Eras: A Guardiã da União

Capítulo XII – Conhecendo a Própria História

Eras – A guardiã da União

Texto: Carolina Bivard

Ilustrações: Táttah Nascimento

Revisão: Isie Lobo, Naty Souza e Nefer


 

Capítulo XII – Conhecendo a Própria História

− Não consigo qualquer contato com Cadaz, Guardiã Êlia.

− Não me chame de Guardiã, Eileen. Aqui sou a comandante e rainha. Não podemos arriscar que alguém escute.

Elas conversavam, enquanto caminhavam pelo corredor. Chegaram à porta do quarto de minha mãe e entraram.

− Sim, senhora. Desculpe-me. É que para mim é natural vê-la como Guardiã.

− Muito bem. Vamos ao que interessa. Desde quando não tem contato com Khloé de Cadaz?

− Desde ontem. Combinamos nos comunicar, pela fonte Golygfa, toda manhã e à noite. Ela não apareceu ontem e hoje de manhã também não.

− Não é muito tempo. Esperaremos até amanhã para tomarmos uma decisão segura.

− Esse tempo não é demais para ficarmos às cegas? – Eileen perguntou, preocupada.

− Creio que não. Tália e Arítes não encontrarão respostas fáceis e, talvez, Khloé as esteja auxiliando. Demorará para que elas descubram algo e a oráculo de lá, é de grande ajuda na orientação delas. Se eu bem as conheço, minha filha e minha nora demandarão muito tempo dela. Tenha certeza.

− Entendo… Então, continuarei de prontidão até amanhã.

− Obrigada, Eileen.

− É o meu prazer, minha rainha.

Eileen fez uma reverência profunda e saiu.

− Merda! – Minha mãe exortou, no silêncio de seu quarto. – Não falta mais nada para acontecer!

Esperou um tempo e abriu a porta, vendo o corredor vazio, com apenas um guarda fazendo a ronda.

− Demaster… – Chamou-o. – Venha até aqui.

Deixou a porta livre para o soldado entrar e, assim que ele passou pelo portal, cerrou a porta atrás dele. Demaster ficou receoso. Aquele cargo era de confiança. Os melhores e mais leais espadachins eram designados para o corredor real e tinham o privilégio de horas a mais de descanso, além de um adendo no soldo. Contudo, tinha certeza de que não havia feito nada para desabonar a conduta.

− Quero que me faça um favor, Demaster, sem que outros saibam. Chame o rei e diga: a comandante o convoca. Apenas isto. Ele saberá o que fazer.

− Sim, minha comandante!

Perfilou-se, reverenciando-a, aliviado e satisfeito pelo voto de confiança de sua comandante. Saiu e minha mãe foi ao quarto do rei Astor. Momentos mais tarde, meu pai entrou, sabendo que havia algo muito errado.

− Fale, Êlia.

Ele foi direto. A esposa não o convocaria daquela forma se não houvesse algo sério a lhe falar. Após o relato, sobre a perda de contato com Cadaz, minha mãe falou:

− Astor, infelizmente acredito que muitas coisas só ocorrerão se eu ajudá-las.  Não sei o que são, contudo tenho sonhado constantemente a respeito dessa missão e, em todos os sonhos, estou envolvida.

− O que quer fazer?

− Ir a Cadaz.

Meu pai a olhou, pensativo. Ficou mudo por alguns segundos.

− Não acho que deva. – Abanou a mão, para que minha mãe não retrucasse. – Não conheço nada a respeito do que rege uma Guardiã, mas conheço de estratégias. Tália e Arítes são competentes e, se o que desconfia for verdade, você tem que ficar aqui para saber o que acontece; inclusive com você. Disse que sua mente está nublada e que…

− O problema é que sinto que a resposta não está aqui. Você terá que lidar com Thara e os sábios Célitas. Abra o jogo com Tórus. Quando o inquiri, ele disse a verdade e, sinceramente, a estrutura que sempre fizemos para proteger as Guardiãs, desmoronou. Tórus tem ponte com os sábios de todos os reinos e é leal a nós.

− O que quer fazer, Êlia?

− Quero descobrir por que não me lembro de determinadas coisas. Como uma militar treinada, desconfio de todos.

− Você não tem um cavalo alado, como elas, para atravessar o planalto. A neve já está caindo lá.

− Não tenho escolha, Astor. Não quero que ninguém saiba para onde vou. Nem Brenna. Ela está muito próxima de Thara; e ainda não sabemos o que ocorrerá quando a garota souber da verdade, sobre ser herdeira de Natust.

− Os sábios convocarão uma reunião com Thara. Tórus estará junto e eu exigi que estivesse também.

Minha mãe sorriu de lado. Ela tinha ideias que divergiam do que os Sábios Célitas acreditavam que fosse acontecer, após revelarem a verdadeira identidade de Thara. Entretanto, não adiantaria se meter naquele assunto de imediato. Tinha problemas demais para resolver, por ela mesma.

− Levarei alguns dias para chegar a Cadaz. Sairei daqui a pouco. Só estranho que você não queira me impedir.

− Adiantaria?! O fato é que também acredito que nossa família não está segura. Temo por Tália e Arítes, mesmo sabendo que são capazes. – Meu pai suspirou. – Se elas não conseguirem, Brenna também não conseguirá.

Minha mãe abraçou meu pai, que a abarcou com braços amorosos. Ficaram ali alguns minutos, refazendo-se no conforto do amor que nutriam. Apartaram, encarando-se carinhosamente.

− Mesmo que o cavalo fique mais lento, não deixe de levar o que for preciso para sua sobrevivência. Leve um pouco de carne seca, queijo e pão. Provavelmente, não haverá animais para você caçar e se alimentar, nas montanhas geladas.

Minha mãe assentiu.

− Levarei uma manta e uma lona.

− Vista um manto de peles também, Êlia. Não vacile e não conte com a sorte.

− Lembre-se, Astor, em hipótese alguma fale onde fui. Invente histórias, mesmo para Brenna.

– Nem para Eileen? Ela é seu oráculo.

− Nem para ela. Nunca me arrependi quando fiz as coisas do meu jeito. Não será agora que me arrependerei. Gosto de agir, discretamente.

Meu pai sorriu, debochado.

− Eu que o diga. Você sempre foi assim… Está bem. Se chegar um momento em que pressionarem demais pela sua presença, digo que se recolheu no santuário da Senhora das Águas para pedir orientação.

− Perfeito. Esta desculpa sempre dá certo.

− Êlia, se tiver alguma oportunidade de me mandar notícias, por favor, faça.

− Não vou lhe prometer, Astor, mas saiba que retornarei assim que conseguirmos nossas respostas. Boas ou ruins. E não se deixe levar pelos sábios Célitas. Escute, com muito cuidado, o que falarão para Thara e observe a reação deles e da jovem.

− E eu não sei? Até parece que não me conhece.

− Ah, se lhe conheço… Saiba que, quando tudo terminar, receberá uma bronca e uma cara amarrada de Tália, só por ter deixado os espiões em Natust sem ela saber.

− Prefiro não pensar nisso, por enquanto. Agora vá. Quanto mais tempo passa, pior o clima ficará nas montanhas.

A rainha Êlia sorriu, beijou o rei Astor e saiu.

Arrumou tudo que precisava, vestiu-se e foi até um armário que mantinha no fundo do quarto de rouparias. Pegou uma chave que trazia num bolso interno de sua veste e o abriu.  Olhou o arco decorado com símbolos na haste, apreciando a peça e depois reparou numa adaga e uma espada. Ambas traziam os mesmos símbolos decorando as lâminas e o debrum.  Todos foram dados à ela pela mãe, num cerimonial há muitos anos, pouco antes da mesma  falecer. Ela os usara uma única vez, quando houve a primeira batalha contra Natust.

Costumeiramente limpava e afiava as lâminas da adaga e da espada e, ajustava a corda do arco para deixá-los em perfeito estado de conservação, no entanto, nunca sentiu necessidade de brandir as armas de sua casta. Algo a atiçava para empunhá-las.

Pegou-as e prendeu o cinturão, enluvando a adaga no debrum da direita e a espada curta na esquerda. Pegou o arco e a aljava com vária flechas, e as apoiou num pequeno divã, enquanto trancava o armário. Guardou a chave, novamente, no bolso interno do corpete e, por último, colocou um casaco longo e grosso de peles, ajeitando o capuz, para que não atrapalhasse. Assentou a aljava transversalmente nas costas, fechando o casaco na frente e olhou-se no espelho, aprovando o visual.

No meio da tarde, ela estava a léguas de distância, todavia não havia chegado às margens da floresta. Não conseguiria pernoitar no recanto que antecedia o planalto da cordilheira. Ao anoitecer, apeou às margens de um riacho, onde descansava, plácida, uma cabana humilde de andarilhos e caçadores. Com sorte, não encontraria ninguém lá, naquela noite fria. Quem sairia para caçar naquele outono de neve antecipada?

Minha mãe deixou o cavalo na cocheira, que nada mais era do que uma tapagem de palha com proteção apenas no telhado. Entrou na cabana e viu que o lugar, apesar de humilde, estava limpo. Gostou de saber que seus súditos faziam valer as leis morais dos caçadores: O que era de todos, deveria ser deixado limpo para que todos pudessem usar.

Havia lenha seca em um canto para acender a lareira e um machado pendurado no beiral da porta. Largou sua algibeira e os pertences em cima de um dos catres, pegou o machado, o arco, a aljava e saiu. Tempos mais tarde, retornou com lenha suficiente para substituir a que utilizaria para se aquecer e cozinhar. Faria uma refeição com o coelho que conseguiu caçar, pois sabia que aquela seria a última oportunidade de comer algo substancioso e quente, durante alguns dias.

No dia seguinte, levantou-se antes do amanhecer. Não queria perder tempo. Dormiu o suficiente para descansar o corpo e o cavalo, contudo qual não foi a surpresa da Guardiã Êlia ao encontrar Épona parada junto ao cavalo dela? Vislumbrou a penumbra que começava a desvanecer com a primeira luminosidade do dia.

− Obrigada, Bonan! Não sei por que as Senhoras da Natureza não podem nos contar o que está ocorrendo, como das outras vezes, mas agora tenho a certeza de que não é porque não querem. Estão nos ajudando da forma que podem.

Falou como uma oração de agradecimento. Selou a égua alada e temeu não saber controlá-la. Nunca havia montado em nenhum deles. Mal sabia ela que não era preciso. A égua é que a comandaria. Assim que montou, viu um pequeno rolo preso no arreio que já estava na égua, quando a encontrou. Pegou-o e o abriu para ler.

“Ela se chama Ceffyl. Levará você onde for preciso. É a sua égua em Tir. Ela obedecerá somente a você. Lembre-se, Lâmia de Luz, seu legado como Guardiã não acabou com o nascimento de suas herdeiras.”

− Então você não é a Épona, hum?!

Minha mãe falou para a égua, acariciando o pescoço, feliz por saber que tinha uma companheira de viagem, vinda direto de Tir para ela. Admirava a beleza dos elementais e das criaturas puras do plano sutil, que lera em tantos pergaminhos, desde a tenra idade. Nunca havia visto nenhuma até a Guerra de Sangue, quando enfrentamos Serbes.

− Então vamos lá, menina! Veremos o que conseguimos fazer juntas.

Como se o pensamento da Guardiã Êlia fosse uma ordem, Ceffyl cavalgou até o descampado e alçou voo.

****

− Acham que vou acreditar nesses absurdos que me contaram?

Thara foi chamada por Tórus e o acompanhou até a Casa de Sábios de Eras. Quando chegou, assustou-se por ser conduzida a uma sala onde o rei, sua mãe e pai, além de várias outras pessoas estavam presentes. Sabia que eram da Casa de Sábios de Natust pelo corte e tons das túnicas que usavam.

− Meus pais são camponeses e não sabiam lidar com minha ânsia em aprender coisas inimagináveis para eles. – Ela encarou os pais. – Mestre Tórus foi meu mentor e diria que meu segundo pai…

− …Tenha certeza de que este é meu sentimento também, Thara. Soube de sua história há bem pouco tempo. – Tórus interrompeu. – Na verdade, me surpreendi e averiguei a veracidade. Não queria participar de jogos de poder com seu nome. Eu e minha esposa amamos você de coração, como uma filha. Mas depois de tudo que verifiquei… – Tórus fez um gesto de desânimo. – Não quis deixá-la às cegas, sobre quem é você.

Tórus se apressou a explicar, para que não houvesse dúvidas sobre o carinho paterno que nutria por ela. Entregou pergaminhos e mensagens trocadas entre a mãe de Thara e o rei de Natust, datados da época em que ela engravidou. Também entregou mensagens entre os Sábios da Casa de Natust, trocadas com Esdra, delineando todos os passos que fizeram, para que Esdra e Owtar, seu pai adotivo, também membro da Casa de Sábios, fugissem e se abrigassem em Eras, sob o manto da ignorância como camponeses, disfarçando a verdadeira identidade deles.

− Leia tudo. Tire suas próprias conclusões e não se influencie pelo que todos achem ser seu legado. Você decide seu destino, Thara.

Uma algazarra se instaurou na sala. Não esperavam que Tórus desse livre arbítrio para a jovem sábia. Queriam pressionar. Meu pai sorriu, internamente. Ele não havia dado uma única palavra durante todo o relato e assim que começaram os protestos e exortações, foi a deixa para ele intervir.

− Vocês procuraram a Casa de Sábios de Eras com a intenção de esclarecer o passado da ordenada Thara. Assim o fizeram. Ela tem o direito de, em seu tempo, assimilar e avaliar tudo que lhe foi contado e decidir o que deseja fazer com essa informação. Garanto a vocês que ela avaliará, com parcimônia. – Astor passou os olhos por todo o grupo, severamente. – Nos reuniremos novamente, daqui a dois dias, para responder às perguntas da conselheira, após ela verificar as mensagens e evidências.

− Daqui a dois dias, Natust pode ter escolhido um sucessor para o trono!

Protestou um dos sábios da Casa de Natust.

− Daqui a dois dias, saberei quem eu sou. – Contestou, Thara. – Não me pressione, mestre. Não podem chegar aqui desfazendo meu passado, construindo um novo. Até onde sei, – Thara olhou para quem ela, até então, julgava ser seus pais – sou filha de camponeses, dotada de sabedoria precoce e acolhida pelo mestre Tórus de Eras. Sou também, a substituta dele no conselho geral de Eras. Mesmo que eu acredite ser verdade o que falaram, tenho minha escolha. Além do que, qualquer sucessão de reinado poderá ser contestada, se for o caso.

Os sábios se entreolharam e Esdra, angustiada, deu um passo à frente, na ânsia em lhe explicar. Os olhos aflitos denunciaram para Thara o quanto a mãe estava agoniada com a acareação. A jovem conselheira ao ver o semblante, soube imediatamente ser verdade o que lhe contaram.

A mãe, apesar de demonstrar ignorância nas letras, sempre a compreendeu tacitamente, e a encorajou. Foi ela quem brigou com o pai, ou quem Thara achava ser seu pai, para que a deixassem aos cuidados da Casa de Sábios de Eras.

− Minha filha…

− Mãe, agora não.

A jovem conselheira se virou acompanhada de Tórus e saiu da sala de reuniões. Meu pai estava satisfeito. Não queria deixar que Thara fosse induzida. Somente por conta da política, contudo, mais ainda pelo que nossa família passava e por saber que a neta estava rendida aos encantos da jovem sábia.

Ao sair e sentir que a porta se travou atrás deles, Thara extravasou.

− Não me engane, Tórus! Desde quando sabe disso?!

Perguntou irada, e doeu no coração do conselheiro como nunca imaginou angústia igual. Há muito tempo que Thara o chamava de pai na intimidade e chamava a esposa dele de mãe. Escutar o nome ser pronunciado com raiva, lhe feriu como um machado quente, atingindo direto o coração.

− Contei a verdade. Há poucos dias, eles chegaram e o Prior me chamou. Dispuseram todos esses documentos. Não lhe contei nada, por não querer enfiar você numa pendenga política. Resolvi ler e investigar, antes de qualquer ação. Entendo sua mágoa e espero que me perdoe e supere. – Suspirou, desanimado. − Falei com o rei Astor, pois você bem sabe de nossos compromissos com Eras e sobretudo, considero-o como um amigo. Ele conversou com os sábios de Natust e disse para lhe contar, entretanto me pediu que a reunião fosse com todos e que lhe deixasse para decidir.

 Thara sorriu, balançando a cabeça sem ânimo.

− Entendi. Rei Astor está preocupado com a influência dos sábios sobre mim e está preocupado com o desfecho que possa vir a ter, se acaso eu decidir aceitar o desafio de brigar pelo trono de Natust. Não o condeno, afinal, sei coisas do trono de Eras que poderiam ser usadas contra eles.

Cerrou os olhos em dor, pensando em tudo que passou com a família Eras naqueles dias e perguntou:

− Quem, do trono de Eras, sabe sobre isso?

− Apenas o rei Astor e a rainha Êlia.

− Desde quando, pai?

Tórus relaxou, amenizando o coração dolorido.

− Há um dia e meio. Foi o dia que levei Astor para falar com os sábios de Natust e no mesmo dia, Êlia veio falar comigo, querendo saber se eu achava que era verdade o que eles haviam dito.

− Acha que Brenna… que eles contaram para a rainha Tália e para a princesa Brenna?

− Não posso afirmar, mas não acredito, Thara.

− E por que não?

Tórus sorriu, enfiando as mãos nos bolsos da túnica, displicente.

− Você precisaria conviver com essa família durante anos para entender, mas, se acredita no meu julgamento, eles não falaram. Brenna está passando por uma situação difícil…

− … Astru.

− Então você sabe. Pelo visto não sou eu, apenas, que tenho juramentos com essa família. E como vai a princesa?

Tórus perguntou instruído e Thara amenizou a expressão pesada que lhe acompanhava.

− Está indo muito bem.

Tórus parou, segurando o braço da pupila, encarando-a.

− Apesar de toda a bravata, ela é uma menina, Thara. Tenha certeza que os avós e as mães dariam a vida por ela e arrancariam o coração de quem quer que fosse, para protegê-la.

− Eu sei… Embora tenho certeza que ela não precisa disso. Ela sabe se cuidar e mais, daria a vida dela por eles e mataria também. – Tomou um alento, antes de continuar. – Deixe-me ver esses documentos e tentar entender o que sou para todas essas pessoas.

Thara deixou os ombros caírem. Embora tentasse manter a aparente calma e integridade emocional, estava em frangalhos. Tórus sabia.

− Lembre-se, Thara, Brenna provavelmente não sabe de nada disso.

− Eu tenho certeza de que não sabe. Pela cronologia dos acontecimentos, não tiveram tempo de lhe contar. Eu estive com ela nos dois últimos dias.

− Não quero saber como a está ajudando, e tenho certeza de que está. Por isso lhe pergunto: não acha que deva contar para ela?

− Ela já tem seus próprios demônios para enfrentar.

Conversavam, enquanto se dirigiam ao castelo e, assim que entraram, Thara se despediu do conselheiro, tomando rumo em direção ao corredor dos quartos reais.

Entrou no quarto, sem pedir permissão. Estava desnorteada. Falaria com Brenna que precisaria verificar alguns manuscritos que deixara em casa, para lhe dar tempo de colocar a cabeça no lugar e ler a documentação que lhe foi entregue.

Encontrou a princesa sobre a cama, queimando em febre e delirando.

As palavras, que saiam desconexas, misturavam-se em línguas diferentes. Brenna não falava somente a língua de Tanjin e a língua nativa de Eras. Thara distinguiu um dialeto falado no norte e outra língua, vinda das terras a oeste, que ficavam além das cordilheiras de Kardoshara.


Nota: Essa semana está um pouco agitada para mim. Vou responder a todos os comentários, provavelmente amanhã.

Um beijo grande



Notas:



O que achou deste história?

10 Respostas para Capítulo XII – Conhecendo a Própria História

  1. Comandante Êlia na ativa!!!
    Como será a reação de Tália e Aristis quando ela chegar? Imagino que de alívio. E do outro lado deixou Astor preocupado.
    Thara, em meio a toda essa turbulência, tendo que tomar uma decisão dessa magnitude…
    E agora essa! Brenna em mais um momento de transe revelador.
    Agoniaaaa!!

    Beijo, Carol

    • É, tiraram a Comandante Êlia da aposentadoria.
      Olha, acho que a reação de espanto da Tália e Arítes é inevitável, mas tenho para mim, que ficarão felizes também. Nada como ter a mãe/mentora por perto. rsrs
      O coitado do Astor, só recebe pancada dessa mulherada da vida dele! kkkkkk
      A agonia acabou… quer dizer, mais ou menos, porque nessa história, sossego é o que não existe. rs
      Fabi, muito obrigada e um beijo grandão para você!

  2. Omg, A rainha é um tesão, mano do céu, ela entrou em ação, coitado de quem estiver na sua frente, eu to morrendo de curiosidade, pra saber que diacho de missão é essa da rainha. E tadinha da Thara, uma bomba jogada nas mãos, no meio de uma disputa política, e agora Brenna com esses sonhos… E agora quem poderá nos ajudarrr? rsrsrsr
    Muito foda o capitulo Bivard, vc como sempre arretada. Um xero bem grande.

    • Ela entrou em ação e agora vai com tudo! rsrs Êlia sempre foi meu crush! rsrsrs
      Olha, que a Brenna e a Thara tão em lençóis ruins. Começarão a cortar um dobrado! Todo mundo tá querendo uma casquinha de Tejor.
      Flavinha, muito obrigada! Valeu pelo carinho de sempre!
      Um beijo e um xêro grandes! ;-*

  3. Mais essa agora, Brenna delirando… Concordo com a colega ali, poderia rolar um cap extra rsrsrs Estou com sdds das rainhas ♥

    • Poxa, essa semana não deu para o extra, mas prometo ver se na outra, pós-carnaval, solto um extra pra alegrar! rs
      Brenna tá cada vez mais complicada, né?
      Brigadão, Ka!
      Um beijo enorme pra ti! ;-*

  4. Mais menina quanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, Thara como sempre no meio da confusão sem “querer querendo” rss, e Êlia como sempre tentando salvar o reino , sou fã dessa mulher pena que é casada rsss, Carol bem que poderia rolar um capítulo extra né não. Kkkk
    Abraços e super, mega e hiper amando a história! ??

    • Parece que a Êlia finalmente largou a aposentadoria e entrou em ação! rsr Pois é, Marcela, infelizmente a Guardiã Êlia é casada e apaixonada pelo marido. Juro que se soubesse que construiria essa personagem tão gostosa assim, eu teria feito dela uma lésbica de carteirinha. kkkkkk Mas o mundo é feito de diversidade e uma hetero legal como ela, faz essa diversidade ser bonita! 😉

      Valeu, Marcela!
      Um beijo grandão!

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