Argentum

Capítulo 80

N/A: EU CONSEGUI CARAL**!
Ufa, quase que não termino o capítulo.
Pessoinhas, antes de deixá-las com esse capítulo imenso (honestamente, eu poderia ter dividido ele em dois, mas não quero ser mais malvada do que já fui) queria dizer que se quiserem tem duas músicas que acredito que combinem bastante com esse momento delas.
Na primeira parte do capítulo a música é:
A canção que faltava da Isabella Taviani (uma das leitoras do grupo me indicou essa música quando eu estava escrevendo o capítulo e achei que combinava mais com o início dele).
Da metade para o final a música que ouvi (em um looping infinito que dura até este momento) é Ressaca do Jão.
Chega de enrolação. Bom capítulo
;]

 

Alicia sentia sua respiração ofegante como ficava quando tinha acabado uma série de seus exercícios, mas sabia que não havia feito nenhum esforço real; ainda. A luz da lua não as iluminava diretamente deixando tudo em tons indo do preto ao prata, mas a veterinária conseguia distinguir cada detalhe do corpo de Maia a sua frente mesmo assim. As pernas cobertas pelo moletom dobradas com os joelhos na altura de sua cintura, o tronco coberto pela sua camisa, os ombros pequenos quase encolhidos pela insegurança, os cotovelos apoiados sobre os travesseiros e os olhos, a única parte daquele quarto que para Alicia continuava a ter cor, aquela mesma cor verde que ela havia enxergado quando encarou Maia sobre suas pernas.

Maia também conseguia notar os detalhes, mas seus olhos estavam focados demais na sombra que era o rosto da veterinária, sombra onde ela só conseguia distinguir o brilho do olhar castanho. Quando Alicia se moveu os verdes acompanharam cada movimento. As mãos se ergueram subindo até agarrar a parte de trás dos ombros da blusa. O tecido escuro foi puxado para fora do corpo e a pele clara surgiu refletindo a luz da lua. Os olhos verdes notaram que ela usava um top branco que se destacou no ambiente escuro. Ela viu o corpo da veterinária se inclinar e sentiu as mãos dela afundarem no colchão ao lado de seus ombros, foi aí que o nervosismo surgiu em seu peito junto ao coração que batia desesperado.

– Eu não sei o que fazer – Maia acabou por dizer quando sentiu a respiração de Alicia contra seu rosto.

– Não se preocupe – falou a veterinária notando o nervosismo da menor – Você sabe sim, tenho certeza de que sabe, mas mesmo se não souber só tem que descobrir – ela falou lentamente, primeiro para que conseguisse fazer Maia se acalmar e, em segundo, para controlar o próprio desespero que a impulsionava a perder o controle – Faça aquilo que quiser fazer e se eu fizer algo que não goste apenas diga. Eu não quero apressar as coisas, Maia. Não importa o momento, se quiser parar nós vamos parar. Apenas lembre-se disso sim?

– Eu não quero que pare – disse a menor tomando coragem de colocar as mãos nas laterais da cintura da veterinária – Estou insegura, mas não acho que vou querer parar em algum ponto – Alicia ergueu a mão direita tocando acariciando o rosto da menor, as mãos de Maia subiram pelas laterais do corpo da veterinária parando sobre o tecido do top – Quero ver seu rosto – Maia sussurrou com o olhar perdido na sombra que era o rosto da mais velha.

Alicia sorriu, mesmo sabendo que a outra não enxergaria, e se inclinou beijando os lábios da menor outra vez. As mãos de Maia se moveram para os ombros descobertos e suas unhas curtas se cravaram na pele clara. A veterinária passou os braços por baixo do corpo menor, o direito na altura dos ombros, o esquerdo em volta da cintura, e ergueu Maia colocando-a sentada sobre suas pernas e virando ambas para que a luz que entrava pela janela iluminasse ambas.

Maia abriu os olhos quando sentiu a mudança de posições, suas pernas esticadas passando pelas laterais do quadril de Alicia e o rosto da mais velha um pouco abaixo do seu outra vez. Ela colocou as mãos sobre os ombros da veterinária e as duas se encararam conseguindo ver cada detalhe dos rostos dessa vez. Alicia envolveu os braços na cintura da mais nova e sorriu fechando os castanhos quando sentiu as palmas deslizarem por seus ombros até a base do pescoço, mas os olhos se abriram quando ela notou que as mãos de Maia não sairiam dali.

– Você pode me tocar – a veterinária disse erguendo o rosto e mordendo a lateral da mandíbula de Maia que acabou por fechar os olhos.

– Não sei como – foi a resposta da mais nova num sussurro que quase sumiu porque os lábios de Alicia se desviaram para o pescoço descoberto.

A veterinária decidiu não responder. Ela afastou o rosto do pescoço da menor e soltou a cintura de Maia para conseguir colocar suas mãos sobre as dela. Alicia fez as mãos da mais nova escorregarem por cima do tecido do top delicadamente e devagar. Os olhos verdes acompanharam o movimento e Maia prendeu o lábio inferior entre os dentes ao perceber que Alicia soltaria suas mãos ali, nos seios dela.

– Você pode me tocar como quiser, sempre que quiser, da forma que bem entender – a veterinária sussurrou soltando as mãos da menor e colocando as suas de volta na cintura da dona do Rancho, por baixo da camisa, mas ainda com apenas dois dedos passando pela linha do cós da calça.

Maia não respondeu, manteve o lábio preso entre os dentes e seu olhar se fixou em suas próprias mãos. Alicia mordeu o lábio também, mas por conta da leve pressão que a mais nova começou a fazer sobre seus seios. Ela sentia que Maia começava a se entregar as próprias vontades e com isso as mãos da menor se tornaram mais confiantes. Maia começou a se sentir mais confiante e por isso desceu as mãos até o abdômen da veterinária. Era, provavelmente, a única parte do corpo da mais velha que Maia notava não ser totalmente definida, mas esse detalhe não ficou gravado na mente dela, o que ficou foi como a pele quente se arrepiou com o toque das suas palmas frias.

Maia sentia seu coração bater mais rápido do que nunca quando ergueu as palmas outra vez, arrastando os dedos sobre a pele quente e prendendo-os na barra do top da veterinária. Seus olhos, que acompanhavam seus movimentos, notaram como o peito de Alicia começou a subir e descer com mais velocidade, ela ergueu o olhar e encontrou os castanhos parecendo pretos ao serem iluminados pela luz da lua. Os lábios da mais velha se entreabriram no instante em que ela ofegou ao sentir as mãos menores erguerem o tecido do top, seus olhos não se desgrudaram. Os braços se ergueram sobre sua cabeça e Maia levou o tecido por eles até tirá-lo do corpo da veterinária e descer suas mãos pelos braços até deixar as palmas no mesmo lugar em que Alicia as havia colocado a poucos instantes.

Os castanhos se fecharam e Maia sorriu, seu peito parecia explodir ao notar como seus toques causavam reações na mais velha. Os verdes não queriam se fechar, ela queria ver cada expressão de Alicia, mas a vontade de beijá-la foi maior. As mãos de Alicia responderam as mãos de Maia subindo alguns centímetros e se apertando com mais intensidade na pele da cintura da menor. Alicia se sentia quase desesperada com os toques lentos, queria mais, sentir mais de Maia, retirar o resto de tecido que havia entre elas. Mas sabia que a mais nova precisava daquela lentidão, só estava sentindo que aquilo era um grande teste de autocontrole.

Maia percebeu que Alicia estava se segurando. Por um lado ela achou aquilo fofo, porque entendia que ela estava lhe dando tempo. Por outro tinha dúvidas sobre se gostaria mais dessa lentidão ou de ter Alicia perdendo o autocontrole. Manteve seu polegar direito se movendo e subiu a mão esquerda segurando com uma firmeza calculada os cabelos da nuca da mais velha. Separou os lábios e colocou os seus no pescoço da veterinária. Ela já havia feito aquilo diversas outras vezes, mas o gosto de Alicia parecia tão melhor naquele momento que sua boca salivava mais que o normal deixando um rastro úmido na pele quente e Maia notou que aquilo a estava deixando ainda mais arrepiada. Quando o pensamento de que talvez o motivo dos arrepios fosse sua mão direita cruzou a mente da menor um sorriso se formou nos lábios dela ao mesmo tempo em que ela deixava uma mordida mais forte na base do pescoço da maior e aumentava o aperto de suas mãos.

Se Alicia já suspeitava que aquela mulher tinha a capacidade de deixa-la louca, naquele momento ela teve absoluta certeza. Sentiu seus músculos se contraindo com o aperto das mãos e dos dentes em sua pele e cabelo e um gemido escorregou por sua garganta e lábios entreabertos. A única coisa que conseguiu fazer foi agarrar com mais força a cintura de Maia puxando-a para perto fazendo com que os quadris de ambas se pressionassem e a menor a mordesse e apertasse com ainda mais força. A dona do Rancho não esperava que ouvir aquele som fosse mexer tanto com ela, mas foi uma agradável surpresa. Deu-lhe mais coragem ainda de fazer o que tinha vontade, e foi exatamente o que ela fez em seguida.

Maia se moveu saindo de cima das pernas de Alicia e segurou a veterinária pelos ombros empurrando-a para o colchão fazendo com que ela deitasse com as costas bem no meio da cama. Depois disso a menor voltou a subir sobre os quadris da mais velha esse deitou sobre o dorso de Alicia, as mãos geladas da menor apoiadas na barriga da veterinária deixando leves arranhões com as unhas curtas. As mãos da maior agarraram as coxas de Maia enquanto ela erguia o rosto expondo mais do pescoço para os beijos e mordidas que a mais nova estava deixando naquela região.

Quando começaram ela achou que não conseguiria chegar aquele nível de confiança, sequer que sentiria aquela vontade, mas tendo Alicia suspirando e a puxando para perto daquele jeito Maia sentiu a necessidade de se livrar do excesso de tecido entre elas. Apoiou as mãos logo abaixo dos seios da veterinária e se ergueu, logo em seguida os olhos castanhos se abriram confusos e curiosos. O que viu fez com que Alicia engolisse em seco. As mãos de Maia se ergueram até o primeiro botão da camisa que estava fechado, estava, porque a mais nova o abriu e começou a descer as mãos lentamente abrindo cada botão e encarando o rosto da veterinária enquanto se divertia com a expressão surpresa e maravilhada que tomou conta do rosto de Alicia.

Quando Maia chegou na metade dos botões a veterinária notou que não havia nenhuma roupa por baixo daquela camisa. Mesmo com a luz da lua contra o corpo da menor Alicia pode notar que não havia um sutiã e, quando Maia estava chegando no último botão, ela não mais aguentou manter-se onde estava e se sentou ainda apertando as coxas da menor. Maia ainda conseguiu soltar o último botão, mas não teve tempo de fazer mais nada além de envolver o pescoço de Alicia com os braços. A mais velha subiu as mãos agarrando a cintura da menor e afastando as laterais da camisa enquanto seus lábios encontravam a pele do colo de Maia.

Havia pouca luz, mas não foi essa a razão pela qual Alicia não prestou atenção as marcas próximas do ombro esquerdo da mais nova. Seu foco se direcionou ao colo e aos seios descobertos e a pele branca a mostra. Seus olhos se focaram nos seios pequenos e, talvez, tenha sido naquele momento que ela perdeu quase todo o resto de autocontrole que ainda tinha. Suas mãos escorregaram pela pele de Maia apertando o corpo menor contra o seu até pararem nas costas da menor, suas palmas abertas puxando o tronco da outra contra si e seu rosto se direcionando para o colo e os seios.

Foi a vez de Maia gemer quando sentiu a boca de Alicia sobre seus seios. A mão direita da veterinária no meio de suas costas, a esquerda envolveu um de seus seios enquanto o outro estava entre os lábios, dentes e língua de Alicia. Suas mãos agarraram os cabelos escuros com força, seu corpo tencionando suas mãos agarrando a cabeça da veterinária e puxando-a contra si. Quando as mãos e a boca de Alicia trocaram seus lugares Maia colocou as suas nas costas da maior, as unhas cravadas na pele clara de uma forma quase dolorosa. Não que Maia tenha percebido isso, a única coisa que ela notou foram as costas largas se arqueando e a mão esquerda descendo até a base de seu quadril por dentro do moletom e puxando-a para cima fazendo seu corpo ficar mais alto e colocando seus seios numa posição melhor para Alicia alcança-los.

As unhas se arrastaram pelas costas da maior deixando marcas profundas e avermelhadas quando o corpo de Maia se projetou para cima. Sua boca entreaberta e a respiração ofegante em meio a suspiros e gemidos baixos. Maia não se lembrava de já ter sentido tanto desejo outra vez na vida.

– Tão perfeita – Alicia conseguiu sussurrar, seu hálito quente indo de encontro a pele úmida fez Maia arrepiar-se outra vez sentindo seu corpo esquentar mais do que ela um dia tinha acreditado possível.

– Não sou perfeita – a menor respondeu por reflexo sem sequer raciocinar ainda perdida demais na sensação de ter a boca de Alicia sobre seu mamilo para notar que havia articulado uma resposta.

A reação da veterinária foi imediata. Seus lábios se afastando da pele de Maia provocaram um som estalado e ela abriu os olhos erguendo o rosto. Um gemido de frustração quase escapou quando os olhos verdes se abriram confusos com a parada brusca. Os castanhos estavam tão escuros quanto o céu do lado de fora e a expressão no rosto dela era mais do que séria, mas não houve uma resposta verbal naquele instante e isso confundiu ainda mais a menor que, só naquele momento, percebera o que havia dito.

Alicia, num silencio absoluto e de forma lenta, as girou na cama colocando Maia outra vez com as costas sobre os travesseiros. Os rostos se alinharam, as mãos menores mantiveram-se nos ombros largos. A expressão concentrada e séria da veterinária manteve a mais nova calada. Por algum motivo era como se o momento gritasse por silencio e as duas obedeciam a isso. Os braços da maior se apoiaram no colchão, seu quadril encaixado entre as pernas da dona do Rancho que continuou a sustentar o olhar entre elas.

Foi a veterinária que encerrou a troca de olhares. Os castanhos percorreram o corpo de Maia enquanto Alicia se erguia até se ajoelhar entre as pernas da mais nova. Suas mãos dela foram para as laterais do corpo deitado sobre o colchão e deslizaram, devagar e sendo acompanhadas pelo olhar da veterinária, até o cós do moletom que Maia usava. A menor prendeu a respiração quando seus olhos voltaram a se encontrar. Um pedido mudo estava no rosto de Alicia e Maia sentiu o mesmo nervosismo inicial tomar conta de si ao entender que pedido era aquele.

– Basta uma única palavra sua que eu paro – a veterinária sussurrou encarando os olhos verdes de uma forma ainda mais séria – Uma única palavra, Maia, e não importa o que eu esteja fazendo ou o quanto eu deseje continuar. Uma palavra sua e nós paramos.

Os olhos verdes se fecharam e Maia mordeu o lábio inferior. Sua insegurança lutando com sua vontade, mas não havia mais nenhum medo nela sobre aquele momento. Como havia dito para Alicia naquela tarde quando estava no lago, ela realmente confiava na mais velha. Confiava sem restrições. Por isso, quando abriu os olhos, suas mãos se colocaram sobre as mãos da veterinária e sua cabeça se moveu num sinal afirmativo.

– Não quero que pare – ela afirmou também com a voz rouca e baixa fazendo a expressão da maior suavizar.

Alicia se inclinou deixando um beijo delicado acima do umbigo de Maia e prendeu os dedos no elástico do moletom começando a puxá-lo para baixo. Fez aquilo lentamente, não por ter de volta o próprio controle, mas sim por se perder admirando a pele a ser revelada, algo que ela não tinha sequer se permitido imaginar antes por temer não ser capaz de resistir as provocações inocentes e não intencionais que Maia fazia. Mas a menor não estava vendo o olhar de admiração, havia desviado o olhar e encolhido os braços por conta da vergonha.

Quando retirou o tecido amontoado do corpo de Maia a veterinária estava ajoelhada nos pés da cama, literalmente e figurativamente aos pés de Maia. Mas a dona do Rancho sequer percebeu, por estar de olhos fechados com a expressão tensa e o rosto corado. Exatamente por conta disso não reparou quando Alicia retirou o próprio moletom junto com sua outra peça íntima. Maia só abriu os olhos novamente quando sentiu as mãos quentes segurarem seu pé esquerdo com delicadeza.

O olhar de Alicia não se ergueu da pele branca, seus dedos deslizaram por cima das pequenas cicatrizes e suas mãos foram escorregando pelo pé, tornozelo e panturrilha da mais nova. Os toques eram carregados de devoção e isso fez Maia prender a respiração com os lábios entreabertos. Quando os dedos da maior tocaram seu joelho esquerdo os lábios de Alicia cobriram a maior cicatriz na parte de fora daquela região. A partir dali as palmas foram acompanhadas pelos lábios, cada uma das cicatrizes teve sua devida atenção com beijos delicados e toques carinhosos. Sempre que encontrava um ponto sem cicatrizes os dentes da veterinária mordiscavam a pele deixando-a levemente avermelhada antes de sua língua acalmar o leve ardor.

Maia não conseguia desviar os olhos quando percebeu como Alicia estava. Não conseguia não sentir o corpo todo se arrepiar e tremer, mas era um tremor bom. Quanto mais perto do final mais a respiração da dona do Rancho se acelerava, a mão esquerda de Alicia estava acariciando a parte interna de sua coxa quando ela viu os olhos castanhos se abrirem e olharem para cima. A respiração da menor travou, os dedos da mão esquerda de Alicia tocaram de leve sua virilha, o rosto da mais velha se posicionou sobre o tecido na lateral de seu quadril. Uma longa e larga cicatriz estava parcialmente escondida ali.

A mão esquerda de Alicia apertou levemente a parte interna da coxa de Maia, sua mão direita cobriu o tecido sobre o quadril da menor e ela o desceu parcialmente para revelar a cicatriz. Um ofego saiu pelos lábios de Maia e seus olhos se fecharam, mesmo sem ela querer, quando a boca de Alicia cobriu uma das maiores marcas que ela tinha em sua pele. Os lábios úmidos escorregaram pela pele branca, a mão esquerda subindo junto, a direita apoiada no colchão junto do joelho esquerdo que ficou entre as pernas da mais nova.

Quando Maia abriu os olhos o rosto de Alicia estava sobre o seu. Suas mãos soltaram os lençóis, que ela nem se lembrava de ter agarrado, e seguraram o rosto da veterinária puxando-a para perto, querendo beijá-la. Alicia resistiu, subiu a mão esquerda mantendo seu olhar nela e deixando-a apertar propositalmente o seio direito da menor antes de segurar o rosto de Maia, seu polegar sobre o queixo da dona do Rancho mantendo os lábios dela entreabertos enquanto deixava um sorriso se desenhar nos seus próprios.

– Você é perfeita – Alicia sussurrou contra os lábios de Maia, devoção e deslumbramento transbordando na voz baixa – Apenas repare no que faz comigo sem esforço algum. Como posso não te achar perfeita?

Maia desviou os olhos e moveu seu olhar para baixo. Seus seios pressionados, as pernas entrelaçadas, o corpo maior cobrindo todo o seu e o calor intenso que o corpo de Alicia transmitia. Suas mãos soltaram o rosto da mais velha, deslizaram pelo pescoço dela, pelas costas, seus dedos sentindo a pele quente, ela própria sentindo-se quente, mesmo que as cobertas estivessem perdidas em algum canto da cama. Um desconforto bom tomava conta de seu corpo todo, mesmo com o coração acelerado, ainda se sentia calma e Alicia era a causa disso.

– Eu te amo – Maia sussurrou com sua voz quase se perdendo no silencio entre elas, não sentia nenhuma vontade de responder negativamente à pergunta de Alicia.

O ‘eu te amo’ da veterinária saiu sem som, seus lábios já pressionados contra os da mais nova. As mãos de Maia escorregando para baixo da linha do quadril e puxando a maior contra si. Sem que houvesse uma iniciativa os corpos entrelaçados rolaram para o lado na cama. Maia segurou a coxa direita de Alicia envolvendo-a em seu quadril, sua perna esquerda se colocando mais para frente entre as pernas da veterinária.

O beijo apaixonado não foi interrompido, a cabeça de Maia apoiada no braço esquerdo de Alicia que envolvia o pescoço da menor. A mão direita da veterinária se colocando entre o quase inexistente espaço entre seus corpos. Não houve mais nenhum único momento de incerteza ou insegurança. Elas se sentiam mais do que apenas completas. Naquela noite elas transbordaram.

 

N/A: 

Espero que eu tenha conseguido transmitir a forma certa da delicadeza com que eu vi esse momento entre elas.
Espero também que compreendam que o que não escrevi não foi escrito porque acredito que não era necessário para nós (e nesse momento me ponho como leitora). Sei que muitas esperaram ansiosamente, mas, como tudo no relacionamento delas essa noite precisava ser feita de forma lenta e delicada e eu só vi a necessidade de escrever esse capítulo porque os caminhos que elas tomam durante esse momento são decisivos na relação das duas.

Até a próxima semana pessoinhas.
Beijos
;]



Notas:



O que achou deste história?

2 Respostas para Capítulo 80

  1. Conseguiu transmitir bem demais o processo das duas! Super capítulo ansiado por todas as leitoras, creio eu! Bom demais a frequência ter voltado! Rrrsss…
    Valeu!

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