ainda a abraçando pela nuca.

– Eu que amo você. – a puxou com as duas mãos em seu rosto pra um beijo.

Fuzz a abraçou enquanto sentia os carinhos da namorada em sua nuca e costas tentando se recuperar ainda. Sophie a olhou quando a viu sorrindo e não entendeu.

– Que foi?

– Você sabia que acabou de realizar mais uma fantasia minha? – se olhavam ao falar.

– Sexo no escritório? – Fuzz riu da cara que ela fez.

– Sim, mas eu sou sortuda e além de tudo realizei a minha fantasia com o meu amor! – Sophie sorriu toda boba e Fuzz a beijou. Elas deram varios selinhos- Eu te amo.

– Também te amo. – Fuzz respondeu e voltou a beijá-la enquanto descia da mesa.

Sophie sentiu seu corpo ser guiado pra longe da mesa mas sem parar o beijo, sem deixar de sentir as puxadas no cabelo ou de a agarrar pela cintura e arranhar suas costas. Sentiu sua perna bater no sofá e então afastou minimamente os lábios pra falar:

– O que vcê está fazendo?

– Shh. – Fuzz a empurrou o que fez Sophie cair no sofá e ela se ajoelhar na sua frente. Viu a namorada abrir a sua calça.

– Amor, você não va….- parou de falar ao sentir Fuzz puxar sua calça pra baixo e a boca dela tocar sua coxa, mordeu o lábio agarrando sua cabeça.

Ela beijou as duas coxas e foi subindo até chegar na altura dos seios passando pela barriga, deixando um rastro de arrepios e provocando gemidos na namorada, Fuzz a puxou pra frente pra conseguir se livrar do sutiã dela e assim que Sophie sentiu a língua dela provocando seus seios, gemeu mais alto e em seguida mordeu a mão se segurando, Fuzz olhou pra ela com um sorrisinho de satisfação que Sophie não viu por estar de olhos fechados. Fuzz alternou as chupadas e estímulos nos seios da namorada por um bom tempo até que resolveu descer novamente por sua barriga, Sophie ía controlando os gemidos mas levou um pequeno susto quando Fuzz a puxou com mais intensidade pelas pernas fazendo com que ela as abrisse mais, em seguida Sophie sentiu os lábios dela sobre seu sexo ainda sobre a calcinha, mas do jeito que ela estava molhada, não fazia muita diferença mais….

– Fer….por favor….- se digladiava entre a consciência que pedia pra ela parar pelo lugar onde estavam e o que ela queria de verdade, que era gozar na boca da sua namorada que estava agachada e totalmente pelada passando a língua pela sua calcinha a molhando mais ainda.

Fuzz nada disse, porém a olhou e então abaixou a sua calcinha, Sophie apenas respirou fundo e fechou os olhos…. Agarrava nos cabelos dela a guiando e aliviando a vontade de gemer mais alto, ao abrir os olhos não pode conter o sorriso que brotou em seus lábios ao perceber que estava ali, no seu escritório, quase gozando na boca da namorada e que aquilo estava maravilhoso! Fuzz a fez acordar ao sugá-la com mais vontade, Sophie não conseguiu controlar o gemido mais alto agora e sabia que estava próxima a gozar…..

Alguns minutos depois estavam as duas sentadas no sofá, Sophie no colo de Fuzz e voltavam a se beijar.

– Você é louca, sabia? – Sophie tinha um sorriso satisfeito nos lábios.

– Por que? Não gostou? – afastaram os lábios apenas pra falar mas Fuzz ainda mantinha as mãos na nuca dela, com as testas coladas.

– Eu amei! Tanto que to pensando em não te deixar ir, ou ir com você.

– Vamos então! – ela falou e riu, Sophie também riu pois ambas sabiam que ela não podia.

– Não posso….

– Eu sei. – Fuzz deu um sorriso pra ela- Não pode deixar a Ju sozinha. – ela falou “Ju” debochadamente o que fez Sophie afastar um pouco mais os rostos e a olhar, com um meio sorriso, mas Fuzz nada disse, apenas revirou os olhos.

– Foi por isso que você me beijou daquele jeito na frente dela?

– Não. Beijei porque eu quis, porque você é minha mulher. – respondeu sem a olhar- Por que? Não posso? – a olhou ao fim da frase e estava com uma cara meio fechada e Sophie se controlando pra não rir.

– Pode. Você pode tudo, meu amor. – Sophie ainda segurando o riso a beijou.

E o beijo foi urgente, Fuzz a puxou com vontade pela cintura e apertou a mão nos cabelos da namorada, fazendo até com que seu corpo fosse um pouco pra trás mas se segurou e não caiu com ela pra trás, mas sentiu Sophie remexendo levemente sobre seu colo, porque o beijo parecia que ficava mais urgente a cada minuto….

– Desse jeito eu não vou deixar você sair daqui mesmo….- Sophie falou ofegante entre o beijo.

Fuzz voltou a beijá-la da mesma forma só que dessa vez forçou seu corpo até que as duas caíram no sofá com Sophie por baixo. Não pararam de se beijar, na verdade, a cada minuto ficava mais intenso, Sophie a puxava pelos cabelos também, as duas ofegavam e era impossível que não rebolassem uma sobre a outra, Sophie fechou as pernas envolta do quadril de Fuzz e as duas, em pouco tempo já estavam molhadas novamente.

Gozaram mais uma vez assim…..

E depois dessa, Fuzz foi realmente embora pois Sophie agora tinha que voltar a trabalhar.

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Depois do sorvete as duas tinham resolvido dar uma volta a pé, na verdade Dulce quem quis, mas agora Anahi começava a se preocupar de estarem exagerando já….

– Dul, você não está cansada?

– Não, está tudo bem. – a olhou e sorriu.

– Tem certeza? Seu pé não está inchando? – Anahi parou olhando pro pé dela o que fez Dulce parar também.

– Não, está tudo bem. – voltou a sorrir- Mas acho melhor irmos mesmo, sua mãe deve estar louca com a Gih lá.

– Ela adora, você sabe.

– Eu sei, mas ela está ficando maior e mais levada. – Anahi riu.

– Tá bom, vamos.

Elas voltaram em silêncio até o carro, Anahi abriu a porta pra ela entrar que agradeceu arrancando um sorriso de Anahi que em seguida entrou no carro também, ela estava ligando o carro quando Dulce chamou a sua atenção, era uma foto de Giovanna toda suja com a massinha que brincava com a vó.

– Meu Deus….- as duas riram. Anahi voltou a olhar pra frente mas ao invés de sair com o carro, se virou pra Dulce e viu que ela ainda estava sem cinto.

– Que foi? – Dulce a olhou sem entender.

– O cinto.

– Ai Annie, você sabe que me aperta, eu não gosto. – Anahi tirou o dela e se inclinou pra pegar o cinto e por nela fazendo Dulce revirar os olhos.

– Não gosta mas tem que usar, pode me olhar brava mas é uma segurança pra você e pra ele. – Dulce suspirou- Só to cuidando de vocês….

– Eu sei. – Anahi sorriu e só percebeu como tinham ficado próximas quando viu como Dulce a olhava, o sorriso foi morrendo aos poucos e foi inevitável o olhar das duas não descer um pra boca da outra….

Anahi não controlou mais e a beijou. Depois de quase um mês as duas se beijavam, não à toa o beijo se tornou urgente rapidamente, Dulce levou a mão a nuca da loira a puxando mais no beijo mas Anahi tentava se controlar afinal, Dulce estava grávida e não podia fazer peso na barriga, mas claramente, ambas queriam mais…. O beijo urgente foi as deixando sem ar e o beijo foi ficando mais lento mas nenhuma das duas se afastou, trocaram alguns selinhos antes de se afastarem, as duas demoraram pra abrir os olhos e quando o fizeram ficaram meio sem saber o que dizer, Dulce a olhou mordendo levemente os lábios enquanto Anahi ainda na mesma posição a sorriu de leve também. Foram interrompidas pelo toque do celular de Anahi, ao pegar viu mais uma foto de Giovanna toda colorida e imunda, mostrou pra Dulce que riu.

– Acho melhor a gente ir hahaha. – Dulce.

– Melhor. – Anahi também riu e agora deu partida no carro.

As duas foram o trajeto todo até a casa dos pais de Anahi sorrindo feito bobas e tentando controlar, num determinado momento, Dulce até suspirou enquanto olhava lá fora pra janela, Anahi a olhou mas Dulce continuava olhando pra lá, portanto sem a olhar, mas Anahi deu um sorriso de canto dos lábios enquanto a música do rádio permeava o ambiente.

Chegaram rápido lá, Anahi mais uma vez a ajudou a sair do carro, Dulce estava adorando aquilo, não que ela não tivesse sempre feito, mas agora era diferente e ver Anahi a tratando daquela forma a fazia sorrir e se lembrar do porquê se apaixonou por ela…. Parecia que estavam na fase do namoro novamente….era uma sensação boa pra ela….

Porém, assim que entraram na portaria, o sorriso de ambas se apagou….

– Dona Anahi, que bom que chegou, esse senhor está impaciente lhe esperando. – o porteiro falou enquanto elas viam Velasco se levantando e vindo na direção delas.

O choque foi tão grande que as duas paralisaram.

– Tá maluco?! Me solta! – Anahi só acordou quando sentiu o toque dele no seu rosto, ele riu.

– Calma amor, não precisa ficar assim….

– Velasco, não me encosta! Eu não sou seu amor, eu não sou nada sua!! Me esquece!! – ela gritou se afastando e Dulce só olhava aquilo sem acreditar.

– Não sei pra que tanto drama, não precisamos mais esconder Annie, ela já sabe. – olhou pra Dulce, aliás os dois olharam e Anahi viu lágrimas nos olhos dela. Dulce se sentia sem forças pra discutir com ele.

– Eu vou buscar minha filha. – estava saindo mas Anahi a segurou pelo braço.

– Eu vou com você. – falou a olhando e depois olhou pra ele e ao falar foi com raiva: Para com essa merda! Você armou aquele circo todo! Eu não tenho nada com você e nem vou ter, eu te desprezo Velasco!! Me esquece!!

Ele riu e elas o olharam.

– É mesmo? Não são o que aquelas fotos dizem?

– Aquelas? – Anahi o olhou desesperada- Para de mentir! Você sabe que não tem aquelas! – o olhou desesperada e ele ria, então se virou pra mulher- Dulce ele está mentindo! – mas Dulce não pode dizer nada, estava perdida.

– Tem certeza Anahi que é mentira?

– Tenho, óbvio e você sabe!! Você armou aquela foto! Por que não admite, fala pra ela como você armou?? Como vc admitiu no hospital pra mim, fala!!

– Que diferença faz, Anahi? Ela já não acredita em você. – ele a olhou com um ar vitorioso e Anahi não conseguiu dizer nada, apenas olhou pra Dulce ao seu lado que estava com os olhos cheios d’água.

– Eu vou pegar a minha filha. – saiu e deixou uma Anahi perdida, sem reação.

– Agora nós….- ele falou despertando Anahi.

– Vai embora, Velasco! – ela gritou e saiu em disparada ao elevador- Não deixa ele subir, Peter! – gritou pro porteiro enquanto a porta do elevador se fechava.

Abriu a porta de casa e só encontrou a empregada ali.

– Cadê a Dulce?

– Subiu. Deve estar lá com sua mãe….- Anahi mal acabou de ouvir as palavras da senhora e subiu as escadas. Ao abrir a porta do quarto da mãe, viu Dulce com a mochila da filha nas mãos.

– Dulce, me ouve.

– Mamãeee.

– Oi meu amor. – ela se agachou ficando na altura da filha e a abraçando.

– Tisha, as coisas dela estão todas aqui?

– Estão, mas eu estava pedindo pra Claudia fazer um lanche pra gente, não prefere esperar?

– Não. Tenho que ir.

– Dulce, para. Vamos conversar por favor? – Anahi falou mais uma vez mas Dulce nem a olhava.

– Aconteceu alguma coisa, meninas? – a mãe de Anahi perguntou as olhando.

– Me ouve, por favor? – Anahi pediu parando na frente dela e ignorando a pergunta da mãe.

– Não tenho nada pra ouvir.

– Tem sim. Por favor? Me deixa explicar!

– Não quero ouvir, Anahi!

– Gente, por favor, vocês vão assustar a Giovanna. O que houve? – Tisha mais uma vez falou e agora elas a olharam e pararam de falar. Dulce respirou fundo antes de falar.

– Melhor eu ir….

– Espera um pouco. Vamos conversar? – Anahi pediu mais uma vez, Dulce apenas a olhou mas nisso ouviram batidas na porta.

– Com licença, o Peter está interfonando dizendo que tem um senhor lá embaixo querendo falar com você, Anahi. Velasco, o nome dele. É pra deixar subir?

– Não!! – Anahi gritou, não com a senhora, apenas gritou.

– Inacreditável. – Dulce falou se virando de costas.

– Manda ele embora, Cláudia! – a olhou.

– Ele já tinha pedido pra subir filha, mas não deixei, fora que você não estava aqui. Ele está aí ainda? – a olhou.

– Sim, estava na portaria. – Tisha desviou o olhar da filha pra nora que ainda estava de costas e agora entendeu tudo- Manda ele embora, mãe! Chama a segurança, a polícia, o exército! Qualquer merda, mas manda esse cara embora!

– Ok, eu vou falar com o Peter. – a empregada falou.

Giovanna olhava tudo meio assustada.

– Ela está assustada….- Tisha falou baixo pra Anahi ouvir, Dulce também ouviu e então se virou.

– O lanchinho dela está pronto….- Claudia falou baixo também.

– Vem com a vovó Gih? Vamos papar? A tia Claudia fez bolo de chocolate né, tia?

– Fiz sim. – as duas conversavam agachadas com ela, Tisha conseguiu convencer ela.

– Vamos lanchar com a vovó então. – ela levantou com a menina no colo que olhou pras mães ao ver que elas ficaram no quarto.

– Mamá..- chamou com a mãozinha.

– Mamá já vem, vamos lá com a vovó. – ela disse e então olhou pra Dulce e pra filha- Conversem. Estamos lá embaixo. – Anahi sorriu pra mãe e então ela saiu do quarto fechando a porta.

Quando voltou a olhar pra Dulce, ela estava de costas já.

– Me ouve antes de você começar a brigar comigo e me xingar?

– Não vou te xingar, Anahi.

– Ok. Me ouve então? – Dulce ainda de costas suspirou mas então sentou na cama.

– Fala. – Anahi se agachou na frente dela.

– Você está bem? Quer uma água ou….

– To bem! – Dulce a cortou e então Anahi suspirou.

– Ok. Eu sei o que você deve estar pensando ou imaginando….provavelmente acha que eu to mentindo pra você ou que to encontrando ele.

– Você está?

– Não.

– Como ele sabia onde a sua mãe morava então? O apartamento? Tudo?? – Anahi deu de ombros antes de falar.

– Deve ter investigado ou me seguiu, não sei. Ele descobriu da Giovanna, né? Ele tem os meios dele, Dul, mas eu te juro que ele nunca subiu aqui e nem vai. – Dulce apenas suspirou e abaixou a cabeça- Queria te perguntar uma coisa, mas você tem que me olhar. – Dulce levantou o olhar até ela- Você acha mesmo, do fundo do coração, que eu seria capaz de te trair? – Dulce ficou a olhando, aliás, as duas se olhavam, ambas com os olhos lacrimejando. Dulce não aguentou mais e olhou pro lado- Acha? – Anahi insistiu e então sentou ao lado dela a fazendo a olhá-la.

– Achava que não Anahi, mas….

– Olha pra mim. – ela pediu e Dulce fez o que ela pediu e Anahi pode perceber os olhos dela brilhando pelas lágrimas- Você me conhece, há anos! Você realmente acredita nisso?

– Eu não sei, não sei o que pensar! – Dulce se levantou num rompante ficando de costas pra ela.

– Tá duvidando do meu amor por você? Acha que tudo que a gente viveu foi mentira?

– Não, claro que não! – se virou a olhando e viu os olhos da loira também segurando as lágrimas.

– Então? – Dulce ficou a olhando mas então desviou o olhar e se encostou na mesinha- Eu não consigo acreditar que você possa duvidar de tudo que a gente sentiu, sente ainda…. Você não pode jogar anos fora assim, Dulce!

– Eu não quero um casamento a três, Anahi!

– Que três, Dulce?? – agora ela também se levantou, ficando de frente pra ex mulher.

– Ele está sempre por perto, Anahi! Se você não quer nada mesmo, manda ele embora!!

– Se eu não quero?? – Anahi a olhou sem acreditar- Eu não acredito que to ouvindo isso!! – ela virou o rosto e quando voltou a olhar pra Dulce esta percebeu que ela havia deixado algumas lágrimas caírem- Você ouviu eu mandando ele embora?? Eu mando meu Deus, não sei mais o que você quer que eu faça!! Quando a Ju..- Dulce a cortou.

– Quem é Ju??

– Juliana, a advogada.

– E desde quando ela virou Ju?

– Foi modo de falar, Dulce. – Dulce ficou a olhando e cruzou os braços- Você que não quis uma medida de restrição contra ele, você pediu pra ela não fazer, lembra?! – as duas ficaram se olhando e Anahi tentou se acalmar- Olha, eu não quero brigar com você. Eu só quero que você entenda que eu não fiz nada, ele é um maluco, lunático que cismou comigo, confundiu as coisas. Eu sempre só estive preocupada com a Gabi, talvez eu devesse ter te contado que ele continuava insistindo mas eu fiquei preocupada com você por causa da gravidez, a Dani disse que você não podia se estressar muito. Se eu errei, foi pra proteger você, vocês. Mas nunca, em momento algum eu deixei ele me encostar Dulce, ou mesmo cogitei qualquer coisa com ele ou qualquer outra pessoa. Eu amo você, há anos eu amo você. Eu não consigo viver mais sem você, sem vocês, eu to morrendo de saudades de vocês, por favor? Acredita em mim? – Dulce ficou a olhando mas nada disse, Anahi a ouviu suspirar e então viu Dulce sentar novamente na cama.

O silêncio se estabeleceu no quarto, Anahi ainda na mesma posição, apenas a olhava.

Ouviram batidas na porta e logo a mesma se abriu, viram a filha entrar com um pedaço de biscoito na mão e Tisha logo atrás.

– Desculpa gente, eu tentei mas ela não para de chamar por você, Dulce.

– Tudo bem Tisha, pode deixar. Você papou, princesa?

– “Coito”, mamá. – ela disse mostrando pra Dulce, parando entre as pernas dela.

– Você comeu biscoito com a vovó, é? – ela fez que sim com a cabeça e tentou subir na cama, Dulce tentou ajudar mas a barriga não a deixava pegar muito peso, então Anahi a pôs sentada e sentou ao lado dela.

– Mamãe, quer? – virou pra Anahi com o biscoito babado.

– Quero. Tá gostoso, meu amor? – ela fez que sim com a cabeça e Anahi comeu um pedaço- Que gostoso….- as três riram porque estava todo babado- Pode deixar ela aqui mãe.

– Tá bom, qualquer coisa chamem.

– Obrigada Tisha. – Dulce disse e a sogra sorriu pra ela.

– Seu pai chegou, filha.

– Vovô. – elas sorriram olhando pra menina.

– É, vovô. – Tisha falou olhando pra ela ainda. Em seguida saiu.

– Mamãe, “gagau”. – ela apontou pra televisão e Anahi riu.

– Aqui não tem filha, deu problema em alguns canais a cabo. – olhou pra Dulce explicando.

– Gagau, mamãe, gagau. – ela apontava pra televisão porque obviamente não entendeu nada que Anahi falou hahaha.

– Põe outro Annie.

– Ok. Mamãe vai ligar tá? Senta aqui então, vem. – Anahi se sentou na outra ponta da cama, deixando a filha no meio.

Achou algum canal infantil que prendeu a atenção da filha, as duas não tocaram mais no assunto, parecia que a presença da filha tinha simplificado tudo, elas estavam ali com ela como uma família e era só isso que importava no final das contas, num momento Dulce olhou pra Anahi e sorriu ao ver ela fazendo carinho nos cabelos da filha que tinha deitado na perna dela pra ver o desenho e jogado as perninhas na sua perna, ela sempre gostava de ficar assim, como se tocando as duas saberia que as mães estavam ali e não iriam embora…. Dulce se sentiu em casa novamente mesmo sem estar em casa, porque não eram as paredes que determinavam isso e sim, o que te faz sentir em “casa”. Em uma meia-hora, Giovanna acabou dormindo…..

– Dormiu….- Dulce sussurrou pra não a acordar. Anahi olhou pra filha e sorriu ao vê-la dormindo.

– Que horas são?

– Oito.

– O biscoito….- Anahi pegou da mão da filha o biscoito e colocou na mesinha. As duas riram.

– Eu vou no banheiro, já venho. – Dulce se levantou e Anahi aproveitou pra ajeitar a filha na cama.

Ficou a olhando dormir, velando seu sono e acabou sorrindo sozinha, estava feliz de ter a filha ali novamente, morria de saudades dela! Dulce voltou e a pegou nessa posição contemplando a filha.

– Que foi? – perguntou porque se preocupou de algo ter acontecido. Anahi se virou a olhando pois até então estava de bruços na cama.

– Nada não, estava só olhando pra ela…- ela ainda se apoiava em um dos cotovelos- Ela está crescendo tão rápido….cada dia mais linda. – olhava pra filha ao falar.

– Cada dia mais parecida com você. – Anahi a olhou quando ela falou isso, Dulce havia se sentado na ponta da cama- Outro dia eu chamei a atenção dela, ela cruzou os braços e fez um bico igual o seu, fora essa mania esquisita de não poder cobrir os pés pra dormir hahaha. – Anahi também riu olhando pra filha e ficou um silêncio, as duas perdidas nos pensamentos e admirando a filha, até que Dulce falou: Você lembra quando eu estava grávida ainda dela e você dizia que não queria menina? – Anahi a olhou antes de falar.

– Não era que não queria….eu só sabia que eu ía ficar louca porque eu sabia que ela ía ser assim….linda, toda perfeitinha…..- Anahi falava olhando pra filha- Você não para e pensa não quando olha pra ela? – olhou pra Dulce- O rosto dela é todo perfeitinho, parece até que foi desenhado….- Dulce sorriu mas nada disse, apenas concordou com a cabeça olhando pra Anahi.

Pensou que era o que ela sempre pensava desde que a conheceu, parecia que tinha sido desenhada…. Mas nada disse, até porque Anahi voltou a olhar pra filha enquanto Dulce a olhava….

– Ainda bem que agora vem um menino pra me ajudar.

– Ajudar em que? – Dulce a olhou sem entender.

– Tomar conta de vocês. – Anahi a olhou rindo e Dulce revirou os olhos, no fundo sabia que era brincadeira apesar de saber dos ciúmes da mulher.

– Só quero que eles sejam amigos, só isso….

– Eles vão ser, tenho certeza. – Anahi a olhou ao falar sorrindo, Dulce apenas sorriu de volta- Você está com fome?

– Não muita.

– Tem certeza? Já tem muito tempo que almoçamos….

– Mas tomamos o sorvete.

– Mas sorvete não alimenta Dul, você tem que comer.

– Eu já vou embora, aí janto em casa.

– Come aqui, a Claudia fez o lanche. – Dulce a olhou pois estava na dúvida- Por favor?

– E ela?

– Eu peço pra minha mãe ficar aqui um pouco.

– Coitada da sua mãe….

– A gente pode por ela no chão, no colchonete também….

– Tenho medo de deixar ela sozinha aqui, ela acordar e começar a chorar por não saber onde está ou mesmo tentar descer….

– Também tenho. – Anahi confessou a olhando e as duas sorriram- Eu peço pra minha mãe, já venho.

– Ok.

Tisha obviamente adorou e ficou com a neta enquanto elas faziam o lanche. Anahi tinha dito pra Claudia, a empregada, que poderia ir descansar que ela dava conta de tudo ali, a mãe estava lá em cima com a filha e seu pai provavelmente cochilava vendo algum programa de esporte hahah, restando só ela e Dulce ali.

– Quer que eu esquente o pão pra você? – só confirmou com Dulce pois sabia que era como ela gostava.

– Sim. – ela sorriu ao falar- Te ajudo.

– Não precisa Dul, fica sentada aí que eu faço. – ela não contestou, sentou e ficou olhando Anahi na cozinha, sentia-se confusa mas impossível não sentir saudade de vê-la assim.

Anahi voltou logo depois e elas começaram a comer.

– Tá bom?

– Tá ótimo, obrigada. – respondeu e Anahi sorriu em resposta.

Elas comeram conversando basicamente sobre a filha, Anahi retirou as coisas e disse que ía lavar, mesmo com Anahi dizendo que não precisava Dulce bateu o pé e disse que ajudaria, então entraram no consenso que Anahi lavaria e ela secaria.

– Vcê sabe que tem uma máquina que faz isso né? – olhou pra Dulce ao falar.

– Pra lavar também….- Dulce respondeu com um prato na mão secando, as duas riram.

– Mas não custa nada lavar….- Dulce apenas sorriu pra ela. Anahi voltou ao que fazia e elas estavam em silêncio, queria tocar no assunto mas estava com medo de dar em mais brigas….

– Annie? Anahi? – só acordou com os chamados de Dulce e então a olhou meio assustada- Que foi que você está parada olhando pro nada com a água ligada?

– Ah desculpa. – ela mesmo desligou a torneira- Me distraí aqui….

– Pensando em que? – Anahi a olhou e como elas estavam lado a lado ficaram próximas, ambas mantinham o olhar preso uma na outra, apesar de Dulce ainda estar com o pano de prato nas mãos.

– Nada importante.

Anahi se aproximou o que fez Dulce se virar encostando na bancada da cozinha e o movimento foi automático, aproximaram os rostos, os lábios chegaram a se roçar mas Anahi não a beijou, quem tomou a atitude foi Dulce que a puxou pela nuca e finalmente se beijaram. A barriga atrapalhava um pouco mas nada que impedisse que o beijo se tornasse intenso, Dulce arranhava a nuca da loira a trazendo mais pra si enquanto Anahi mantinha as mãos em sua cintura, as respirações pesadas denotavam quão intenso o beijo ficava a cada segundo, Dulce desceu uma das mãos até a cintura de Anahi e subiu por suas costas por dentro da blusa, percebeu o quão arrepiada Anahi ficou, deu uma leve gemida mas foi nesse momento que Anahi se afastou, deixando uma Dulce perdida….

– Espera….- Anahi pediu a olhando e ofegante.

– O que houve?

Anahi respirou fundo antes de falar.

– A gente está aqui na cozinha….e…

– E?

– A gente precisa conversar, Dul. – Dulce suspirou e abaixou a cabeça mas acabou concordando com ela.

– Você está certa, desculpa. Não sei porque fiz isso. – ela já pretendia se afastar mas Anahi a segurou pelo braço.

– Espera, para. Não quero que você vá embora….- venceu a distância e tocou no rosto da mulher fazendo um carinho- Na verdade, eu quero que você durma aqui. Nós quatro. – ela deu um leve sorriso ao falar e Dulce por mais que tentasse se controlar não conseguiu, acabou dando um sorriso de canto de boca enquanto sentia os carinhos no seu rosto- Mas eu quero conversar com você.

– Ok.

– Vamos sentar? Vem cá. – puxou Dulce até a sala e sentaram-se no sofá. Ela aproveitou que Dulce estava deixando e sentou ao lado dela- Eu sei que você está grávida, que não pode ter estresse algum e o que eu mais quero no mundo é que você fique bem, mas eu não posso simplesmente te beijar hoje e amanhã você voltar a me odiar….

– Eu não te odeio. – Dulce falou a olhando nos olhos e arrancou um sorriso de Anahi, mas então ela viu Dulce suspirar e abaixar a cabeça- Eu também não quero me irritar e muito menos brigar com você, mas eu não aguento mais esse cara, Anahi!

– Nem eu! Mas eu preciso que você acredite em mim, eu….- Dulce a cortou.

– Eu também quero acreditar em você, Anahi.

– E por que não acredita?

– Porque aquelas fotos à todo momento vem na minha cabeça, ele com as mãos em você….- ela parou de olhar olhando pro lado.

– Você acha que eu faria isso contigo?

– Não, não acho. – Dulce a olhou com lágrimas nos olhos.

– Então?

– As fotos, Anahi, as fotos! Não consigo esquecer! Quando eu penso que to conseguindo, ele vem e aparece aqui! – Anahi virou o rosto- Eu não quero falar disso agora, por favor? A gente pode esquecer isso? – ela pediu deitando a cabeça no colo da loira.

– Ok, desculpa….- fez um carinho nos cabelos dela- Vamos dormir? – Dulce levantou a cabeça e a olhou, Anahi viu algumas lágrimas caindo pelo seu rosto e secou, em seguida sorriu- Quero dormir com você, meu amor.

– Vamos.

Giovanna continuava dormindo quando elas deitaram, deixaram a filha no meio.

– Você está toda apertada aí né? – Dulce falou com a loira.

– Tá ótimo. – ela sorriu ao falar- Melhor coisa do mundo é ter vocês aqui, assim….- Dulce apenas sorriu- Só to preocupada dela chutar você durante a noite.

– Não vai não….- Anahi apenas sorriu mas por via das dúvidas estava com as mãos sobre as pernas da menina.

– Você está bem? – Anahi tocou na barriga de Dulce ao perguntar, fazendo um mini carinho.

– To sim. – ela sorriu e elas acabaram pegando no sono assim, se olhando.

Anahi estava preocupada com Giovanna chutar Dulce na barriga, por isso volta e meia acordava pra ver se estava tudo bem….

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– Pode entrar. – Dani falou sem tirar os olhos dos prontuários que ela preenchia, só levantou o olhar ao ouvir o barulho da porta fechando, sorriu ao ver Mai ali.

– Oi.

– Oi. – ela se levantou indo até a morena e a dando dois beijinhos- Tudo bem?

– Tudo e você?

– Muito bem….- sorriu ao falar sem completar: agora que você chegou.

Antes do silêncio se estabelecer ouviram batidas na porta e logo a secretária de Dani entrou e Mai se afastou dela, nem estavam tão perto, mas ela se afastou mesmo assim….

– Com licença doutora, já terminei de fazer os encaixes que me pediu.

– Obrigada Carmem. Está liberada, pode ir.

– Obrigada. Boa noite. – olhou pras duas que a sorriram em resposta e então ela se foi. Dani foi até a porta a fechando, de frente pra Mai.

– Você se importa de me esperar dois minutos? Eu só preciso terminar aqueles prontuários ali, mas é rápido, eu prometo.

– Claro Dani, fica à vontade….- Dani sorriu e percebeu Mai meio sem graça.

– Você quer algo? Uma água ou café…. Não tenho muita coisa pra te oferecer, mas….- Mai a cortou.

– Não precisa. Estou bem, obrigada.

– Ok, fica à vontade então…. Senta. – apontou pro sofá.

Dani voltou a sentar na sua cadeira, estava fazendo aquilo tudo antes dela chegar pra ver se acabava logo pois não a queria deixar esperando, mas não conseguiu, pois as consultas acabaram atrasando e ela nunca tinha coragem de cortar as mães desesperadas…. Mas agora Mai estava ali e ela estava tendo que fazer tudo correndo e a cada minuto ficava mais difícil pois Mai estava sentada no sofá de pernas cruzadas, o que revelava a perna torneada da morena ainda mais naquela saia social que ela usava, Dani estava com problemas de concentração, chegou a suspirar sozinha e quando percebeu, desviou o olhar pra baixo, pros papéis pra ela não perceber. Mai a olhou mas ela continuava escrevendo então achou que ouviu coisas….

– Sua vista é linda….- Mai falou e ao olhá-la, Dani viu que ela tinha se levantado e estava de frente pra sua janela.

– É sim. – Dani a olhou largando os papéis mas ainda sentada.

Mai sorriu e tornou a se virar pra fora observando a vista enquanto Dani observava ela. Ela tentou mas desistiu, pois não estava dando certo, resolveu que amanhã chegaria mais cedo e terminava aquilo.

– É a Giovanna? – Mai perguntou com um porta retrato na mão se virando pra ela na mesma hora que Dani levantava.

– É sim. Tenho foto de todas as crianças que eu ajudei a trazer ao mundo, digamos assim….

– Ajudou não, você trouxe. Você não fez o parto?

– Sim, mas eu quis dizer que tenho de todas que eu ajudei na inseminação…

– Então daqui a pouco vai ter uma foto do Matheus aqui?

– Vai. – Dani respondeu e sorriu- Ah! Lembrei de uma coisa.

– O que?

– Isso. – Dani pegou um pirulito na gaveta e a ofereceu.

– Pirulito? – Mai a olhou e riu.

– Desculpa, mas preciso trabalhar com meu público alvo….- as duas riram.

– A Mari iria adorar vir numa consulta sua então….

– Pode trazer, vou amar cuidar dela. – Dani sorriu ao falar, arrancando um sorriso da morena- Mas enquanto isso, toma. – a deu o pirulito- Da pra ela, diz que a tia Dani mandou.

– Obrigada. – Mai pegou ainda sorrindo, na verdade a cada minuto se encantava mais com ela.

– Bom, agora estou liberada. – ela falou tirando o jaleco e Mai a olhava atentamente.

– Tem certeza? Não te atrapalhei?

– Claro que não…- se aproximou tocando em seu rosto e colocou uma mecha do cabelo pra trás, Mai ainda a olhava fixamente mas Dani sorriu antes de a beijar.

O contato dos lábios foi como acender uma faísca, ambas se abraçaram ao mesmo tempo colando os corpos, Dani aproveitou e rodou Mai a deixando contra sua mesa, a morena a puxava pela nuca com vontade e em poucos segundos, Dani a colocou sentada na mesa ficando entre suas pernas, o beijo ficou mais urgente ainda. Dani puxou a blusa da morena pra fora da saia a tocando na barriga e costas, Mai a puxava pelos cabelos com força e volta e meia sugava seu pescoço. Ambas quentes e dando voz ao tesão que sentiam. Não demorou muito pra Dani subir com uma das mãos por dentro da blusa e tocar no seio da morena, Mai gemeu jogando a cabeça pra trás e Dani chupou seu pescoço.

– Você me enlouquece…..- sussurrou contra o ouvido da morena.

Mai só gemia, seu corpo inteiro se arrepiava e reagia à outra, voltaram a se beijar, aquele beijo louco e urgente de antes, Dani sentiu Mai circulando sua cintura com as pernas e isso a enlouqueceu mais ainda, a outra mão desceu da nuca de Maite e foi pra sua perna, ela estava de saia e tudo facilitava o movimento…. Dani desceu os beijos pelo pescoço e colo da morena enquanto sua mão ganhava vida e se aproximava da calcinha dela, sentia como a pele dele estava completamente arrepiada. Mai se agarrava a ela pela nuca e emaranhava as mãos em seus cabelos, nenhuma das duas pensavam muito, o tesão as guiava…. Num ato repentino Mai tirou a própria blusa ajudando Dani que ao olhá-la e ver o sutiã branco de renda quase caiu pra trás.

– Você vai acabar comigo….- sussurrou entre o beijo, as duas ofegantes e colaram as testas. Dani deslizou a mão até tocar na calcinha de Mai e a morena abriu a boca liberando um gemido inaudível, em seguida mordeu os lábios, Dani não perdia um movimento, puxou a saia dela mais pra cima pra ajudar.

Quando Mai sentiu a mão dela tocando sua calcinha deu um gemido alto, Dani se sentia tão molhada quanto ela….

– Continua Dani…..- sussurrou entre os gemidos.

– Vou continuar….

Mai sentiu ela afastando a sua calcinha pro lado e deixando um dedo a penetrar, gemeu alto jogando a cabeça pra trás, Dani viu ela mordendo o lábio conforme acelerava as investidas, excitada e a querendo mais como ela estava, a puxou mais pra ponta da mesa e a fez deitar, Mai a olhou mas Dani nem deixou ela falar nada, colocou mais um dedo a penetrando rápido enquanto colocava uma das pernas da morena sobre seu ombro. Mai não falou nada mas estava amando ser comida daquele jeito, Dani fazia com carinho às vezes e outras, era sexo, Mai a puxou pela nuca a beijando enquanto sentia três dedos dentro dela. Dani rodava os dedos e depois imprimia força ao penetrá-la, Mai estava sentindo seu corpo inteiro reagir à ela, parecia que cada vez ficava melhor, às vezes ela até controlava o gozo de tão bom que era ficar ali nas mãos dela…..

– Você é tão gostosa….- Dani sussurrou pra ela que mal conseguia falar, se agarrava a Dani, já sentindo seu olho virar.

Dani percebeu que ela logo gozaria pois os gemidos eram altos, então aumentou o ritmo e a sentiu a puxar pela nuca, coloram as testas.

– To gozan….- sussurrou baixo mas não conseguiu completar a frase, pois gozou.

Dani sentiu ela afrouxando o abraço e ao olhá-la percebeu como estava com o peito subindo e descendo rápido…. Foi descendo por seu corpo distribuindo beijos até que parou na altura dos seios que ainda estavam cobertos pelo sutiã dela, não se importou e em forma de carinho começou os beijos leves que aos poucos foram substituídos pela língua, mas era tudo devagar…. Quando sentiu o toque da morena em sua nuca novamente, a olhou mas não parou o que fazia, como Mai nada disse, ela continuou…. Aos poucos, ela foi sentindo Mai se arrepiar e o bico ficando durinho, a olhou e ela estava de olhos fechados, então continuou, mas dessa vez ela desceu o sutiã dela a tocando com a língua, Mai voltou a dar um gemido mais alto.

– Dani….- respirou fundo e Dani a olhou- eu acabei de gozar….

– Quer que eu pare? – ela apenas balançou a cabeça então Dani continuou e em pouco tempo ela já rebolava.

Dani estava louca pra a provar e foi o que ela fez depois de gastar bastante tempo nos dois seios dela, desceu a calcinha e a chupou até que ela gozasse. Mai gemeu tão alto e intenso que Dani sentiu sua calcinha se molhar mais ainda.

Mai nunca tinha sentido aquilo com ninguém e Dani nunca tinha conseguido sentir tanto prazer em dar prazer pra alguém….. As duas estavam surpresas com tudo que estava acontecendo.

Quando se acalmou um pouco, Mai se sentou na mesa ajeitando o sutiã e a saia, Dani a olhava sorrindo mas Mai evitou olhar pra ela.

– Que foi? – a puxou pelo queixo.

– Nada. – desviou a cabeça de leve.

– Nossa, foi tão ruim assim?

– Foi maravilhoso. – Mai respondeu de imediato a olhando, Dani sorriu e voltou a perguntar.

– Então por que essa carinha?

– Eu só…..- olhou pro lado- não sei, só estava pensando….

– Em que? – Dani novamente puxou o rosto dela pra a olhar.

– O que você deve estar achando de mim…..

– De você? – a olhou surpresa e até rindo- Eu acho você maravilhosa e to achando que eu sou a mulher mais sortuda desse mundo! – Mai a olhou sem entender bem- Por que eu acharia algo de você? Não entendi….

– Sei lá, a gente transou no seu consultório duas vezes, você deve estar me achando uma louca, insaciável.

Dani riu.

– Por que eu acharia isso de você? – Mai deu de ombros- Mai, o que aconteceu aqui, aconteceu porque nós duas quisemos, porque quando você me beija eu sinto uma atração louca por você, porque vc é maravilhosa. Se foi uma, duas ou dez, o que tem?

– Você não está me achando uma louca por sexo? – Dani riu alto.

– Óbvio que não! Eu acho você muito gostosa, isso sim! Além disso, é linda, inteligente, uma mulher maravilhosa. À cada dia que eu te vejo, que converso com você, eu percebo o quão incrível você é, você é uma mulher fantástica! No sexo também…..- completou o que deixou Mai vermelha- Para de pensar besteira.

– Desculpa, você está certa…. Eu só….- ela balançou a cabeça e em seguida a abaixou de leve- Esquece.

– Você só o que? – Mai a olhou- Eu quero que você possa me falar o que for, até se eu fizer algo errado ou que você não gostou, me fala….

– Não é nada disso, é só que eu acho que meio que me desacostumei disso, de ficar com outras pessoa e como me comportar e como lidar com tudo…. Eu estava com o Koko há muito tempo.

– Você pode fazer o que quiser fazer, você é uma mulher incrível, solteira, poderosa e dona do seu próprio nariz. – Mai sorriu:

– A Anahi me disse isso também….

– A Anahi é esperta! – piscou pra ela e Mai ficou meio babando na piscadinha e obviamente nos olhos verdes.

– Eu contei pra ela, não tinha problema né?

– Claro que não, ela veio aqui hoje com a Dul….

– Ah que legal! E estava tudo bem?

– Sim, o Matheus está perfeito.

– Graças a Deus!

– É…. Mas agora que está tudo bem, que tal sairmos? Quer jantar? Ou podemos beber algo, não sei…..o que você quiser.

– Eu aceito, mas acho que prefiro algo mais informal que um jantar.

– Tudo bem. Tem uma champanheria aqui perto muito boa, tem comida japonesa lá, você gosta?

– Adoro.

– Que bom! Então decidido, vamos lá.

– Vamos. Só preciso ir no banheiro antes, onde é?

– Ali dentro. – Mai sorriu e se levantou da mesa pegando sua calcinha e blusa.

– Já venho.

Pegou a bolsa pra tentar melhorar o rosto desse pós sexo hahah, Dani também deu uma melhorada no visual e partiram pro tal lugar….

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Prontinho, um capítulo enorme pra vcs hahahah.

Espero que tenham um ótimo FDS, até segunda!

Bjssss