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A última jogada
– Você o que?
– Preciso fazer isso, amor.
– Não precisa, Alana. Não precisa mesmo. __ embora o tom de voz fosse firme, Eva ainda não tinha se recuperado do comunicado que a esposa acabara de fazer.
– Você sabe que é minha responsabilidade cuidar deles. De todos eles. Como não farei nada? Como posso ficar de braços cruzados apenas vendo aquele infeliz destruí-las?
– Eu também amo a Agatha e a Maysa, eu sei o quanto você ama a sua família, mas eu também sou sua família, e os nossos filhos? Você pensou em nós quando decidiu fazer isso?
– Amor…
– Não, Alana! Você sempre me disse que mexer com esse tipo de magia é um caminho sem volta. Como você quer que eu te apoie a se destruir dessa maneira?
– Eva, por favor…
– Eu te amo… __ não foi mais possível evitar as lágrimas. – Eu realmente te amo. Mas, se você seguir com esse plano, se você mexer com magia antiga e sombria, eu não vou poder ficar do teu lado. Não posso fazer isso. Nem vou deixar nossos filhos sujeitos as consequências do que seu ato pode causar.
– Eva?!
– Sempre estive do teu lado. Sempre! Mas, dessa vez, não posso concordar com essa loucura. __ antes que Alana pudesse argumentar, ela saiu.
Para Eva, não tinha o menor cabimento a esposa arriscar a própria vida, em um ritual antigo e que estava diretamente ligado as forças sombrias, para que ficassem livres do Roberto. Com certeza existiria outras formas. Se pensassem melhor, encontrariam um jeito. Afinal, o que mais aquele homem poderia fazer?
* * * * * * * * * *
– Bom dia, bela adormecida.
– Hummmmm… bom dia, meu amor.
– Seu amor?
– Sim! __ a morena abriu os olhos devagar, e se encantava ainda mais com a visão que tinha. – Com certeza, meu amor. __ a loira sorriu.
– Gostei disso, acho que posso me acostumar a ser chamada assim todos os dias ao acordar.
– Eu também vou adorar acordar todos os dias assim, com esse teu sorriso iluminando toda a minha existência. Eu te amo, Maysa.
– Ah, Agatha! __ e permitiu-se cair naquele abraço seguido de um beijo calmo e cheio de amor.
Na sala, Daniel e Tapioca assistiam desenhos. O garoto estava feliz, ao acordar e ir para o quarto da mãe, percebeu que ela não estava sozinha. E embora a vontade de se jogar no meio das duas mulheres que dormiam pacificamente fosse grande, ele apenas sorriu e tratou de descer as escadas, seguido do seu fiel e melhor amigo. Nos pensamentos do pequeno, logo poderia pedir para Agatha e a mãe lhe darem a irmãzinha que ele tanto queria. Afinal, seria legal ter uma irmã que também fosse filha da Agatha.
* * * * * * * * * *
– E você sabia disso?
– Sim, o Lucas me contou ontem a noite. Também acho uma loucura, Eva. __ para surpresa de Olívia, ao chegar em frente ao seu escritório de investigações, deparou-se com a esposa da cunhada lhe esperando. – Você dormiu?
– Não, praticamente andei por toda essa cidade durante a madrugada. E não queria voltar para casa agora, então… bom, estou aqui.
– A Alana deve estar preocupada.
– Não mais do que com a situação com o Roberto.
– Eva! Sabemos como sua esposa é. Ela faz o que precisa ser feito e ninguém tem coragem, seja isso bom ou não. E quando se trata de proteger a família, ela apenas reage, não é de pensar ou hesitar.
– Eis a questão, ela esqueceu de pensar nos filhos, em mim… __ outra vez as lagrimas a venceram. – Eu a amo, o que farei se isso der errado, se eu a perder? __ Olívia a abraçou.
* * * * * * * * * *
Maysa, Agatha e Daniel faziam o desjejum. A criança se divertia com as panquecas doces em formato de bichinhos, enquanto as mulheres o observavam, tentando encontrar a melhor forma de contar ao pequeno sobre o envolvimento delas.
– Dan, meu amor… __ a loira começou. – A Agatha… __ foi interrompida.
– Ela vai morar aqui? __ estava feliz. – Você vai morar aqui, Agatha?
– Ainda não, meu pequeno explorador de mundo. __ foi a morena quem tratou de responder da forma mais delicada que podia.
– Ah! __ fez beicinho. – Pensei que você fosse morar aqui. Mas, eu vou ter uma irmãzinha, né? __ os olhos brilhavam com aquela possibilidade.
– De onde você tirou essa ideia, filho?
– É que eu vi vocês dormindo quando eu acordei. E pensei que a Agatha fosse morar aqui, mas vocês vão casar? Porque se vocês casarem, ela pode vim para cá e vocês me dão uma irmã. __ Agatha sentia a face ruborizar, e Maysa tentava encontrar palavras para responder as perguntas do pequeno.
– Filho, tudo tem o seu tempo. Eu e a Agatha… __ sorriu para a morena. – Nos amamos, e eu quero sim me casar com ela, porém, ainda não está na hora. Ela vai dormir aqui algumas vezes, nós poderemos dormir na casa dela também, e quando for o momento…
– Nos casaremos e você terá irmãozinhos! __ a morena sabia, sempre soube, que aquele terreno era frágil e que por isso não devia jogar tantas sementes de expectativas daquela forma. Porém, era exatamente aquilo que ela queria, ainda via o olhar surpreso de Maysa em sua direção e os bracinhos de Daniel erguidos em comemoração. Não seria no dia seguinte ou em um mês, mas com certeza se casaria com aquela mulher, e se assim ela desejasse, teria crianças correndo pela casa e pelo jardim.
O desjejum transcorreu de forma tranquila, entre sorrisos, trocas de olhares e diversão. A morena se despediu da loira poucos minutos depois. Passou em casa, tomou um banho e destinou-se para casa da prima, precisava contar para Alana tudo que ocorrera e também queria matar as saudades dos gêmeos. Daniel já brincava no jardim quando a morena deu partida no carro. Tapioca corria atrás do gato e a coruja estava mais agitada e arisca que o comum.
O carro de Agatha sumiu ao final da rua. Na cozinha, Maysa organizava a louça do café da manhã enquanto pensava na conversa que teve com Agatha e em como tudo se transformou. Quando decidiu seguir o conselho de Eva e escutar a morena, poderia imaginar muitas coisas, exceto, que acabariam daquela forma. Apesar do seu coração querer e torcer para a conciliação, a razão dela dizia que naquela conversa se concretizaria o fim de algo que mal havia recomeçado. Sorriu e agradeceu aos céus por sua razão estar errada. Estava feliz, não sabia se era possível ficar ainda mais feliz. – Ah, com certeza foi a melhor decisão voltar para essa cidade.
* * * * * * * * * *
– Oi, amiguinho.
– Olá. __ o pequeno parou a brincadeira para prestar atenção no estranho.
– Tudo bem? __ Daniel assentiu, olhando com curiosidade para o homem. – Sua mãe está em casa?
– Sim, quem é você?
– Sou um amigo da Agatha, eu vim preparar uma surpresa para elas, você me ajuda?
– Ajudo.
– Vamos buscar?
– Eu vou falar para mamãe, porque ela disse para ficar só no quintal.
– A Agatha disse que eu podia contar com a sua ajuda. __ Daniel ainda estava incerto. – Se você for até sua mãe, ela vai descobrir a surpresa. Vai ser rapidinho. Vamos? __ e estendeu a mão para a criança.
Nojo, é o que tenho por esse Roberto, é um monstro que infelizmente desgraçou e ainda quer desgraçar a vida da Ágatha, mas ele há de pagar por isso!
Agora vai ser a hora que elas tem que por tudo na balança e ver o que pesa mais, elas fazerem justiça com as próprias mãos ou deixar que a justiça tome a frente de tudo….
Calma, Cid.
Vamos torcer para que tudo dê certo.
Beijos, amada
Olá Mohine
Estava tudo perfeito mais o Roberto não iria deixar as duas felizes. Usar o Daniel vai ser o pior erro dele porque a Aghata ira mostra para ele o que fazer quando se ameaça as pessoas que ela ama. Então aguardo ansiosa pelo próximo capítulo.
Oi, Jamile
Esse Roberto, pessoa intragável! Vamos ver o que acontecerá nos próximos caps, e como disse, também estou na torcida para que Agatha mostre a ele com quantos paus se faz uma canoa! kkkkk’
Beijos, moça.
Genteeeee
Acordar ja com um final desses…
Teste p cardíaco kkkk
Que a “super tia” do Dan n deixe nada acontecer! E escritora, não nos deixeeeee rsrs
É…
Eu também espero que a Agatha possa fazer algo para salvar o Dan.
Estou na torcida.
Beijos