No dia seguinte, nós conseguimos jantar em casa juntas, e eu resolvi tocar no assunto porque até então ela não tinha falado mais nada.

– Amor, vem cá….- chamei já sentada no sofá. Ela veio até mim e eu deixei a taça de vinho que eu bebia, apoiada na mesa de centro- Vamos conversar? – eu falei enquanto ela sentava ao meu lado, puxei as duas pernas dela as deixando apoiada sobre as minhas e ela me olhou sorrindo.

– Desculpa ter jogado aquela bomba em cima de você, ontem.

– Amor, não foi bomba mas eu gostaria que você tivesse me contado….

– Eu sei. – ela abaixou a cabeça e eu levei umas das minhas mãos até a perna dela fazendo carinho.

– Então, por que você não conversou comigo? – ela me olhou assim que eu falei.

– Não sei. A gente nunca mais tinha conversado sobre isso e todas as vezes que sua mãe comentava sobre isso você parecia sempre desconversar sobre esse assunto.

– Porque eu achei que a gente não queria agora Dul!

– Eu sei…- ela desviou o olhar novamente- Eu também achei que não quisesse agora mas eu venho pensando muito nisso, ultimamente….tenho sentido essa vontade. Você não? – ela me olhou e eu tinha que ser sincera, por isso fui.

– Honestamente? – ela balançou a cabeça- Não. – ela abaixou a cabeça- Mas isso não quer dizer que eu não queira ou que eu não cogite mudar de ideia…- ela novamente me olhou.

– Não quero que você faça algo porque eu quero.

– E o que você quer? – a olhei ao perguntar e ela ficou uns segundos me olhando antes de falar.

– Esquece amor, você está certa. Nós estamos no meio de produção de cd, não íamos ter tempo e….- interrompi ela.

– Nada disso é motivo.

– Claro que é. Como vamos ter um filho no meio disso tudo??

– A gente para ué. – a olhei ao falar.

– Não é justo, logo agora que você resolveu voltar e….- a interrompi novamente.

– Amor, são planos, podem ser mudados é só querermos.

– Mas você disse que não quer…..

– Não! Eu disse que não estava pensando nisso….- ela me olhou e ficamos alguns segundos nos olhando.

– Não quero te forçar a nada nem pressionar…

– Você não está fazendo nada disso amor, nós só estamos conversando….- aproximei meu rosto do dela e toquei em seu rosto, fazendo carinho- É óbvio que eu vou amar ter um filho com você….- ela me olhou e eu logo sorri- a gente pode começar a pensar nisso, até porque não vai ser do dia pra noite que você vai ficar grávida…

– Eu? – ela sorriu ao falar, acabei sorrindo também.

– Ou eu….- sussurrei aproximando mais ainda nossos lábios. Senti a mão dela no meu rosto e ela me beijou.

 



Notas:



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Uma resposta para CAPÍTULO 2: O que você quer?

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