Pedro ajudou a carregá-la agora. Um táxi os esperava, Pedro foi na frente com o motorista e as três atrás, Dulce meio deitada no peito de Anahi e com as pernas no colo de Mai.
– Rápido Pedro, por favor!
– É perto, calma. Ela vai ficar bem…
Anahi pensou: tomara! Estava desesperada!
Ela fazia carinho no rosto da ruiva jogando o cabelo pra trás como se assim ajudasse na sua respiração, Dulce de vez em quando abria os olhos e chamava por ela e pedia ajuda, que não estava conseguindo…. Anahi segurava em sua mão e sussurrava que estava ali e que já estavam chegando mas a verdade é que ela estava piorando, respirava cada vez mais forte.
– Pedro pelo amor de Deus! Mais rápido! Ela está ficando pior!!
– Calma Annie. – Mai falou as olhando- Calma Dul, está tudo bem….- ela falou segurando nas mãos da ruiva tentando acalmá-la mas Dulce estava histérica também, não conseguia focar nada.
Dulce fechou os olhos e quando abriu de novo começou a chamar por Anahi e se remexer como se quisesse levantar, mas tudo era porque o ar faltava e estava a agoniando.
– Calma! Tô aqui, tô aqui…
– Annie, Annie!
– Dul…- ela parou de ouvir e fechou os olhos toda mole- ela está gelada! Pedro!!
– Cinco minutos chegamos! – o taxista falou.
– Não temos cinco minutos! – Anahi respondeu nervosa- Dulce, pelo amor de Deus! Fica comigo! – ela batia no rosto da ruiva que não acordava.
– Dul, Dulce! – até Mai se desesperou agora.
– Chegamos! – taxista.
– Graças a Deus! – Anahi falou e Pedro já tinha saído do carro e ído abrir a porta.
– Deixa que eu levo ela! Vai lá chamar um médico Mai! – a morena saiu correndo enquanto Pedro pegava Dulce no colo e eles corriam pra dentro do hospital.
Foi aquela confusão, aquele falatório mas o atenderam logo, viram também que eram estrangeiros, o taxista ajudou e logo colocaram Dulce numa maca e a levaram lá pra dentro. Anahi sentou na cadeira chorando.
– Ei calma! – Mai a abraçou e ela caiu mais no choro- Ela vai ficar bem, calma Annie.
– Ela apagou Mai, estava toda gelada…
– Ela vai ficar bem Annie, vai ficar bem…- Mai falava mas nem ela estava tão certa, foi assustador ver Dulce daquele jeito.
Pedro de cinco em cinco minutos buscava por notícias mas ninguém falava nada. Quando o médico que a levou lá pra dentro passou Anahi o agarrou pelo braço e não o deixou sair até ele responder o que tinha acontecido. Só que ela falava chorando e rápido, ele não estava entendendo nada.
– Calma Anahi. Deixa que eu falo. – Pedro falou e Mai a abraçou por trás tentando acalmá-la- Queremos saber como ela está doutor.
– Ela chegou muito mal mesmo, foi por pouco que não teve um choque anafilático, mas conseguimos dar o remédio e normalizar.
– Então ela está bem?? – Mai.
– Vai ficar…. No momento ela tá dormindo porque estava muito cansada…
– Quando podemos vê-la? Eu quero ver ela, por favor! – Anahi voltou a puxá-lo pelo braço desesperada.
– Eu vou falar com a enfermeira pra liberar a entrada de vocês, mas calma menina. Você está muito nervosa! Daqui a pouco você que vai precisar de um calmante.
– Só me deixa ver ela? – Anahi pediu, o rosto banhado em lágrimas.
– Vou falar com a enfermeira, ok?
– Obrigada. – ela sorriu e ele acenou com a cabeça.
– Com licença. – pediu e em seguida saiu.
– Obrigada doutor. – Pedro falou com ele já saindo.
– Viu? Mais calma? – Mai perguntou assim que ele saiu. Anahi se virou pra ela e a abraçou chorando.
Pedro as olhou com um sorriso no canto dos lábios, Mai retribuiu o mesmo sorriso e ficaram mais um tempo assim, Anahi ía se acalmando. Cerca de meia-hora depois uma enfermeira apareceu dizendo que podiam entrar, Anahi foi a primeira a se levantar e ir, eles resolveram deixar ela entrar primeiro.
– Nossa! Que loucura meu Deus! Tô até agora suando. – Pedro falou com Mai, estavam só os dois sentados nas cadeiras.
– Eu também. Confesso que estava tentando me manter bem pela Anahi mas eu também fiquei com medo.
– Eu achei que ela ía ter um treco também, quanto tempo não via ela assim….
– Uns três anos pelo menos? – Mai o olhou ao falar e sorriu, Pedro também sorriu e balançou a cabeça.
Lá dentro….
Anahi sentou na cama e ficou olhando Dulce ali dormindo, tão serena, tão diferente de alguns minutos atrás, pensou que poderia ficar ali por muito tempo só a observando dormir…. Levou uma das mãos ao seu rosto pra fazer carinho enquanto que a outra pegou na mão da ruiva e deixou sobre o seu colo, olhou pra ela sorrindo e foi desenhando o contorno do seu rosto enquanto entrelaçava seus dedos, respirou fundo e deitou a cabeça no seu colo. Ficou um tempo em silêncio só olhando pras suas mãos entrelaçadas, ela fazia carinho nos dedos da ruiva.
– Volta pra mim, vai….- sussurrou próximo ao ouvido dela, roçando o rosto no pescoço dela mas Dulce nem se mexeu. Anahi respirou fundo mais uma vez e ficou a olhando daquela posição- Impressionante né? – ela suspirou mais uma vez e tocou no rosto dela pra ver se ela realmente não acordava e como Dulce nem se mexeu, ela continuou- Como em todos os anos de namoro eu nunca tinha sentido isso, esse medo todo de te perder….- Anahi levantou o rosto e a olhou- E foi esse medo que fez eu me tocar que ainda amo você. – Dulce continuava apagada, Anahi olhou- É injusto isso sabia?! – ela se ergueu voltando a sentar- Você chegar assim do nada e destruir todas as minhas barreiras, mais uma vez! – Anahi fungou secando o rosto- Volta pra mim Dul! – ela voltou a deitar o rosto no pescoço da ruiva- Eu preciso de você…- Anahi ficou um tempo assim fazendo carinho no rosto dela, até ouvir batidas na porta e se separar.
– Posso? – ela olhou e era Mai seguida por Pedro.
– Entrem. – Anahi se sentou na ponta da cama.
– Dormindo ainda? – Pedro.
– Tá. – Anahi respondeu e eles se aproximaram.
– Pelo menos agora está calma….- Mai.
– Sim. – Anahi olhou pra ruiva ao responder, sorriu ao ver o seu sono tão sereno assim.
– O médico disse que agora não deve demorar muito pra ela acordar….- Pedro.
– Tomara! – Anahi.
– É… Annie, ele disse que ela deve ter tido uma reação alérgica muito forte mesmo….- Mai.
– Mas a que? – Anahi não entendia.
– Ele não sabe dizer, esperávamos que você soubesse…- Pedro.
– Não sei. Ela não comeu camarão, eu lembro que fiquei prestando atenção, tinha frutos do mar mas camarão não.
– Estranho…- Mai.
– O que importa é que ela está bem! – Pedro.
– Sim…- as duas concordaram com ele e o assunto se encerrou.
Os três resolveram se sentar pra esperar ela acordar. Anahi e Mai no sofá e Pedro numa poltrona, todos de frente pra cama.
Anahi não tirava os olhos de Dulce mas não falava nada.
– Ela está bem agora…- Mai tocou na mão dela que estava sobre a perna pois estava vendo que ela ainda estava tensa.
Anahi respirou fundo antes de falar.
– Eu sei. – ela olhava pra Dul ao falar- É só…- mais uma vez suspirou.
– Calma. – Mai sorriu ao falar, Anahi também sorriu e abaixou a cabeça. Em seguida ela suspirou e se encostou no sofá cruzando os braços.
– Só queria que ela acordasse…
O silêncio tinha voltado a reinar mas Mai estava bastante curiosa então aproveitou que teriam que ficar ali esperando e que Pedro se distraía com algo no celular e tocou no assunto.
– Annie, agora que você está mais calma, me explica o que aconteceu?
– Ué, o médico não disse que foi uma reação alérgica? – Anahi a olhou ao falar.
– Não tô falando disso, tô falando de vocês… Sumiram o dia todo….a gente bateu lá no quarto das duas e ninguém atendeu…. E aí ela estava no seu quarto….
Anahi suspirou, desviou o olhar.
– Que foi? Não posso saber?
– Pode Mai. – ela abaixou a cabeça- Não sei o que está acontecendo mas nós passamos a noite passada juntas e hoje o dia todo…
– Ontem? Mas ela não estava com aquela garota?
– Estava. Mas eu acabei fazendo o que você falou…liguei pra ela e ela me encontrou e…
– E?
– Não sei Mai. Tá cada vez mais difícil! E ver ela assim agora…- Anahi respirou fundo mais uma vez e se inclinou pra frente escondendo o rosto entre as mãos- Não sei o que fazer….- Maite tocou nas costas dela fazendo carinho e Annie a olhou- O que eu faço?
– O que você quer fazer? – Mai a olhava com carinho.
– No momento que ela acorde, que ela fique bem…. Cheguei a pensar o pior no carro e me deu um medo tão grande que eu nem sei! Não posso perder ela….- Mai sorriu.
– Ela está bem…- voltou a tocar na mão de Anahi que se ergueu de novo.
– Graças a Deus!
Mai confirmou com a cabeça e sorriu, ficou a olhando e então perguntou.
– E depois Annie? – Anahi a olhou sem entender- Você disse que agora só quer que ela acorde mas e depois? Alguma coisa mudou?
Anahi ficou a olhando um tempo antes de responder porque ela não fazia a mínima ideia!
– Não sei. – respondeu depois de suspirar.
– Acho que ela está acordando….- ouviram a voz e as duas levantaram a cabeça, em meio segundo Anahi estava na beirada da cama.
Dulce ainda se remexia mas não tinha aberto os olhos, Anahi estava ajoelhada ao lado da cama com a mão entrelaçada a da ruiva. Alguns segundos depois ela abriu os olhos, os olhou bastante confusa, fechou os olhos e ao abrí-los novamente que conseguiu falar algo.
– Onde eu to? – falou com dificuldades os olhando.
Pedro estava em pé de um lado da cama e Mai estava sentada na ponta da cama do mesmo lado que Anahi.
Anahi não conseguia falar, continuava na mesma posição e com as mãos entrelaçadas e junto a boca, ela tinha posto a sua outra mão por cima também. Pedro viu o silêncio e resolveu falar.
– Estamos num hospital, Dulce. Você passou mal. – Dul o olhou e depois pras duas.
– Você não lembra? – Mai perguntou tocando de leve na perna dela que negou com a cabeça e olhou de relance pra Anahi.
– Você acordou sufocando Dul. A sorte era que estava tendo uma convenção de médicos no hotel e ele deu uma ajudada pra onde te trazer, senão….nem sei…
– Me deu um susto gigante. – Anahi falou baixo a olhando, na mesma posição ainda. Dulce a olhou.
– Desculpa..- sussurrou com um sorriso que foi retribuído por Anahi sem desencostar a mão da frente.
– Foi sorte mesmo a Anahi estar com você….- Pedro falou e Anahi sorriu.
– Salvou a minha vida? – a ruiva perguntou a olhando, sorrindo. Anahi só conseguiu sorrir. Ela estava tentando segurar as lágrimas, de nervoso, felicidade e alívio por estar tudo bem com ela.
– Bom, eu vou lá avisar ao médico que você acordou….- Pedro falou saindo do quarto.
Então Mai se levantou e foi sentar na cama do outro lado pra Anahi sentar ali, pois estava ajoelhada até agora. E foi o que ela fez, sentou mas sem largar a mão da ruiva que estava apoiada na sua perna agora.
– Que susto hein garota! Faz mais isso não!! – Mai falou rindo pra aliviar a tensão, Anahi estava muito nervosa ainda.
– Desculpa gente….
– Você apagou no carro cara! – ela falou e olhou pra Anahi que só mexeu a cabeça.
– Como assim?
– Apagou Dul. Desmaiou, estava toda gelada!
Anahi respirou fundo antes de falar.
– Você teve uma crise alérgica Dul. – a ruiva a olhou.
– Mas por que? Não entendo….
Anahi deu de ombros e olhou pra Mai, mas ao falar olhou pra ela.
– Eles acham que você deve ter comido algo com camarão ontem no barco…
– Camarão?! Mas não tinha, eu não comi. Você percebeu?
– Também não. Mas só pode ter sido isso ou você tem alergia a alguma outra coisa que não sabemos…
– Pode ser também…- Mai.
Assim que elas acabaram de falar Pedro entrou com o médico no quarto.
– Olá. Acordou mocinha? – o médico falava se aproximando, era um senhor já- Que bom! – Dulce sorriu- Estava achando que teria que internar sua amiga aqui junto…- apontou pra Anahi- ela estava histérica. – ele sorriu e Anahi sorriu também meio sem graça e abaixou o olhar, Dul a olhou sorrindo porque achou fofo.
Os três se afastaram e ele fez alguns exames nela pra ver se estava tudo bem, ouviu o coração e o pulmão, além de tirar a pressão.
– Tá tudo bem contigo Dulce. Não precisa se preocupar. – ela balançou a cabeça.
– Bem mesmo doutor? – Pedro.
– Sim, parece que foi só uma crise alérgica mesmo. Mas está liberada, só cuidado, pega leve e tal…- se virou pro Pedro- Tá livre pro show também se ela estiver se sentindo bem…
– Que bom! – Pedro.
Agora o médico se virou pra ela.
– Você está bem Dulce, mas eu queria que você ficasse aqui mais um pouco, pelo menos até esse soro acabar….deve ser só uns quarenta minutos, só pra gente ter certeza mesmo.
– Ok. – ela falou e ele sorriu.
– Pode ser que você sinta um pouco de sono porque demos um calmante porque você estava muito agitada quando voltou tá?
– Tá bom.
– Bom, então é isso. Se cuide e bom show amanhã! – ele se virou pro Pedro- Vou assinar a auta dela e deixo lá na recepção.
– Tá ok. Obrigado doutor! – os dois se cumprimentaram com um aperto de mão.
– Imagina. Tchau meninas, vê se durmam um pouquinho tá…
– Tá bom. – as duas responderam e sorriram.
Eram seis da manhã já!
O médico saiu.
– Meninas, se vocês quiserem ir, pra descansarem, eu fico aqui com ela….
– Eu vou ficar! – Anahi mal esperou ele terminar de falar. Mai as olhou e sorriu.
– Também vou Pedro. É rápido. – Mai.
– Ok. Então eu vou lá pegar um café ou algo assim. To morto de sono.
– Desculpa Pedro. – Dul falou o olhando com uma carinha.
– A culpa não é sua Dul, relaxa! To feliz que você está bem…- ele havia se aproximado dela sorrindo ao falar, ela sorriu de volta- Vou lá. Alguém quer algo?
– Não Pedro. Obrigada. – Anahi respondeu e Mai olhou pras duas, Anahi estava em pé ao lado da cama e Dulce não parava de olhá-la.
– Eu vou com você Pedro.
– Tá, vamos. Até daqui a pouco meninas. – ele falou enquanto saía, as duas o responderam e quando eles saíram, Anahi já estava sentada na cama de frente pra Dulce.
Maite tinha resolvido ir com ele pra deixar as duas a sós. Anahi pegou na mão dela e as duas ficaram se olhando, Dulce deu um sorriso fofo pra ela ao perguntar.
– Está brava?
Anahi sorriu e balançou a cabeça. Se inclinou na direção dela e a beijou, tocou em seu rosto durante o selinho.
– Não faz mais isso…- ela fazia carinho no rosto da ruiva ainda e mal tinha afastado os lábios, só o suficiente pra olhá-la- Eu achei que…- ela parou de falar respirando fundo.
– Desculpa amor.
– Você parou de respirar e….- ela suspirou mais uma vez- eu morri de medo! – Anahi a abraçou deitando o rosto no pescoço dela.
– Desculpa! – Dulce pediu mais uma vez dando beijos na cabeça dela e a abraçando com o braço que estava sem soro.
Anahi levou uma mão até a nuca dela e ficou fazendo carinho e passando o rosto no pescoço dela como se quisesse sentir que ela estava ali mesmo, Dulce a abraçava mais e mais.
– Obrigada por ter me ajudado…salvo a minha vida, eu acho…- ela sorriu e Anahi levantou a cabeça pra olhá-la.
– Não brinca com isso Dulce! É sério!
– Não to brincando amor. – ela levou uma mão no rosto de Anahi- Obrigada…- ela estava fazendo carinho no rosto da outra.
– Fiquei com tanto medo….- Anahi falava a olhando, ela sentiu as lágrimas querendo sair- de te perder….
– Ei! – Dulce a puxou pelo braço e ela voltou a deitar em seu colo, Dulce a abraçou e ouviu Anahi fungar- Tá tudo bem meu amor, eu to aqui! – Anahi respirou fundo e fez que sim com a cabeça ainda no colo dela- Você acha mesmo que eu ía te deixar sozinha aqui? – Dulce sorria pra brincar com ela e fazê-la parar de chorar, Anahi a olhou- Eu ainda tenho que te convencer que eu sou a mulher da sua vida…- ela ria e Anahi a olhou rindo também- Acha que eu vou desistir fácil assim? – ainda sorrindo Anahi balançou a cabeça- Ainda bem que você sabe.
Dulce a puxou e mais uma vez se beijaram. Mas logo Pedro e Mai voltaram e logo ela foi liberada e eles voltaram pro hotel. Elas só trocaram de roupa e deitaram, precisavam descansar um pouco pro show de mais tarde, era o último.
Tinham deitado as duas de frente uma pra outra, Dulce fechou os olhos, estava se sentindo muito cansada, devia ser o remédio também…mas abriu logo depois e viu Anahi a olhando.
– Que foi? – sussurrou. Elas estavam perto, as pernas se tocando.
Anahi negou com a cabeça e continuou a olhando, Dulce sentiu o olho pesar e mais uma vez os fechou e quando abriu mais uma vez viu Anahi a olhando.
– Não está com sono não? – Anahi negou com a cabeça- Quer levantar? Tá com fome?
– Não. – ela passou o braço na cintura da ruiva e a puxou pra ela, respirou fundo e deu alguns beijos no ombro dela e em seguida deitou sua cabeça ali. Dulce a abraçava de volta- Você tem que ligar pra sua mãe depois….provavelmente vai sair nos jornais amanhã que você foi pro hospital.
– Tá, vou ligar.
Anahi só fez que sim com a cabeça e continuou ali abraçada a ela e fazendo carinho nos cabelos dela. Ela sentia que não podia se afastar, estava apavorada ainda com a cena de Dulce sufocando e apagando nos braços dela.
– Tá tudo bem amor? – Dulce perguntou após um tempo assim, estava sentindo Anahi estranha. A loira só balançou a cabeça que sim, Dulce tentou olhá-la mas Anahi a segurou no abraço- O que foi amor?
– Me abraça…
Dulce fez o que ela pediu se virando na cama e trazendo Anahi pro colo dela, Anahi a abraçou pelo pescoço e deitou sobre ela com uma perna sua entre as dela.
– Annie, tá tudo bem. O que foi? – ela negou com a cabeça- Amor, eu to aqui. – Dulce virou pra ela lhe dando um beijo no rosto, Anahi continuava com o rosto no pescoço dela. Dulce foi ouvindo um choro contido mas antes dela conseguir perguntar Anahi saiu dali se virando na cama e ficando de barriga pra cima.
– Desculpa! – ela estava com as mãos no rosto e Dulce foi ficando preocupada.
– O que houve amor? – se virou pra ela, ficando de lado- Annie. Fala comigo. – ela tirou as mãos de Anahi do rosto dela e viu que ela chorava- Eu to aqui, está tudo bem! – ela passava a mão pelos cabelos dela fazendo carinho- Para com isso….- pegou no rosto de Anahi com as duas mãos. Anahi respirou fundo fazendo que sim com a cabeça.
– Desculpa mas é que eu não consigo esquecer a cena de você sem ar, apagando nos meus braços, você ficou gelada…. Eu…eu…- ela parou de falar mordendo o lábio segurando as lágrimas.
– Esquece isso, eu to aqui agora com você. – Dulce sussurrava contra os lábios dela- Você me salvou, eu to aqui…- ela sorria.
– Eu nunca senti tanto medo na vida Dul…- ela também fazia carinho no rosto da ruiva- Ainda mais quando chegamos lá e o médico disse que se demorássemos mais poderia ser algo sério….e ía ser tudo culpa minha e…- Dulce a interrompeu.
– Claro que não ía ser culpa sua! Para de bobeira meu amor! Eu to aqui, com você, só com você…- ela deu um selinho em Anahi.
– Eu achei que ía te perder e…- suspirou- foram os piores minutos da minha vida! – Dul sorriu de leve.
– Eu to aqui, com você. – Dul sorriu- Eu sou sua, ninguém vai me tirar de você.
Anahi a puxou e a beijou virando sobre ela mas não ficando em cima, estava com medo de forçar. Nenhuma delas acelerava o beijo à princípio, depois Dulce quis acelerar mas Anahi a segurou.
– Para. O médico disse pra ir devagar…
Dulce respirou fundo e concordou com ela, sentia-se meio cansada mesmo pra uma transa, ainda mais do jeito que elas gostavam….
– Vamos dormir um pouco vai…. Você precisa descansar.
– Tá.
Dulce a abraçou e elas dormiram assim.