Eras – A guardiã da União
Texto: Carolina Bivard
Ilustrações: Táttah Nascimento
Revisão: Isie Lobo, Naty Souza e Nefer
Capítulo VIII – A Casa de Sábios
– Por que esse segredo todo, Tórus? Por que me trazer à Casa de Sábios para conversar? Não podíamos ter conversado na biblioteca do castelo? Estou passando por momentos difíceis e com problemas de família. Não posso me ausentar, sem mais nem menos.
– Perdoe-me, rei Astor, entretanto era uma situação delicada, em que eu não poderia expor meus amigos. Eles querem uma audiência particular com o senhor.
– Que amigos?
Meu pai havia saído do castelo para acompanhar o conselheiro Tórus até a Casa de Sábios da cidade. Atendeu ao pedido em particular, por considerar muito o conselheiro, porém andava irritado com todos os acontecimentos que se passavam no seio da família. Sem tirar o fato de que recebera notícias preocupantes dos espiões, que ele colocara há muito tempo em Natust, para vigiar os passos do rei Einer.
Eu mesma me surpreendi, quando soube deste episódio, pois no tempo em que fiquei no trono, não imaginava que meu pai ainda mantinha segredos comigo. Bendito pai Astor! Digo isto, porque ele sabia como eu reagiria. Não gosto de espiões, pelo simples motivo de não confiar neles. Para mim, um espião pode se bandear para qualquer lado.
Ele também estava irritado por termos viajado sem lhe falar, todavia compreendeu nossa decisão, após minha mãe contar sobre a chegada de mais um cavalo alado de Tir. Este fato diminuiu as preocupações dele com relação aos perigos de nossa viagem.
– Sente-se, majestade. Primeiro, eu tenho algumas notícias de Natust.
Tórus apontou uma cadeira na cabeceira da mesa que, normalmente, era ocupada pelo Prior da Casa de Sábios.
– O rei Einer de Natust morreu na manhã de ontem.
– Isso é uma notícia velha, meu caro Tórus. Você sabe que mantenho pessoas lá e meu pai mantinha antes de mim, desde a época que Eskol reinava, e nos invadiu na primeira guerra. Já me informaram que Einer morreu.
– E mesmo com os espiões lá, desde a época do rei Eskol, não evitamos a Batalha de Sangue, há dezenove anos.
– Você está querendo dizer que nossos homens nos traem?
– Não tinha certeza até ontem, contudo, hoje, tenho certeza que eles não nos traíam. Apenas nunca souberam da verdade completa para nos informar. Todos os nossos espiões foram mortos à tarde, depois que o rei Einer faleceu.
Meu pai levantou da cadeira em que havia se acomodado. Coçou a barba rala que deixara crescer e que minha mãe odiava. Estava prestes a tirá-la, quando tudo ocorreu com Brenna. Acredito que não o fez por entrar novamente no turbilhão do governo.
– Mortos? Isso quer dizer que rei Einer sabia da presença deles em Natust e só vazava o que queria?
Tórus fez um sinal afirmativo, reparando que meu pai começou a caminhar pela sala, incomodado e pensativo.
– Acredito que esta posição do rei Einer, sobre deixar os espiões vivos para vazarem informações falsas, não fosse aceita pelos seus conselheiros, senão ele mesmo já os teria matado. – Afirmou meu pai.
– Nem todos. Por isso lhe trouxe aqui, majestade. O senhor sabe que nós, Sábios da Casa, fazemos parte de uma confraria, não sabe?
– Sim, eu sei Tórus. Vocês são chamados de Célitas.
– Todas as Casas de Sábios, que se estendem pelo continente e em algumas cidades além-mar, são ordenados na Confraria Célitas. Foi uma confraria criada após a Guerra do Caos para auxiliar na construção da sabedoria do novo mundo. Um mundo sem magia. Isso é o que nós sábios sabemos e estudamos.
Tórus tomou um alento para continuar. Aquela conversa seria inquietante para o rei e para Eras.
– No entanto, os antigos sabiam, também, que chegaria um momento em que todo esse conhecimento reverteria para o confronto das realidades fluídicas de Tir e da realidade sólida de Tejor, que é a que vivemos. A classe das Guardiãs, sacerdotisas-curandeiras e oráculos, são orientados pelo templo de Cadaz, onde a Guerra do Caos iniciou. Eles também são uma confraria que se chama Lâmia de Luz.
Meu pai estava atônito e confesso que eu também fiquei, quando descobri que fazia parte de algo do qual nunca soube o nome. Meu pai se sentou para continuar escutando o conselheiro.
– Não fique tão etado, Astor…
Tórus sorriu, desalentado. Parecia que tirava uma carga dos ombros e continuou o relato.
– Não sei por que a Divina Graça separou os saberes. Apenas desconfio. Nós, Célitas, temos uma parte da história e a casta das Guardiãs, ou melhor, a Confraria da Lâmia de Luz, detêm a outra parte. Quando ocorreu a segunda guerra contra Natust em que Serbes morreu, nós, Célitas, sabíamos que algo havia mudado na direção dos reinos. Foi quando descobri que Êlia e Tália eram da casta das Guardiãs e que minha sobrinha Arítes era a Protetora.
– Você nunca disse o que pensou naquela época.
– Eu não comentei nada porque sabia que muita coisa estava por vir, principalmente quando soube que Arítes estava grávida e quando Brenna nasceu. Ela veio com os traços de dois clãs.
– Cabelos castanhos e olhos azuis. A população nunca comentou sobre isso…
– Ninguém enxerga, Astor. Nunca atinou para isso?
– Como, nunca atinei para isso? Ela tem cabelos castanhos e olhos azuis. O que existe demais para que me atentasse para isso? Ela carrega uma corrente com um pingente de pedra da água, que lhe dei aos dez anos, simbolizando a cor dos olhos que tem.
Tórus balançou a cabeça, rindo, pensando em como não percebemos os sinais, ao longo do tempo.
– As pessoas não falam, porque para elas é natural ver os olhos verdes com cabelos castanhos. Uma pessoa com esses traços é do clã da floresta e nada mais. Nunca percebeu que só a família e quem carrega o resquício de sangue mágico de Tir, vê os olhos azuis de Brenna? – O conselheiro sacudiu a cabeça, rindo, outra vez. – Eu já insinuei, algumas vezes, sobre a cor dos olhos de Brenna com pessoas de fora, pessoas comuns. Não enxergam os olhos azuis do clã das águas. Elas veem como se sua neta tivesse os olhos verdes, claros e límpidos. Mas não lhe chamei aqui para revelar os segredos da Casa de Sábios e nem do clã das Guardiãs. Eu o chamei porque Tejor passará por outra mudança.
– Primeiro: é impossível não verem os olhos azuis de Brenna. Porém, não vou discutir isso com você, agora. Segundo: não é novidade para mim essa transformação de Tejor, Tórus. Brenna está na passagem do Astru. Quer mais que isso?
– O quê?!
Nessa hora meu pai reparou que falou demais. Percebeu que o conselheiro Tórus não falaria sobre aquilo. O assunto era outro. Calou-se, assustado por revelar algo de nós, as Guardiãs.
– O quis dizer com isto, Astor?
Tórus era um bom e grande amigo, não só porque era tio de Arítes, mas porque participou de toda a nossa história na Guerra de Sangue e o pai dele ter sido amigo íntimo de meu avô. Ele cresceu com papai, o que o deixava à vontade para tratá-lo da forma como quisesse. Sem reverências e sem salamaleques. O divertido de tudo era que, apesar da confiança, os dois escondiam coisas de suas vidas. Era incrível como tínhamos tantas integrações e escondíamos tantas coisas uns dos outros.
– Me fala primeiro que, se sua revelação for boa, eu até te conto o que falaria de Brenna. Lógico que você notou que eu soltei essa informação sem querer.
Tórus o olhou, incrédulo, entretanto não discutiu. Ele era sábio, como o nome da casa que ele integrava denominava. Preferiu abrir-se primeiro, já que estava predisposto a isto desde o início. Retirar aquela informação de papai, a partir dali, não seria difícil.
– Nossa casa nunca recebeu mulheres, não que fosse uma lei ou um ditame. Apenas não chegavam mulheres predispostas a integração, isso até Thara ser apresentada a nós.
– Nunca reparei nisso. Não é algo relevante, no meu entendimento. Por acaso não há homens nessa tal de “Lâmia de Luz”?
– Há. Não são comuns, contudo não existe qualquer empecilho nisso. O rei de Kamar é um oráculo, por exemplo. Apenas no clã das Guardiãs que nunca vimos homens. O sangue é ligado às mulheres no nascimento e não me pergunte por que.
Torus parou de falar, analisando aquela questão e continuou.
– Talvez pelo que houve na Guerra do Caos, onde um mago instigado pelo afã de se tornar um Senhor da Natureza, propagou a desigualdade entre os gêneros. O que é uma bobagem, porque ele era mago e respeitado pelos seus dons. Tinha o mesmo respeito que as Senhoras da Natureza, apenas noutra função.
– Está certo! – Meu pai se impacientou. – Não vamos discutir agora, filosoficamente, a separação dos reinos. Me diga por que me trouxe aqui.
– Por conta de Thara e da morte do rei Einer de Natust.
– O que sua pupila tem a ver com a morte de Einer?
– Diretamente, tudo. Deixe-me chamar meus amigos da Casa de Sábios de Natust e entenderá.
Tórus abriu a porta, chamando alguns homens. Pelas vestimentas, eram todos Sábios. Apesar de conselheiro real, Torus era clássico na hora de se vestir. Sempre utilizava túnicas em linho com a corda em algodão, cingindo a cintura. Típico da Casa dos Sábios.
Não poderíamos falar a mesma coisa de Thara, com relação à vestimenta. Apesar dela fazer parte da Casa dos Sábios, era liberal e vestia-se com descontração. As calças de couro, por exemplo, estavam sempre presentes na sua indumentária.
Meu pai estreitou os olhos, tentando entender onde o amigo queria chegar. Eram três sábios com túnicas na cor terracota, diferentes das usuais cores dos sábios de Eras, que eram em linho cru. Para falar a verdade, também ficaria curiosa com todo aquele espetáculo. Então imaginem o rei Astor, raposa velha como ele era?
– Não vamos nos delongar, majestade. – Falou um dos sábios. – Obrigado por nos receber e contaremos uma história sobre a princesa Thara de Natust… ou melhor dizendo, agora a herdeira e rainha Thara de Natust…
****
– Astor! O que faz aqui na sala dos Escritos?
O rei Astor descera pelos degraus que nunca ousara sequer imaginar como eram. Pelo amor que brotara, outrora, em seu coração pela Guardiã Êlia, jurara nunca transgredir aqueles limites sagrados. Entendam que meu pai nunca foi proibido de descer na sala.
– Não importa mais, Êlia. Dogmas, sagrados ou sublimes, os mundos estão colidindo. Não acredito que faça mais diferença eu ver uma sala sagrada.
Minha mãe apertou os olhos e viu meu pai terminar de descer os degraus. Não havia desgraças ou feitiços ali, naquele local, exceto nos pergaminhos. Ele se despojou sobre uma das poltronas, reparando o ambiente, que lhe parecia aconchegante e simplório. Nada espetacular ou extranatural. Era uma pequena sala-biblioteca, com estantes, pergaminhos e livros. Com exceção da mesa-púlpito e do ambiente de estar com poltronas e mesinha, tudo parecia a ele como um local de estudos qualquer. Minha mãe balançou a cabeça e optou pelo lógico.
– Tenho certeza que algo de muito extraordinário aconteceu para que tenha vindo aqui. Apenas não toque em nenhum desses pergaminhos, porque não quero lidar com encantamentos dos quais não tenho a menor ideia de como livrar meu marido.
Meu pai sorriu e estendeu a mão, para que minha mãe se aproximasse. Estava feliz pela compreensão dela, em relação a atitude que tomou. Aquecia o coração dele saber que a esposa entenderia que não teria aquela atitude por nada. A rainha Êlia segurou a mão, chegando-se e sentando no colo dele.
– O que houve? – Perguntou branda – E não me diga que é algo mais em relação a Brenna. – Revirou os olhos e depositou um pequeno beijo nos lábios de meu pai. – Não aguentaria mais coisas sobre os ombros de minha neta. – Minha mãe concluiu.
– O que sabe sobre Thara, Êlia?
– Nada muito além do que você sabe. Sei que consegue ler o idioma antigo de Tanjin. Está nos ajudando a traduzir um pergaminho nessa língua para descobrir como é a mudança do Astru. Ela está no quarto de Tália e Arítes com Brenna que a auxiliará com os Escritos. Você sabe; ninguém pode tocar nos pergaminhos sagrados, além de nós. Por que perguntou isso?
– Pela Divina Graça! Espero que Brenna não se motive para cima dela.
– É tarde para essa preocupação. Elas já estiveram juntas há dois dias. E depois, Brenna não é criança, Astor. Acredita que ela não tenha ficado com ninguém na vida? Está questionando a educação sexual que Eras dá aos adolescentes?
– Lógico que não! Só que Brenna podia fazer sexo com qualquer um do reino, mas por que Thara? – Meu pai bufou. – As coisas são como se encaixam, não é? Depois do que soube, tinha certeza que aconteceria. Ruiva, clã do fogo… Diferente da maioria em Eras. Tinha certeza pelo temperamento de Brenna que isso a atrairia. Ainda mais que a garota é comedida, o inverso dela.
– Você está sendo preconceituoso com nossa neta. Quem partiu para cima, pelo que soube, foi a conselheira. De qualquer forma, me diga por que desceu aqui? Não acredito que tenha quebrado anos de nosso acordo, por conta da vida sexual de Brenna.
– Não. Não quebrei nosso acordo por isso. E tenha certeza que não me interessa, em nada, tocar num pergaminho desses sem querer, ficando preso em qualquer encantamento de que você não possa me livrar.
– Então, qual é o problema tão urgente, além do que já enfrentamos?
– O problema é Brenna depender de Thara para auxiliá-la nessa transição e… a conselheira ser a herdeira legítima de Natust, sem que saiba. Está bom para você, minha amada rainha e Guardiã?
Meu pai perguntou irônico e o sangue sumiu da face da minha mãe. Levantou-se do colo de meu pai, atônita.
– Que história é essa, Astor?
O rei se apressou em contar tudo que lhe foi falado, antes que minha mãe surtasse. Expôs como Tórus o abordou e o que os sábios de Natust lhe disseram. Após o relato, o eto no rosto de minha mãe era tão expressivo, que meu pai tentou abrandar com uma brincadeira, e não conseguiu.
– Entendeu por que quis lhe contar logo e desci na sua sala tão sagrada?
– De sagrada essa sala não tem nada, Astor. Tem um monte de manuscritos enfeitiçados que tento proteger para que ninguém se condene a um encantamento do qual não posso livrar. Com todo o conhecimento que tenho, vejo que ainda não sei nada.
– Eu sei. Estava apenas tentando descontrair você, Êlia.
– Não acredito que escutou tudo tão placidamente, conhecendo-o como eu conheço.
– Realmente, não. Quando começaram a me contar, quase brandi minha espada e decapitei a todos, começando por Tórus. O problema é que se o fizesse, não saberia da história inteira.
– E você acreditou neles, Astor? Acha que Thara não sabe mesmo quem é?
– Bom, você me conhece. Eu acredito, desacreditando. Por isso quero que você agarre Tórus pelo colarinho daquela túnica singela dele e faça essa coisa de Guardiã, que é interrogá-lo sob o olhar da verdade.
– Pode apostar que farei e agora mesmo. Tórus é um bom homem e mesmo que ele acredite ser verdade, não quer dizer que saiba da verdade.
Minha mãe deixou meu pai no vácuo e subiu as escadas, apressada. Ela não deixaria passar um segundo sequer. O rei Astor olhou à volta, para gravar a imagem e se fazer íntimo daquele lugar, que tantas vezes lhe roubou a presença da esposa, filha e neta. Acreditava que nunca mais em sua vida desceria ali.
***
Estávamos sobrevoando a cordilheira de Kardoshara e, no ritmo que estávamos, deveríamos chegar a Cadaz após o entardecer. Forçávamos Équinus e Épona, e isso não nos agradava. Eles estavam extenuados, no entanto não poderíamos nos dar ao luxo de pernoitar nas montanhas e nos arriscar a outro ataque. Tempos depois, agradeci por não saber o que ocorria em Eras, enquanto viajávamos para a cidade de minha mãe. Enlouqueceria com as descobertas sobre Thara, antes de obter as respostas que buscávamos.
Ao anoitecer, avistamos os pontos de luz numa baixada das montanhas e, se nossa orientação para chegar a Cadaz estivesse correta, nosso destino estava à frente. Descemos com os cavalos alados na estrada, pouco antes da entrada na cidade e cavalgamos mais tranquilas.
Entramos através da passagem que levava à cidade. Cadaz era uma cidadela, se comparada a Eras, no entanto as ruas eram iluminadas e ordenadas. Um lugar pacato nas montanhas, porém com uma vida transbordante.
Imaginava que àquela hora não houvesse pessoas transitando. Enganei-me e fiquei encantada com as inúmeras pessoas caminhando nas ruas, conversando nas portas das casas e na pracinha central. À medida que passávamos, ainda montadas nos cavalos, os cidadãos nos olhavam interrogativos.
– Imagino que esses olhares não são porque estamos montadas em cavalos alados, já que eles são encantados pelas Senhoras da Natureza para que ninguém enxergue as asas.
Arítes cochichou, contudo eu me sentia mais desconfortável do que ela, por um simples motivo. Os olhares eram dirigidos a mim.
– Suas roupas que estão manchadas de sangue e eu que estou sendo avaliada. Quer mais incômodo do que isso? – Respondi num tom baixo, também.
– Tenho a impressão que é sua aparência, Tália. Consegue enxergar alguém do clã das águas aqui?
Arítes estava maravilhada. Nunca em nossas vidas vimos tantas pessoas do clã da floresta num mesmo lugar. Em Eras e Kamar, que eram cidades grandes e tinham a maior concentração de pessoas de todos os clãs, dois quintos eram do clã das águas. Cresci e me acostumei a ver muitas pessoas de cabelos loiros-prateados com olhos azuis. Chegava a enjoar. Todavia, em Cadaz, eu era o diferente e estranhei, pois minha família por parte de minha mãe era dali.
– Entendi o ponto de vista. Você se sente assim em Eras?
– Assim como?
– Sendo olhada, por conta de seu clã.
– Não. Nunca pensei sobre isso, porque nunca me olharam dessa forma.
Continuávamos atravessando a rua principal da cidade, procurando uma estalagem para nos abrigar, enquanto éramos observadas pelos aldeões.
– Ótimo! Porque estou me sentindo um dragão das covas de Tevé, sendo olhada desse jeito. Parece que tenho duas cabeças.
Arrematei e Arítes segurou o riso. Ela também não esperava que o clã da floresta fosse a base da população de Cadaz.
– Vamos apear e perguntar onde podemos pousar.
Descemos dos cavalos e andamos até um casal que estava parado ao lado da rua e nos observava.
– Por favor. Onde podemos encontrar um estábulo público para deixar nossos cavalos e uma estalagem para nos alojar esta noite? – Arítes perguntou.
– Virem na próxima rua à esquerda e, ao final dela, encontrará os dois. – O homem respondeu.
– Não querem ir direto para o templo?
A mulher perguntou e, vendo nossa expressão de eto, apressou-se em explicar.
– Não recebemos muitas pessoas de fora, a não ser comerciantes de Bória, que são da linhagem do metal em sua maioria. Sua amiga… – Ela apontou para mim — … é da linhagem dos irmãos do Templo Luzeiro. Presumo que vieram se encontrar com eles. Se for o caso, eles as acolherão e não precisarão pousar na estalagem.
– Não seria tarde para incomodá-los? – Perguntei.
– Os irmãos atendem quem os procura, a qualquer hora. Eles atendem os doentes da cidade.
– A abadessa Valda nos receberia agora?
– Se ela não tiver qualquer compromisso, acredito que sim.
Não precisamos perguntar a direção do santuário. Vimos um grupo de pessoas se aproximando, que imaginamos ser os irmãos do templo. Todos eram do clã das águas, com exceção de um rapaz que era da linhagem da floresta. Aliás, era o único homem que vimos junto ao grupo. O visual era singular. Trajavam roupas em couro e se pareciam mais com guerreiros do que sacerdotisas, oráculos ou sábios. Aproximaram-se e uma mulher, cuja aparência indicava ser a mais velha, sorriu abrindo os braços, me abarcando num abraço caloroso.
– Seja bem-vinda, Guardiã da Indulgência!
Nota: Até o final de semana postarei um capítulo extra. Ah, e tem novidade no site. Agora podem comentar sem se logar, mas quem quiser logar para aparecer o perfil com a imagem de vocês, também pode.
Beijão a tod@s!
Pera lá! Quer dizer que Thara também enxerga Brenna com olhos verdes???? Poxa! E eu achando que Thara adorava os azuizinhos.
E deixa o povo babar em Thara, assim sobra mais Brenna para mim, hehehe… Marrentinha linda.
Acho mega fofo o carinho de Êlia com Astor, mesmo ele deixando a barba feia, rsrsrs.
Se Thara realmente for herdeira de Natust, Brenna estará dormindo com alguém que teria que ser sua rival. Por isso vô Astor ficou preocupado? Mas se é para ocorrer a união dos reinos, faz todo sentido.
Comentário atrasado ?
Mas não poderia deixar de fazer,
Beijão, Carol
Pensando bem ? Thara também deve ter resquício do sangue mágico de Tir, já que possui o dom da sabedoria. Então vê olhos azuis em Brenna,
Mmm… Gosto de ver quando alguém “pesca” detalhes. rsrsr Mas não é tão simples. Depois entenderá. he he he Você foi pelo caminho certo, Fabi! Muito legal!
Beijão!
Ah, Esqueci de dizer. Eu também costumo gostar de personagens que a maioria deixa de lado, porque eles sempre tem algo escondido que quero entender. rsrsrs Então, aprecie a Brenna! rsrs No meu caso, há outros que acho bem legais, mas são comuns aos olhos! rsrsrs
Um beijo grandão!
Mas menina cada dia uma surpresa rsss, espero que seja uma boa porque olha tô gostando da Thara. ?
Bom início de mês e pra comemorar um capítulo extra seria muito bom. Kkkkkk
Bjs Carol.
Oi Marcela!
Caraca, todos gostam da Thara! Que coisa! rsrs E eu achava que a Brenna que faria sucesso. kkkkkkk
O capítulo extra tá na lá, já.
Marcela, agradeço demais seu carinho e sempre estar aqui! Manda notícias! Vai vir esse verão?
Um beijo grandão!
Fim de semana chegando, Bivard! Libera o extra porque essa história está arrebentando!! Parabéns!!
Oi, Phtah!
Já tá liberado!Não briga comigo. Cumpri direitinho! rsrs
Um beijo enorme e muito obrigada pelo carinho!
Ficando cada vez melhor, Mestra!
Parabéns!
Beijos!
Oi, Maga!
Então vou tentar melhorar mais, Tatita! rsrsr
Brigadão, Maga das letras!
😉
Um beijo grandão e um xêro!
Carolina Bivard! Parabéns pela estória!
Um enredo fascinante, que prende totalmente e deixa um desejo de quero mais!
Parabéns!
Acho que esse aqui veio repetido. Deu algum xabú nos coments! rs Se não for, peço que me fale.
Carolina Bivard! Parabéns pela estória!
Um enredo fascinante, que prende totalmente e deixa um desejo de quero mais!
Parabéns!
Então seu desejo está em dia hoje, Carol! rsrs Tem novo capítulo.
Muito obrigada pelo carinho e pelos elogios. Espero sempre despertar esse desejo na leitura de minhas história!
Valeu!
Um beijo grande para você!
Simplesmente fodástico hahaha muito massa , rei Astor as vezes parece um bundão impaciente haha. Eitaaa , quer dizer que a conselheira tarada é rainha????? passada gente. Curiosa pra saber o que aguarda a dupla dinâmica.
Ps:mega curiosa o que aquelas duas taradas estão aprontando ???.
VC como sempre incrível.
Xero grande Bivard?
kkkkkkk As duas estão aprontando todas, pode apostar! kkkkk
O Rei, ele é um bundão algumas vezes sim. kkkk Concordo. kkkk Mas é do bem e infelizmente se apaixonou por uma mulher fantástica! Ser marido da Êlia não é mole, não! Fazer o que? rs. Mas o cara manda bem na organização do reino. Se bem que… Deixa pra lá. Vou falar nada não, porque em breve você vai descobrir. he he he
Valeu, Flavinha! Já tem capítulo novo!
Beijão e xêro!
Gostaria de saber está história, éh continuação de qual mesma estou perdida rs?
Olá, como vai?
Então, existe uma história anterior sim e você pode ler neste link:
https://www.lesword.com/eras-2/
Há também um conto extra após a primeira história, que explica a presença da Thara e poderá lê-lo aqui:
https://www.lesword.com/eras-a-batalha-do-sangue/
Realmente ler esses dois antes, torna muito mais fácil e legal.
Espero que goste e espero ver mais vezes você aqui!
Um beijão pra ti!
Quando a gente acha que já viu de tudo, vc inventa mais ramificações surpreendentes nessa história. Rsrs amo a sua criatividade! Amo esse universo que vc criou. Adoro a comédia em meio ao drama em uma aventura épica. Genial!
Saudade de vc!!
Beijos
Ô, menina! Que saudades suas! Esperando você novamente aqui! Tá na escrita do seu segundo livro Bastidores? Quando sai?
Quanto a criatividade, eu agradeço, mas saiba que amo a sua também. 😉
E as ramificações só me complicam. kkkkk Vou ter que rebolar para escrever o que estou imaginando. Mas esse é nossa alegria, não é?
Saudades também. Quando aportar por aqui, me dá um toque pra gente se ver!
Um beijo grande, Bibi!
Carol, mta informação, coisa linda…
To amando e me deliciando.
Fico numa curiosidade extrema pelo próximo cap.
Parabéns…
Oi, Nádia!
Então agora é hora de matar a curiosidade… Só não sei se não vai deixar mais. rsrs O capítulo extra tá postado!
Obrigadão, Nádia!
Um beijo grandão para você!
Ow rapaz, rainha Thara! Ui, isso vai render, e muito! Hahaha Estou ansiosa para ver a reação delas (Brenna e Thara) quando souberem 😉
Aguardando o cap extra!
Oi Ka!
Vai render muita coisa mesmo e as duas (Brena e Thara), tão só de chamego num quarto só para elas… rsrs
O extra tá lá já. Promessa é dívida e das que se cumpre! 😉
Valeu, Ka!
Um beijo enorme pra ti!
Putz, tô igual a Neder, passada e imaginando o tanto de possibilidades que essa informação sobre Thata traz, além do tanto de coisas que a gente ainda não sabe. Socorroooo! hahaha
Bjão e que venha o extra!
Oi, Pregui!
KKKKK Como eu disse para a Nefer, essas informações não só trazem possibilidades, mas me complicam pra escrever também! kkkkk Não sei por que invento essas coisas. kkkkkkkk
Mas a gente dá um jeito! rsrsrs
O extra está postado!
Valeu, Preguicella!
Um beijão!
Hã?! A conselheira Thara?! Rainha de Natust?! Cara, eu tô de cara, com certeza! E, confesso, no escuro absoluto nessa história, viu?! São tantas possibilidades, e acontecimentos, e… Tudo empolgante, com certeza. Adoroooo!
Ah, e por falar em adorar. Mantenho a minha eterna adoração por Êlia, Bivard, mas Arítes e Thara estão me fascinando também! Culpa sua. Quem manda criar personagens assim tão, tão…!
E para nossa felicidade, extra a caminho! Delíciaaaaa.
Oi, Nefer!
Então, as inúmeras possibilidades é que são legais, mas… também complicam para terminar de escrever! kkkk E vamos que vamos!
Mmmm… Pensei que Êlia tinha saído da sua lista. rsrs
Valeu, Nefer e obrigadão por tudo!
Um beijo grandão!